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O [[retábulo]] maior é obra de madeira dourada, contratada em 1728 por Francisco Sánchez Prieto, mordomo da Obra Pia, e Gaspar Lorenzo de los Cobos. O retábulo, com riquíssima e abundante decoração, é tipicamente barroco, com grande efeito.
O [[retábulo]] maior é obra de madeira dourada, contratada em 1728 por Francisco Sánchez Prieto, mordomo da Obra Pia, e Gaspar Lorenzo de los Cobos. O retábulo, com riquíssima e abundante decoração, é tipicamente barroco, com grande efeito.


A paróquia conta com: uma imagem de são Francisco Solano trazida de [[Granada (Espanha)|Granada]] em 1689; uma capela de Nossa Senhora da Aurora, copatrona de Montilla, de madeira talhada e dourada e de tamanho pequeno mas de alto nível artístico. A imagem da virgem, atribuível ao círculo do granadino Diego de Mora e datada de 1698, se situa de pé sobre o pedestal de nuvens com cabeças de querubins, vestindo uma túnica vermelha e, à altura da cintura, um manto recolhido sobre o braço esquerdo, caindo até os pés pelo lado contrário. A virgem tem um rosto doce, demarcado por uma cabeleira de sinuosas voltas. Porta, em sua mão direita, um estandarte de prata e, em sua mão esquerda, um menino Jesus nu em gesto de bendição. Do mesmo modo, a paróquia conta com imagens importantes como a Virgem da Solidão (de grande devoção) e o Cristo de Medinaceli ou "Resgatado".
A paróquia conta com uma imagem de são Francisco Solano.
=== Paróquia de Nossa Senhora da Assunção ===
A paróquia se localiza em pleno centro do popular bairro do Grande Capitão, as conhecidas "Casas Novas", com uma freguesia de aproximadamente 9 000 pessoas. As obras começaram em 1962 com o apoio de todos os vizinhos, com a chegada a esta cidade de um jovem sacerdote montillano procedente de [[Aguilar de la Frontera]], que passou a se encarregar de uma pequena ermida dedicada a Nossa Senhora da Misericórdia.

O nome dessa paróquia procede de uma imagem da [[Assunção de Maria|Virgem da Assunção]] doada por Francisco de Alvear, conde da Cortina, em agosto de 1956. Em 1969, o bispo de Córdova deu a bênção a esta nova paróquia de Nossa Senhora da Assunção.

É um templo de construção moderna, com um cruzeiro central e dois laterais, dois retábulos do Senhor na Santa Ceia e Maria Santíssima da Estrela. Da mesma forma, encontramos um retábulo com o Santíssimo Cristo da Boa Morte do século XVII, obra de Pedro de Mena. A capela do santuário se encontra na lateral, com um retábulo que ressalta a imagem do Ressuscitado.

O altar-mor da paróquia é presidido por uma imagem do Santíssimo Cristo da Paz, crucificado obra do artista cordovês Miguel Arjona Navarro. Ao lado, está a imagem da titular da paróquia, Nossa Senhora da Assunção, obra de Amadeo Ruiz Olmos. Do outro lado, há uma imagem de [[são José]]. Se expõe, também, a Cruz Paroquial e candelabros, em prata lavrada nas oficinas sevilhanas de Antonio Santos.

Na capela do batistério, há uma imagem de Maria Auxiliadora, a qual goza de grande devoção em Montilla. A paróquia também conta com alguns quadros de são Francisco Solano e de Nossa Senhora da Aurora, padroeiros da cidade, entre outros.
=== Convento de Santa Clara ===
Edificado por ordem do primeiro marquês de Priego, Pedro Fernández de Córdoba, em 1512, e estabelecido nas proximidades do palácio de sua família. A partir de 1525, tornou-se o convento de Santa Clara do ramo feminino da ordem franciscana, criado por María Jesús de Luna, filha do marquês, depois da permissão de sua irmã, Catalina Fernández de Córdoba, herdeira do [[morgado]]. Em 1525, María Jesús de Luna iniciou uma pequena comunidade no convento, formada por oito religiosas e três fiéis. Do mesmo modo, a condessa de Feria, Ana de la Cruz, filha do primeiro duque de [[Arcos de la Frontera]], vestiu o hábito de monja clarissa no convento de Montilla em 1552, sendo guiada e orientada por são João de Ávila. Conta com um portal [[arquitetura gótica|gótico]]-[[plateresco]] e uma porta com [[artesoado]] [[mudéjar]], assim como um [[retábulo]] maior [[churrigueresco]] (século XVIII).


== Demografia ==
== Demografia ==

Revisão das 02h24min de 13 de julho de 2020

 Nota: Este artigo é sobre o município espanhol. Para o Rum, veja Ron Montilla.
Espanha Montilla 
  Município  
Símbolos
Brasão de armas de Montilla
Brasão de armas
Gentílico Montillano/a
Localização
Montilla está localizado em: Espanha
Montilla
Localização de Montilla na Espanha
Coordenadas 37° 35' N 4° 38' O
País Espanha
Comunidade autónoma Andaluzia
Província Córdoba
História
Fundação Desconocida
Alcaide Rafael Llamas (PSOE)
Características geográficas
Área total 170 km²
População total (2021) [1] 22 633 hab.
Densidade 133,1 hab./km²
Altitude 371 m
Código postal 14550
Código do INE 14042
Website www.montilla.es

