Arqueologia: diferenças entre revisões

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A questão das gravuras do [[Vale do Côa]], em [[1996]], veio abrir as portas a uma maior difusão da profissão de arqueólogo e deu um impulso importante ao reconhecimento da arqueologia em Portugal, com a criação do [[IPA]] e da [[Área de Protecção Ambiental|APA]] e com a aprovação de legislação específica para a área, sendo criados novos cursos universitários de arqueologia, como o curso da [[Universidade do Minho]] ou o da [[Universidade do Porto]] (uma vez que antigamente eram cursos não autónomos, dependentes dos cursos de [[História]]).
A questão das gravuras do [[Vale do Côa]], em [[1996]], veio abrir as portas a uma maior difusão da profissão de arqueólogo e deu um impulso importante ao reconhecimento da arqueologia em Portugal, com a criação do [[IPA]] e da [[Área de Protecção Ambiental|APA]] e com a aprovação de legislação específica para a área, sendo criados novos cursos universitários de arqueologia, como o curso da [[Universidade do Minho]] ou o da [[Universidade do Porto]] (uma vez que antigamente eram cursos não autónomos, dependentes dos cursos de [[História]]).


Alguns arqueólogos, como [[Martins Sarmento]], no [[século XIX]], ou [[Cláudio Torres (arqueólogo)|Cláudio Torres]], na actualidade, são figuras reconhecidas no [[Cultura de Portugal|meio cultural português]].
Alguns arqueólogos, como [[Martins Sarmento]], no [[século XIX]], ou [[Cláudio Torres (arqueólogo)|Cláudio Torres]], na actualidade, são figuras reconhecidas no [[Cultura de Portugal|meio cultural português]]. A comunidade arqueológica nacional é actualmente uma realidade social expressiva, organizada, havendo um debate constante entre os seus membros sobre o significado social da sua actividade profissional, maioritariamente expresso através da mailing list [[Archport]].


== Cursos de graduação em Arqueologia (Portugal e Brasil) ==
== Cursos de graduação em Arqueologia (Portugal e Brasil) ==

Revisão das 17h37min de 12 de agosto de 2009

Antigo teatro romano em Alexandria, Egito.

Arqueologia (do grego, « archaios », antigo, e « logos », discurso depois estudo, ciência) é a disciplina científica que estuda as culturas e os modos de vida do passado a partir da análise de vestígios materiais. É uma ciência social, isto é, que estuda as sociedades, podendo ser tanto as que ainda existem, quanto as já extintas, através de seus restos materiais, sejam estes móveis (como por exemplo um objeto de arte, as vénus) ou objetos imóveis (como é o caso das estruturas arquitectónicas). Incluem-se também no seu campo de estudos as intervenções feitas pelo homem no meio ambiente.

A maioria dos primeiros arqueólogos, que aplicaram sua disciplina aos estudos das antiguidades, definiram a arqueologia como o estudo sistemático dos restos materiais da vida humana já desaparecida. Outros arqueólogos enfatizaram aspectos psicológico-comportamentais e definiram a arqueologia como a reconstrução da vida dos povos antigos.

Em alguns países a arqueologia é considerada como uma disciplina pertencente à antropologia; enquanto esta se centra no estudo das culturas humanas, a arqueologia dedica-se ao estudo das manifestações materiais destas. Deste modo, enquanto as antigas gerações de arqueólogos estudavam um antigo instrumento de cerâmica como um elemento cronológico que ajudaria a pôr uma data à cultura que era objeto de estudo, ou simplesmente como um objeto com um verdadeiro valor estético, os antropólogos veriam o mesmo objecto como um instrumento que lhes serviria para compreender o pensamento, os valores e a própria sociedade a que pertenceram.

Investigação arqueológica

A investigação arqueológica relaciona-se fundamentalmente à pré-história e às civilizações da antiguidade; no entanto, ao longo do último século, a metodologia arqueológica aplicou-se a etapas mais recentes, como a Idade Média ou o período industrial. Na atualidade, os arqueólogos dedicam-se cada vez mais a fases tardias da evolução humana, como a arqueologia industrial.

A investigação arqueológica necessita do auxílio de vários outros ramos cientificos (ciências naturais e sociais), assim como é importantíssimo adquirir o conhecimento empírico da população que nos envolve no dia-a-dia, pois a fonte oral é quase sempre o ponto de iniciativa para o desenvolvimento de algum estudo. Costuma-se dizer que cada "velhinho" que morre é uma biblioteca que arde, pois é informação que se perde.

A investigação não é só a recolha de artefatos durante uma escavação ou somente a pesquisa bibliográfica, o contacto humano é muito importante.

Uma investigação arqueológica começa sempre pela prospecção, que faz parte do levantamento arqueologico. Ha uma grande diferença entre prospecção e poço-teste, a primeira é para o levantamento e a segunda é o que dá inicio a escavação propriamente dita. No levantamento é sempre importante se observar as especificidades de um local: A abrupta mudança de coloração do solo, a presença de plantas não nativas, etc.

Apesar de toda a dedicação, a arqueologia é amostral, porque trabalha com vestigios, e não a totatlidade da história do local.

Panorama português

Referência à arqueologia, na fachada da Sociedade Martins Sarmento, em Guimarães

A arqueologia tem sido praticada em Portugal desde há dois séculos, sendo então essencialmente um hobbie de militares ou pessoas com algumas posses e conhecimentos históricos. A questão das gravuras do Vale do Côa, em 1996, veio abrir as portas a uma maior difusão da profissão de arqueólogo e deu um impulso importante ao reconhecimento da arqueologia em Portugal, com a criação do IPA e da APA e com a aprovação de legislação específica para a área, sendo criados novos cursos universitários de arqueologia, como o curso da Universidade do Minho ou o da Universidade do Porto (uma vez que antigamente eram cursos não autónomos, dependentes dos cursos de História).

Alguns arqueólogos, como Martins Sarmento, no século XIX, ou Cláudio Torres, na actualidade, são figuras reconhecidas no meio cultural português. A comunidade arqueológica nacional é actualmente uma realidade social expressiva, organizada, havendo um debate constante entre os seus membros sobre o significado social da sua actividade profissional, maioritariamente expresso através da mailing list Archport.

Cursos de graduação em Arqueologia (Portugal e Brasil)

Públicas
Privadas

Ver Também

Ligações externas

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