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Hwang Sun-hui

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Este é um nome coreano; o nome de família é Hwang (황).
Hwang Sun-hui
황순희
Membro do Comitê Central do Partido dos Trabalhadores da Coreia
Período outubro de 1966 a

setembro de 2010

Secretário-geral Kim Il-sung (até 1994)

Kim Jong-il (após 1994)

Curadora do Museu da Revolução Coreana
Período fevereiro de 1965 a

janeiro de 2020

Líder Kim Il-sung (até 1994)
Kim Jong-il (1994-2011)
Kim Jong-un (após 2011)
Deputada da Assembleia Popular Suprema
Período 1962 a

2020

Líder Kim Il-sung (até 1994)
Kim Jong-il (1994-2011)
Kim Jong-un (após 2011)
Dados pessoais
Nascimento 3 de maio de 1919
Hamgyong Norte, Domínio Japonês na Coreia
Morte 17 de janeiro de 2020 (100 anos)
Pyongyang, Coreia do Norte
Nacionalidade Coreana
Prêmio(s) Ordem de Kim Il-sung (1982)
Ordem do Trabalho (1979)
Ordem do Herói Duplo (1992)
Ordem de Kim Jong-il
Partido Partido dos Trabalhadores da Coreia
Serviço militar
Lealdade  Coreia do Norte
Serviço/ramo Exército Popular da Coreia
Exército Soviético
Anos de serviço 1937 a 1945

Hwang Sun-hui (hangul: 황순희, 3 de maio de 1919 - 17 de janeiro de 2020)[1] foi uma política norte-coreana que atuou em vários cargos de alto escalão no Partido dos Trabalhadores da Coreia, inclusive na Assembléia Popular Suprema e no Comitê Central do Partido dos Trabalhadores da Coreia.

Hwang Sun-hui
Nome em coreano
Hangul 황순희
Hanja 黃順姬
Romanização revisada Hwang Sun-hui
McCune-Reischauer Hwang Sun-hui
Museu da Revolução Coreana

Hwang Sun-hui nasceu em 3 de maio de 1919 na província de Hamgyong Norte.[2][3] Serviu como guerrilheira na 88ª Brigada Especial de Atiradores Independentes do Comando Soviético do Extremo Oriente durante a Segunda Guerra Sino-Japonesa e a Segunda Guerra Mundial.[4] Suas atividades incluíam costura, culinária[3] e enfermagem.[5] Lá, conheceu Kim Il-sung e seu futuro marido Ryu Kyong-su.[4] Hwang retornou à Coreia em novembro de 1945.[3] Ela teria um papel político fundamental no nascente estado norte-coreano.[5]

Seu primeiro cargo político de importância foi como presidente do comitê provincial da União Democrática das Mulheres Coreanas da província de Ryanggang em março de 1956.[2] Foi intitulada membro do comitê executivo central de toda a União Democrática em agosto de 1969, diretora do seu comitê central em outubro de 1971 e vice-presidente da organização em dezembro de 1977.[3]

Hwang tornou-se membro suplente do Comitê Central do Partido dos Trabalhadores da Coreia em setembro de 1961. Foi eleita membro titular em outubro de 1966 onde atuou até setembro de 2010.[6] A partir de 2010, passou a atuar no comitê central como membro suplente.[7]

Hwang tornou-se curadora do Museu da Revolução Coreana em outubro de 1965, quando se tornou presidente do comitê do partido. Foi nomeada secretária do comitê em junho de 1973 e novamente em julho de 1988. Hwang tornou-se diretora do museu em abril de 1990.[3]

Hwang foi deputada nas 3ª, 4ª, 5ª, 7ª, 8ª, 9ª, 10ª,[3] e 13ª Assembléia Popular Suprema.[2] Participou das comissões funerárias de Kim Il-sung (1994, 6ª classificada),[3] O Jin-u (1995),[2] Choe Kwang (1997, 28ª) e Jon Mun-sop (1998).[3] Hwang recebeu a Ordem do Trabalho em maio de 1979, a Ordem Kim Il-sung em abril de 1982 e o prêmio de "Herói Duplo" em abril de 1992, além da Ordem Kim Jong-il.[3]

Imagem pública

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Hwang Sun-hui foi casada com Ryu Kyong-su. Ryu foi um herói da Guerra da Coreia, liderando uma brigada da 105ª Divisão Blindada em Seul como a primeira unidade blindada. Sua unidade foi a que hasteou a bandeira norte-coreana na prefeitura de Seul. Essa associação com o marido deu a Hwang "posição incomparável no partido".[5] Os dois tiveram uma filha, Ryu Chu-ok, casada com Kim Chang-son, também um político importante do Partido dos Trabalhadores da Coreia.

Hwang foi uma das poucas mulheres no Comitê Central do Partido,[8] e uma dos membros mais antigos.[9] Como ex-guerrilheira, sua participação no comitê central era considerada cerimonialmente importante.[10]

Hwang foi considerada uma dos apoiadores "originais" da família Kim.[10] Todos os três Kims apareceram com ela, fazendo dela uma exibição permanente de propaganda desde os primeiros dias do regime de Kim, até o dia em que ela morreu. O líder da Coreia do Norte abraçando Hwang era uma visão familiar no país. Kim Jong-un foi visto abraçando-a em seu primeiro ano como líder supremo, novamente em 2013 e em 2017, quando visitou Hwang, já usando cadeira de rodas, no Museu da Revolução Coreana. Um desertor observou: "Hwang está tão espremida que não deve ter mais suco algum nela".[5]

Hwang Sun-hui morreu em 17 de janeiro de 2020, e seu velório foi assistido por Kim Jong-un e sua esposa. Após sua morte, a Agência Central de Notícias da Coreia descreveu Hwang como "uma revolucionária firme que dedicou tudo à realização da pioneira causa revolucionária Juche no Monte Paekdu".[11]

Referências

Trabalhos citados

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