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Fibromialgia: diferenças entre revisões

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A Dra. Lin destaca que [[analgésico]]s e [[antiinflamatório]]s não são suficientes, destacando a necessidade de uma abordagem multidisciplinar. Segundo ela, os pacientes: precisam conhecer a proposta de tratamento que inclui medicação e atendimento psicológico e emocional. Além da medicação, a doutora indica também a [[acupuntura]] e a realização de exercícios físicos suaves para diminuir os sintomas, ressaltando a necessidade de aprender a reconhecer e administrar os fatores que desencadeiam as crises.
A Dra. Lin destaca que [[analgésico]]s e [[antiinflamatório]]s não são suficientes, destacando a necessidade de uma abordagem multidisciplinar. Segundo ela, os pacientes: precisam conhecer a proposta de tratamento que inclui medicação e atendimento psicológico e emocional. Além da medicação, a doutora indica também a [[acupuntura]] e a realização de exercícios físicos suaves para diminuir os sintomas, ressaltando a necessidade de aprender a reconhecer e administrar os fatores que desencadeiam as crises.


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== Sintomas ==

Os sintomas variam de intensidade de pessoa para pessoa, podendo começar a se estabelecer (ou ser mais facilmente percebida) a partir de dores na região dos ombros ou no alto da coluna e no pescoço, podendo tornar-se generalizada numa segunda etapa da doença.
Outros sintomas são o cansaço, muitas vezes reconhecido como crônico, sono não reparador não chegando a ser uma insônia mas, caracterizando-se como um sono leve que faz com que os portadores acordem cansados; cefaléia, dormência nos braços e nas pernas, síndrome do cólon irritável, sensibilidade ao frio – as dores se intensificam no inverno, sensibilidade durante a micção, vertigem, dificuldade de concentração, boca e olhos secos, taquicardias, ansiedade e irritabilidade.
A disposição mental e emocional do indivíduo portador desta síndrome influi diretamente na intensidade dos sintomas, pois quando os mesmos atravessam períodos de dificuldades, contrariedades e stress, se tornam por demais queixosos de dores lancinantes que percorrem o corpo todo, prejudicando a normalidade das suas atividades profissionais e domésticas diárias, quando não às impedem completamente. Quando os portadores atravessam fases positivas não encontrando contrariedades ou dificuldades, muitas vezes os sintomas praticamente desaparecem.
Alguns estudos revelam que os sintomas da síndrome da fibromialgia podem ser decorrentes da diminuição dos níveis de serotonina e um aumento dos níveis de substância P (que é um potente vasodilatador) produzidas no sistema nervoso central possivelmente em indivíduos já pré-dispostos geneticamente.


== Fatores de Risco ==
Os possíveis fatores de riscos para um quadro de fibromialgia se estabelecer são:
• excesso de atividades, excesso da jornada de trabalho;
• pouco apoio para as atividades profissionais nas empresas;
• excesso de atividade mental em trabalhos monótonos;
• utilização inadequada de material de trabalho ou materiais inadequados para a
realização das atividades profissionais;
• técnicas e posturas incorretas para a realização das tarefas;
• ambientes impróprios e insalubres de trabalho;
• depressão e ansiedade;
• stress;
• pouco apoio familiar;
• solidão; e
• lazer insuficiente.



