Batalha de Zeila

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Batalha de Zeila

A cidade de Zeila num mapa italiano do séc. XIX.
Data Julho 1517
Local Zeila, actual Somalilândia
Desfecho
  • Vitória Portuguesa
Beligerantes
Império Português Sultanato de Adal
Comandantes
Lopo Soares de Albergaria Desconhecido
Forças
34 navios Desconhecido
Baixas
Desconhecido Desconhecido


A Batalha de Zeila foi um encontro armado ocorrido na cidade de Zeila, na atual Somalilândia, entre as forças do Sultanato de Adal e as dos Império Português, sob o comando do governador da Índia Lopo Soares de Albergaria. Após um breve combate, os portugueses capturaram e arrasaram a cidade.

A batalha[editar | editar código-fonte]

Em 1517, o governador da Índia Lopo Soares de Albergaria partiu para o Mar Vermelho com uma grande armada a fim de atacar o Império Otomano. Não tendo conseguido capturar Gidá, com falta de água e mantimentos, deu meia-volta para Goa, tendo feito escala na Ilha de Camarão antes de velejar para Zeila.

O Sultanato de Adal encontrava-se a esta altura envolvido com a maior parte das suas tropas numa guerra com o vizinho Império Etíope, aliado português, e o emir de Zeila Mahfuz havia morrido recentemente em combate.[1] Avisados de que a frota portuguesa estava a chegar, os habitantes evacuaram todas as mulheres e crianças, ficando para trás um corpo de guerreiros a defender a cidade e os navios. Reuniram-se nas praias para resistir ao desembarque português.[2] Vendo isto, Albergaria decidiu capturar a cidade e desembarcou um contingente de homens.[2]

Os portugueses escreveram que “A cidade é de boas dimensões e plana, à beira-mar. É feita de casas de pedra e cal com telhados em terraço como as de Adem. São negros, tanto homens como crianças, e alguns brancos, e tratam-se bem".[2]

Assediados a tiros de canhão e insultados, os portugueses, comandados por Gaspar da Silva, Aires da Silva e António Ferreira Fogaça avançaram para atacar a cidade ainda antes do governador desembarcar e, quando se perceberam de que havia poucos defensores, ocuparam-na após um breve luta.[2] Um prisioneiro português cativo em Zeila durante nove anos foi resgatado.[2] A cidade foi então incendiada e destruída.[3][2]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. Francisco Álvares: "The Voyage of Sir Francis Alvarez, a Portugall Priest, made unto the Court of Prete Janni the great Christian Emperour of Ethiopia" in Samuel Purchas: Hakluytus Posthumus or Purchas his Pilgrimes, Volume 7, Cambridge University Press, p. 179.
  2. a b c d e f Fernão Lopes de Castanheda: História do Descobrimento e Conquista da Índia pelos Portugueses, edição de 1833, Typographia Rollandiana, livro IV, capítulo XIX pp. 39-41.
  3. Frederick Guest Tomlins: Um sistema completo de geografia, antigo e moderno; compreendendo uma descrição completa do mundo, físico, político e histórico... Incluindo as descobertas mais recentes e os últimos arranjos territoriais., Halifax, 1845, p. 621.