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Itabirinha

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Itabirinha
  Município do Brasil  
Vista parcial da cidade
Vista parcial da cidade
Vista parcial da cidade
Símbolos
Brasão de armas de Itabirinha
Brasão de armas
Hino
Gentílico itabirense[1]
Localização
Localização de Itabirinha em Minas Gerais
Localização de Itabirinha em Minas Gerais
Localização de Itabirinha em Minas Gerais
Itabirinha está localizado em: Brasil
Itabirinha
Localização de Itabirinha no Brasil
Mapa
Mapa de Itabirinha
Coordenadas 18° 33′ 57″ S, 41° 13′ 58″ O
País Brasil
Unidade federativa Minas Gerais
Municípios limítrofes Nova Belém, Ataléia, São José do Divino, Mendes Pimentel e Mantena
Distância até a capital 426 km
História
Fundação 30 de dezembro de 1962 (61 anos)[2]
Administração
Distritos
Prefeito(a) Lucas Donadia (PSD, 2021–2024)
Características geográficas
Área total [5] 209,034 km²
População total (estatísticas IBGE/2018[1]) 11 446 hab.
Densidade 54,8 hab./km²
Clima tropical (Aw)
Altitude 330 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
CEP 35280-000 a 35289-999[4]
Indicadores
IDH (PNUD/2010[6]) 0,653 médio
PIB (IBGE/2016[7]) R$ 100 512,32 mil
PIB per capita (IBGE/2016[7]) R$ 8 790,65
Sítio itabirinha.mg.gov.br (Prefeitura)
camaraitabirinha.mg.gov.br (Câmara)

Itabirinha é um município brasileiro no interior do estado de Minas Gerais, Região Sudeste do país. Localiza-se no Vale do Rio Doce e sua população estimada em 2018 era de 11 446 habitantes.[1]

Itabirinha é uma palavra híbrida, derivada do tupi-guarani itabira (pedra empinada) com o sufixo diminutivo português -inha.

Vista do Alto do Cristo.

A região onde está hoje o município tem suas origens históricas ligadas à colonização de Mantena. Originalmente antigo distrito de Itabirinha, criado a partir do distrito de Barra do Ariranha, em 1948, tornou-se município em 30 de dezembro de 1962, com território desmembrado de Mantena. Situado em terras montanhosas na bacia do rio São Mateus, seu ponto mais elevado está a 1.751 metros de altitude na serra do Pitengo. A mesma lei que criou o município o elevou de vila à categoria de cidade, alterando a denominação para Itabirinha de Mantena. Em 1997 através de um plebiscito a cidade passou a se chamar somente Itabirinha. A atual cidade de Itabirinha teve sua origem em doações de terras feitas por Manoela Gaspar, Antônio Valério e Antônio Godinho, em meados do ano de 1939, tidos como primeiros habitantes da região.

No princípio formou-se um pequeno arraial que recebeu o nome de Povoado da Boneca, devido a uma elevação, com formas humanas que até hoje domina a visão dos seus habitantes. Em 1940, o arraial recebe a visita de Frei Inocêncio que celebra a primeira missa, debaixo de uma árvore, local em que em 1942, Joaquim Balbino da Silva constrói a primeira igreja. Nascida em território contestado, tinha como principal fonte de renda a extração de madeira, que era levada para Governador Valadares por uma estrada de difícil acesso, única ligação, na época, do arraial com a civilização.

Devido a contestação do território, com a vantagem de não serem pagos impostos nem à Minas Gerais e nem ao Espírito Santo e a grande extensão de matas, o arraial ganha importância suficiente para ser elevado a distrito; o que acontece em 12 de dezembro de 1953 pela Lei nº 1.039. Com a criação do distrito, passa a se chamar Itabirinha de Mantena. O topônimo teve a sua origem tirada de uma palavra indígena ?Itabira?, que se traduz por "Pedra Aguda", em homenagem a uma pedreira que domina todo o centro da cidade, e mais o nome do município ao qual ficou anexado, (Mantena). Pelo decreto de Lei nº 2.764 de 30 de dezembro de 1962 é desmembrado do município de Mantena e elevado a igual categoria. Pela Lei Estadual nº 13.823, de 11 de Janeiro de 2001, alterou o Topônimo do município de Itabirinha de Mantena que passou a denominar-se Itabirinha.

