Canções de Amor e Liberdade é o décimo segundo álbum de estúdio do cantor, compositor e instrumentista brasileiro Taiguara, lançado no Brasil, no ano de 1983.[1] É o primeiro álbum de Taiguara desde Imyra, Tayra, Ipy - Taiguara, de 1976. Entretanto, como este álbum foi recolhido pelos militares e os concertos de lançamento impedidos, Canções de Amor e Liberdade torna-se o primeiro álbum lançado e promovido no Brasil desde Fotografias, de 1973. Fecha-se um ciclo de dez anos de afastamento entre Taiguara e o público brasileiro. O álbum contém cunho político muito mais acentuado que os demais.[2]
É o primeiro álbum de Taiguara após seu longo afastamento forçado da música, consequência da censura prévia e recolhimento do disco Imyra, Tayra, Ipy - Taiguara, em 1976, somados às inúmeras ameaças dos militares a sua vida. Estes fatos levaram-no ao exílio na Inglaterra e, após, na Tanzânia. Canções de Amor e Liberdade foi gravado no Brasil após sua volta permitida pela Anistia. Chegando no Brasil, trazendo a carga de leituras dos revolucionários africanos (como Patrice Lumumba e Amílcar Cabral), Taiguara procura por organizações de esquerda, chegando a trabalhar como jornalista no Hora do Povo. Após isto, adere às ideias de Luiz Carlos Prestes. Em Canções de Amor e Liberdade, suas letras são muito mais politizadas que nos álbuns anteriores. Músicas como Anita, em homenagem a Anita Leocádia Prestes, Voz do Leste, em homenagem ao periódico dos comunistas alinhados a Luiz Carlos Prestes (comumente designados de Corrente Prestista), o Voz Operária, Mais Valia e Sol do Tanganica (essa lançada separadamente, em compacto), resgatando sua visão das lutas de libertação nacional em África, ganham destaque. O resgate a sua ascendência indígena também é relembrado em Guarânia Guarani e America Del Índio.[3][4]