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Capela (Sergipe): diferenças entre revisões

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M I N H A C A P E L A – Lizaldo Vieira
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Poema do poeta capelense - Lizaldo Vieira em homenagem a cidade de Capela

M I N H A C A P E L A – Lizaldo Vieira
Canto pra minha terra
Capela
Capelinha da purificação
Tem cheiro
Dos tabuleiros
Caldo de cana
Povo bravo
Batalhador
Festivo por natureza
Coisa linda
Arranjo de flores dos campos
Poema drumondiano
Doce de caju
Suco de mangaba
Maracuja
Goiaba
Cantinho dos ares nordestinos
Doce janela
Do território sergipano
Cantinho nordestino
Minha doce porta do tempo
Templo dos tabuleiros
De Sergipe Del rei
Templo brasileiro da cana pitu
Do mel de engenho
Comido com farinha
E do cabaú
Garapa do gado
Terreiro de negros
Senhores donatários
Vida e trabalho
Escravo
Vai e vem de imigrantes
Minha água doce de banhar
Na bica
Tá La
A Matam do Junco
Lá na capela
Minha cidade
Sou mais voce
Porque sei o que digo
MInha Rainha
Bela
Perfume dos tabuleiros
Uma válvula de escape pra vida
Biodiversa
Um monumento da natureza
Pro ícone guigó
Mata atlântica
Sobrevivente
Do império da cana
Lá na capela tem sim
Uma mata de festa
Depois do mastro
Sobrevive
Intacta
Por sua gente é perdoada
Os explorados
E exploradores
Pois quem não pede o perdão
Nunca será perdoado
Um amor proibido
Possível
Pois quem pede o perdão
Nunca é perdoado
Quero um dia beber da água de sua juventude
Ser índios escondido na Bica
Mergulhar nas águas límpidas
Gélidas
Escorrendo no lagartixo
Minando na mata
Lagrimas do junco
Quero contemplar nossa santa bonita
De rosto rosado
Por todos amada
Nossa senhora rainha dos tabuleiros
Da purificação
Sou compatrício
Do querido torrão
Fixação de Luís de Andrade Pacheco
Perpétua de Matos França
Eraldo Barbosa
Maoel Cardoso
Ariovaldo Barreto
Rosa Faria
Zuleica Andrade
Celeste Arimateia
Minha tia Neusa
Sukita prefeito
Meu doce cheiro verde
De mato
Pitomba
Araticum da mata
Jenipapo
Cristal de açúcar
Meu melaço de cana madura
Álcool anidro
Energia verdejante
Querido Tabuleiro da Cruz
Canto meu torrão tabuleiro
Pois é lá que tudo é gerado
Multiplicado
Se cria
Tô nessa missão
Armado
Enfeitando o palco de rebeldes
Para enfrentar
Seus trangressores

Revisão das 01h34min de 11 de abril de 2011

'Texto a negrito'

Capela
  Município do Brasil  
Hino
Gentílico capelense
Localização
Localização de Capela em Sergipe
Localização de Capela em Sergipe
Localização de Capela em Sergipe
Capela está localizado em: Brasil
Capela
Localização de Capela no Brasil
Mapa
Mapa de Capela
Coordenadas 10° 30' 10" S 37° 03' 10" O
País Brasil
Unidade federativa Sergipe
Municípios limítrofes Aquidabã, Muribeca, Japaratuba, Rosário do Catete, Siriri, Nossa Senhora das Dores e Cumbe.
Distância até a capital 67 km
História
Fundação 1835
Administração
Prefeito(a) Manoel Messias Sukita Santos
Características geográficas
Área total [1] 440,716 km²
População total (IBGE/2010[2]) 30 769 hab.
Densidade 69,8 hab./km²
Clima Não disponível
Altitude 162 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2000[3]) 0,615 médio
PIB (IBGE/2008[4]) R$ 147 843,447 mil
PIB per capita (IBGE/2008[4]) R$ 5 141,31

Capela é um município brasileiro do estado de Sergipe.

História

Quando, em princípios do século XVIII, o capitão Luís de Andrade Pacheco e sua mulher, Perpétua de Matos França, fixaram residência em terras situadas entre o rio Japaratuba e a localidade de Coité, já os tupinambás as haviam abandonado, tangidos pela proximidade do homem branco. O sentimento religioso do casal determinou a doação, por escritura lavrada no tabelionato de Santo Amaro das Brotas, da quantia de cem mil réis, destinada à construção de uma capela sob o orago de N. S.ª da Purificação, no sítio enominado Tabuleiro da Cruz, em 1735. Dois anos depois, estava a capela construída. A freqüência de missas e de festejos promovidos pelo padre Luís de Andrade Pacheco, filho dos doadores, atraiu moradores circunvizinhos, que construíram novas casas e ranchos nas proximidades.

O plantio do algodão, a cultura da cana e o açúcar fomentaram o comércio e expandiram a localidade. No princípio do corrente século, o progresso do Município marchava mais vivo com a mecanização de sua indústria açucareira, datando de 1914 a primeira usina de açúcar cristal. Em 1915, o ramal ferroviário Murta-Capela ligou-o aos municípios servidos pela Viação Férrea Federal Leste Brasileiro, inclusive às capitais Aracaju e Salvador, o que, sem dúvida, Ihe propiciou notável desenvolvimento.