Montilla é um município da província de Córdoba, na comunidade autónoma da Andaluzia, na Espanha. Possui área de 170 km², com população de 22 859 habitantes (2019) e densidade populacional de 137,1 hab/km².[2]

História

Antiguidade e Idade Média

Desde o Paleolítico Inferior, já havia ocupação humana em Montilla, como atestam lascas e bifaces encontrados. Posteriormente, apareceram raspadores e buris do Paleolítico Inferior e do Paleolítico Médio, e sepulturas campaniformes. O Epipaleolítico deixou restos em Montilla, que foi um dos poucos locais da província onde foram encontrados restos desse período, como os da Fonte do Peixe, interessante jazimento de peças microlíticas. O Neolítico deixou abundantes restos desde o Calcolítico, período em que são mais numerosos os jazimentos de cerâmica, ferramentas de sílex, pontas de flechas etc.

Nas imediações do castelo de Montilla, foi constatada a existência de uma antiga povoação pré-romana.

A presença de restos arqueológicos, como uma estátua de Diana caçadora e vias romanas, faz pensar que houve um núcleo hispano-romano; no entanto, ainda não foram encontrados restos que comprovem a existência de uma cidade romana. Perto de Montilla, nos Campos de Vanda, se costuma situar a Batalha de Munda, em 45 a.C., na qual Júlio César enfrentou Pompeu, o Jovem, e Sexto Pompeu, filhos de Pompeu. Depois da vitória de Júlio César, este voltou a Roma para ser nomeado ditador. No entanto, os estudiosos ainda não estão seguros dessa localização, já que nunca apareceu uma prova definitiva que ligue Montilla a Munda. Sua proximidade à via que liga Corduba a Malaca e a outras vias secundárias testemunham que o lugar era habitado e que possuía uma intensa atividade agrícola. De data anterior a esses, há restos de povoamentos tartésicos e ibéricos no recinto do castelo.

Da época muçulmana, provém o nome Montiya, anterior à castelhanização da terminação -iya do árabe, que denomina grupos humanos, como bairros, povoados, cidades etc. Aparentemente, a região, que foi chamada de Mondelia, era pouco povoada e fazia fronteira com as cidades de Cabra e Córdova.

Pouco se conhece de Montilla durante o período inicial da idade média, incluindo sua própria origem, até sua incorporação à coroa castelhano-leonesa entre fevereiro de 1240 e março de 1241, durante a segunda estadia de Fernando III de Leão e Castela em Córdova. Nessa época, começou o repovoamento com famílias provenientes de Leão. Em 1257, passou a depender de Gonzalo Yáñez Dovinal, a quem Afonso X de Leão e Castela concedeu, em senhorio, a vila e castelo de Aguilar, de que dependeria Montilla até 1343, data em que se extinguiu a linhagem da casa de Aguilar.

A titularidade dessas terras mudou várias vezes de mão até que, em 1371, Henrique II de Castela a concedeu a Lope Gutiérrez, alcaide maior de Córdova, separando-a da casa de Aguilar, junto com a independência jurisdicional e o título de vila. Foi quando substituiu a Aguilar de la Frontera como sede do senhorio desse nome. Lope Gutiérrez, por sua vez, a entregou em 1375 a Gonzalo Fernández de Córdova, em troca de seus diversos bens em Guadalcázar. A partir desse momento, Montilla, sem dar nome ao senhorio, se converteu em centro, sede e núcleo do mesmo, situação que se manterá inclusive quando os Reis Católicos outorgam, aos senhores de Aguilar, o título de marqueses de Priego.

A notícia mais antiga que aparece de Montilla é em 1333, e faz referência ao castelo e a seu nome. Dez anos depois, se menciona a povoação, totalmente consolidada, mas, até 1371, não é considerada um município independente de Aguilar. Ao longo do século XV, configurou seu território através de disputas fronteiriças com os conselhos circundantes de Cabra, La Rambla, Castro del Río, Montemayor e Espejo. Sobre o Grande Capitão, sempre houve uma discussão sobre seu nascimento ter se dado em Aguilar ou Montilla, já que, embora tenha nascido em Montilla, esta pertencia na ocasião ao senhorio de Aguilar.

Neste momento, começa o século mais importante na história da cidade, e também um de seus maiores traumas: a destruição do castelo.

Séculos XVI, XVII e XVIII

Sob os Fernández de Córdova, Montilla se converte no centro do senhorio de Aguilar, suplantando inclusive a essa vila, e se prepara para o desenvolvimento econômico do século XVI. Durante a segunda metade do século XV, experimentou um importante crescimento demográfico, alcançado os 1 166 moradores em 1530, pelo que, depois de Priego de Córdoba, a que terminou por suplantar, era a vila mais povoada do marquesado desse nome. Existem testemunhos dessa época sobre o castelo, cuja origem parece remontar a épocas anteriores à Baixa Idade Média. Dele, se conservam apenas restos, já que foi demolido por ordem de Fernando II de Aragão em 1508 como castigo exemplar imposto ao titular da casa de Aguilar (já então primeiro marquês de Priego) e aviso ao resto da nobreza andaluza. As notícias antigas nos informam sobre sua suntuosidade e fama.

