Guerra de Independência da Guiné-Bissau
Guerra de Independência da Guiné-Bissau | |||
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Guerra Colonial Portuguesa | |||
Placa comemorativa na declaração unilateral de independência da Guiné-Bissau em 24-9-1973 em Madina de Boé | |||
Data | 23 de Janeiro de 1963 a 1974 | ||
Local | Guiné-Bissau e Guiné | ||
Desfecho | Independência da Guiné-Bissau | ||
Beligerantes | |||
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Comandantes | |||
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Forças | |||
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Baixas | |||
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A guerra de independência na Guiné começou em 23 de janeiro de 1963, com o início das acções de guerrilha na região de Tite. Ao contrário do que aconteceu em Angola, desde o início que as forças portuguesas constataram estar diante de um adversário bem organizado e militarmente eficiente. De facto, o PAIGC dispôs sempre de equipamento de qualidade e do apoio quase total do governo da Guiné-Conacri, que lhe conferia total liberdade de movimentos para empreender acções de guerrilha na fronteira sul do território.
Nos primeiros anos de guerra, a iniciativa pertenceu às forças do PAIGC, limitando-se as forças portuguesas a defender-se dentro dos seus aquartelamentos ou a responder às acções inimigas com operações de grande envergadura, mas de dúbia eficácia operacional.
Quando a Guerra Colonial Portuguesa começou na Guiné, em janeiro de 1963[3], havia já quase dois anos que as forças portuguesas combatiam, com relativo sucesso, em Angola. Este facto permitiu às autoridades portuguesas prevenirem de certa forma a possível eclosão de acções de guerrilha em Moçambique e na Guiné. Assim, quando a guerra chegou à Guiné, a guerrilha deparou-se com um dispositivo militar português que abrangia todo o território. Este dispositivo baseava-se em 7-8 batalhões do Exército Português dispostos em quadrícula. Essencialmente, cada batalhão ocupava um sector, que se subdividia em zonas de acção (ZA). Essas ZAs eram ocupadas por companhias que, apesar de integradas em batalhões, actuavam com grande autonomia logística e operacional. O objectivo destas companhias era privar o inimigo do contacto com as populações, e manter "limpa" a sua ZA. A busca e destruição do inimigo estava a cargo de forças de intervenção especializadas nessas acções (golpes de mão, acções de limpeza, etc.) - Páraquedistas, Comandos, Fuzileiros, etc.
Em 1963, o efectivo das forças do Exército Português destacadas na Guiné ascendia a 10 mil homens, que eram apoiados por meios aéreos estacionados em Bissalanca (no AB 2, depois BA 12), que incluíam 8 caças-bombardeiros F-86F.
A proclamação da independência da Guiné-Bissau teve lugar nas Colinas de Boé, a 24 de Setembro de 1973, em Lugajole, no sector de Madina do Boé.[4]
Em 1974, na sequência da Revolução de 25 de Abril, Portugal reconheceu a independência de Guiné Bissau.[5]
Galeria[editar | editar código-fonte]
Ver também[editar | editar código-fonte]
- Guerra de Independência de Angola
- Guerra da Independência de Moçambique
- Guerra Colonial Portuguesa
- Lista de movimentos de libertação
Referências
- ↑ https://www.jstor.org/stable/174815?seq=1
- ↑ a b c Twentieth Century Atlas - Death Tolls
- ↑ Newton Carlos (31 de março de 1963). «As Guerras de Salazar». Jornal do Brasil, ano LXXII, edição 75, Caderno Especial, página 3/republicado pela Biblioteca Nacional - Hemeroteca Digital Brasileira. Consultado em 26 de fevereiro de 2023
- ↑ Baldé, Bacar. Reportagem: Exploração do bauxite à vista em Boé - Gbissau.com. 2012
- ↑ Irineu Guimarães e Gervásio Baptista (5 de outubro de 1974). «Guiné Bissau: a mais nova nação do mundo fala português». Manchete, ano 21, edição 1172, páginas 110-113/republicado pela Biblioteca Nacional - Hemeroteca Digital Brasileira. Consultado em 26 de fevereiro de 2023
- Guerras envolvendo Portugal
- Guerra Colonial Portuguesa na Guiné-Bissau
- História da Guiné-Bissau
- Século XX em Portugal
- Guerras de independência
- Guerras envolvendo a Guiné-Bissau
- Conflitos em 1963
- Conflitos em 1964
- Conflitos em 1965
- Conflitos em 1966
- Conflitos em 1967
- Conflitos em 1968
- Conflitos em 1969
- Conflitos em 1970
- Conflitos em 1971
- Conflitos em 1972
- Conflitos em 1973
- Conflitos em 1974
- Relações entre Guiné-Bissau e Portugal