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Georg August Schweinfurth

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Georg August Schweinfurth
Georg August Schweinfurth
Nascimento Georg August Schweinfurth
29 de dezembro de 1836
Riga
Morte 19 de setembro de 1925 (88 anos)
Berlim
Sepultamento Grande Cemitério de Riga
Nacionalidade alemão
Cidadania Império Russo
Alma mater
Ocupação explorador, antropólogo, pteridólogo, zoólogo, botânico, colecionador de plantas, colecionador de animais
Prêmios Medalha Vega (1899), Medalha Leibniz (1913)
Campo(s) botânica

Georg August Schweinfurth (Riga, 29 de dezembro de 1836Berlim, 19 de setembro de 1925) foi um explorador, botânico, etnólogo e paleontólogo alemão que viajou extensamente pela África Central e Oriental. Deve-se-lhe a exploração da região sudoeste da bacia do rio Nilo e o primeiro estudo da etnologia dos povos daquela região, com destaque para os povos pigmeus da África tropical.

Descendente de uma família de Wiesloch, Schweinfurth estudou botânica e paleontologia entre 1856 e 1862 em Heidelberg, Munique e Berlim.

Pedra tumular de Georg Scweinfurth no Jardim Botânico de Berlim.

Foi contratado para organizar as colecções trazidas do Sudão pelos exploradores Adalbert von Barnim e Dr. Robert Hartmann, passou a interessar-se por aquela região, então pouco conhecida dos europeus.

Devido a esse interesse, em 1863 partiu para o Egipto, permanecendo em África até 1866, explorando as costas do Mar Vermelho e as regiões do Egipto e do Sudão sitas entre aquelas costas e o rio Nilo. Também visitou Cartum e estabeleceu contacto com as populações da região. Quando em 1866 regressou à Europa, tinha consolidado a sua reputação como explorador e como etnologista.

Em resultado do interesse que a sua investigação despertou, em 1866 a Fundação Alexander von Humboldt (a Alexander von Humboldt-Stiftung) de Berlim confiou-lhe a condução de uma importante missão de exploração ao interior da África Oriental. Partindo em janeiro de 1869 de Cartum, no Sudão, subiu o Nilo Branco até ao Bahr-el-Ghazal. A partir daí, acompanhando comerciantes árabes e núbios de escravos e marfim, penetrou no Sul daquele território até atingir os territórios dos Azande e Mangbettu nos confins do Congo. Nessa região explorou os territórios habitados pelos povos Diur (Dyoor), Dinka, Bongo e Niam-Niam.

Nessa viagem contribuiu para a determinação do limite sudoeste da bacia do rio Nilo e para o conhecimento do sistema hidrográfico do Bahr-el-Ghazal. Naquele que seria a sua mais importante descoberta geográfica, a 19 de Março de 1870 alcançou o rio Uele e ao determinar que aquele rio corria para oeste concluiu correctamente que tinha abandonado a bacia hidrográfica do Nilo, estabelecendo assim o seu limite sudoeste. Embora tenha postulado erradamente que aquele curso de água era afluente do rio Níger, o que apenas seria desmentida muitos anos depois quando se demonstrou que o rio Uele é afluente do Zaire, a sua descoberta teve grande relevância para a determinação dos limites das bacias dos grandes rios africanos.

Perdeu um olho num acidente com uma embarcação no rio Zaire, nas proximidades de Kisangani e, infelizmente, a maior parte das suas colecções desta viagem perderam-se durante um incêndio nos seu acampamento ocorrido em dezembro de 1870. Regressou a Cartum em julho de 1871.

Mais importante que a sua determinação da hidrografia da bacia do Nilo foi a sua contribuição para o conhecimento dos povos e da flora e fauna daquelas regiões. Deve-se-lhe a descrição da práticas canibais do povo Mangbettu e o primeiro contacto cientificamente comprovado entre europeus e o povo Akka, pertencente ao grupo dos povos pigmeus da África tropical, cuja existência não tinha até então sido conclusivamente demonstrada.

De 1873 a 1874 acompanhou Gerhard Rohlfs na sua expedição ao interior do deserto da Líbia.

Fixando-se na cidade do Cairo, em 1875 fundou uma Sociedade de Geografia, sob os auspícios do quediva Ismail Paxá, e dedicou-se quase exclusivamente ao estudo da etnologia e história daquela região da África.

Em 1876 integrou, com Paul Güssfeldt, uma expedição ao interior do deserto da Arábia, continuando depois a exploração daquela região com viagens intermitentes que se prolongaram até 1888. Durante esse período explorou a geologia e a botânica do vale do Nilo, com relevo para a região de Faium.

Em 1889 regressou à Alemanha, fixando-se em Berlim, mas ainda voltou a viajar até ao nordeste da África nos anos de 1891, 1892 e 1894, visitando a então colónia italiana da Eritreia.

Schweinfurth nunca casou, dedicando toda a sua vida à ciência, juntando uma grande colecção de artefactos e um importante herbário que ainda hoje mantêm relevância científica.

A sua obra principal é Im Herzen von Afrika (No Coração da África), inicialmente publicada em Leipzig em 1874, que continua a ser reeditada. Para além daquela obra, a descrição das suas viagens e os resultados da sua investigação apareceram em livros, folhetos e publicados em periódicos especializados e gerais, como o Petermanns Mitteilungen e o Zeitschrift fur Erdkunde. Para além do clássico Im Herzen von Afrika, é autor do Artes Africanae; Illustrations and Descriptions of Productions of the Industrial Arts of Central African Tribes, publicado 1875, e hoje considerado um dos clássicos do estudo da etnografia africana.

Quando faleceu, foi sepultado no Jardim Botânico de Berlim (Botanischer Garten Berlin), sendo o seu túmulo considerado como um monumento pela Cidade de Berlim. Diversas localidades alemães homenageiam Georg Schweinfurth na sua toponímia.

Obras publicadas

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  • Schweinfurth, Georg, Im Herzen von Afrika 1868-1871 Erdmann Stuttgart 1984 (ISBN 3522604504) (em alemão)
  • Schweinfurth, Georg, Artes Africanae; Illustrations and Descriptions of Productions of the Industrial Arts of Central African Tribes, 1875.

Ligações externas

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