No século XVI, o forte crescimento demográfico e o auge econômico influem na ampliação do perímetro urbano, na remodelação arquitetônica da paróquia de Santiago e na criação da totalidade das fundações conventuais: franciscanos em 1512, agostinianos em 1519, clarissas em 1525, jesuítas em 1558 e concepcionistas em 1594. A cidade seguiu forjando o formato que conserva até hoje, e expandiu em direção ao caminho de Córdova graças ao bairro das Tenerías, ou em direção ao sul. Praticamente todo seu atual centro histórico tem sua origem e desenvolvimento nos séculos XV e XVI.

Em 1630, Filipe IV de Espanha lhe concedeu o título de cidade. Nessa época, os direitos senhoriais rendiam grandes benefícios para estes, bem como muitos conflitos com os vassalos. Até 1711, os moradores não tinham o direito de erigir livremente fornos e moinhos. Nessa época, o conselho municipal cumpria as funções de governo e justiça da vila, para o que contava com a renda obtida do arrendamento de seus próprios fornos e moinhos.

O século XVII está ligado a uma paralisação e retrocesso da economia, epidemias, colheitas fracas e fome. Isso não freia o vigor religioso, que é, ao contrário, intensificado com a fundação do hospital de São João de Deus em 1664 e o reconhecimento público do patronato de são Francisco Solano em 1647, quase oitenta anos antes de sua canonização em 1726. Cabe destacar, nesse século, a importância que o teatro adquiriu na localidade, ligado à festa de Corpus Christi e ao amparo do marquesado de Priego. As referências históricas indicam que a importância do teatro foi tal na cidade que Montilla contou com um teatro de comédias em princípios do século XVII, antes inclusive que muitas grandes cidades andaluzas.

O século XVIII trouxe uma recuperação demográfica, sem mudanças substanciais em sua estrutura social, que era encabeçada pelos marqueses de Priego (duques de Medinaceli desde 1711), seguida por algumas famílias nobres, clero, camponeses e artesãos dos mais variados grêmios. Em 1726, foi canonizado o montillano são Francisco Solano, importante evangelizador na América do Sul. Em 1 de abril de 1767, os jesuítas foram expulsos. Em 24 de agosto de 1779, se fundou a primeira Sociedade Econômica de Amigos do País.

Séculos XIX, XX e XXI

No século XIX, Montilla possuía 13 224 habitantes, sendo, portanto, considerada uma cidade de tamanho médio. Havia 1 840 casas em 84 ruas, largas, limpas e muito bem calçadas, como descrevem vários tratados, com destaque para as ruas Corredera, Sotollón, Ancha, Enfermería, Torrecilla, San Fernando, Santa Brígida e Puerta de Aguilar, e três praças: Constitución, Palacio e Sileras, assim como o campo de São Agostinho. A cidade contava nesse século com a Prefeitura, o palácio de Medinaceli, escolas, hospital, a paróquia de São Tiago, a igreja de são Francisco Solano, assim como sete ermidas na cidade e quatro nas redondezas, três conventos de frades e dois de monjas. Nesse século, a economia se baseava no setor primário: as produções mais importantes eram azeite (80 000 arrobas, com vendas que se distribuíam a Málaga, Sevilha e Madri), vinho (exportado para a cidade de Córdova, a província de Córdova e Écija, com pedidos inclusive para a Inglaterra), trigo (50 000 alqueires) e outros cereais, leguminosas, hortaliças e frutas. Quanto à indústria, se destacavam o setor agroalimentar, os teares de linho e lã, a cerâmica e as telhas.

O século XIX foi tumultuado. Ocorreram diversos enfrentamentos, seja contra os franceses na Guerra Peninsular, seja entre absolutistas e liberais. Ocorreram, também, a grave epidemia de 1855 e as revoltas contra Isabel II de Espanha.

A revolução de 1868 representou uma etapa de grande agitação política, já que, em Montilla, existiam grupos de democratas organizados. A fraude das eleições por parte da burguesia local criou um ambiente de grande tensão social que deu lugar aos graves acontecimentos de 1873, com a proclamação da Primeira República Espanhola e um motim popular, com assalto e incêndio de casas de várias autoridades municipais, e assassinato de um dos homens mais ricos da cidades ao tentar fugir. Cabe destacar as medidas desamortizadoras do ministro Juan Álvarez Mendizábal (1835), a expedição dos generais carlistas Gómez e Cabrera (1836) e a chegada do transporte ferroviário (1865).

O princípio do século XX se caracterizou pelo enraizamento de ideias republicanas e socialistas, estas por mãos das doutrinas difundidas pelo médico Francisco Palop Segovia, assim como pela multiplicação de organizações operárias e pelo anticlericalismo. Desde então, a cidade se tornou um importante centro republicano, com claro reflexo dessa tendência nas eleições municipais. Depois do triunfo da Revolução Russa de 1917, se iniciou, em Montilla, como em outros lugares da Espanha, um período de agitação social. Em maio de 1917, uma manifestação de protesto foi dissolvida a tiros pela força pública quando marchava pela rua El Santo. Naquele verão, houve várias greves e ameaças de atentados contra pessoas e propriedades, o porta-voz do partido republicano na prefeitura foi detido e a sessão municipal de 1 de agosto se celebrou com a presença da Guarda Civil na sala capitular. Os socialistas obtiveram a maioria nas eleições de 1920, em contínuo enfrentamento com o sindicato católico, que era dirigido pelo conde da Cortina. Durante a ditadura de Primo de Rivera (1923-1930), a indústria vitivinícola da cidade amadureceu e se expandiu enormemente. No âmbito sociocultural, se destaca a figura de dom Francisco de Alvear, Conde da Cortina, que fomenta a chegada das Escravas do Divino Coração e da Congregação Salesiana, ambas consagradas à docência, e o regresso da Companhia de Jesus. Além disso, o conde da Cortina adquiriu a casa de Inca Garcilaso de la Vega para doá-la ao povo de Montilla, com o fim de ali instalar uma biblioteca pública. Com a expansão do setor vitivinícola, os grêmios artesanais ficaram obscurecidos, e a cidade alcançou fama universal pela elaboração de excelentes vinhos, convertendo-se desde 1944 no núcleo mais significativo da denominação de origem Montilla-Moriles.