== Fibromialgia e Atividade física ==

- "Mas Doutor, o senhor me manda fazer exercício físico, eu não agüento nem andar! Quanto mais correr, nadar"...
Qual médico que nunca ouviu essa frase? Qual profissional de educação física ou fisioterapeuta que nunca vivenciou esse drama?
Nos últimos 20 anos fomos capazes de observar novos inventos tecnológicos, descobertas científicas e avanços da medicina, porém, junto com eles vieram novas doenças, doenças ainda desconhecidas por origem, prognóstico, tratamentos e cura. A fibromialgia é uma doença que afeta hoje cerca de 5% da população mundial, acometendo principal-mente mulheres sedentárias, acima de 40 anos e pessoas de cor clara, caracterizando-se por dores agudas e crônicas, fadiga, distúrbios do sono, entre outros sintomas. O termo fibromialgia vem do latim fibro (tecido fibroso, ligamentos, tendões), do grego mia (tecido muscular), algos (dor) e ia (condição), ou seja, condição de dor proveniente de músculos, tendões e ligamentos.
"Não são muito claros os mecanismos de desenvolvimento da Fibromialgia, mas os achados laboratoriais são bem expressivos, pois apontaram atrofia das fibras musculares tipo II, edema focal, alterações mitocôndriais, diminuição das concentrações de glicogênio e hipóxia das fibras musculares causadas por alterações da microcirculação (Yunus e Kalian - Raman, 1989; Bengtsson e Henriksson, 1989)."
Os portadores de tal síndrome normalmente apresentam dificuldade em relacionar a localização da dor, se é muscular, articular, nos ossos, e muitas vezes quando perguntado pelo médico o local da dor, escuta-se "Doutor, dói tudo"! Por vezes essas reclamações são consideradas como distúrbios emocionais por alguns profissionais por dois motivos: 1. desconhecimento da doença e 2. pela doença até o presente momento não obter nenhum exame laboratorial que indicaria tal patologia e justificaria tais sintomas.
A fibromialgia é uma doença real, com dores reais, não possuindo apenas caráter psíquico (apesar de por vezes iniciar-se com um quadro de depressão ou vir a desenvolver tal quadro com a doença) e, se não tratada adequadamente, pode causar uma significativa queda na qualidade de vida de seu portador. Ainda não tem cura e quando diagnosticada por exame clínico, o tratamento é normalmente farmacológico (antidepressivos, analgé-sicos, miorrelaxantes e etc), sono de qualidade e exercícios aeróbios. Os remédios têm o objetivo de amenizar os sintomas e promover o bem estar dos pacientes, permitindo-os que executem atividades físicas regulares que são fundamentais no tratamento da patologia.
Durante a solicitação de trabalho físico podemos perceber que os portadores da doença têm músculos fracos e que fadigam com facilidade, sendo indicados exercícios de alongamento, fortalecimento muscular e flexibilidade associados a exercícios aeróbios, ambos iniciando gradativamente e se possível numa intensidade que não gere ou gere dor suportável, onde a intensidade do exercício é aumentada progressivamente com o passar da adaptação fisiológica ao treinamento respeitando o limiar de dor da pessoa.
O exercício físico aeróbio é normalmente mais indicado que o anaeróbio em pessoas com fibromialgia, pois o primeiro libera potencialmente mais endorfinas, hormônio este que quando presente em "boas doses" no organismo permite-nos uma sensação de prazer, bem estar, euforia e até mesmo analgesia.
Na fibromialgia não existe uma melhor modalidade esportiva, e respeitando o princípio da individualidade biológica, caracterizando que cada portador é diferente de outro portador e que os mesmos são também diferentes das pessoas não-portadoras, a melhor modalidade de exercício é aquela a qual o indivíduo sente mais prazer durante e após a realização, seja ela caminhada, corrida, natação ou outra. O que importa e tem valor inestimável é ouvir do aluno ou cliente: -"Realmente está funcionando, me sinto muito melhor"!







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== Ligações externas ==
== Ligações externas ==

Revisão das 17h14min de 25 de novembro de 2008

A fibromialgia é uma síndrome dolorosa não-inflamatória, caracterizada por dores musculares difusas, fadiga, cansaço e dor em pontos dolorosos específicos sob pressão (pontos no corpo com sensibilidade aumentada ou tender-points) [1].

Diagnóstico e Características

A palavra Fibromialgia deriva do latim fibro (tecido fibroso: tendões, fáscias), do grego mio (tecido muscular), algos (dor - algós) e ia (condição). É entidade nosológica reconhecida desde meados do século XIX com outras denominações - fibrosite, dor muscular crônica, reumatismo psicogênico, mialgia por tensão, ou mesmo confundida com sintomas de somatização [1].

