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António Pinto Basto: diferenças entre revisões

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''Confidências à Guitarra'' foi editado em 1991. Segue-se a colectânea ''Os Grandes Sucessos de António Pinto Basto'' (1993) e ''Desde o Berço'' (1996).
''Confidências à Guitarra'' foi editado em 1991. Segue-se a colectânea ''Os Grandes Sucessos de António Pinto Basto'' (1993) e ''Desde o Berço'' (1996).


Em 1997 realizou uma digressão na [[Turquia]], numa iniciativa da [[Comissão Europeia]]. Em 2000 conduziu o programa ''Fados de Portugal'', na [[RTP1]].
Em 2000 conduziu o programa ''Fados de Portugal'', na [[RTP1]].


Sobre várias letras de fado publicadas em volume (''Letras do Fado Vulgar'', Quetzal, 1998), [[José Campos e Sousa]] compôs as peças que em 2003 são gravadas na voz de António Pinto Basto.
Sobre várias letras de fado publicadas em volume (''Letras do Fado Vulgar'', Quetzal, 1998), [[José Campos e Sousa]] compôs as peças que em 2003 são gravadas na voz de António Pinto Basto.


À parte os discos, a carreira de António Pinto Basto ultrapassou as fronteiras de [[Portugal]], sobretudo junto das comunidades. No ano de [[1994]] foi convidado pelo Instituto Cultural de Macau para ser solista numa digressão que a Orquestra Chinesa de Macau efectuaria em [[Portugal]], onde se incluem dois espectáculos em [[Lisboa]], um no [[Teatro São Luiz]], no âmbito da Lisboa 94 - [[Capital Europeia da Cultura]], e outro, de gala, no [[Teatro Nacional de São Carlos]]. Novamente como solista apresenta-se, no ano seguinte, no VI Festival de Artes de Macau. Ainda em [[1995]] realiza dois concertos em [[Goa]], na [[Índia]], atua em [[Palermo]] e na [[Sicília]], na [[Itália]], representando [[Portugal]] no Festival de Música Mediterrânica, e vai a [[Caracas]], integrado no grupo de artistas que realizam o espectáculo da Festa das Comunidades Portuguesas promovido pela [[RDP Internacional]].
À parte os discos, a carreira de António Pinto Basto ultrapassou as fronteiras de [[Portugal]], sobretudo junto das comunidades. No ano de [[1994]] foi convidado pelo Instituto Cultural de Macau para ser solista numa digressão que a Orquestra Chinesa de Macau efectuaria em [[Portugal]], onde se incluem dois espectáculos em [[Lisboa]], um no [[Teatro São Luiz]], no âmbito da Lisboa 94 - [[Capital Europeia da Cultura]], e outro, de gala, no [[Teatro Nacional de São Carlos]]. Novamente como solista apresenta-se, no ano seguinte, no VI Festival de Artes de Macau. Ainda em [[1995]] realiza dois concertos em [[Goa]], na [[Índia]], atua em [[Palermo]] e na [[Sicília]], na [[Itália]], representando [[Portugal]] no Festival de Música Mediterrânica, e vai a [[Caracas]], integrado no grupo de artistas que realizam o espectáculo da Festa das Comunidades Portuguesas promovido pela [[RDP Internacional]].
Em 1997 realizou uma digressão na [[Turquia]], numa iniciativa da [[Comissão Europeia]]<ref>[http://www.muralsonoro.com/mural-sonoro-blog/2014/10/13/t6jplcre6oxitygd2ft9tobkn2naxe Mural Sonoro]</ref>.


Faz parte do grupo [[Quatro Cantos]], onde recuperam grandes nomes do fado.
Faz parte do grupo [[Quatro Cantos]], onde recuperam grandes nomes do fado.

Revisão das 18h51min de 12 de janeiro de 2017

António João Ferreira Pinto Basto (Évora, Sé e São Pedro, 6 de Maio de 1952), conhecido por António Pinto Basto, é um fadista português.

