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Itaverava é um município, onde sua área urbanizada é rodeada por cadeias de montanhas, a parte rural da cidade é voltada para a agricultura comercial e de subsistência, muitos pinheiros foram plantados pela grande rentabilidade proporcionada pelo mesmo ao ser revendido. |
Itaverava é um município, onde sua área urbanizada é rodeada por cadeias de montanhas, a parte rural da cidade é voltada para a agricultura comercial e de subsistência, muitos pinheiros foram plantados pela grande rentabilidade proporcionada pelo mesmo ao ser revendido. |
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== Matriz de Santo Antônio == |
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Com o passar dos anos, formou-se ali um arraial, onde foi edificada uma capela cujo patrono era Santo Antônio de Lisboa (ou de Pádua). Os registros mais antigos de ofícios religiosos realizados nessa capela são de batismos ocorridos no ano de 1712. |
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Embora a freguesia de Santo Antonio de Itaverava tenha sido criada em 1726, a construção de uma igreja maior começou somente em 1744, impulsionada pela Irmandade do Santíssimo Sacramento e de Nossa Senhora do Rosário. Porém, essa segunda igreja não durou muito, sendo necessária uma nova reconstrução, que dessa vez seria levada a cabo pelo padre Manuel Ribeiro Taborda – o primeiro vigário colado daquela matriz, e que habitou em um casarão que ainda existe do lado da igreja. Essa terceira edificação ocorreu a partir de 1768. |
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No interior dessa igreja, existe um grande e harmonioso conjunto decorativo, com alguns traços de barroco joanino e muitas características do rococó. |
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Os retábulos do arco cruzeiro são atribuídos ao português Francisco Vieira Servas, cuja característica marcante se encontra no traçado do coroamento dos dosséis. Já o altar lateral de Nossa Senhora do Rosário é considerado o mais antigo, e teria sido executado entre 1758 e 1761 por João Antunes de Carvalho – consta que esse mesmo artista também arrematou a obra da capela-mor e fez o traçado do retábulo principal. No entanto, por falta de recursos, esse altar só seria entalhado no início do século XIX, por Antônio Alves Roseira, que acabou seguindo um traçado diferente do inicialmente planejado. |
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Para embelezar ainda mais a igreja, foram realizadas pinturas nos forros da nave e da capela mor, e nesta última, a obra retratando a coroação de Nossa Senhora é atribuída a [[Mestre Ataíde|Manuel da Costa Athaíde]]. A pintura do forro da nave é de Francisco Xavier Carneiro, natural de Mariana, filho de uma escrava. |
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Após mais de meio século de trabalhos decorativos, a igreja foi finalizada em 1824. Ao longo do século XIX a igreja passou por uma série de reparos, para evitar desabamentos. No início do século XX, a fachada foi inteiramente modificada, passando a adotar um estilo eclético, que pouco tem a ver com o original da igreja. No entanto, o seu interior permaneceu praticamente intocado, e é um dos mais bem preservados e harmônicos que se pode encontrar em Minas Gerais.<ref>{{citar livro|título=As mais belas igrejas do Brasil|ultimo=TIRAPELLI|primeiro=Percival|editora=Metalivros|ano=1999|local=São Paulo}}</ref><ref>{{citar livro|título=As igrejas setecentistas de Minas|ultimo=MOURÃO|primeiro=Paulo Kruger Correa|editora=Itatiaia|ano=1986|local=Belo Horizonte}}</ref><ref>{{citar livro|título=L’Arquitecture Religieuse Baroque au Brésil|ultimo=BAZIN|primeiro=German|editora=Librairie Plon|ano=1958|local=Paris}}</ref> |
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== Ver também == |
== Ver também == |
Revisão das 12h16min de 3 de março de 2021
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Município do Brasil | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Lema | Virtus Auro Pretiosior "Mais Preciosa que o Ouro" | ||
Gentílico | itaveravense | ||
Localização | |||
Localização de Itaverava em Minas Gerais | |||
Localização de Itaverava no Brasil | |||
Mapa de Itaverava | |||
Coordenadas | |||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | Minas Gerais | ||
Municípios limítrofes | Conselheiro Lafaiete, Catas Altas da Noruega, Lamim, Ouro Branco, Ouro Preto e Santana dos Montes | ||
Distância até a capital | 120 km | ||
História | |||
Fundação | 30 de dezembro de 1962 (61 anos) | ||
Administração | |||
Distritos | Lista
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Prefeito(a) | José Flaviano Pinto (PL, 2021 – 2024) | ||
Características geográficas | |||
Área total [2] | 282,642 km² | ||
População total (Est. IBGE/2015[3]) | 5 758 hab. | ||
Densidade | 20,4 hab./km² | ||
Clima | tropical de altitude (Cwa) | ||
Altitude | 792 m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
CEP | 36440-000 a 36449-999[1] | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2000 [4]) | 0,684 — médio | ||
PIB (IBGE/2008[5]) | R$ 25 134,107 mil | ||
PIB per capita (IBGE/2008[5]) | R$ 4 323,78 | ||
Sítio | www.itaverava.mg.gov.br (Prefeitura) www.camaraitaverava.mg.gov.br (Câmara) |
Itaverava é um município brasileiro do estado de Minas Gerais. Localizada na área da Estrada Real.