  • A síndrome de fibromialgia ou somente fibromialgia é classificada como sendo um dos tipos de Reumatismos Extra-articulares, dos quais fazem parte as tendinites (tendinoses), as mialgias (dores musculares em geral), síndromes do túnel do carpo e tarso, bursites não infecciosas, entre outras. Pela denominação de sua classificação, a fibromialgia não acomete as articulações, como ocorre com os outros tipos de reumatismos. Ela apenas afeta as chamadas "partes moles". Há cada vez mais evidências que esta síndrome seja causada por lesões musculares que permanecem no corpo de alguns indivíduos, ela provoca dores generalizadas nos músculos, ligamentos, tendões e fáscias (tipo de tecido fibroso que envolve todas as estruturas do corpo, inclusive as citadas anteriomente).
  • As dores da fibromialgia podem variar de níves de intensidade dependendo do paciente, de quais são os pontos do corpo afetados, de qual estágio da síndrome ele se encontra naquele momento, se ele está ou não em crise, pelas condições do clima, do equilíbrio hormonal (nas mulheres), do estado psico-emocional, entre outros fatores. As dores podem variar desde uma simples sensação dolorosa até níveis insuportáveis ao toque da(s) área(s), ao movimento ou também com o corpo inerte (parado). Elas podem se manifestar por períodos de horas até dias, meses ou permanentemente, em áreas diversas ou mais localizadamente.
  • Portanto, geralmente as dores se apresentam distribuídas pelo corpo e não necessariamente têm de ter simetria, ou seja, elas podem variar de intensidade de um lado em relação ao outro. As dores podem ou não serem acompanhadas de manifestações associadas. Destas últimas, as mais freqüêntes são: alterações quantitativas e qualitativas do sono ou distúrbios do sono, fadiga, cefaléias, alterações cognitivas (p. ex: problemas de memória e concentração), parestesias/disestesias (amortecimentos), irritabilidade emocional e, em cerca de 75% dos casos, depressão, entre outras. Há citações de haver praticamente perto de 200 manifestações associadas já catalogadas.
  • É um acometimento musculoesquelético não articular, cujos critérios de diagnósticoforam estabelecidos pelo Colégiado Americano de Reumatologia (CAR) em 1990. Desde essa época, eles foram adotados pela comunidade científica no mundo ocidental - inclusive Portugal e Brasil.
  • A Fibromialgia não possui um método de diagnóstico direto, portanto há a necessidade de se diagnosticar tal síndrome por exclusão. Ou seja, o médico necessitará fazer vários exames de imagem e de laboratório para excluir a possibilidade de os sintomas serem provocados por algum outro acometimento e se acaso o resultado for negativo para estes, o profissional tocará os pontos pré-determinados para o diagnóstico de fibromialgia e constatará ser de fato a síndrome.
  • Os pontos avaliados são em número de 18, sendo que ao se constatar dor intensa em mais de 10 deles, se confirma o diagnóstico [3].
  • Há algumas correntes de clínicos e pesquisadores que não aceitam apenas estes pontos e dependendo do conjunto de sintomas que o paciente apresente - excluindo os acometimentos citados acima - afirmam que os casos podem ser perfeitamente enquadrados como sendo fibromialgia.
  • A Fibromialgia encontra-se incluída (na forma de outras dores miofasciais) na Décima Revisão da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID-10), da Organização Mundial da Saúde.
  • Esta síndrome tem como característica causar muito sofrimento para os seus portadores. Incluindo a isso, dependendo do estágio em que o paciente se encontre, ela poderá provocar inaptidão ao trabalho, dificuldade e até impossibilidade de locomoção, restrições sérias para a movimentação do corpo ou parte dele, problemas de relacionamento familiar e social, entre tantos outros problemas.
  • A Fibromialgia, de forma direta, não oferece risco de morte. Porém, de forma indireta, ela poderá trazer sérias conseqüências ao portador. Como a maioria necessita de administração de medicamentos muito fortes para a dor por longos períodos (anos, décadas - tais como: antiinflamatórios, analgésicos e até morfina ou os seus derivados (em casos mais graves)-o fibromiálgico poderá ficar vulnerável a ter algum problema sério de saúde e vir a não perceber, ou perceber muito tarde. Se acaso o paciente com fibromialgia tiver por exemplo: pneumonia, apendicite, infecção urinária, úlcera, etc., estes problemas podem ser percebidos quando já estiverem em estado avançado, pois as medicações sabidamente tiram as dores iniciais destes acometimentos e elas também não permitem que a febre se manifeste tão facilmente. Assim, o portador de fibromialgia deve estar muito atento para que não passe a correr riscos por causa da necessidade do uso das medicações para dor por tempo muito prolongado.
  • Será melhor para o paciente que ele procure formas mais naturais, de maneira a evitar assim os riscos com sua saúde.

