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Eritroblastose fetal: diferenças entre revisões

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== Como ocorre ==
== Como ocorre ==
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Ocorre quando uma mãe de [[Factor Rhesus|Rh-]] que já tenha tido uma criança com [[Factor Rhesus|Rh+]] (ou que tenha tido contacto com [[sangue]] Rh+, numa [[transfusão de sangue]] que não tenha respeitado as regras devidas) dá à luz uma criança com Rh+. Depois do primeiro parto, ou da transfusão acidental, o sangue da mãe entra em contacto com o sangue do feto e cria [[anticorpo]]s contra os [[antígeno]]s presentes nas [[hemácia]]s caracterizadas pelo [[Factor Rhesus|Rh+]]. Durante a segunda [[gravidez]], esses anticorpos podem atravessar a [[placenta]] e provocar a [[hemólise]] do sangue da segunda criança. Esta reação nem sempre ocorre e é menos provável se a criança tiver os antigénos A ou B e a mãe não os tiver.
Os anticorpos [[anti-Rh]] não existem naturalmente no [[sangue]] das pessoas, sendo fabricados apenas por indivíduos Rh-, quando estes recebem [[transfusões]] de sangue Rh+. Pessoas Rh+ nunca produzem anticorpos [[anti-Rh]], pois se o fizessem provocariam a destruição de suas próprias [[hemácias]].
No passado, a incompatibilidade podia resultar na morte da mãe ou do feto, sendo, também, uma causa importante de incapacidade a longo prazo - incluindo danos [[cérebro|cerebrais]] e insuficiência [[fígado|hepática]]. A situação era tratada através da transfusão do sangue do bêbê, caso este sobrevivesse, logo após o nascimento ou, mais raramente (e com alguma controvérsia) através de [[terapia fetal]], como em [[1963]] - altura em que se realizou a primeira transfusão de sangue a um [[feto]], em Salvador-Bahia. Hoje, com 50 anos Raimundo é um adulto saudável, locutor de rádio. A transfusão foi um sucesso, apesar de a prática já não ser mais comum. Hoje pode-se tratar com alguns [[antisoro]]s anti-Rh(+) ([[Mathergan]], [[Partogama]], [[Rhophylac]] ou [[RhoGAM]] - esta última também designada por ''imunoglobulina anti-D'', em referência ao antigénio D, o mais importante antigénio do factor Rh). Nesse caso, sempre que uma mãe tenha sangue RhD negativo (o D refere-se especificamente ao antigénio D - não aparece nas habituais análises para determinação do [[grupo sanguíneo]]), é importante saber o tipo sanguineo do pai. Exames intra utero para saber o tipo sanguineo do bebê são contra indicados, para que não haja troca. A injecção de [[imunoglobulina]] pode ser administrada algumas semana antes do parto ou nas primeiras 72 horas após o parto, de forma a impedir a formação dos anticorpos que poderiam criar complicações nas gestações seguintes.


== Sensibilização materna ==
== Sensibilização materna ==

Revisão das 20h29min de 10 de julho de 2013

A eritroblastose (do grego eritro, "vermelho" e blastos, "germe", "broto") fetal, doença de Rhesus, doença hemolítica por incompatibilidade Rh ou doença hemolítica do recém-nascido é quando o sangue de um feto sofre hemólise, ou seja, é aglutinado pelos anticorpos do sangue da mãe.

Como ocorre

n interessa

Sensibilização materna

Mulheres Rh- produzem anticorpos anti-Rh ao gerarem filhos Rh+. Durante a gravidez, e principalmente na hora do parto, ocorrem rupturas na placenta, com passagem de hemácias da criança Rh+ para a circulação da mãe. Isso estimula a produção de anticorpos anti-Rh e adquirir a memória imunitária, ficando sensibilizada quanto ao fator Rh.

Na primeira gravidez a sensibilização é geralmente pequena e o nível de anticorpos no sangue não chega a afetar a criança. Na hora do parto, porém, a sensibilização é grande, de modo que, em uma segunda gestação, se o feto for Rh+, o sistema imunológico já está preparado e "vacinado" contra o fator Rh+, os anticorpos anti-Rh atravessam a placenta e destroem as hemácias fetais, processo que ocorre incessantemente ao longo de todo período da gestação, facilitando assim um aborto natural.

Sintomas e tratamento

A destruição das hemácias leva à anemia profunda, e o recém-nascido adquire icterícia (pele amarelada), devido ao acúmulo de bilirrubina, produzida no fígado a partir de hemoglobina das hemácias destruídas. Como resposta à anemia, são produzidas e lançadas no sangue hemácias imaturas, chamadas de eritroblastos. A doença é chamada de Eritroblastose Fetal pelo fato de haver eritroblastos em circulação ou doença hemolítica do recém-nascido.

Se o grau de sensibilização da mãe é pequeno, os problemas se manifestam apenas após a criança nascer. Nesse caso, costuma-se substituir todo o sangue da criança por sangue Rh-. Com isso, os anticorpos presentes no organismo não terão hemácias para aglutinar. Como as hemácias têm em média três meses de vida, as hemácias transferidas vão sendo gradualmente substituídas por outras fabricadas pela própria criança. Quando o processo de substituição total ocorrer, já não haverá mais anticorpos da mãe na circulação do filho.

Logo após uma mulher Rh- dar à luz um filho Rh+, injeta-se nela uma quantidade de anticorpos anti-Rh, imunoglobulina, cuja a função é destruir rapidamente as hemácias fetais Rh+ que penetram na circulação da mãe durante o parto, antes que elas sensibilizem a mulher, para que não haja problemas nas seguintes gestações.

A vacina injetada, chamada de Rhogan,[1]

Ver também

Referências

  1. «Australiano já salvou 2,2 milhões de bebês». Consultado em 31 de março de 2010 

Ligações externas