Nas eleições gerais de 1931-1933, os socialistas obtiveram uma maioria esmagadora. A Guerra Civil Espanhola foi especialmente sangrenta em Montilla, pois ninguém tentou freá-la como em outras localidades: a Igreja Católica participou do golpe e não deu nenhuma demonstração de piedade ou caridade. Tanto párocos como arcebispos casaram e batizaram à força pessoas que iam ser fuziladas no dia seguinte. Os militares controlavam Montilla desde 19 de julho. Foram registrados, entre 1936 e 1939, 114 fuzilamentos em um população de 20 000 habitantes. Posteriormente, se contabilizariam mais dezesseis. No entanto, os historiadores não estão de acordo com relação a esta cifra: a maioria das execuções não era inscrita no registro civil, e mais de trinta por cento dessas execuções foi registrada por testemunho oral, portanto se acredita que o número de execuções foi bem superior. Também foi instalado, em dois colégios femininos, um campo de concentração para prisioneiros republicanos que chegou a reunir mil homens.[3]

A única opção que restou à população foi a fuga: milhares de pessoas fugiram até Espejo, um município vizinho a doze quilômetros de distância, no dia seguinte ao triunfo do golpe. Quando este caiu em setembro, fugiram até Bujalance, mais ao norte da província, de onde fugiram para Jaén quando caiu em mãos rebeldes. Destes exilados, oito acabaram recolhidos em campos de concentração nazistas, ao sair em 1939 da Espanha, e foram presos nos campos de concentração do sul da França em Argelès-sur-Mer e Barcarès. Quando a França caiu em mãos alemãs, alguns dos presos montillanos foram capturados e enviados a outros campos, como Mauthausen, enquanto outros conseguiram voltar à Espanha.

O pós-guerra foi especialmente duro. Se estima que, em 1939, havia cerca de quatrocentos montillanos em prisões. A partir de 1941, muitos foram liberados por falta de espaço. Nas prisões, não havia lugar para tantos presos, nem meios para mantê-los nos anos de fome. No entanto, a saída da prisão não era fácil: os republicanos encontravam, na maioria dos casos, suas casas saqueadas, unicamente com as paredes. Muitos tiveram que enfrentar os tribunais de responsabilidades políticas, sendo castigados com expressivas multas e submetidos a controle constante.

Nos anos 1960, houve a explosão da indústria vitivinícola, que colocou Montilla nos primeiros lugares da província. No entanto, a cidade não se livrou da febre migratória, sendo a Catalunha (Sant Joan Despí) e a Alemanha os principais destinos migratórios.

Hoje em dia, forma parte do triângulo de cidades considerado o motor da economia cordovesa.

Partidos políticos

Prefeitos

Lista de prefeitos desde as eleições democráticas de 1979[4]
Mandato Nome do prefeito Grupo
1979-1983 José Luque Naranjo
José García
PCA-PCE
PCA-PCE
1983-1987 Prudencio Ostos Domínguez PSOE
1987-1991 Prudencio Ostos Domínguez PSOE
1991-1995 Prudencio Ostos Domínguez PSOE
1995-1999 Antonio Carpio Quintero IU
1999-2003 Antonio Carpio Quintero IU
2003-2007 Antonio Carpio Quintero IU
2007-2011 Rosa Polonio Contreras PSOE
2011-2015 Federico Cabello de Alba Hernández PP
2015-2019 Rafael Ángel Llamas Salas PSOE
2019-2023 Rafael Ángel Llamas Salas PSOE

Geografia e clima

Montilla se caracteriza por ter um clima semicontinental mediterrâneo, com verões quentes, longos e secos e invernos curtos. A temperatura média mínima é de 12,2 graus centígrados, e a temperatura média máxima de 25,7 graus centígrados. As horas de sol efetivo oscilam entre 2 800 e 3 000 por ano.

A localidade se assenta em um terreno plano, ao sul da província de Córdova, no centro geográfico da Andaluzia, com elevações suaves, próprias da Campina Sul Cordovesa, com uma altitude média de 372 metros acima do nível do mar. Dentre essas elevações, se destaca o Cerro do Macho, com setecentos metros de altitude. Nesta zona, também se encontra a serra de Montilla, a leste da cidade, formada por uma série de altas colinas. Na serra, se destaca o Cerro de São João, com várias espécies autóctones. Na serra, se encontram numerosos lagares, lugar de elaboração de vinhos e azeites.