Epidemiologia

Incidência: A fibromialgia acomete cerca 2% a 4% da população adulta nos países ocidentais e as mulheres são 5 a 9 vezes mais afetadas do que os homens. A idade predominante do aparecimento dos sintomas oscila entre os 20 e os 50 anos. As crianças (há citações de casos com 2 anos de idade), os jovens e também os indivíduos acima de 50 anos podem começar a apresentar Fibromialgia.


Causas

A causa e os mecanismos que provocam fibromialgia não estão perfeitamente esclarecidos dentro da medicina, porém existem vários mecanismos prováveis:

  • Lesões músculo-esqueletais que vão se acumulando com o decorrer do tempo. Os traumatismos provocados por quedas, esforço exagerado, acidentes, etc., em alguns indivíduos, podem permanecer latentes até por décadas e com o acúmulo deles no corpo, se poderá chegar a um momento em que eles se generalizem por quase todas as áreas. Tanto isso é verdade, que algumas técnicas terapêuticas naturais já conseguem reverter todo o quadro de fibromialgia apenas tratando individualmente cada área acometida. No final, se tem um indivíduo retetornando à vida normal e fazendo atividades semelhantes a alguém que nunca teve fibromialgia.
  • A diminuição de serotonina e o aumento de neurotransmissores, como da substância P, provocam maior sensibilidade à dor e podem estar implicados na diminuição do fluxo de sangue que ocorre nos músculos e tecidos superficiais encontrados nos casos de fibromialgia. Porém, diversos trabalhos científicos comprovam que outros acometimentos que causam dor crônica intensa também provocam os mesmos problemas, donde vem a suspeita de não ser este o motivo das dores desta síndrome e sim, apenas uma reação normal do organismo quando está sob uma situação dolorosa intensa.
  • Não há nenhuma evidência científica concreta que possa se afirmar que a fibromialgia seja causada por problemas emocionais. A ciência já provou, apesar de muitos desconhecerem este fato, inclusive alguns profissionais, que as dores da fibromiagia são geradas realmente nas áreas que o fibromiágico diz existir e não por sugestão ou influência psicológica. Na verdade, o que está comprovado é que apenas as crises desta síndrome podem ser provocadas pelas tensões emocionais. Ou seja, os pontos dolorosos permanecem latentes (escondidos) e quando a tensão emocional gera tensão física, esta última é o motivo de desencadear uma crise de fibromialgia. Mas desencadear a crise, não significa ser a causa da síndrome, apenas um agente desencadeador de crises.
  • Também não há evidências concretas científicas que indiquem que a fibromialgia seja gerada por problemas na modulação da dor pelo Sistema Nervoso Central. Ou seja, um fibromiálgico sentiria muito mais dor do que um indivíduo normal, pois teria um problema no Sistema Nervoso Central - principalmente cérebro - que o tornaria extremamente sensível à dor. Isso já está provado não ser verdade, pois indivíduos com outras dores crônicas severas em áreas específicas do corpo também se tornam bem mais sensíveis por praticamente todo o corpo. Sabe-se que o aumento significativo de Substância P e outros neurotransmissores gerados pela área muito afetada estejam aumentando a sensibilidade do corpo como um todo - Semelhante ao que ocorre na fibromialgia.
  • Não há nenhuma evidência concreta de que esta síndrome possa ser transmitida a outros indivíduos(já há muito que se sabe que ela não é transmissível)e nem se verifica maior prevalência em familiares - por hereditariedade.

Tratamento

O tratamento da fibromialgia inclui medicamentos e medidas complementares. A ênfase deverá ser dada em tratar a causa e não apenas a redução dos sintomas de dor e na melhora da saúde de maneira geral.

