Francisco Henriques

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Francisco Henriques
Nome completo Francisco Henriques
Morte 1518
Nacionalidade Bélgica Flamenga
Área Pintor
Movimento(s) Renascimento

Francisco Henriques (Flandres, ? - Portugal, 1518) foi um pintor ativo em Portugal no início do século XVI. As obras que lhe são atribuídas mostram um perfeito domínio do ofício, seguindo um estilo gótico tardio de grande elegância.

Vida[editar | editar código-fonte]

Pouco se sabe sobre sua vida, mas é certo que chegou a Portugal por volta do ano de 1500, vindo de Bruges, na Flandres, onde pode ter sido aluno de Gerard David. O seu primeiro trabalho em Portugal terá sido o retábulo da Sé de Viseu, liderando uma oficina da qual participava Vasco Fernandes, então um jovem aprendiz.

Nos anos seguintes trabalhou na decoração de várias igrejas, especialmente no Políptico da capela-mor e nos painéis das capelas laterais da Igreja de São Francisco de Évora, o mais notável e mais belo agrupamento de pintura manuelina, hoje quase na sua totalidade à guarda do Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa, e na Casa dos Patudos, em Alpiarça, executado por Francisco Henriques de 1507 a 1511.

José de Figueiredo atribuiu-lhe, sem base documental, o Retábulo da Vida de São Tiago, do Convento de Palmela, por o datar da época do apogeu do artista.

Em 1518, Francisco Henriques foi designado para fazer um importante conjunto de pinturas para o Tribunal da Relação, obra a que meteu ombros ajudado por vários oficiais flamengos e também por pintores portugueses de categoria, como o seu futuro genro Garcia Fernandes e porventura André Gonçalves, Cristóvão de Figueiredo e Gregório Lopes. Chefiar um tal grupo de artistas é testemunho flagrante de valor e prestígio. Este conjunto que não chegou a concluir-se perdeu-se, infelizmente, talvez no Terramoto de 1755; Garcês Teixeira supõe que dele provenha a impressionante tábua quinhentista «O Inferno», no Museu Nacional de Arte Antiga. No mesmo ano de 1518, porém, Francisco Henriques findava os seus dias vítima da peste que então assolou Lisboa e ceifou também os seus sete oficiais flamengos e alguns escravos ao seu serviço. O mestre pintor permanecera em Lisboa, com os perigos da epidemia, por determinação de D. Manuel I, que tinha a peito ver a obra concluída sem demora.

Outras obras[editar | editar código-fonte]

Galeria[editar | editar código-fonte]


Referências

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Figueredo, José de - "Introdução a um Ensaio sobre a Pintura Quinhentista em Portugal", in Boletim de Arte e Arqueologia, Fasc. I. Lisboa: 1921
  • Figueiredo, José de - "Francisco Henriques e a Infanta D. Maria", in Lusitânia, Vol. IV. Lisboa: 1927

Ver também[editar | editar código-fonte]

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