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'''Brigadas Vermelhas''' (''Brigate Rosse'' em [[Língua italiana|italiano]]) (BR) é uma organização paramilitar de [[guerrilha urbana|guerrilha]] [[Comunismo|comunista]] [[Itália|italiana]]<ref>[http://it.encarta.msn.com/encyclopedia_761574370/Brigate_Rosse.html] Segundo a enciclopédia Encarta. {{it}}</ref> formada no ano de [[1969]]. |
'''Brigadas Vermelhas''' (''Brigate Rosse'' em [[Língua italiana|italiano]]) (BR) é uma organização [[paramilitar]] de [[guerrilha urbana|guerrilha]] [[Comunismo|comunista]] [[Itália|italiana]]<ref>[http://it.encarta.msn.com/encyclopedia_761574370/Brigate_Rosse.html] Segundo a enciclopédia Encarta. {{it}}</ref> formada no ano de [[1969]]. |
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A organização teve suas origens no [[movimento estudantil]] do final da [[década de 1960]] e marcou fortemente a cena política italiana dos [[Década de 1970|anos 70]] e [[Década de 1980|80]]. Seus fundadores eram originários da [[Universidade Livre de Trento]] (''Libera Università di Trento''), como [[Renato Curcio]], [[Margherita Cagol]] e [[Giorgio Semeria]]; de [[Reggio Emilia]] (Alberto Franceschini e Prospero Gallinari, estes últimos, jovens [[militante]]s da FGCI, a organização juvenil do [[Partido Comunista Italiano|PCI]]), do movimento operário (Mario Moretti, técnico da Sit-Siemens). Havia também muitos militantes provenientes da [[Esquerda (política)|esquerda]] [[católica]]. |
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== Ideologia e objetivos == |
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Majoritariamente identificadas com o [[marxismo-leninismo]] ([[Terceira Internacional]]) e bastante influenciadas pelo [[maoísmo]] (corriam os tempos da [[Revolução Cultural Chinesa]]) as BR pareciam ter maior densidade ideológica do que a maioria das organizações radicais da esquerda européia daqueles anos. No entanto estavam longe de ser uma organização monolítica, dada a grande variedade de tendências que abrigava. |
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A maioria dos ataques das BR teve como alvo símbolos do ''[[establishment]]'' - [[sindicalista]]s, políticos e homens de negócios. Sob a direção de [[Renato Curcio]], a organização inspirou-se no modelo dos [[Tupamaros]] [[uruguai]]os e adotou o lema de "muerde y huye". |
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Após a prisão de Curcio a liderança da organização foi assumida por [[Mario Moretti]] que, em [[16 de março]] de [[1978]], conduziu o seqüestro e, após um longo período de cativeiro e negociações infrutíferas com o governo, à execução de [[Aldo Moro]], ex-primeiro-ministro e presidente da [[Democracia Cristã]] Italiana. O caso gerou uma grande comoção no país e na comunidade internacional, marcando o início do declínio das Brigadas Vermelhas. |
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Ao se iniciarem os anos 1980, cerca de 500 brigadistas já estavam na prisão e apesar dos esforços da organização em realizar uma ofensiva para controlar "fábricas, bairros, cadeias e colégios", a polícia italiana acabou por obter a "colaboração" de vários dos presos, em troca de redução de suas penas. Daí em diante, as Brigadas Vermelhas entraram em um período de declínio. |
Ao se iniciarem os [[anos 1980]], cerca de 500 brigadistas já estavam na prisão e apesar dos esforços da organização em realizar uma ofensiva para controlar "fábricas, bairros, cadeias e colégios", a polícia italiana acabou por obter a "colaboração" de vários dos presos, em troca de redução de suas penas. Daí em diante, as Brigadas Vermelhas entraram em um período de declínio. |
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Problemas internos, crise [[ideologia|ideológica]], falhas operacionais e a detenção de seus principais líderes minaram a coesão do grupo que, em [[1984]], cindiu-se em duas partes, dando origem ao Partido Combativo Comunista (BR-PCC) e à União Comunista Combativa (BR-UCC). Daí em diante, seus integrantes buscaram o apoio do [[lumpemproletariado]], da [[KGB]] através da [[Tchecoslováquia]], dos [[palestinos]] e de diferentes grupos revolucionários. No entanto, um cuidadoso plano policial e judicial conseguiu neutralizar as ações do o grupo e reduzi-lo até o seu quase desaparecimento. |
Problemas internos, crise [[ideologia|ideológica]], falhas operacionais e a detenção de seus principais líderes minaram a coesão do grupo que, em [[1984]], cindiu-se em duas partes, dando origem ao Partido Combativo Comunista (BR-PCC) e à União Comunista Combativa (BR-UCC). Daí em diante, seus integrantes buscaram o apoio do [[lumpemproletariado]], da [[KGB]] através da [[Tchecoslováquia]], dos [[palestinos]] e de diferentes grupos revolucionários. No entanto, um cuidadoso plano policial e judicial conseguiu neutralizar as ações do o grupo e reduzi-lo até o seu quase desaparecimento. |
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== Ver também == |
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* [[Estratégia da tensão]] |
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== Ligações externas == |
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Revisão das 01h49min de 21 de julho de 2019
Brigadas Vermelhas (Brigate Rosse em italiano) (BR) é uma organização paramilitar de guerrilha comunista italiana[1] formada no ano de 1969.
