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Recente pesquisa baseada em [[ácido desoxirribonucleico]] comprovou que todas as variedades da batata descendem de uma única variedade de planta originária do sul do Peru. Esta mesma pesquisa evocou evidências arqueológicas de que o vegetal ali já era cultivado há 7 000 anos para efeitos de [[alimentação]] humana. Ainda em nossos dias, nos países andinos, se produz e se comercializa ordinariamente mais de duzentas variedades diferentes de batatas. Actualmente, a cultura mundial atinge a cifra de cerca de 300 000 000 toneladas por ano.
Recente pesquisa baseada em [[ácido desoxirribonucleico]] comprovou que todas as variedades da batata descendem de uma única variedade de planta originária do sul do Peru. Esta mesma pesquisa evocou evidências arqueológicas de que o vegetal ali já era cultivado há 7 000 anos para efeitos de [[alimentação]] humana. Ainda em nossos dias, nos países andinos, se produz e se comercializa ordinariamente mais de duzentas variedades diferentes de batatas. Actualmente, a cultura mundial atinge a cifra de cerca de 300 000 000 toneladas por ano.


A batata é rica em grãos de [[amido]], armazenados nos [[amiloplasto]]s.
A batata é rica em grãos de lixo [
, armazenados nos [[amiloplasto]]s.


A batata tem [[vitamina]]s B e C e é rica em [[ferro]] e [[zinco]]
A batata tem [[vitamina]]s B e C e é rica em [[ferro]] e [[zinco]]

Revisão das 15h04min de 4 de junho de 2012

 Nota: Para outros significados, veja Batata (desambiguação).
Como ler uma infocaixa de taxonomiaBatata
Pilha de batatas
Pilha de batatas
Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Solanales
Família: Solanaceae
Género: Solanum
Espécie: S. tuberosum
Nome binomial
Solanum tuberosum
L.

Batata, batata-inglesa[1], batatinha[1], escorva[1], papa[1] ou semilha[2] (Solanum tuberosum) é um vegetal perene da família das solanáceas, originária da América do Sul e cultivada em todo o mundo pelos seus tubérculos comestíveis.

Existem seis outras espécies do género Solanum, com menor importância. A relação da batata com a batata-doce é bem pequena porque os vegetais não compartilham do mesmo gênero ou família, fazendo parte apenas da mesma ordem. Actualmente, cultivam-se milhares de variedades de batata.

Etimologia

"Batata" origina-se do termo taino batata[1]. Ainda que também seja apontada outra origem, baseada no quíchua papa. "Semilha" origina-se do castelhano semilla, "semente".

Origem

Plantação de batata na Região Sul do Brasil, onde também é conhecida como batata-inglesa.

A batata é originária do altiplano dos Andes. Em 1570, foi levada do Peru para a Europa pelos conquistadores espanhóis como mera curiosidade botânica. Com o passar do tempo, se tornou um dos vegetais mais utilizados na alimentação humana em todo o mundo.

A batata já era cultivada pelos habitantes da América do Sul desde eras imemoriais. Os mais antigos restos destes tubérculos cultivados (e também de batata-doce) foram encontrados dentro de cavernas situadas a cerca de 2 800 metros de altitude no canion Chilca na região costeira do Peru (a 65 quilômetros a sudeste da capital Lima). Estes restos (como o substrato que os continha) foi datado de 8000 a.C. período glaciário do fim do pleistoceno, quando aqueles planaltos andinos estavam cobertos de gelo.

Recente pesquisa baseada em ácido desoxirribonucleico comprovou que todas as variedades da batata descendem de uma única variedade de planta originária do sul do Peru. Esta mesma pesquisa evocou evidências arqueológicas de que o vegetal ali já era cultivado há 7 000 anos para efeitos de alimentação humana. Ainda em nossos dias, nos países andinos, se produz e se comercializa ordinariamente mais de duzentas variedades diferentes de batatas. Actualmente, a cultura mundial atinge a cifra de cerca de 300 000 000 toneladas por ano.

A batata é rica em grãos de lixo [


, armazenados nos amiloplastos.

A batata tem vitaminas B e C e é rica em ferro e zinco

Variedades

O número de variedades de batata é bastante considerável, conhecendo-se actualmente mais de 3 000. As mais cultivadas são:

