Brasileirinhas

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Brasileirinhas
Brasileirinhas
Proprietário(s) Luis Alvarenga (1996-2010)
Clayton Nunes (2010 - presente)
Requer pagamento? sim
Gênero conteúdo adulto
Cadastro não obrigatório
País de origem  Brasil
Idioma(s) português, inglês
Lançamento 1996 (28 anos)
Endereço eletrônico Brasileirinhas

Brasileirinhas é uma produtora brasileira de filmes pornográficos. Considerada a maior do ramo no país, tem mais de 4 mil títulos no acervo e foi fundada por Luis Alvarenga em meados de 1996.[1]

Histórico[editar | editar código-fonte]

Foi fundada nos anos 90 por Luis Alvarenga, dono de uma locadora de filmes, e sua esposa.[2] Inicialmente, fez sucesso vendendo filmes de Carnaval, gays, trans e zoofilia.[2] Com uma kombi azul, apelidada de "Viagra", percorriam as ruas de São Paulo em busca de novas atrizes.[2]

Em 1995, o diretor da produtora Osmar Borges recrutou no Recife Mauricio Machado, o M.Max, que foi o principal diretor da produtora por mais de dez anos, até 2010.[2]

As produções com celebridades na produtora iniciaram-se em 2004[2], com o ex-ator Alexandre Frota. Sob direção de José Gaspar, hoje diretor do Canal Brasil, do grupo Globosat, Frota estrelou o filme Obsessão, produção considerada equivalente às realizadas em outros polos do cinema adulto, como Estados Unidos e Alemanha.

A fase de grandes produções continuou com as paródias de filmes do cinema tradicional. Merece citação Deusa 300, que, inspirado pelo longa norte-americano 300, chegou a ganhar prêmios europeus e privilégios.

Em 2012, a Brasileirinhas, alegadamente devido ao aumento da pirataria e ao fechamento de locadoras de vídeo, além do impacto da rede Blockbuster no Brasil, que não comercializava produtos pornográficos, uniu-se a Clayton Nunes, editor de revistas e sites adultos, notadamente os da marca Sexsites, e começou a distribuir nacionalmente filmes encartados em publicações distribuídas em bancas de jornal. Teve como grande expoente na internet o seu diretor de marketing Fábio Dias, conhecido como Fabão Pornô.

A parceria também possibilitou, em 2008, o lançamento de sites oficiais pagos - hoje, com mais de 5 milhões de usuário por mês - e do canal fechado Sexy Privé Brasileirinhas[2][3] com a Band, que foi exibido até o final de 2010.

Desde 2010 sendo propriedade de Nunes[2][4], a Brasileirinhas focou-se progressivamente na internet no mesmo ano. Hoje, caracteriza-se por produzir filmes adultos baseados em histórias extraídas da realidade cotidiana, inspirada por sites como Reality Kings e Brazzers, e mantém parceria com empresas norte-americanas, como Elegant Angel e Combat Zone, com as quais lança cinco filmes por mês.

Em maio de 2016, lançaram o filme Operação Leva Jato, cujo título é uma paródia da operação da Polícia Federal, a Operação Lava Jato, que investiga crimes de corrupção.

Em 2022, 140 filmes da produtora foram disponibilizados pelo serviço NOW da Net Claro.[5]

Atores e atrizes[editar | editar código-fonte]

No mercado brasileiro, a produtora se destacou por ter atores e atrizes pornôs de renome nacional em seu portfólio, como Kid Bengala, Monica Mattos, Vivi Fernandez e Júlia Paes, e por ter realizado produções com profissionais oriundos da tv e do cinema nacional mainstream, como Alexandre Frota, Rita Cadillac, Gretchen, Leila Lopes, Mateus Carrieri, Bruna Ferraz, Márcia Imperator e Regininha Poltergeist.

Casa das Brasileirinhas[editar | editar código-fonte]

Desde 2012, a produtora possui também um reality show online, denominado A Casa das Brasileirinhas. Inicialmente apresentado por Alexandre Frota, o programa foi comandado pelo ator Kid Bengala até 2020.[6]

Inicialmente, A Casa das Brasileirinhas consistiu em duas atrizes ou aspirantes a atrizes que disputavam entre si a participação na próxima produção da marca. Atualmente, apenas uma atriz permanece na casa e interage com o público durante a semana, gravando, ao fim desta, uma cena ao vivo.

Outros segmentos[editar | editar código-fonte]

A empresa também comercializa filmes pornográficos dirigidos ao público LGBT por meio de diferentes selos e atende os segmentos gay e transexual, além de produções contendo apenas cenas de sexo lésbico.

Referências

  1. Jordão, Cláudia. "Por que eu fiz pornô". IstoÉ, ed. 1986, 21 de novembro de 2007
  2. a b c d e f g «Brasil Para Maiores #2: Da Kombi 'viagra' à era das celebridades: a saga da Brasileirinhas». tab.uol.com.br. Consultado em 31 de março de 2023 
  3. «Canal erótico pago da Band e Brasileirinhas estréia em setembro - 12/08/2008 - UOL Televisão». televisao.uol.com.br. Consultado em 31 de março de 2023 
  4. «Produtora 'Brasileirinhas' não vai fechar». Estadão. Consultado em 31 de março de 2023 
  5. «Após 14 anos de negociação, Brasileirinhas chega à Net Claro». www.uol.com.br. Consultado em 25 de novembro de 2022 
  6. «Kid Bengala é demitido de produtora pornô após perder eleição». tvefamosos.uol.com.br. Consultado em 9 de junho de 2021 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]