Pela lei estadual nº 8.285, de 8 de outubro de 1982, é criado o distrito de Boa União de Itabirinha.[2]

Na tarde do dia 30 de setembro de 1985, uma segunda-feira, a cidade foi atingida por uma tempestade de granizo severa, com pedras de gelo que chegavam a pesar 1 kg. A chuva de aproximadamente 15 minutos foi suficiente para afetar cerca de 50% das residências do núcleo urbano, incluindo 900 casas danificadas e 50 completamente destruídas, deixando mais de 20 vítimas fatais e 600 feridos. Dos cerca de 10 000 habitantes, 4 000 ficaram desabrigados[8][9][10] e 50% da safra de café do município foi perdida. Até o dia 4 de outubro, o Hospital São Lucas, o principal da cidade, já havia realizado mais de 1 200 atendimentos e registrados dezenas de casos de pneumonia. Nessa data o excesso de gelo que ainda não havia derretido fez com que o Corpo de Bombeiros interrompesse a busca por dois corpos que continuavam desaparecidos.[11] Segundo o então Serviço Nacional de Meteorologia, a ausência de equipamentos meteorológicos naquela época fez com que a tempestade fosse imprevisível.[9] Apesar do episódio, que obteve repercussão nacional e internacional, o município se recompôs com o passar do tempo e o dia 30 de setembro é decretado como ponto facultativo em alguns anos em memória às vítimas.[12]

De acordo com a divisão regional vigente desde 2017, instituída pelo IBGE,[13] o município pertence às Regiões Geográficas Intermediária de Governador Valadares e Imediata de Mantena.[14] Até então, com a vigência das divisões em microrregiões e mesorregiões, fazia parte da microrregião de Mantena, que por sua vez estava incluída na mesorregião do Vale do Rio Doce.[15]

Situado em terras montanhosas na bacia do rio São Mateus, seu ponto mais elevado está a 1.751 metros de altitude na serra do Pitengo. A mesma lei que criou o município o elevou de vila à categoria de cidade, alterando a denominação para Itabirinha de Mantena.

Filhos Notáveis

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Referências

  1. a b c Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). «Itabirinha». Consultado em 31 de maio de 2019. Cópia arquivada em 31 de maio de 2019 
  2. a b Enciclopédia dos Municípios Brasileiros (2007). «Itabirinha - Histórico» (PDF). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Consultado em 30 de outubro de 2017. Cópia arquivada (PDF) em 30 de outubro de 2017 
  3. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (9 de setembro de 2013). «Itabirinha - Unidades territoriais do nível Distrito». Consultado em 31 de maio de 2019. Cópia arquivada em 31 de maio de 2019 
  4. Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. «Busca Faixa CEP». Consultado em 31 de maio de 2019 
  5. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (15 de janeiro de 2013). «Área territorial oficial». Consultado em 18 de outubro de 2013. Cópia arquivada em 18 de outubro de 2013 
  6. Atlas do Desenvolvimento Humano (29 de julho de 2013). «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil» (PDF). Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Consultado em 9 de setembro de 2013. Cópia arquivada (PDF) em 8 de julho de 2014 
  7. a b Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2016). «Produto Interno Bruto dos Municípios - 2016». Consultado em 31 de maio de 2019. Cópia arquivada em 31 de maio de 2019 
  8. Economía y Negocios (2 de outubro de 2015). «Mercury há 30 anos» (em espanhol). Consultado em 2 de março de 2017. Cópia arquivada em 2 de março de 2017 
  9. a b «Interior ajuda vítimas em Minas» (PDF). Jornal do Brasil (178): 17. 3 de outubro de 1985. Consultado em 2 de março de 2017. Cópia arquivada (PDF) em 2 de março de 2017 
  10. Organización Meteorológica Mundial (15 de julho de 1999). «Informe del Grupo de Trabajo sobre Meteorología Agrícola de la AR IV» (PDF) (em espanhol). World AgroMeteorological Information Service (WAMIS). p. 330–331. Consultado em 2 de março de 2017. Cópia arquivada (PDF) em 2 de março de 2017 
  11. «Sarney libera verba para cidade mineira arrasada por granizo» (PDF). Jornal do Brasil (179): 7. 4 de outubro de 1985. Consultado em 2 de março de 2017. Cópia arquivada (PDF) em 2 de março de 2017 
  12. Prefeitura (28 de fevereiro de 2014). «Livro de decretos municipais de Itabirinha - ano de 2013». p. 119. Consultado em 2 de março de 2017. Cópia arquivada em 2 de março de 2017 
  13. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2017). «Divisão Regional do Brasil». Consultado em 30 de outubro de 2017. Cópia arquivada em 30 de outubro de 2017 
  14. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome IBGE_DTB_2017
  15. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2016). «Divisão Territorial Brasileira 2016». Consultado em 30 de outubro de 2017 

Ligações externas

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