Origens
A organização teve suas origens no movimento estudantil do final da década de 1960 e marcou fortemente a cena política italiana dos anos 70 e 80. Seus fundadores eram originários da Universidade Livre de Trento (Libera Università di Trento), como Renato Curcio, Margherita Cagol e Giorgio Semeria; de Reggio Emilia (Alberto Franceschini e Prospero Gallinari, estes últimos, jovens militantes da FGCI, a organização juvenil do PCI), do movimento operário (Mario Moretti, técnico da Sit-Siemens). Havia também muitos militantes provenientes da esquerda católica.
Ideologia e objetivos
Majoritariamente identificadas com o marxismo-leninismo (Terceira Internacional) e bastante influenciadas pelo maoísmo (corriam os tempos da Revolução Cultural Chinesa) as BR pareciam ter maior densidade ideológica do que a maioria das organizações radicais da esquerda européia daqueles anos. No entanto estavam longe de ser uma organização monolítica, dada a grande variedade de tendências que abrigava.
A organização pregava a "via revolucionária", em contraste com a orientação reformista do Partido Comunista Italiano - PCI - e tinha como objetivo "atacar o projeto contra-revolucionário do capitalismo multinacional imperialista para construir o Partido Comunista Combatente e os organismos de massa revolucionários". Para tanto, pretendia debilitar o Estado italiano e preparar o caminho para uma revolução marxista, liderada pelo proletariado revolucionário, que levasse a Itália a separar-se da Aliança Ocidental.
Atividade
No primeiro período de atividade, a luta política das BR consistiu em atentados incendiários contra veículos dos dirigentes de fábricas, panfletagem, seqüestros relâmpago e conseqüentes exposições midiáticas de dirigentes.
A maioria dos ataques das BR teve como alvo símbolos do establishment - sindicalistas, políticos e homens de negócios. Sob a direção de Renato Curcio, a organização inspirou-se no modelo dos Tupamaros uruguaios e adotou o lema de "muerde y huye".
Entre 1970 e 1973, as BR criaram células secretas e iniciaram seu ataque "ao coração do Estado, da economia e da produção".
Após a prisão de Curcio a liderança da organização foi assumida por Mario Moretti que, em 16 de março de 1978, conduziu o seqüestro e, após um longo período de cativeiro e negociações infrutíferas com o governo, à execução de Aldo Moro, ex-primeiro-ministro e presidente da Democracia Cristã Italiana. O caso gerou uma grande comoção no país e na comunidade internacional, marcando o início do declínio das Brigadas Vermelhas.
Ao se iniciarem os anos 1980, cerca de 500 brigadistas já estavam na prisão e apesar dos esforços da organização em realizar uma ofensiva para controlar "fábricas, bairros, cadeias e colégios", a polícia italiana acabou por obter a "colaboração" de vários dos presos, em troca de redução de suas penas. Daí em diante, as Brigadas Vermelhas entraram em um período de declínio.
Problemas internos, crise ideológica, falhas operacionais e a detenção de seus principais líderes minaram a coesão do grupo que, em 1984, cindiu-se em duas partes, dando origem ao Partido Combativo Comunista (BR-PCC) e à União Comunista Combativa (BR-UCC). Daí em diante, seus integrantes buscaram o apoio do lumpemproletariado, da KGB através da Tchecoslováquia, dos palestinos e de diferentes grupos revolucionários. No entanto, um cuidadoso plano policial e judicial conseguiu neutralizar as ações do o grupo e reduzi-lo até o seu quase desaparecimento.