CoffeeScript

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CoffeeScript
Paradigma Multiparadigma: imperativa, baseada em protótipos, funcional, script
Surgido em 2009
Última versão 2.3.1 (22 de maio de 2018)
Criado por Jeremy Ashkenas
Estilo de tipagem Dinâmica, fraca
Influenciada por JavaScript, Python, Ruby, Haskell, YAML, Perl
Influenciou Dart
Licença: Licença MIT
Página oficial CoffeeScript.org

CoffeeScript é uma linguagem de programação que transcompila para JavaScript. A linguagem adiciona elementos de sintaxe inspirados no Ruby, Python e Haskell[1] para aprimorar a leitura e concisão do JavaScript, adicionando características sofisticadas como compreensão de lista e Casamento de padrões. CoffeeScript compila em JavaScript e os programas podem ser escritos com menos código, tipicamente com 1/3 a menos de linhas, sem efeito na performance.[2] Desde 16 de Março de 2011, CoffeeScript está na lista de projetos mais observados do GitHub[3] e desde 29 de Agosto de 2012 é a décima primeira linguagem mais popular do GitHub.[4]

A linguagem tem bastante seguidores na comunidade Ruby. CoffeeScript passou a ser suportado na versão 3.1 do Ruby on Rails[5] Adicionalmente, Brendan Eich fez referencia ao CoffeeScript como uma influência nas suas ideias para o futuro do JavaScript.[6][7]

História[editar | editar código-fonte]

Em 13 de Dezembro de 2009, Jeremy Ashkenas fez o primeiro commit Git do CoffeeScript com o comentário: "initial commit of the mystery language."[8] O compilador foi escrito em Ruby. Em 24 de Dezembro, foi lançada a primeira versão documentada, 0.1.0. Em 21 de Fevereiro de 2010, ele commitou a versão 0.5, que substituía o compilador em Ruby por um escrito puramente em CoffeeScript. Até aquele momento o projeto havia atraído diversos contribuidores no GitHub, e recebia mais de 300 acessos por dia.

Em 24 de dezembro de 2010, Ashkenas anunciou o lançamento da versão estável 1.0.0 para Hacker News, o site onde o projeto foi anunciado pela primeira vez.[9][10]

Sintaxe[editar | editar código-fonte]

Muitas declarações de JavaScript são usáveis como expressões em CoffeeScript, por exemplo if, switch e for. Estas estruturas de controles também possuem versões pós-fixadas.

Um princípio geral é que muitos parenteses e chaves desnecessários podem ser descartados, através do uso da indentação que denota blocos de código, chamadas de funções são explicitas (os parenteses podem ser descartados), literais de objetos acabam sendo detectados automaticamente.

Exemplos[editar | editar código-fonte]

Uma rotina comum em JavaScript usando a biblioteca jQuery é:

$(document).ready(function () {
  // Código aqui
});

Ou apenas:

$(function () {
  // Código aqui
});

Em CoffeeScript, a palavra-chave function é substituida pelo simbolo ->, e a indentação é usada no lugar das chaves, como em outras linguagens como Python e Haskell. Também, geralmente é possível omitir os parenteses. Sendo assim, o código em CoffeeScript equivalente a rotina acima é

$(document).ready ->
  # Código aqui

Ou:

($ document).ready ->
  # Código aqui

Ou apenas:

$ ->
  # Código aqui

Existe interpolação de Strings entre aspas duplas:

$ ->
  i = 10
  alert "usando interpolação para mostrar que i = #{i}"

Existem ranges:

for i in [3..20]
  alert i

Compilação[editar | editar código-fonte]

O compilador de CoffeeScript foi escrito em CoffeeScript (bootstraping) desde a versão 0.5 e está disponível como módulo Node.js; porém, o núcleo do compilador não utiliza o Node.js e pode ser executado em qualquer ambiente JavaScript.[11] Uma alternativa para o módulo Node.js é o Plugin Coffee Maven, um plugin para o popular Apache Maven. O plugin faz uso do motor JavaScript Rhino escrito em Java.

O site oficial em CoffeeScript.org possuí um botão "Try CoffeeScript" na barra de menu; clicando abre uma janela onde o usuário pode inserir CoffeeScript, ver a saída JavaScript e executar diretamente do navegador. O js2coffee[12] disponibiliza tradução bi-direcional.

Problemas conhecidos[editar | editar código-fonte]

  • CoffeeScript é muito sensível a espaços em branco
  • O compilador realiza diagnósticos bem rudimentares em caso de erros
  • Regras de prioridade não são sempre intuitivas causando sub-expressões terminando em lugares não esperados

Adesão[editar | editar código-fonte]

Em 13 de setembro de 2012, Dropbox anunciou que seu código havia sido reescrito de JavaScript para CoffeeScript.[13] Entretanto, o código foi reescrito novamente para TypeScript em 2017.[14]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. The Changelog. Episode 0.2.9 - CoffeeScript with Jeremy Ashkenas Arquivado em 5 de maio de 2012, no Wayback Machine. 23 de Julho de 2010
  2. Read Write Hack. Interview with Jeremy Ashkenas Arquivado em 19 de maio de 2012, no Wayback Machine. 7 de Janeiro de 2011
  3. Github. Popular Watched Repositories Arquivado em 19 de abril de 2010, no Wayback Machine.
  4. GitHub. CoffeeScript Arquivado em 12 de abril de 2010, no Wayback Machine.
  5. Peek, Joshua. Tweet by Rails Core Team Member 13 de Abril de 2011
  6. Eich, Brendan. "Harmony of My Dreams"
  7. Eich, Brendan. "My JSConf.US Presentation"
  8. Github. 'initial commit of the mystery language'
  9. Hacker News. CoffeeScript 1.0.0 announcement por Jeremy Ashkenas em 24 de Dezembro de 2010
  10. Hacker News. Anúncio original do Coffeescript por Jeremy Ashkenas em 24 de Dezembro de 2009
  11. «Cópia arquivada». Consultado em 12 de outubro de 2011. Arquivado do original em 27 de dezembro de 2009 
  12. «jscoffee» 
  13. https://tech.dropbox.com/?p=361 Dropbox dives into CoffeeScript em 13 de Setembro de 2012
  14. Goldstein, David (13 de maio de 2020). «The Great CoffeeScript to Typescript Migration of 2017» (em inglês). Dropbox. Consultado em 6 de agosto de 2020 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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