Medicamentos APROVADOS [4] para fibromialgia:

  • Antidepressivos.
  • Analgésicos.
  • Relaxantes musculares.


Tratamentos complementares

Tratamentos complementares e terapias alternativas devem ser utilizadas com cuidado e sempre com orientação médica [5], para evitar agravar a doença ou mesmo ilusões por profissionais de caráter duvidoso.

Exercícios suaves, meditação e massagem são práticas de medicina complementar que, associadas ao tratamento médico, podem auxiliar a aliviar os sintomas de quem é afetado por esta síndrome.

É fundamental que o profissional que orienta a prática conheça os sintomas específicos relacionados à doença e trabalhe orientado pelo médico de acordo com a situação específica de cada paciente.

A Dra. Lin destaca que analgésicos e antiinflamatórios não são suficientes, destacando a necessidade de uma abordagem multidisciplinar. Segundo ela, os pacientes: precisam conhecer a proposta de tratamento que inclui medicação e atendimento psicológico e emocional. Além da medicação, a doutora indica também a acupuntura e a realização de exercícios físicos suaves para diminuir os sintomas, ressaltando a necessidade de aprender a reconhecer e administrar os fatores que desencadeiam as crises.


Sintomas

Os sintomas variam de intensidade de pessoa para pessoa, podendo começar a se estabelecer (ou ser mais facilmente percebida) a partir de dores na região dos ombros ou no alto da coluna e no pescoço, podendo tornar-se generalizada numa segunda etapa da doença. Outros sintomas são o cansaço, muitas vezes reconhecido como crônico, sono não reparador não chegando a ser uma insônia mas, caracterizando-se como um sono leve que faz com que os portadores acordem cansados; cefaléia, dormência nos braços e nas pernas, síndrome do cólon irritável, sensibilidade ao frio – as dores se intensificam no inverno, sensibilidade durante a micção, vertigem, dificuldade de concentração, boca e olhos secos, taquicardias, ansiedade e irritabilidade. A disposição mental e emocional do indivíduo portador desta síndrome influi diretamente na intensidade dos sintomas, pois quando os mesmos atravessam períodos de dificuldades, contrariedades e stress, se tornam por demais queixosos de dores lancinantes que percorrem o corpo todo, prejudicando a normalidade das suas atividades profissionais e domésticas diárias, quando não às impedem completamente. Quando os portadores atravessam fases positivas não encontrando contrariedades ou dificuldades, muitas vezes os sintomas praticamente desaparecem. Alguns estudos revelam que os sintomas da síndrome da fibromialgia podem ser decorrentes da diminuição dos níveis de serotonina e um aumento dos níveis de substância P (que é um potente vasodilatador) produzidas no sistema nervoso central possivelmente em indivíduos já pré-dispostos geneticamente.


Fatores de Risco

Os possíveis fatores de riscos para um quadro de fibromialgia se estabelecer são: • excesso de atividades, excesso da jornada de trabalho; • pouco apoio para as atividades profissionais nas empresas; • excesso de atividade mental em trabalhos monótonos; • utilização inadequada de material de trabalho ou materiais inadequados para a

    realização  das atividades profissionais;

• técnicas e posturas incorretas para a realização das tarefas; • ambientes impróprios e insalubres de trabalho; • depressão e ansiedade; • stress; • pouco apoio familiar; • solidão; e • lazer insuficiente.


