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Críticas ao Islã: diferenças entre revisões

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O '''islã''' foi criticado desde seus primórdios, principalmente pelo [[Mundo_ocidental|ocidente]]. As primeiras críticas escritas vinham dos [[cristianismo|cristãos]], antes do [[século IX]], que viam o islamismo como [[heresia]] do cristianismo. Os pontos centrais das críticas se centram na autenticidade do [[Alcorão]] e do papel de [[Maomé]] como profeta.<ref>De Haeresibus by John of Damascus. See [[Migne]]. ''[[Patrologia Graeca]]'', vol. 94, 1864, cols 763-73. An English translation by the Reverend John W Voorhis appeared in THE MOSLEM WORLD for October 1954, pp. 392-398.</ref>
'''As críticas ao Islã''' são amplamente definidas como críticas à religião islâmica em suas crenças, princípios e/ou quaisquer outras ideias atribuídas ao Islã.


As primeiras críticas escritas que chegaram até os nossos dias se encontram nos textos cristãos, que foram feitos durante o domínio inicial do Califado islâmico. Um desses cristãos foi [[João Damasceno]] que estava muito familiarizado com o Islã e pode presenciar de perto a expansão dos [[Califado_Omíada|omíadas]] na Síria e em outras regiões do [[Império Bizantino]].
As críticas ao Islã existem desde os primeiros estágios de formação do Islã. As primeiras desaprovações escritas vieram de [[Cristão|cristãos]] e [[judeus]], bem como de alguns ex-muçulmanos, como [[:en:Ibn_al-Rawandi|Ibn al-Rawandi]].<ref>{{citar livro|url=https://en.wikipedia.org/wiki/Patrologia_Graeca|título=De Haeresibus|subtítulo=Uma tradução para o inglês do reverendo John W Voorhis apareceu na publicação "The Muslem World", em outubro de 1954, p. 392-98.|ultimo=DAMASCENO|primeiro=João|editora=Patrologia Graeca, vol. 94|ano=1864|páginas=763-73}}</ref> Mais tarde, o próprio [[Mundo islâmico|mundo muçulmano]] passou a receber críticas. As [[Mundo ocidental|críticas ocidentais]] ao [[Islão|Islã]] cresceram após os [[Ataques de 11 de setembro de 2001|ataques de 11 de setembro]] e outros [[Terrorismo islâmico|incidentes terroristas]], principalmente em relação às suas escrituras e ensinamentos, que foram considerados uma fonte significativa de [[terrorismo]] e ideologia terrorista.


Damasceno, um dos principais expoentes da [[patrística]] grega, em um dos seus principais trabalhos intitulado “A fonte do conhecimento”, no segundo capítulo deste tratado, com o nome de “Sobre as heresias”, desenvolve críticas ao Islã, denominando essa religião como “a heresia dos ismaelitas”.
Objetos de crítica incluem a moralidade da vida de [[Maomé]], o fundador do Islã, tanto em sua vida pública quanto em sua vida pessoal. Questões relacionadas à autenticidade e moralidade das escrituras do Islã, tanto o [[Alcorão]] quanto os [[Hádice|hadiths]], também são discutidas pelos críticos. O Islã também foi visto como uma forma de imperialismo árabe e recebeu críticas de figuras da [[África]] e da [[Índia]], pela destruição de culturas indígenas. O [[:en:Islamic_views_on_slavery|reconhecimento do Islã da escravidão]] como uma instituição, que levou os comerciantes muçulmanos a exportar até 17 milhões de escravos para a costa do [[Oceano Índico]], [[Médio Oriente|Oriente Médio]] e [[Norte de África|Norte da África]], também foi criticado. A versão [[Xafeísmo|Shafi'i]] do Islã recebeu críticas por defender a mutilação genital feminina e introduzir essa prática no [[Sudeste Asiático]], onde antes não existia. Mais recentemente, as crenças islâmicas sobre as origens humanas, [[predestinação]], [[Existência de Deus|existência]] e [[natureza de Deus]] têm recebido críticas por suas inconsistências [[Filosofia|filosóficas]] e [[Ciência|científicas]].