Lugares próximos

  • Buenavista
  • Cerro del Humo
  • Cortijo Blanco
  • Jarata
  • Llano del Mesto
  • La Magdalena y Tintín
  • Lagar Finca Puntal
  • Riofrío
  • La Salud
  • San Francisco
  • La Toba
  • Vereda del Cerro El Macho
  • La Zarza
  • Cuesta Blanca
  • Cerro de Don Juan
  • Cañada de Lerma (Cañalerma)
  • Vereda del Chorrillo
  • Descansavacas
  • Fuente del Pez
  • El Ventorrillo
  • Piedraluenga
  • Cañada de Vargas
  • Fuente Martín Duelamo
  • Finca - El Ejido

Patrimônio histórico andaluz

Bens imóveis:

Bem catalogado Outras denominações Web do bem Tipo RP EA Data
Antigo Convento de São Agostinho Igreja e claustro do antigo convento de São Agostinho Monumento B.I.C Declarado 30-IV-2001
Antigo Convento de São Lourenço Antigo Convento de São Lourenço, Antigo Convento franciscano de São Lourenço, Horta de São Francisco, Horta do Adalid, Portada Plateresca do Convento de São Lourenço Sítio Histórico B.I.C Declarado 20-VI-2006
Castelo Monumento B.I.C Declarado 25-VI-1985
Convento de Santa Clara Igreja e Convento de Santa Clara Monumento B.I.C Declarado 13-VII-1981
Igreja de São Francisco Solano Antiga Casa de São Francisco Solano, Igresia Paroquial de São Francisco Solano, Igreja do Santo Monumento B.I.C Declarado 10-VI-1977
Igreja de Santiago Apóstolo Igreja Paroquial de Santiago Apóstolo Monumento B.I.C Declarado 30-IV-2001

Edifícios civis

Armazém do antigo castelo de Montilla

O castelo de Montilla, grande fortaleza medieval, foi destruído em 1508 por ordem do rei Fernando II de Aragão como castigo pela rebeldia de dom Pedro Fernández de Córdoba y Pacheco, primeiro marquês de Priego, o que provocou, inclusive, a petição de magnanimidade do rei da França por tratar-se do berço do que foi o mais importante militar da época: o Grande Capitão. Apesar do indulto da rainha dona Joana de Castela dois anos mais tarde, autorizando a reconstrução do castelo, isto nunca chegou a realizar-se. Mais adiante, no século XVIII, se construíram, no solar, os celeiros ducais e uma imensa fábrica de silhares, nos tempos de dom Nicolás Fernández de Córdoba y de la Cerda, duque de Medinaceli e marquês de Priego. A edificação do armazém foi realizada sob as diretrizes do arquiteto cordovês Juan Antonio Camacho, que o dotou de três andares, o primeiro deles com cinco naves e o segundo com três. O castelo foi adquirido em 1998 pela prefeitura de Montilla. Em 2007, se iniciaram as obras de adequação do imóvel para convertê-lo no Museu do Vinho da Andaluzia, com abertura prevista para 2015, contando com salas destinadas à temática vitivinícola e outras dedicadas à figura do Grande Capitão, que nasceu no antigo castelo. Nas imediações do castelo, se encontram alguns jazimentos ibéricos datados do século VI a.C.

Prefeitura e antiga igreja do hospital de São João de Deus

A prefeitura de Montilla é um dos edifícios civis mais importantes da cidade. Foi um antigo convento-hospital de são João de Deus, iniciado em 1601, perto da desaparecida ermida de santa Catarina, lugar onde Miguel de Cervantes situou uma das passagens de "O colóquio dos cachorros" ("Novelas Exemplares", 1613). A prefeitura é um edifício em pedra com fachada de inspiração neoclássica da época romântica. Apresenta uma estrutura simétrica, com uma torre na zona central com o velho relógio de esfera. O interior apresenta um claustro envidraçado rodeado de colunas com arcos. Por outro lado, a igreja de São João de Deus, hoje empregada como salão de exposições municipais, apresenta uma planta octogonal atribuída ao frei Francisco Álvarez.

Casa das Águas

A Casa das Águas era um dos edifícios de caráter civil mais notáveis de Montilla. Foi construída em 1845 e está situada no centro histórico da cidade. A casa senhorial do século XIX está ordenada em torno de dois núcleos diferenciados, comunicados por um jardim. No entanto, o elemento mais característico do edifício é o pátio com pórtico que recebe os visitantes, composto por uma galeria de arcos sobre colunas toscanas no térreo.

Seu nome se deve aos depósitos de água que se encontram localizados na casa e que serviam para abastecer a cidade. O iniciador desses trabalhos e impulsor do abastecimento de água à população foi o engenheiro militar José María Sánchez Molero, que veio à cidade em busca do campus mundensis, em 1864. Viveu nessa casa junto com sua senhora até sua morte, passando logo a propriedade para as mãos de seu sobrinho Ángel Sisternes. Mais tarde, em 1940, a casa foi adquirida pela condessa de Aguilar, irmã do sétimo conde da Cortina.

"Até 1872, havia pouca água potável na cidade", observa Morte Molina em suas "Notas", nas quais já aparece uma primeira menção a um "edifício da rua São Fernando que alojava os depósitos de onde se distribuía água até os pontos mais afastados de Montilla".

A casa abriga, desde sua inauguração em 16 de junho de 2006, o único museu dedicado ao pintor José Garnelo. O segundo piso do edifício abriga a sede da Fundação Biblioteca Manuel Ruiz Luque, um bibliófilo montillano que, nos últimos cinquenta anos de sua vida, reuniu um extenso conjunto de 30 000 volumes, entre os quais se acha a melhor coleção de histórias locais da Espanha, bem como exemplares raros e uma ampla seção de manuscritos, abordando principalmente a história da Andaluzia nos século XVII e XVIII, contando inclusive com o manuscrito de fundação do Mosteiro da Cartuja, em Sevilha.