Fibromialgia e Atividade física

- "Mas Doutor, o senhor me manda fazer exercício físico, eu não agüento nem andar! Quanto mais correr, nadar"... Qual médico que nunca ouviu essa frase? Qual profissional de educação física ou fisioterapeuta que nunca vivenciou esse drama? Nos últimos 20 anos fomos capazes de observar novos inventos tecnológicos, descobertas científicas e avanços da medicina, porém, junto com eles vieram novas doenças, doenças ainda desconhecidas por origem, prognóstico, tratamentos e cura. A fibromialgia é uma doença que afeta hoje cerca de 5% da população mundial, acometendo principal-mente mulheres sedentárias, acima de 40 anos e pessoas de cor clara, caracterizando-se por dores agudas e crônicas, fadiga, distúrbios do sono, entre outros sintomas. O termo fibromialgia vem do latim fibro (tecido fibroso, ligamentos, tendões), do grego mia (tecido muscular), algos (dor) e ia (condição), ou seja, condição de dor proveniente de músculos, tendões e ligamentos. "Não são muito claros os mecanismos de desenvolvimento da Fibromialgia, mas os achados laboratoriais são bem expressivos, pois apontaram atrofia das fibras musculares tipo II, edema focal, alterações mitocôndriais, diminuição das concentrações de glicogênio e hipóxia das fibras musculares causadas por alterações da microcirculação (Yunus e Kalian - Raman, 1989; Bengtsson e Henriksson, 1989)." Os portadores de tal síndrome normalmente apresentam dificuldade em relacionar a localização da dor, se é muscular, articular, nos ossos, e muitas vezes quando perguntado pelo médico o local da dor, escuta-se "Doutor, dói tudo"! Por vezes essas reclamações são consideradas como distúrbios emocionais por alguns profissionais por dois motivos: 1. desconhecimento da doença e 2. pela doença até o presente momento não obter nenhum exame laboratorial que indicaria tal patologia e justificaria tais sintomas. A fibromialgia é uma doença real, com dores reais, não possuindo apenas caráter psíquico (apesar de por vezes iniciar-se com um quadro de depressão ou vir a desenvolver tal quadro com a doença) e, se não tratada adequadamente, pode causar uma significativa queda na qualidade de vida de seu portador. Ainda não tem cura e quando diagnosticada por exame clínico, o tratamento é normalmente farmacológico (antidepressivos, analgé-sicos, miorrelaxantes e etc), sono de qualidade e exercícios aeróbios. Os remédios têm o objetivo de amenizar os sintomas e promover o bem estar dos pacientes, permitindo-os que executem atividades físicas regulares que são fundamentais no tratamento da patologia. Durante a solicitação de trabalho físico podemos perceber que os portadores da doença têm músculos fracos e que fadigam com facilidade, sendo indicados exercícios de alongamento, fortalecimento muscular e flexibilidade associados a exercícios aeróbios, ambos iniciando gradativamente e se possível numa intensidade que não gere ou gere dor suportável, onde a intensidade do exercício é aumentada progressivamente com o passar da adaptação fisiológica ao treinamento respeitando o limiar de dor da pessoa. O exercício físico aeróbio é normalmente mais indicado que o anaeróbio em pessoas com fibromialgia, pois o primeiro libera potencialmente mais endorfinas, hormônio este que quando presente em "boas doses" no organismo permite-nos uma sensação de prazer, bem estar, euforia e até mesmo analgesia. Na fibromialgia não existe uma melhor modalidade esportiva, e respeitando o princípio da individualidade biológica, caracterizando que cada portador é diferente de outro portador e que os mesmos são também diferentes das pessoas não-portadoras, a melhor modalidade de exercício é aquela a qual o indivíduo sente mais prazer durante e após a realização, seja ela caminhada, corrida, natação ou outra. O que importa e tem valor inestimável é ouvir do aluno ou cliente: -"Realmente está funcionando, me sinto muito melhor"!




Referências

  1. a b Fibromialgia. Portal Banco de Saúde. 2008. Fibromialgia Guia Completo
  2. Diretrizes Médicas. Sociedade Brasileira de Reumatologia: Diretrizes sobre Fibromialgia
  3. Atallah-Haun MV, Ferraz MB, Pollak DF. Validação dos critérios do Colégiado Americano de Reumatologia (1990) para classificação da fibromialgia, em uma população brasileira. Revista Brasileira de Reumatologia, 1999; 39:221-30
  4. Diretrizes Médicas. Sociedade Brasileira de Reumatologia: Diretrizes sobre Fibromialgia
  5. MARQUES, Amélia Pasqual.; MATSUTANI, Luciana A.; FERREIRA, Elisabeth A. G.; e MENDONÇA, Laís L. F. de; A Fisioterapia no tratamento de pacientes com Fibromialgia: uma revisão da literatura. Revista Brasileira de Reumatologia, 2002; 42:42-48

Ligações externas