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Hospital Psiquiátrico do Juqueri: diferenças entre revisões

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*Evelin Naked de Castro Sá - "Uma organização política complexa do setor saúde — o Conjunto Juqueri em São Paulo".
*Evelin Naked de Castro Sá - "Uma organização política complexa do setor saúde — o Conjunto Juqueri em São Paulo".


Muito bom, parabéns!!!
==Ver também==
*[[Reforma psiquiátrica]]
*[[Loucura]]


=={{Ligações externas}}==
=={{Ligações externas}}==

Revisão das 16h07min de 6 de janeiro de 2009

O Hospital Psiquiátrico do Juqueri é uma das mais antigas e maiores colônias psiquiátricas do Brasil, localizada em Franco da Rocha (antigo município de Juqueri), na região metropolitana de São Paulo.

O início da construção da Colônia Agrícola Juqueri data de 1895, com o projeto do arquitetônico de Ramos de Azevedo, em uma área de 150 hectares.[1] [2]Inaugurado em 1898 pelo psiquiatra paulista Francisco Franco da Rocha, o Asilo de Alienados do Juqueri passa a denominar-se Hospital e Colônia de Juqueri em 1929. [1] Enfrentou a explosão migratória dos anos 1960 provocada pelo desenvolvimento industrial, que contribuiu para o aumento do desemprego, mendicância e marginalidade.


Reforma psiquiátrica

Em 1968 chegou a ter mais de 14 mil internados. Um pavilhão para menores foi inaugurado em 1922 e em 1957, do total de doentes 3.520 eram crianças.

Num só ano a população de pacientes aumentou em quase quatro mil pessoas, passando de 7.099 em 1957 para 11.009 em 1958.[3]

Em 1981 o complexo contava 4.200 pacientes entre o Juqueri e o Manicômio Judiciário, instalados na mesma área. Além desses, vários órgãos públicos, como escolas, Corpo de Bombeiros, 26º Batalhão da Polícia Militar, lixão e até invasores de terra situam-se na Fazenda Juqueri, com 1.100 hectares ou 731 quilômetros quadrados de área. Tratava-se de uma instituição prestando atendimento aos municípios de Franco da Rocha, Francisco Morato, Cajamar, Caieiras e Mairiporã, no conjunto com cerca de 400 mil habitantes. Esses municípios formaram-se a partir do hospital.

O diagnóstico de 1995 detectou 1.800 internos, 9% dos quais em condição de alta; 13% de deficientes físicos/mentais; 21% de idosos sem doença mental primária; 21% em condição de reinserção social; 36% de doentes mentais em condição de reabilitação.

Em 1998, havia 1.411 internos (741 homens e 670 mulheres) e nenhuma criança. A maioria (47%) tinha entre 41 e 60 anos, estava sob os cuidados de 2.213 funcionários (médicos, técnicos e administrativos).

Em 2005 um incêndio atingiu o setor administrativo do prédio do Hospital. As seis horas de fogo destruíram o prédio de dois andares tombado pelo Condephaat, sua biblioteca (a mais completa em livros e periódicos de psiquiatria da metade do século XIX até metade do século XX) e 100 anos da memória do Hospital.[4][5] Do edifício sobraram apenas as paredes estruturais e uma parte da cobertura do piso inferior em uma de suas laterais. O prédio havia acabado ser restaurado, com reforma do telhado, do piso, vitrais e da estrutura elétrica.[6]

O Hospício do Juqueri está em um processo de desativação há décadas. Em 2005, cerca de 500 internos foram transferidos para clínicas. [7]

A administração implantou um programa de resgate da cidadania de pacientes, funcionários e moradores. O funcionário passa por cursos de aperfeiçoamento profissional e os pacientes voltam cada vez mais ao convívio com a sociedade e recebem incentivo à manifestação artística, como pintura, escultura e artesanato. [carece de fontes?]

Os pacientes, porém, continuam vagando, mas a diferença é que o Juqueri podia, no passado, ser comparado a um campo de concentração. Hoje melhorou-se a ambiência e os pacientes são tratados com dignidade. Busca-se no Juqueri a vocação para ser uma instituição de saúde mental e assistência integral, que faz reabilitação. Neste movimento, identificaram-se pacientes, providenciaram-se documentos, localizaram-se famílias e reintegraram-se alguns pacientes, providenciaram-se aposentadorias, contas bancárias, poupanças e foi feita uma comissão de internos. Os pacientes andam sozinhos pela cidade quando têm autonomia para cuidar-se. Em geral, são idosos abandonados pela família que o Juqueri mantém abrigados. Alguns deles trabalham durante o dia e retornam à casa ao anoitecer.[carece de fontes?]

Bibliografia

  • Evelin Naked de Castro Sá - "Uma organização política complexa do setor saúde — o Conjunto Juqueri em São Paulo".

Muito bom, parabéns!!!

Ligações externas

Referências

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