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Hoje na Itália observa-se um resurgimento neofascista com a organização política denominada [[CasaPound]]. Tal movimento nega ter qualquer caráter racista ou racialista e se declaram como "''fascistas do terceiro milênio''".<ref>[http://espresso.repubblica.it/dettaglio/roma-casapound-spiazza-tutti/2173562 Roma, Casapound spiazza tutti].</ref><ref>[http://corrieredelmezzogiorno.corriere.it/napoli/notizie/politica/2009/1-ottobre-2009/leader-casapound-vero-siamo-fascisti-ma-terzo-millennio--1601828767960.shtml Il Corriere del Mezzogiorno: Intervista aI leader di CasaPound]</ref>
Hoje na Itália observa-se um resurgimento neofascista com a organização política denominada [[CasaPound]]. Tal movimento nega ter qualquer caráter racista ou racialista e se declaram como "''fascistas do terceiro milênio''".<ref>[http://espresso.repubblica.it/dettaglio/roma-casapound-spiazza-tutti/2173562 Roma, Casapound spiazza tutti].</ref><ref>[http://corrieredelmezzogiorno.corriere.it/napoli/notizie/politica/2009/1-ottobre-2009/leader-casapound-vero-siamo-fascisti-ma-terzo-millennio--1601828767960.shtml Il Corriere del Mezzogiorno: Intervista aI leader di CasaPound]</ref>


== Líbano ==
== Ver também ==
* [[Antifascismo]]
A ala de extrema-direita cristã maronita [[Partido Kataeb]] "Kataeb" e Forças libanesas, apoiado por seu próprio exército privado e inspirado pelos falangistas europeus. À medida que evoluía, ganhava poder nominal no país durante a década de 1980, mas tinha autoridade limitada sobre o estado altamente faccionado, dois terços dos quais eram controlados pelas tropas israelenses e sírias.

Suas crenças políticas básicas, neo-fascistas e incluem as seguintes
* O primado de preservar a nação libanesa, mas com uma identidade "fenícia", distinta de seus vizinhos árabes, muçulmanos. As políticas partidárias foram uniformemente anticomunistas e anti-palestinas e não permitiram nenhum lugar para ideais pan-árabes.
* Uma ideologia nacionalista que considera o povo libanês, particularmente os maronitas, uma nação única independente da nação árabe. Considera libanês às vezes um Phoenicianism Phoenician e às vezes um Aramaeanism Syriac) povos.
* Líbano independente, soberano e pluralista que salvaguarda os direitos humanos fundamentais e as liberdades fundamentais para todos os seus constituintes.
* Líbano uma saída liberal onde o cristianismo oriental pode prosperar social, politicamente e economicamente em paz com o seu entorno.
É somente nesta lista por causa de seu simbolismo adiantado. A atividade militar era comum e amplamente utilizada em todos os estados pré-coloniais, até hoje. Todos os partidos políticos atuais no Líbano têm exércitos privados, do Hezbollah às milícias cristãs.


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Esta página lida especificamente com o fascismo pós-II Guerra Mundial. Para movimentos nazistas pós-II Guerra Mundial, ver neonazismo.
Manifestação do grupo neofascista grego "Aurora Dourada" (dezembro de 2010).

Neofascismo é uma ideologia pós-II Guerra Mundial a qual inclui elementos significativos do fascismo. O termo neofascista pode ser aplicado a grupos que expressem uma admiração específica por Benito Mussolini e pela Itália fascista. O neofascismo geralmente inclui nacionalismo, nativismo, anticomunismo e oposição ao sistema parlamentarista e à democracia liberal. A alegação de que um grupo seja neofascista pode ser calorosamente contestada, particularmente se o termo for usado como um epíteto político. Alguns regimes pós-II Guerra Mundial têm sido descritos como neofascistas devido a sua natureza autoritária, e, às vezes, por sua fascinação pela ideologia e rituais fascistas.

A tradição de regimes populistas e autoritários da América Latina que deram origem aos caudilhos do século XIX e início do século XX, e várias juntas militares que tomaram o poder durante a Guerra Fria criaram condições favoráveis para o surgimento de grupos e mesmo de governos alinhados com alguns ou vários pontos do ideário fascista. A maioria das juntas constituíram-se como ditaduras militares tradicionais, e alguns destes regimes (como o argentino), deram guarida a ex-nazistas tais como Adolf Eichmann e apoiaram movimentos neofascistas (como a Alianza Anticomunista Argentina).[1]

Argentina

Argentina - Em 1976 Isabel Perón, foi deposta por uma junta militar. A junta militar de Videla, que tomou parte da Operação Condor, apoiou vários movimentos neofascistas e de extrema direita e ao grupo terrorista neofascista Aliança Anticomunista Argentina (la Triple A). A SIDE apoiou o Golpe da Cocaína de Meza Tejada na Bolívia e treinou os "Contras" na Nicarágua.

Bolívia

Luis García Meza Tejada tomou o poder na Bolívia durante o Golpe da Cocaína em 1980, com o apoio do neofascista italiano Stefano Delle Chiaie, do criminoso de guerra nazista Klaus Barbie e da junta militar da Argentina. O regime foi acusado de apresentar tendências neofascistas e de admirar a parafernália e rituais nazistas. Hugo Banzer Suárez, que antecedeu Tejada, também manifestava admiração pelo nazi-fascismo.

Espanha

Em Espanha, o regime político de Francisco Franco “desfascizou-se progressivamente durante cerca de trinta anos”, tendo sido formados vários "grupúsculos" neofascistas em combate ao regime nos finais do anos 50 e nos anos 60. [2] . Após a morte de Franco, em Novembro de 1975, iniciou-se um período de transição para a Monarquia Constitucional durante o qual, entre 1976 e 1981, vários grupos neofascistas passaram a desencadear acções de índole terrorista, cometendo 46 assassínios e vários ataques à propriedade. Em 1981, as autoridades espanholas prenderam 141 militantes dessas organizações neofascistas [3].