Casa de Inca Garcilaso de la Vega

As primeiras fontes que fazem referência a este imóvel remontam a 1557. No edifício, residiu, durante três décadas, Inca Garcilaso de la Vega, o primeiro escritor da Ibero-América que publicou na Europa, e símbolo da miscigenação entre culturas. Em Montilla, passou grande parte de sua vida, e desenvolveu quase a totalidade de sua criação literária. Sua figura foi reconhecida pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, pois é citado na declaração de 23 de abril (data em que também faleceu Inca Garcilaso em 1616) que criou o Dia Internacional do Livro. Posteriormente, a casa foi adquirida pelo conde da Cortina, que a doou à localidade.

Casa das Camachas

Edifício construído por volta do século XVI. Seu nome foi dado em função de sua proximidade com a pousada desaparecida onde viveram as Camachas, três bruxas. Uma delas, Elvira Garcia Camacha, é citada por Miguel de Cervantes em seu livro "O colóquio dos cachorros". Atualmente, os especialistas descartam qualquer relação entre esses personagens e o edifício.

A Terça

Edifício residencial de princípios do século XX construído sobre a antiga terça, a casa onde se depositavam os dízimos e onde o marquesado possuiu algumas bodegas. O sétimo conde da Cortina, Francisco de Alvear y Gómez, edificou, neste lugar, em 1921, alguns apartamentos com fachada histórica que lembra o Palácio de Monterrey, em Salamanca. O edifício se caracteriza por arcadas baixas, corpo de balcões e galeria alta em arcos rebaixados, tudo centrado por uma portada de colunas e uma curta torre de planta retangular que preside a praça da Rosa.

Teatro Garnelo

Teatro construído sob a direção do bibliófilo montillano Bernabé Fernández Canivel, seguindo a tendência estética do art nouveau. Foi inaugurado em 1917, adquirindo o nome dos irmãos Manuel (escultor) e José (pintor) Garnelo, célebres artistas montillanos, que guiaram artisticamente o projeto. No final do século XX, foi restaurado, respeitando-se sua fachada. O teatro limita com a capela da Rosa.

Palácio dos duques de Medinaceli

Depois da demolição do palácio dos marqueses de Priego (posteriormente, duques de Medinaceli), estes construíram este palácio na parte baixa do bairro antigo da cidade, em tradição ainda maneirista. O palácio, considerado o edifício civil mais importante de Montilla, possui um aspecto sóbrio, e foi ampliado durante o século XVI. Atualmente, está dividido em duas casas de uso particular. Sua fachada em pedra dourada se estende por dois pisos. O acesso principal está na lateral direita, e o balcão superior apresenta os escudos da casa de Priego y Feria. No lado esquerda, se encontra um arco que conecta o palácio com o convento de Santa Clara. No outro extremo, existe um passadiço em arco. Esse arco comunicava o palácio com sua capela privada no convento de Santa Clara.

Palácio do Conde da Cortina

Palácio de estilo neoclássico, embora com influência barroca, levantado por Diego de Alvear y Ponce de León no século XVIII. Dispõe de um pátio claustrado em dois pisos com colunas e arcos. O conde da Cortina, neto de Diego de Alvear, cedeu o palácio junto com outras dependências à Congregação das Escravas do Divino Coração, para fundar um colégio em memória de sua filha. Atualmente, é o centro de educação concertado "La asunción".

Casa oratório São João de Ávila

A casa oratório de São João de Ávila, do século XVI, foi a residência de são João de Ávila até sua morte em 1569. O oratório, fundado pelos marqueses de Priego em 1547, foi levantado junto à ermida da Paz, de planta retangular com retábulo simples de decoração barroca. A casa, onde o santo escreveu parte de sua obra e preparou vários sermões, consta de dois corpos e dois pátios, mantendo o aspecto e a decoração contemporâneos à vida de são João de Ávila. Também dispõe de um patrimônio de peças de relíquias, pinturas e esculturas dos séculos XVI, XVII e XVIII.

Arco de São Lourenço

A fundação do convento franciscano de São Lourenço de Montilla se deu em 1512, segundo as disposições testamentárias de Pedro Fernández de Córdoba y Pacheco, primeiro marquês de Priego. Sua construção deve ter concluído no final do primeiro terço do século XVI, época de esplendor da cidade. O convento de São Lourenço, que a comunidade de franciscanos ocupou até 1794, quando o abandonou por problemas de conservação, se achava dentro do perímetro delimitado por uma cerca de alvenaria e taipa, que atualmente está conservada apenas parcialmente.

O ingresso no complexo conventual se efetuava por um portal de arenito junto à cerca. O vão do portal era um arco flanqueado por pilastras.

Sobre o arco, atribuído a Hernán Ruiz, o Velho, corre um entablamento com um friso esculpido com baixos-relevos de pergaminhos e vasos, com o brasão da família fundadora. Situada junto a onde esteve a igreja, está uma casa de trabalho e, a seu lado, uma torre de quatro pisos com estética neomudéjar.

Edifícios religiosos

Paróquia de São Tiago

Localizada na parte mais antiga da cidade, que rodeia os atuais restos do castelo de Montilla, até o início da estrada para Espejo e Granada, no bairro de La Escuchuela. A freguesia pode contar com aproximadamente 6 000 pessoas, quase um quarto da atual população de Montilla.