Biografia

António Pinto Basto nasceu em 6 de Maio de 1952 em Évora.[1]

Apesar do fadista não ter o apelido da família materna, foi o seu avô João Vasconcellos e Sá que mais o influenciou no seu percurso artístico, sendo aliás da autoria deste as letras de vários dos seus fados. António Pinto Basto começou a interessar-se pelo Fado aos 13 anos. Uma noite os pais levaram-no a uma noite de fados na Feira dos Salesianos de Évora e Pinto Basto e a sua irmã, resolveram recriar aquele ambiente e improvisar um retiro na garagem da casa, a Toca, em homenagem à casa de Carlos Ramos[1].

António Pinto Basto tinha acesso aos poemas do seu avô materno, João Vasconcellos e Sá, e, como tal, desde cedo, cantava letras originais nos fados tradicionais. O seu tio, José de Vasconcellos e Sá, depois de passar pela Toca numa das noites de festa, apreciando os dotes de intérprete do seu sobrinho, resolve inscrevê-lo na Grande Noite do Fado. Com 16 anos, António Pinto participou neste concurso, como representante da Casa do Alentejo. Pela mesma altura também teve a experiência de cantar em casas de fado, ainda que de maneira informal. Lembra-se, por exemplo, de o ter feito no Timpanas[1].

É também por intermédio desse tio que grava o primeiro disco, em 1970. Um EP chamado Povo Sagrado, editado pela Alvorada, com letras do avô e do tio e músicas do fado tradicional (Fado Franklin, Fado Vitória, Fado Dois Tons e Fado das Horas). Nessa altura foi também a alguns programas de televisão e concedeu entrevistas. Tinha apenas 17 anos quando, com este primeiro disco, iniciou a sua carreira. Nos anos de 1972 e 1973 gravou mais dois EPs: Saudades Peregrinas (1973) e Tem Fé Caminheiro (1974).

Depois foi estudar para Luanda, onde realizou parte do seu curso de Engenharia Mecânica, na Universidade de Luanda (então integrada na integrada na Universidade Portuguesa), e voltou um mês depois do 25 de Abril de 1974[1]. Nesse mesmo ano completou a sua licenciatura, pelo Instituto Superior Técnico da Universidade Técnica de Lisboa. Pela mesma altura António Pinto Basto destacou-se no tiro, tendo sido campeão nacional em 1972.

Após o 25 de abril de 1974 passou um longo jejum editorial, apesar de ter continuado a atuar, dentro e fora de Portugal, com especial destaque para a comunidade lusófona radicada nos EUA.

Pinto Basto acabaria por se dedicar exclusivamente ao Fado, após gravar, em 1988, o maior sucesso da sua carreira — Rosa Branca, um fado escrito pelo seu avô João, cujas vendas atingiram o disco de platina e renderam cerca de 120 espectáculos em apenas um ano. Tornou-se incomportável manter a atividade profissional como empregado da Siderurgia Nacional, que resolveu abandonar no final do ano de 1989. Nesse ano editou mais um álbum, Maria (1989), que repetiu o sucesso de vendas[1].

Confidências à Guitarra foi editado em 1991. Segue-se a colectânea Os Grandes Sucessos de António Pinto Basto (1993) e Desde o Berço (1996).

Em 2000 conduziu o programa Fados de Portugal, na RTP1.

Sobre várias letras de fado publicadas em volume (Letras do Fado Vulgar, Quetzal, 1998), José Campos e Sousa compôs as peças que em 2003 são gravadas na voz de António Pinto Basto.

À parte os discos, a carreira de António Pinto Basto ultrapassou as fronteiras de Portugal, sobretudo junto das comunidades. No ano de 1994 foi convidado pelo Instituto Cultural de Macau para ser solista numa digressão que a Orquestra Chinesa de Macau efectuaria em Portugal, onde se incluem dois espectáculos em Lisboa, um no Teatro São Luiz, no âmbito da Lisboa 94 - Capital Europeia da Cultura, e outro, de gala, no Teatro Nacional de São Carlos. Novamente como solista apresenta-se, no ano seguinte, no VI Festival de Artes de Macau. Ainda em 1995 realiza dois concertos em Goa, na Índia, atua em Palermo e na Sicília, na Itália, representando Portugal no Festival de Música Mediterrânica, e vai a Caracas, integrado no grupo de artistas que realizam o espectáculo da Festa das Comunidades Portuguesas promovido pela RDP Internacional. Em 1997 realizou uma digressão na Turquia, numa iniciativa da Comissão Europeia[2].