Variedades de casca vermelha

  • Asterix: híbrido (Cardinal x SVP Ve 709) de casca vermelha e polpa bastante amarela, com maturação semiprecoce a semitardia e rendimento alto, produz tubérculos de forma oval-alongada de tamanho grande e com um teor de matéria seca alto. É susceptível a alguns vírus sendo muito susceptível ao ataque da phytophthora nas folhas. Destina-se ao consumo em fresco e em batatas fritas.
  • Bartina: híbrido (Saturna x ZPC 62-75) de casca vermelha e polpa bastante amarela, com maturação semiprecoce a semitardia e rendimento muito alto, produz tubérculos de forma redondo-ovalada de tamanho muito grande e com um teor de matéria seca baixo. Possui boa resistência à maioria dos vírus sendo moderadamente resistente ao ataque da phytophthora nas folhas. Destina-se ao consumo em fresco.
  • Désirée: híbrido (Urgenta x Depeche) de casca vermelha e polpa amarela clara, com maturação semiprecoce a semitardia e rendimento alto, produz tubérculos de forma oval-alongada de tamanho grande e com um bom teor de matéria seca. Possuí boa resistência a diversos vírus sendo muito susceptível ao ataque da phytophthora nas folhas. Destina-se ao consumo em fresco e em batatas fritas.
  • Kondor: híbrido (KO 61-333 x Wilja) de casca vermelha e polpa amarela clara, com maturação semiprecoce a semitardia e rendimento muito alto, produz tubérculos de forma oval-alongada de tamanho muito grande e com um teor de matéria seca muito baixo. Possuí resistência a diversos vírus sendo moderadamente resistente ao ataque da phytophthora.
  • Raja: híbrido (Elvira x CB 70-162-23) de casca vermelha e polpa bastante amarela, com maturação semiprecoce a semitardia e rendimento muito alto a alto, produz tubérculos de forma oval de tamanho grande e com um teor de matéria seca bom a moderado. Possui resistência à maioria dos vírus, sendo susceptível ao ataque da phytophthora nas folhas. Destina-se ao consumo em fresco, batatas fritas e batatas fritas de pacote.
  • Romano: híbrido (Draga x Désirée) de casca vermelha e polpa branco amarelado, com maturação semiprecoce e bom rendimento, produz tubérculos de forma redondo-ovalada de tamanho grande e com um teor de matéria seca moderado a baixo. Possui resistência a alguns vírus sendo muito susceptível ao ataque da phytophthora nas folhas. Destina-se ao consumo em fresco.

Variedades de casca amarela

  • Alaska: híbrido (Mondial x Inra 79.84.88) de casca amarela e polpa amarelo-esbranquiçada, com maturidade medianamente precoce e alto rendimento, podendo apresentar até onze tubérculos por planta. É uma variedade adequada para climas mais quentes, especialmente mediterrânicos.
  • Aminca: híbrido (Resy x Amaryl) de casca amarela e polpa amarelo-clara, com maturação de muito precoce a precoce e rendimento alto. Produz tubérculos de forma oval-alongada de tamanho grande e com um teor de matéria seca moderado. Possui boa resistência à maioria dos vírus, sendo muito susceptível ao ataque da phytophthora nas folhas. Destina-se ao consumo em batatas fritas.
  • Baraka: híbrido (SVP 50-358 x Avenir) de casca amarela clara e polpa amarela clara, com maturação tardia e rendimento muito alto, produz tubérculos de forma oval de tamanho muito grande e com um teor de matéria seca alto a bom. Possui resistência à maioria dos vírus, sendo muito susceptível ao ataque da phytophthora nas folhas. Destina-se ao consumo em batatas fritas e batatas fritas de pacote.
  • Bintje: híbrido (Munstersen x Fransen) de casca amarela e polpa amarelo-clara, com maturação semiprecoce a semitardia e rendimento muito alto a alto, produz tubérculos de forma oval-alongada de tamanho grande e com um teor de matéria seca bom. Possui resistência a alguns vírus sendo muito susceptível ao ataque da phytophthora nas folhas. Destina-se ao consumo em fresco, batatas fritas e batatas fritas de pacote.
  • Escort: híbrido (Rental x Cebeco 64197-16) de casca amarela e polpa amarelo-clara, com maturação semiprecoce a semitardia e rendimento muito alto, produz tubérculos de forma redondo-ovalada de tamanho grande e com um teor de matéria seca moderado. Possui resistência a alguns dos vírus que afectam a planta apresentando boa resistência ao ataque da phytophthora nas folhas. Destina-se ao consumo em fresco e batatas fritas de pacote.
  • Frieslander: híbrido (Gloria x 74 A3)de casca amarela e polpa bastante amarela, com maturação muito precoce e rendimento moderado, produz tubérculos de forma oval de tamanho grande e com um baixo teor de matéria seca. Possuí bastante resistência a diversos vírus sendo susceptível ao ataque da phytophthora nas folhas. Destina-se ao consumo em fresco.
  • Hermes: híbrido (DDR 5158 x SW 163/55) de casca amarela e polpa bastante amarela, com maturação semiprecoce a semitardia e rendimento alto. Produz tubérculos de forma redonda-ovalada de tamanho muito grande e com um teor de matéria seca de bom a moderado. Possui boa resistência a diversos vírus, sendo muito susceptível ao ataque da phytophthora nas folhas.
  • Jaerla: híbrido (Sirtema x MPI 19268) de casca amarela e polpa amarelo-clara, com maturação de muito precoce a precoce e rendimento alto. Produz tubérculos de forma redonda-ovalada de tamanho grande e com um teor de matéria seca baixo a muito baixo. Possuí resistência a diversos vírus sendo muito susceptível ao ataque da phytophthora nas folhas.
  • Kennebec: híbrido (Chippewa x Kathadin x Earlaine x W-ras) de casca amarelo-clara e polpa branca, com maturação semiprecoce a semitardia e rendimento alto, produz tubérculos de forma redonda-ovalada de tamanho muito grande a grande e com um teor de matéria seca bom. Possui resistência a diversos vírus sendo bastante resistente ao ataque da phytophthora.
  • Monalisa: híbrido (Bierma A1-287 x Colmo) criado na Holanda e hoje muito cultivada em França e em Portugal. De casca amarela e polpa amarelo-clara, com maturação semitardia e rendimento muito alto, produz tubérculos de forma oval-alongada de tamanho muito grande a grande. Possui resistência a diversos vírus, sendo susceptível ao ataque da phytophthora. Destina-se ao consumo em fresco.
  • Picasso: híbrido (Cara x Ausonia) de casca amarela e polpa amarela clara, com maturação semiprecoce a semitardia e rendimento muito alto, produz tubérculos de forma oval de tamanho muito grande a grande e com um teor de matéria seca moderado. Possuí resistência a alguns vírus sendo muito susceptível ao ataque da phytophthora nas folhas. Destina-se ao consumo em fresco.
  • Sinora: híbrido (Agria x AM 70-2166) de casca amarela e polpa amarela claro, com maturação precoce e rendimento alto, produz tubérculos de forma redondo-ovalada de tamanho grande e com um teor de matéria seca bom. Possui resistência à maioria dos vírus que afectam a planta sendo susceptível ao ataque da phytophthora nas folhas. Destina-se ao consumo em batatas fritas e batatas fritas de pacote.
  • Spunta: híbrido (Béa x USDA x 96-56) de casca amarela e polpa amarelo-clara, com maturação semiprecoce e rendimento muito alto, produz tubérculos de forma alongada de tamanho grande e com um teor de matéria seca moderado. Possui boa resistência a diversos vírus sendo muito susceptível ao ataque da phytophthora nas folhas. Destina-se ao consumo em fresco.