História
Sua colonização teve início no século XVII, sendo um dos primeiros arraiais auríferos da região. No verão de 1694, Manoel de Camargos, seu filho Sebastião de Camargos e alguns negros chegaram a Itaverava, descobrindo ouro na região. Logo depois, Manoel de Camargos é morto pelos índios e os sobreviventes retrocedem.
Depois disso, diversas bandeiras chegaram a região com o objetivo de encontrar mais minas. Após a formação do arraial de Itaverava, foi edificada a sua primeira igreja, dedicada a Santo Antônio de Lisboa, em 1726, que se transformou em matriz da localidade.
No século XVIII, quando ainda pertencia ao Termo de Vila Rica, era comum a grafia Itaberaba. Não há discrepâncias em relação a significação do topônimo: "pedra brilhante" ou "pedra reluzente" em língua tupi. O município foi criado em 1962, com território desmembrado de Conselheiro Lafaiete.
Geografia
Sua população estimada em julho de 2015 era de 5 758 habitantes.[3]
Itaverava é um município, onde sua área urbanizada é rodeada por cadeias de montanhas, a parte rural da cidade é voltada para a agricultura comercial e de subsistência, muitos pinheiros foram plantados pela grande rentabilidade proporcionada pelo mesmo ao ser revendido.
Matriz de Santo Antônio
Com o passar dos anos, formou-se ali um arraial, onde foi edificada uma capela cujo patrono era Santo Antônio de Lisboa (ou de Pádua). Os registros mais antigos de ofícios religiosos realizados nessa capela são de batismos ocorridos no ano de 1712.
Embora a freguesia de Santo Antonio de Itaverava tenha sido criada em 1726, a construção de uma igreja maior começou somente em 1744, impulsionada pela Irmandade do Santíssimo Sacramento e de Nossa Senhora do Rosário. Porém, essa segunda igreja não durou muito, sendo necessária uma nova reconstrução, que dessa vez seria levada a cabo pelo padre Manuel Ribeiro Taborda – o primeiro vigário colado daquela matriz, e que habitou em um casarão que ainda existe do lado da igreja. Essa terceira edificação ocorreu a partir de 1768.
No interior dessa igreja, existe um grande e harmonioso conjunto decorativo, com alguns traços de barroco joanino e muitas características do rococó.
Os retábulos do arco cruzeiro são atribuídos ao português Francisco Vieira Servas, cuja característica marcante se encontra no traçado do coroamento dos dosséis. Já o altar lateral de Nossa Senhora do Rosário é considerado o mais antigo, e teria sido executado entre 1758 e 1761 por João Antunes de Carvalho – consta que esse mesmo artista também arrematou a obra da capela-mor e fez o traçado do retábulo principal. No entanto, por falta de recursos, esse altar só seria entalhado no início do século XIX, por Antônio Alves Roseira, que acabou seguindo um traçado diferente do inicialmente planejado.
Para embelezar ainda mais a igreja, foram realizadas pinturas nos forros da nave e da capela mor, e nesta última, a obra retratando a coroação de Nossa Senhora é atribuída a Manuel da Costa Athaíde. A pintura do forro da nave é de Francisco Xavier Carneiro, natural de Mariana, filho de uma escrava.
Após mais de meio século de trabalhos decorativos, a igreja foi finalizada em 1824. Ao longo do século XIX a igreja passou por uma série de reparos, para evitar desabamentos. No início do século XX, a fachada foi inteiramente modificada, passando a adotar um estilo eclético, que pouco tem a ver com o original da igreja. No entanto, o seu interior permaneceu praticamente intocado, e é um dos mais bem preservados e harmônicos que se pode encontrar em Minas Gerais.[6][7][8]
Ver também
Referências
- ↑ Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. «Busca Faixa CEP». Consultado em 1 de fevereiro de 2019
- ↑ IBGE (10 de outubro de 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010
- ↑ a b «Estimativas da população residente no Brasil e unidades da federação com data de referência em 1 de julho de 2015» (PDF). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 21 de outubro de 2015
- ↑ «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008
- ↑ a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008»
- ↑ TIRAPELLI, Percival (1999). As mais belas igrejas do Brasil. São Paulo: Metalivros
- ↑ MOURÃO, Paulo Kruger Correa (1986). As igrejas setecentistas de Minas. Belo Horizonte: Itatiaia
- ↑ BAZIN, German (1958). L’Arquitecture Religieuse Baroque au Brésil. Paris: Librairie Plon