Neste capítulo apresenta uma série de discussões entre cristãos e muçulmanos. Questiona em primeiro lugar a condição de Maomé como profeta, e indicou que um monge ariano (Bahira) influenciou Maomé e via as doutrinas islâmicas como uma mescla de certas partes da [[Bíblia]]. Sobre a reivindicação islâmica de ser de origem abraâmica, João explicou que os árabes se chamavam “sarracenos” porque estavam “sem Sara”. Também eram chamados de agaritas pois eram “os descendentes da escrava Agar”.
Outra crítica se concentra na questão dos [[:en:Human_rights_in_Muslim-majority_countries|direitos humanos no mundo islâmico]], tanto historicamente quanto nas nações islâmicas modernas, incluindo o tratamento de mulheres, pessoas LGBT e minorias religiosas e étnicas, conforme mostrado na lei e na prática islâmica. Em 2014, cerca de um quarto dos países e territórios do mundo (26%) tinham leis ou políticas anti-blasfêmia e (13%) tinham leis ou políticas anti-apostasia. Em 2017, 13 nações, todas de maioria muçulmana, tinham a pena de morte por apostasia ou blasfêmia. Na esteira da recente tendência do [[multiculturalismo]], a influência do Islã na capacidade ou disposição dos imigrantes muçulmanos de se assimilar nas nações anfitriãs tem sido criticada. Argumentos assimilacionistas também foram feitos em outros países onde os muçulmanos são uma minoria substancial, como [[China]], [[Índia]] e [[Rússia]].{{referências}}

Com o nascimento e desenvolvimento do mundo moderno, as críticas ocidentais se centraram em outros pontos de vista como:

* A moralidade da vida de Maomé <ref>Warraq, Ibn (2003). Leaving Islam: Apostates Speak Out. Prometheus Books. p. 67.</ref><ref>Ibn Kammuna, Examination of the Three Faiths, trans. Moshe Perlmann (Berkeley and Los Angeles, 1971), pp. 148–49</ref>
* [[Declaração dos Direitos Humanos no Islã]]
* [[Islão e homossexualidade]]
* [[Mulheres no Islã]]

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[[Categoria:Islão]]
[[Categoria:Islão]]

Revisão das 01h42min de 22 de novembro de 2022

O islã foi criticado desde seus primórdios, principalmente pelo ocidente. As primeiras críticas escritas vinham dos cristãos, antes do século IX, que viam o islamismo como heresia do cristianismo. Os pontos centrais das críticas se centram na autenticidade do Alcorão e do papel de Maomé como profeta.[1]

As primeiras críticas escritas que chegaram até os nossos dias se encontram nos textos cristãos, que foram feitos durante o domínio inicial do Califado islâmico. Um desses cristãos foi João Damasceno que estava muito familiarizado com o Islã e pode presenciar de perto a expansão dos omíadas na Síria e em outras regiões do Império Bizantino.

Damasceno, um dos principais expoentes da patrística grega, em um dos seus principais trabalhos intitulado “A fonte do conhecimento”, no segundo capítulo deste tratado, com o nome de “Sobre as heresias”, desenvolve críticas ao Islã, denominando essa religião como “a heresia dos ismaelitas”.

Neste capítulo apresenta uma série de discussões entre cristãos e muçulmanos. Questiona em primeiro lugar a condição de Maomé como profeta, e indicou que um monge ariano (Bahira) influenciou Maomé e via as doutrinas islâmicas como uma mescla de certas partes da Bíblia. Sobre a reivindicação islâmica de ser de origem abraâmica, João explicou que os árabes se chamavam “sarracenos” porque estavam “sem Sara”. Também eram chamados de agaritas pois eram “os descendentes da escrava Agar”.

Com o nascimento e desenvolvimento do mundo moderno, as críticas ocidentais se centraram em outros pontos de vista como:

Referências

  1. De Haeresibus by John of Damascus. See MignePatrologia Graeca, vol. 94, 1864, cols 763-73. An English translation by the Reverend John W Voorhis appeared in THE MOSLEM WORLD for October 1954, pp. 392-398.
  2. Warraq, Ibn (2003). Leaving Islam: Apostates Speak Out. Prometheus Books. p. 67.
  3. Ibn Kammuna, Examination of the Three Faiths, trans. Moshe Perlmann (Berkeley and Los Angeles, 1971), pp. 148–49