Faz parte do grupo Quatro Cantos, onde recuperam grandes nomes do fado.

Foi vereador na Câmara Municipal de Estremoz, eleito pelo Partido Social Democrata.

É ainda conhecido por ser apoiante da Monarquia para Portugal.

Família, casamento e descendência

Filho do engenheiro António Ferreira Pinto Basto (Aveiro, Glória, 12 de Maio de 1913 - ?) e de sua mulher (Estremoz, Evoramonte, Casa da Juceira, Capela do Coração de Jesus, 20 de Abril de 1941) Maria Luísa de Matos Fernandes de Vasconcelos e Sá (Lisboa, São Mamede, 17 de Agosto de 1920 - ?), sobrinha-bisneta do 1.º Barão de Albufeira e prima sobrinha em segundo grau do 1.º Visconde de Silvares[3].

Casou em Lisboa, , na Igreja de Santo António da Sé, com Amélia Maria Esparteiro Lopes da Costa (Lisboa, São Sebastião da Pedreira, 1 de Agosto de 1957), (irmã do ator Luís Esparteiro), de quem tem três filhos - Egas Lopes da Costa Pinto Basto, Gustavo Lopes da Costa Pinto Basto e Maria Amélia Lopes da Costa Pinto Basto. Tem também 2 filhos de Mariana Tavares de Magalhães de Oliveira (Lisboa, Alfama, 23 de Novembro de 1981)- Carlota do Carmo Tavares Ferreira Pinto Basto e António Maria Tavares Ferreira Pinto Basto.

Discografia

EP e álbuns de estúdio

  • EP "António Pinto Basto" (EP, Alvorada) Alvorada EP-60-1192
  • 1970 - EP "Povo Sagrado" (EP, Aquila)
  • 1973 - EP "Saudades peregrinas" (EP, Aquila)
  • 1974 - EP "Tem Fé Caminheiro" (EP, Aquila) Aquila EP-S-81-36
  • 1988 - Rosa Branca (LP, Polygram)
  • 1989 - Maria (2xLP, Polygram)
  • 1991 - Confidências à Guitarra (LP, Polygram)
  • 1995 - António Pinto Basto em Évora (VHS)
  • 1996 - Desde o Berço (CD)
  • 2001 - Rendas Pretas ‎(CD, Zona Musica)
  • 2003 - Letras do Fado Vulgar (CD, Zona Música)
  • 2007 - Prata da Casa (CD, Espacial)
  • 2009 - Bodas de Coral (CD, Espacial)
  • 2010 - Viagem p'lo Fado (com José Gonzales)
  • Natal Em Família (com José Gonzales)

Compilações

  • 1993 - Os Grandes Sucessos de António Pinto Basto (CD, Polygram)
  • 1994 -O Melhor dos Melhores n.º 28 (CD, Movieplay)[4]

Prémios e condecorações

  • "Revelação" - Grande Prémio da Rádio Renascença 1988
  • "Se7e de Oiro" - Revelação 1988
  • "Se7e de Oiro" - Fado 1988
  • "Popularidade" - Grande prémio Rádio Renascença 1989
  • "Popularidade" - Casa da Imprensa 1989
  • "Popularidade" - Casa da Imprensa 1990
  • "Prémio Popularidade Despertar" 1991
  • "Troféu Neves de Sousa - Casa da Imprensa 1998
  • Discos de Platina Rosa Branca, Maria, Confidências à Guitarra

Referências

  1. a b c d e «Personalidades: António Pinto Basto». Lisboa: Museu do Fado. Fevereiro 2009. Consultado em 15 de março de 2016 
  2. Mural Sonoro
  3. "História da Família Ferreira Pinto Basto", Carlos Lourenço do Carmo da Câmara Bobone, Livraria Bizantina, 1.ª Edição, Lisboa, 1997, Vol. I, p. 258
  4. «Catálogo - Detalhes do registo de "António Pinto Basto; O melhor dos melhores; 28"». Fonoteca Municipal de Lisboa. Consultado em 15 de março de 2016 

Ligações externas

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