Fome no Iêmen desde 2016

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A fome no Iêmen é uma das consequências da atual guerra civil no país e ameaça mais de 17 milhões de pessoas,[1][2] incluindo 3.300.000 de crianças e mulheres grávidas ou lactantes sofrem de desnutrição aguda.[3] Dos quais, mais de 100.000 crianças afetadas estão na província de Al Hudaydah, sendo a cidade de Al Hudaydah a área mais afetada da província.[4] De acordo com o Conselho Norueguês de Refugiados, a fome no Iêmen alcançará "proporções bíblicas".[5] A fome está sendo agravada por um surto de cólera, que está resultando em 5.000 novos casos diários.[6]

A fome é o resultado direto da intervenção da coalizão liderada pela Arábia Saudita no Iêmen. O Iêmen já era a nação mais empobrecida da Península Arábica e do Oriente Médio, mas a guerra e o bloqueio marítimo, aéreo e terrestre[7][8] pela coalizão liderada pela Arábia Saudita agravaram ainda mais a situação. De acordo com o gerente do porto de Al Hudaydah, que está sob o controle dos Houthis, remédios e alimentos não podem ir para Al-Hudaydah, já que os ataques aéreos arruinaram os guindastes industriais do porto em agosto de 2015.[9] Os barcos de pesca, o principal meio de subsistência dos habitantes de Al Hudaydah foram destruídos por ataques aéreos sauditas deixando-os sem quaisquer meios para prover suas famílias.[10][4]

Em outubro de 2018, as Nações Unidas alertaram que 13 milhões de pessoas enfrentam fome no que poderia ser "a pior fome do mundo em 100 anos".[11] No mês seguinte, um relatório da Save the Children estimou que 85.000 crianças com idade inferior a cinco anos morreram de inanição.[12] A fome foi comparada por alguns comentaristas ao Holodomor na Ucrânia soviética.[13][14]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

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