O distrito deve sua criação ao Alvará de 9 de fevereiro de 1813. Em virtude da Resolução do Conselho do Govêrno, aprovada pela Lei provincial de 19 de fevereiro de 1835, criou-se o Município, sob a denominação de N. S.ª da Purificação da Capela, com território desmembrado do Têrmo da Vila de Santo Amaro das Brotas.

Até a década de 80 (Século XX), Capela posuía usinas de beneficiamento de cana-de-açúcar, chegando a ter três delas, declinando até chegar a nenhuma. A época das usinas proporcionou riqueza e fama a algumas famílias locais e sustento à população. Hoje a principal atividade do município é a criação de rebanhos de leite e corte.

Lampião em Capela

Assim como outras cidades da região, Capela foi visitada por Lampião na época do cangaço.

Lampião esteve em Capela por duas vezes. Na primeira, em 24 de outubro de 1929, mandou chamar o prefeito Antão Correia de Andrade para que entrasse na cidade com ele. Virgulino passou no telégrafo e depois foi ao Cine-Teatro Capela. Filme mudo e orquestra tocando. Depois que Lampião entrou, as luzes se acenderam e o povo começou a querer sair. “Daqui ninguém sai e quem correr vê o gosto da bala atrás”, teria dito Lampião. O juiz correu, conseguiu pular o muro e se escondeu num convento.

O filme era Anjos das Ruas, de Janet Gaynor. Lampião mandou que a luz fosse apagada e que o filme continuasse. Disse ao jornalista Zózimo Lima que nenhuma notícia dele era para ser dada. Lampião não gostou do filme e saiu. Ele teria pedido ao prefeito 20 mil contos de réis, mas Antão só tinha 5 e ele aceitou.

Em seguida, Lampião e o bando foram a uma pensão e lá almoçaram. A turma foi para a Estação de Trem à espera de soldados que vinham da Bahia. Mas nada de soldados. Depois de receber o dinheiro, de fazer algumas compras e pagar e de ganhar um livro sobre a vida de Jesus, Lampião reuniu o bando e foi embora.

Em outubro de 1931, Lampião e o bando voltam a Capela. Fazem alguns reféns nas fazendas e manda o irmão do vigário informar que entraria de novo na cidade. O recado foi dado, mas desta vez um grande grupo de moradores (inclusive mulheres) se organizou, armou-se e ficou escondido nas torres da igreja. Lampião achou demorado o recado, entra na cidade e é recebido com chumbo.

Fazendo referência aos tiros que vinham das torres da igreja de Nossa Senhora da Purificação, Lampião teria dito: “Vamos embora que nesta cidade até os santos atiram”. Virgulino ficou nos arredores da cidade e teria praticado uma série de crimes. O Jornal da Tarde, de São Paulo, em 30 de julho de 1973, conta as histórias de Lampião em Capela.

Hoje, Capela é representada pelo Sr Manoel Messias dos Santos, o Sukita - Prefeito de Capela-SE

Datas marcantes

  • 1824 - A capelinha que deu origem ao município foi destruída
  • 1882 - Hospital de Caridade São Pedro de Alcântara
  • 1901 - Construção da igreja de Senhor dos Aflitos
  • 1914 - Fundação da primeira usina de açúcar
  • 1918 - Fundação do Rio Branco Esporte Clube
  • 1918 - Fundação do Grupo Escolar Coelho e Campos
  • 1921 - Criação da Sociedade Cultural Casa do Livro
  • 1929 - Fundação do Colégio Imaculada Conceição
  • 1935 - Inauguração da “Águia” como marco do município
  • 1939 - Criação da Festa do Mastro
  • 1968 - Capela foi sede do Governo do Estado durante três dias

Formação administrativa

A Lei n.° 1.331, de 28 de agosto de 1888, concedeu à sede municipal foros de cidade. Até 1954, era composto de um só distrito, quando sofreu reformulação administrativa, pela Lei n.° 554, de 6 de fevereiro, passando a 4: Capela (sede), Barracas, Miranda e Pedras. Atualmente conserva tal composição.

Geografia

Localiza-se a uma latitude 10º30'12" sul e a uma longitude 37º03'10" oeste, estando a uma altitude de 162 metros. Sua população estimada em 2004 era de 27 243 habitantes.

Possui uma área de 431,9 km².

Turismo

Atualmente, Capela é famosa pela sua festa de São Pedro, onde centenas de foliões buscam nas matas próximas à cidade e erguem numa das praças um "mastro", árvore escolhida para levar em seus galhos superiores prêmios que serão posteriormente disputados em meio a uma "guerra" de rojões. Estes prêmios são ofertados pelo comércio local, sendo captados no evento conhecido como "Sarandaia", que ocorre no 1º dia do mês de junho, quando um habitante local, travestido de "baiana", passa de porta em porta acompanhado por banda de pífanos e foliões.

