Saltar para o conteúdo

Canções de Amor e Liberdade

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Canções de Amor e Liberdade
Álbum de estúdio de Taiguara
Lançamento 1983
Gravação Estúdios Reunidos, Gazeta, 1983
Gênero(s) MPB, Bossa Nova, Jazz
Duração 46:12
Idioma(s) Português, Espanhol
Formato(s) Long-play
Gravadora(s) Alvorada
Produção Oscar N. Safuán e Taiguara
Cronologia de Taiguara
Imyra, Tayra, Ipy - Taiguara
(1976)
Brasil Afri
(1994)

Canções de Amor e Liberdade é o décimo segundo álbum de estúdio do cantor, compositor e instrumentista brasileiro Taiguara, lançado no Brasil, no ano de 1983.[1] É o primeiro álbum de Taiguara desde Imyra, Tayra, Ipy - Taiguara, de 1976. Entretanto, como este álbum foi recolhido pelos militares e os concertos de lançamento impedidos, Canções de Amor e Liberdade torna-se o primeiro álbum lançado e promovido no Brasil desde Fotografias, de 1973. Fecha-se um ciclo de dez anos de afastamento entre Taiguara e o público brasileiro. O álbum contém cunho político muito mais acentuado que os demais.[2]

Gravação e temática

[editar | editar código-fonte]

É o primeiro álbum de Taiguara após seu longo afastamento forçado da música, consequência da censura prévia e recolhimento do disco Imyra, Tayra, Ipy - Taiguara, em 1976, somados às inúmeras ameaças dos militares a sua vida. Estes fatos levaram-no ao exílio na Inglaterra e, após, na Tanzânia. Canções de Amor e Liberdade foi gravado no Brasil após sua volta permitida pela Anistia. Chegando no Brasil, trazendo a carga de leituras dos revolucionários africanos (como Patrice Lumumba e Amílcar Cabral), Taiguara procura por organizações de esquerda, chegando a trabalhar como jornalista no Hora do Povo. Após isto, adere às ideias de Luiz Carlos Prestes. Em Canções de Amor e Liberdade, suas letras são muito mais politizadas que nos álbuns anteriores. Músicas como Anita, em homenagem a Anita Leocádia Prestes, Voz do Leste, em homenagem ao periódico dos comunistas alinhados a Luiz Carlos Prestes (comumente designados de Corrente Prestista), o Voz Operária, Mais Valia e Sol do Tanganica (essa lançada separadamente, em compacto), resgatando sua visão das lutas de libertação nacional em África, ganham destaque. O resgate a sua ascendência indígena também é relembrado em Guarânia Guarani e America Del Índio.[3][4]

Todas as faixas escritas e compostas por Taiguara, exceto quando referenciado. 

Lado A
N.º TítuloCompositor(es) Duração
1. "Anita"    3:03
2. "Índia" (Tradução de Taiguara)José Asunción Flores, M. Ortiz Guerrero 4:55
3. "Voz do Leste" (Participação especial de Cacique & Pajé)  2:20
4. "Mais Valia"    2:23
5. "Tchê Tajira"    3:25
6. "Moína me Sorriu"    2:56
Lado B
N.º TítuloCompositor(es) Duração
7. "O Amor da Justiça"    2:34
8. "Estrela Vermelha"  Taiguara e Glaciliano Correa Da Silva 4:37
9. "Guarânia Guarani"    3:24
10. "Marília das Ilhas"    2:55
11. "América Del Índio"    2:58
12. "Avanzada"  Oscar Nelson Safuan 2:57
  • Taiguara - Voz, piano, arranjo para cordas na faixa 1
  • Lindolfo Gaya - arranjos para corda, coral e regências
  • Oscar N. Safuán - violões, arranjo de base e direção rítmica
  • Luis Bordón - harpa paraguaya
  • Ubirajara Silva - Bandoneon
  • Joelson Lima - côco, maracas, charango e violões na faixa 8
  • Rubão - bangô, pandeiro e ganzá
  • Gabriel J. Bahlis - contra-baixo elétrico

Produção de Estúdio

[editar | editar código-fonte]
  • Lindolfo Gaya - direção musical
  • Oscar N. Safuán - produção
  • Técnico de gravação de voz (Carlos Freitas) Sir Laboratório de Som e Imagem - Curitiba.

Referências

Ligações externas

[editar | editar código-fonte]