França

Em França, no anos 80 existiam dois grupos neofascistas: a "Federação de Acção Nacional Europeia" (FANE) e o "Movimento Nacionalista Revolucionário" (MNR). A FANE foi dissolvida por ordem do governo francês, reconstituindo-se imediatamente nos "Fasces Nacionais Europeus" (FNE). Além destes grupos, foi ainda identificada a existência da "Honneur de la Police", "Delta", "Pieper", e "Odessa", responsáveis por mais de uma centena de ataques terroristas em 1980 e por pelo menos três assassínios. [4]

Grécia

O neofascismo tem estado presente na política grega desde o regime autoritário de Ioannis Metaxas, embora com escassa simpatia entre a população. Durante os anos 1950 e anos 1960, neofascistas gregos formaram frações extremistas, uma das quais foi responsável pelo assassinato do político Gregoris Lambrakis. Em 1967, a junta militar grega de George Papadopoulos, buscou inspiração na era Metaxas de 1936-1941 e impôs aos gregos uma mentalidade neofascista de poder.

Uma década após o retorno à democracia (1974), o ex-líder da junta, George Papadopoulos, fundou e presidiu a União Política Nacional, um partido que se não era neofascista, pelo menos apoiava pontos de vista autoritários e o ideal de "Ellas ton Ellinon Christianon" ("Grécia para os gregos ortodoxos"). Os neofascistas gregos despertaram pouco mais que indiferença por parte da população em geral, mas continuaram a existir em partidos inexpressivos, raramente chegando a conquistar cadeiras no parlamento.

No início dos anos 1980, Nikolaos Michaloliakos, um ex-pára-quedista do exército grego e ex-líder da juventude da União Política Nacional, criou o Movimento Popular Nacional Hrisi Avgi ("Aurora Dourada" em grego), um partido neonazista que durou até aos dias de hoje, estando actualmente no parlamento grego. O "Aurora Dourada" opõe-se à imigração e conquistou 18 dos 300 assentos no parlamento em junho de 2012.[5][6] Nas eleições municipais de novembro de 2010, a Aurora Dourada obteve 5,3% dos votos em Atenas, adquirindo uma cadeira no Conselho da Cidade (legislativo municipal). Em alguns bairros o partido chegou a obter 20% dos votos. Ao entrar na câmara municipal após ser eleito em Atenas, Nikolaos Michaloliakos fez a chamada saudação romana (uma saudação que já existia na Roma Antiga e que foi adoptada pelos fascistas de Mussolini).[7]

Itália

A violência terrorista neofascista começou em 1965, intensificando-se em 1968-69. Enquanto os estudantes do MSI faziam agitação nas universidades, provocando tumultos e destruições, outros grupos desencadeavam acções terroristas. Em 1969, o grupo Ordine Nuovo voltou ao seio do MSI, mas logo uma cisão criou o "Movimento Politico Ordine Nuovo".

Hoje na Itália observa-se um resurgimento neofascista com a organização política denominada CasaPound. Tal movimento nega ter qualquer caráter racista ou racialista e se declaram como "fascistas do terceiro milênio".[8][9]

Ver também

Referências

  1. Fascismo e neofascismo na América Latina por Hélgio Trindade. Acessado em 16 de outubro de 2007.
  2. Stanley G. Payne, A History of Fascism, 1914-1945, Londres, UCL Press, 1995, p. 509
  3. Cambio 16 (Madrid), 30 de Agosto de 1982
  4. Michel Winock (dir.): Histoire de l’extrême droite en France, 1993
  5. Imigração
  6. Parlamento grego suspende imunidade de 6 integrantes do Aurora Dourada
  7. Multiplicação
  8. Roma, Casapound spiazza tutti.
  9. Il Corriere del Mezzogiorno: Intervista aI leader di CasaPound

Leituras adicionais

  • Clouscard, Michel. Neofascismo e ideologia do desejo: os tartufos da revolução. Lisboa: Estampa, 1974.
  • Dussel, Enrique. De Medellín a Puebla : uma década de sangue e esperança. Säo Paulo: Loyola, 1981-1983, 3 v.
  • Lee, Martin A. The Beast Reawakens. Nova York: Little, Brown and Company, 1997. ISBN 0-316-51959-6
  • Griffin, Roger. Fascism. Oxford Readers, 1995. ISBN 0-19-289249-5
  • Thurlow, Richard C. Fascism in Britain: A History, 1918-1985. Olympic Marketing Corp, 1987. ISBN 0-631-13618-5.
  • Del Boca, Angelo. Fascism Today: A World Survey. Pantheon Books, 1969.
  • Hockenos, Paul. Free to Hate: The Rise of the Right in Post-Communist Eastern Europe. Routledge, 1994. ISBN 0-415-91058-7
  • Harris, Geoff. The Dark Side of Europe: The Extreme Right Today. Edinburgh University Press, 1994. ISBN 0-7486-0466-9
  • Cheles, Luciano; Ferguson, Ronnie e Vaughan, Michalina. The Far Right in Western and Eastern Europe. Longman Publishing Group, 1995. ISBN 0-582-23881-1
  • Kitschelt, Herbert. The Radical Right in Western Europe: A Comparative Analysis. University of Michigan Press, 1997. ISBN 0-472-08441-0
  • Schain, Martin; Zolberg, Aristide e Hossay, Patrick. Shadows Over Europe: The Development and Impact of the Extreme Right in Western Europe. Palgrave Macmillan, 2002. ISBN 0-312-29593-6)

Ligações externas

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