Ao cair da noite, uma imensa fogueira é acessa aos pés do mastro e, enquanto este queima, é travada uma guerra de "espadas", "busca-pés" e "limalhas", todos derivações de rojões. Assim que o mastro cai os "combatentes" se lançam sobre ele à cata dos tais prêmios.

Outra diversão para os moradores da cidade é a "bica", nascedouro de áquas límpidas e gélidas, localizada numa belíssima área de mata protegida.

Algumas lendas e a festa do mastro

Em Capela existe uma série de lendas, muitas festas folclóricas e a principal Festa do Mastro:

Lenda da Bica - Os índios das tribos Tupã e Tupinambá eram inimigos. O cacique dos Tupã tinha uma linda filha, Bica, que se apaixonou pelo filho do cacique Tupinambá, o Beca. Um amor proibido, impossível. Um dia, os dois jovens índios foram flagrados pelo pai de Bica. Beca e Bica foram mortos e no lugar onde isso aconteceu nasceram minadores de água límpida. Acredita-se que a água sejam as lágrimas dos índios assassinados.

Lenda da Igreja do Amparo - Acredita-se que do Cruzeiro até os fundos da Igreja Nossa Senhora do Amparo, à meia-noite, se alguém colocar o ouvido no chão ouve barulho forte de água corrente. Uns acreditam ser uma “perna” do Rio São Francisco.

Festa do Mastro - Ela surgiu em 1939 por iniciativa de João Nelson de Melo, Napoleão, Anderson Melo(Derson) e outros. No dia 29 de junho, junto com seus irmãos e amigos, fez uma festa simples na Rua da Palmeira. Os anos passavam e a festa crescia. No noite de 31 de maio, o grupo folclórico da Sarandaia sai pelas ruas para acordar São João e pedem prêmios para serem pendurados num mastro que será arrancado na festa de São Pedro. No dia 28 de junho um homem vestido de baiana também sai pelas ruas pedindo prêmios para colocar no mastro. No dia 29, pela manhã, a multidão sai para a mata do junco, buscar uma grande arvore que é marcada no dia de Corpus Christi. A árvore é levada num cortejo para a cidade.ao chegar na frente da casa do Sr. Derson, o representante da família Melo "Carlos Lúcio" (filho do senhor Derson q antes de morrer deixou o filho como seu representante)sobe em cima do Mastro e conduz até a praça de são pedro onde é infincado. A lama é ingrediente básico da festa. À noite tem a queima do mastro, que tomba e os prêmios são coletados. Nesse momento tem o Grito da Vitória e a guerra de busca-pés.

Referências

  1. IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 dez. 2010 
  2. «Censo Populacional 2010». Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de novembro de 2010. Consultado em 11 de dezembro de 2010 
  3. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008 
  4. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 dez. 2010 
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Poema do poeta capelense - Lizaldo Vieira em homenagem a cidade de Capela

M I N H A C A P E L A – Lizaldo Vieira Canto pra minha terra Capela Capelinha da purificação Tem cheiro Dos tabuleiros Caldo de cana Povo bravo Batalhador Festivo por natureza Coisa linda Arranjo de flores dos campos Poema drumondiano Doce de caju Suco de mangaba Maracuja Goiaba Cantinho dos ares nordestinos Doce janela Do território sergipano Cantinho nordestino Minha doce porta do tempo Templo dos tabuleiros De Sergipe Del rei Templo brasileiro da cana pitu Do mel de engenho Comido com farinha E do cabaú Garapa do gado Terreiro de negros Senhores donatários Vida e trabalho Escravo Vai e vem de imigrantes Minha água doce de banhar Na bica Tá La A Matam do Junco Lá na capela Minha cidade Sou mais voce Porque sei o que digo MInha Rainha Bela Perfume dos tabuleiros Uma válvula de escape pra vida Biodiversa Um monumento da natureza Pro ícone guigó Mata atlântica Sobrevivente Do império da cana Lá na capela tem sim Uma mata de festa Depois do mastro Sobrevive Intacta Por sua gente é perdoada Os explorados E exploradores Pois quem não pede o perdão Nunca será perdoado Um amor proibido Possível Pois quem pede o perdão Nunca é perdoado Quero um dia beber da água de sua juventude Ser índios escondido na Bica Mergulhar nas águas límpidas Gélidas Escorrendo no lagartixo Minando na mata Lagrimas do junco Quero contemplar nossa santa bonita De rosto rosado Por todos amada Nossa senhora rainha dos tabuleiros Da purificação Sou compatrício Do querido torrão Fixação de Luís de Andrade Pacheco Perpétua de Matos França Eraldo Barbosa Maoel Cardoso Ariovaldo Barreto Rosa Faria Zuleica Andrade Celeste Arimateia Minha tia Neusa Sukita prefeito Meu doce cheiro verde De mato Pitomba Araticum da mata Jenipapo Cristal de açúcar Meu melaço de cana madura Álcool anidro Energia verdejante Querido Tabuleiro da Cruz Canto meu torrão tabuleiro Pois é lá que tudo é gerado Multiplicado Se cria Tô nessa missão Armado Enfeitando o palco de rebeldes Para enfrentar Seus trangressores