Sua origem remonta a princípios do século XVI, embora haja documentos que sugiram uma datação da primeira metade do século XV. Foi reconstruída no século XVI com material procedente do castelo. Nos séculos XVII e XVIII, foi reformada e ampliada, combinando elementos renascentistas e barrocos, com decoração gótica-mudéjar. Do século XVIII, datam a porta e a torre de ladrilho, obra do montillano José de Vela (1790), que substituiu a anterior realizada por Hernán Ruiz III em 1579. Cabe destacar que foi o único templo paroquial de Montilla até o final do século XIX. Entre as obras de arte da paróquia, se encontram: Ecce homo, de Juan de Mesa, o Moço (século XVII); "São Francisco Solano", de Pedro de Mena (século XVII); "Cristo de Zacatecas", crucifixo trazido do México (século XVI); pinturas de José Garnelo (século XX).

A paróquia consta de três naves separadas por arcos pontudos, as quais originalmente possuíam cobertura de madeira, da qual se conservam alguns restos na atual abóboda. A partir do século XVI, o templo foi decorado com capelas laterais, embora somente conserve seu aspecto original a capela de São João Batista, inaugurada em 1563. Também se destaca a capela barroca da Virgem do Rosário, de fins do século XVII, à qual se incorporou um camarim do século XVIII com revestimento rococó em madeira dourada, de Pedro de Mena Gutiérrez.

Basílica de São João de Ávila

Os marqueses de Priego, através da mediação de Francisco de Borja e João de Ávila, que pediu para ser enterrado nela, como assim se fez, mandaram construir este templo sobre a antiga igreja de um colégio jesuíta fundado em 1552. Como a igreja ficou pequena, os jesuítas decidiram construir uma maior em 1726, no estilo típico da Companhia, porém as obras não chegaram a seu final devido à expulsão dos jesuítas em 1767. Depois da desamortização de Mendizábal, se tornou propriedade privada, até que Francisco de Alvear y Gómez de la Cortina, sexto Conde da Cortina, grande mecenas local, comprou o terreno e o imóvel e terminou a igreja, conservando a planta do modelo jesuíta e entregando-a à Companhia de Jesus, que a abriria ao culto em 1944.

A antiga Igreja da Encarnação e posteriormente Santuário de São João de Ávila foi elevada à categoria de basílica menor por decreto De titulo Basilicae Minoris de 20 de junho de 2012, firmado pelo prefeito da Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos, o cardeal espanhol Antonio Cañizares Llovera.

O templo apresenta uma fachada de pedra com dois campanários. No seu interior, se distribui em planta de cruz latina com três naves, rodeada por capelas e tribunas superiores, cujo retábulo de madeira está dedicado ao Sagrado Coração de Jesus policromado de grandes proporções, atribuído a Félix Granda.

Tem retábulos e imagens barrocas e modernas. Entre suas pinturas, se destacam: um anjo da guarda atribuído a Juan de Valdés Leal; um são Domingo atribuído a Zurbarán; uma virgem da paz de autor anônimo do século XVI; várias pinturas atribuídas a Vicente López Portaña. Em seu interior, se encontram os sepulcros da casa nobiliária de Aguilar (marquesado de Priego) e, em uma escultura, as relíquias de são João de Ávila, patrono do clero secular espanhol e doutor da Igreja, por vontade do papa Bento XVI.

Paróquia de São Sebastião

Considerado o templo mais antigo de Montilla, foi construído por volta do século XIII, após a conquista cristã da cidade, segundo a tradição, sobre o solar de uma antiga ermida visigoda e posteriormente mesquita. O destaque do templo é sua antiguidade, pois se trata de um edifício simples gótico-mudéjar com três naves e suas respectivas cabeceiras retas, segundo o modelo usual de então; naves que se cobrem com armaduras elevadas de madeira sobre arcos pontudos com apoios e capitéis ainda de tradição românica.

Apresenta um retábulo maior simples, de corte pós-renascentista, com a imagem do titular, que substituiu o anterior, e outros dois retábulos barrocos em ambos os lados do templo. Possui interessantes imagens, como uma virgem da consolação das irmãs Cueto, artistas montillanas, e outra virgem da consolação que, segundo a tradição, foi encontrada num forno de oleiro, e cujo vestido foi dado de presente por Isabel I de Castela em sua passagem pela cidade em 1491. No exterior, apresenta uma fachada triangular com campanário realizada com calcário. Seu interior consta de três naves de grossa colunas com capitéis com cabeceiras retas, seguindo o modelo gótico-mudéjar.

Paróquia de São Francisco Solano

Qualificada como monumento histórico artístico nacional. Esta igreja paroquial, que atende a aproximadamente 4 000 pessoas, se encontra no bairro antigo de Montilla, no vicariato da Campina e arquissacerdócio de Montilla-La Rambla. Sua construção, atribuída a Melchor Aguirre, começou em 1681 sobre o solar da casa natal de seu titular, são Francisco Solano, padroeiro de Montilla, a pedido do licenciado Francisco Isidro de Alba, que já havia comprado o imóvel em 1664. Em 1726, ano de sua canonização, se ampliou a igreja por ação da casa ducal de Medinaceli.

