Parque Nacional do Cabo Orange: diferenças entre revisões

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Revisão das 03h52min de 10 de novembro de 2007

O Parque Nacional do Cabo Orange situa-se nos municípios de Oiapoque e Calçoene, na região norte do estado do Amapá, Brasil. Possui uma área de 442.437,00 (ha). O perímetro do parque é de 523.041,495 metros. É administrado pelo IBAMA.


Objetivos

Preservação do manguezal e de campos de planície do Amapá. O mangue ou manguezal tem como fator seletivo da vegetação a salinidade do mar, onde as espécies que ocorrem estão adaptadas às condições do habitat.


Atrativos

O parque não é muito indicado ao turista tradicional. Para chegar-se ao local, além de autorização do Ibama, são cruzados 590 km, a maior parte em estrada de terra, até a cidade de Oiapoque. A partir daí pega-se um barco por longas horas, correndo o risco de passar por marés perigosas no percurso.

O Parque Nacional do Cabo Orange não possui infra-estrutura alguma. As localidades de Oiapoque e Calçoene possuem apenas hotéis de emergência. Infra-estrutura mesmo só em Macapá, que fica a mais de 450km do parque. Para visitar esta área é necessário uma autorização expedida pela diretoria do Parque. A melhor época para visitação desta unidade é de agosto a novembro.

Para os que se aventurarem, o cenário do Cabo Orange é bastante exótico. Além de observar a vegetação e os animais, é interessante conhecer um pouco da vida simples e difícil dos poucos moradores da Vila de Tapereba. Eles vivem da pesca nos rios e no mar ou trabalham nas fazendas de búfalos, alimentando-se também dos ovos de tracajá,uma pequena tartaruga amazônica. Para chegar em alto mar é preciso enfrentar uma maresia feroz. Na região do parque, os rios têm a água salobra. Por isso os moradores enfrentam uma jornada difícil até o Lago Maruani, onde buscam água doce. Próximo dele está a reserva indígena de Uaçá.

Antecedentes legais

O Parque Nacional do Cabo Orange (PNCO) é uma unidade de conservação criada pelo governo federal no dia 15 de julho de 1980 para preservar uma variedade de ecossistemas localizados na foz do rio Oiapoque e na costa norte do Brasil, no estado do Amapá.

O PNCO foi a primeira unidade de conservação federal criada no Amapá, estado que tem hoje 55% de seu território protegido por parques, reservas e terras indígenas. O parque do Cabo Orange tem como limites a Guiana Francesa, ao norte; as terras indígenas Uaçá e Juminã e, num pequeno trecho, o Projeto de Assentamento de Vila Velha, a oeste, e o Oceano Atlântico, a leste.

Aspectos culturais e históricos

As terras que constituem essa unidade de conservação foram habitadas por várias populações indígenas e, posteriormente, disputadas ao longo de séculos por portugueses, franceses, ingleses e holandeses. Os registros materiais e culturais da história dessa região estão presentes em vários pontos doparque nacional. O próprio nome Cabo Orange, emprestado do acidente geográfico que marca o extremo norte do litoral brasileiro, vem de uma homenagem feita por um holandês à realeza de seu país, que tem a cor laranja como uma marca nacional.

Antes da criação do parque já existia uma reserva indígena que o limitava, o que favoreceu a sua proteção. O Parque protege uma grande extensão de mangue (uma faixa marítima a 10 km de largura da costa) e ecossistemas terrestres, além de favorecer a educação ambiental e a pesquisa.

Aspectos físicos e biológicos

Clima

Quente úmido com três meses secos; Tropical, com temperatura média anual de 24 a 26° C.A pluviosidade está entre 1750 e 2000 mm anuais.

Relevo

O Parque pertence à unidade de relevo Planície Fluvio-Marinha Macapá-Oiapoque, que se constitui de áreas planas, na faixa de terrenos quaternários, formados por sedimentos argilosos, siltosos e arenosos de origem mista, fluvial e marinha.

Vegetação

As espécies mais significativas do mangue são a siriúba (Avicenia nitida), o mangue-vermelho (Rhizophora mangue) e o mangue-amarelo (Laguncularia sp.). Já os campos da planície do Amapá têm a cobertura vegetal abundante de gramíneas ciperáceas. São encontrados o buriti (Mauritha flexuosa), mururés (Eichornia sp.), canaranas (Echinoa sp.) e o capim-arroz.

Fauna

A fauna apresenta-se bastante rica e diversificada, ocorrendo várias espécies de tartaruga, o peixe-boi (Trichechus inunguis), bem como a avifauna,que merece destaque por ser o litoral amapaense o último reduto de várias espécies outrora encontradas em todo o litoral brasileiro, entre elas o guará (Eudocimus ruber) e o flamingo (Phoenicopterus ruber).


Ligações externas