Doenças e Pragas

Leptinotarsa decemlineata.

Doenças

Pragas

Dados Económicos

Principais produtores - 2005
de batata (em milhões de toneladas)
 China 73,0
 Rússia 36,4
 Índia 25,0
 Ucrânia 19,5
 Estados Unidos 19,1
 Alemanha 11,2
 Polónia 11,0
 Bielorrússia 8,2
 Países Baixos 6,8
 França 6,4
Total mundial 321,1
Fonte: Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação [1]
Área dedicada à batata - 2005
(ha)
 China 4 401 500
 Rússia 3 140 000
 Ucrânia 1 514 000
 Índia 1 400 000
 Polónia 594 308
 Bielorrússia 530 000
 Estados Unidos 438 810
Roménia 285.000
 Alemanha 276 300
 Bangladesh 270 730
Total mundial 18 639 776
Fonte: FAO [2]


  • O ano de 2008 foi considerado o ano internacional da batata.[5]

Gastronomia

As batatas têm grande importância na culinária. Podem ser consumidas fritas e sem gordura fritas, assadas, ensopadas, à milaneza, à parmegiana, cruas ou cozidas. São muitas vezes consumidas quentes, como acompanhamento da refeição principal, ou frias como parte de saladas. Em alguns países elas são servidas no café da manhã, amassadas ou raladas e fritas. Outras formas de consumi-las são como purê, batata sauté e recheadas. A batata frita em tiras curtas e muito finas, chamada de batata palha, é muito usada em acompanhamentos a pratos diversos.

Ligações externas

  • [3] - Exemplifica e explica os fatores vitamínicos da batata


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Referências

  1. a b c d e FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.239
  2. "Semilha" é um regionalismo do Arquipélago da Madeira que significa batata (Consultar o verbete "semilha" do dicionário Priberam). Esta palavra deve-se aos primórdios das trocas comerciais, quando chegavam navios aos portos portugueses com mercadorias de América do Sul. Uma dessas mercadorias era a batata que vinha em sacos, nos quais estava inscrito: "Semillas de Patatas" (Sementes de Batatas). Na Madeira, começou a utilizar-se o termo semilha (semilla) e, no restante território português, batata (patata). Na Região Autónoma da Madeira, a palavra batata era, normalmente, utilizada para identificar a batata-doce. Com o passar dos anos, esta forma de nomear a batata mais comum tem vindo a perder-se, muito por causa dos novos espaços comerciais onde se utiliza o termo "batata" para designar tanto a batata-doce como a batata "normal". Como curiosidade, na Madeira existem duas "patatas"; semilha cozida e batatas fritas. Não existe semilha frita.
  3. Dias, Dolores; Isabel Magalhães (22 de abril de 2008). «O Míldio da Batateira» (PDF). Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas  Parâmetro desconhecido |acessodta= ignorado (|acessodata=) sugerido (ajuda)
  4. Santini, Ademir (março de 2003). «Manejo da requeima na cultura da batata». ABBA - Associação da Batata Brasileira. Batata Show (6). Consultado em 27 de junho de 2009 
  5. «FAO - Ano internacional da batata» 


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