A igreja apresenta planta de cruz latina com capelas laterais comunicadas entr si que formam naves menores. Seu desenho se articula por uma ordem gigante de pilastras toscanas, que marcam quatro seções na nave. Dentro de cartelas ovais, aparecem os bustos de são Francisco, são Boaventura, santo Antônio e outro santo franciscano, completando-se a composição com anjos, frutas, monstros e vegetais estilizados. Na parte da epístola, se localiza a capela da Virgem da Aurora, junto ao braço do cruzeiro. Foi custeada pela duquesa de Medinaceli em 1699, embora tenha elementos ornamentais que indicam uma data mais avançada no século XVIII.

O retábulo maior é obra de madeira dourada, contratada em 1728 por Francisco Sánchez Prieto, mordomo da Obra Pia, e Gaspar Lorenzo de los Cobos. O retábulo, com riquíssima e abundante decoração, é tipicamente barroco, com grande efeito.

A paróquia conta com: uma imagem de são Francisco Solano trazida de Granada em 1689; uma capela de Nossa Senhora da Aurora, copatrona de Montilla, de madeira talhada e dourada e de tamanho pequeno mas de alto nível artístico. A imagem da virgem, atribuível ao círculo do granadino Diego de Mora e datada de 1698, se situa de pé sobre o pedestal de nuvens com cabeças de querubins, vestindo uma túnica vermelha e, à altura da cintura, um manto recolhido sobre o braço esquerdo, caindo até os pés pelo lado contrário. A virgem tem um rosto doce, demarcado por uma cabeleira de sinuosas voltas. Porta, em sua mão direita, um estandarte de prata e, em sua mão esquerda, um menino Jesus nu em gesto de bendição. Do mesmo modo, a paróquia conta com imagens importantes como a Virgem da Solidão (de grande devoção) e o Cristo de Medinaceli ou "Resgatado".

Paróquia de Nossa Senhora da Assunção

A paróquia se localiza em pleno centro do popular bairro do Grande Capitão, as conhecidas "Casas Novas", com uma freguesia de aproximadamente 9 000 pessoas. As obras começaram em 1962 com o apoio de todos os vizinhos, com a chegada a esta cidade de um jovem sacerdote montillano procedente de Aguilar de la Frontera, que passou a se encarregar de uma pequena ermida dedicada a Nossa Senhora da Misericórdia.

O nome dessa paróquia procede de uma imagem da Virgem da Assunção doada por Francisco de Alvear, conde da Cortina, em agosto de 1956. Em 1969, o bispo de Córdova deu a bênção a esta nova paróquia de Nossa Senhora da Assunção.

É um templo de construção moderna, com um cruzeiro central e dois laterais, dois retábulos do Senhor na Santa Ceia e Maria Santíssima da Estrela. Da mesma forma, encontramos um retábulo com o Santíssimo Cristo da Boa Morte do século XVII, obra de Pedro de Mena. A capela do santuário se encontra na lateral, com um retábulo que ressalta a imagem do Ressuscitado.

O altar-mor da paróquia é presidido por uma imagem do Santíssimo Cristo da Paz, crucificado obra do artista cordovês Miguel Arjona Navarro. Ao lado, está a imagem da titular da paróquia, Nossa Senhora da Assunção, obra de Amadeo Ruiz Olmos. Do outro lado, há uma imagem de são José. Se expõe, também, a Cruz Paroquial e candelabros, em prata lavrada nas oficinas sevilhanas de Antonio Santos.

Na capela do batistério, há uma imagem de Maria Auxiliadora, a qual goza de grande devoção em Montilla. A paróquia também conta com alguns quadros de são Francisco Solano e de Nossa Senhora da Aurora, padroeiros da cidade, entre outros.

Convento de Santa Clara

Edificado por ordem do primeiro marquês de Priego, Pedro Fernández de Córdoba, em 1512, e estabelecido nas proximidades do palácio de sua família. A partir de 1525, tornou-se o convento de Santa Clara do ramo feminino da ordem franciscana, criado por María Jesús de Luna, filha do marquês, depois da permissão de sua irmã, Catalina Fernández de Córdoba, herdeira do morgado. Em 1525, María Jesús de Luna iniciou uma pequena comunidade no convento, formada por oito religiosas e três fiéis. Do mesmo modo, a condessa de Feria, Ana de la Cruz, filha do primeiro duque de Arcos de la Frontera, vestiu o hábito de monja clarissa no convento de Montilla em 1552, sendo guiada e orientada por são João de Ávila. Conta com um portal gótico-plateresco e uma porta com artesoado mudéjar, assim como um retábulo maior churrigueresco (século XVIII).

Demografia

Variação demográfica do município entre 1991 e 2017
1991 1996 2001 2004 2010 2017
22 403 22 949 22 925 23 223 23 907 23 220
  • Número de estrangeiros: 650[5]
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Referências

  1. «Cifras oficiales de población resultantes de la revisión del Padrón municipal a 1 de enero» (ZIP). www.ine.es (em espanhol). Instituto Nacional de Estatística de Espanha. Consultado em 19 de abril de 2022 
  2. «Censo 2011». Instituto Nacional de Estatística (Espanha). Arquivado do original em 15 de fevereiro de 2012 
  3. Hernández de Miguel, Carlos (2019). Los campos de concentración de Franco. [S.l.]: Penguin Random House. 257 páginas. ISBN 978-84-666-6478-3 
  4. Resultados Electorales - Diputación de Córdoba
  5. Instituto Nacional de Estadística. «Población por sexo, municipios y nacionalidad (principales nacionalidades). (2017)». Consultado em 29 de junho de 2020