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Japan (banda): diferenças entre revisões

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* [http://lifeintokyo.net/discography.html Discografia do Japan] e discos solo.
* [http://lifeintokyo.net/discography.html Discografia do Japan] e discos solo.
* [http://usuaris.tinet.cat/fbroto/ Página espanhola] dedicada ao Japan.
* [http://www.japansylvian.com/forum/ Fórum de discussão] sobre o Japan.


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Revisão das 04h17min de 1 de março de 2012

Japan
Informação geral
Origem Londres, Inglaterra
País  Reino Unido
Gênero(s) glam rock, new wave, new romantic, art rock
Período em atividade 1974 - 1982
Gravadora(s) Ariola - Virgin
Integrantes David Sylvian, Mick Karn, Rob Dean, Richard Barbieri, Steve Jansen
Página oficial Nightporter;Life In Tokyo;Myspace

Japan é uma banda inglesa formada no ano de 1974 em Catford, sul de Londres, pelos integrantes David Sylvian (vocais), Mick Karn (baixo fretless), Richard Barbieri (teclados), Rob Dean (guitarra) e Steve Jansen (bateria). Ao longo de sua carreira passaram do hard rock glam de seus dois primeiros discos, Adolescent Sex e Obscure Alternatives, para um som extremamente técnico e experimental, com pouca ênfase na guitarra, de seus três discos posteriores.

De acordo com o livro Clássicos do Rock em CD (editora Três, 1992, Brasil, página 95) "Sua musicalidade, então influenciada pelo glam rock e a emergente new wave, foi gradativamente mudando para melodias e arranjos mais sofisticados; especialmente pela saída do guitarrista Dean a partir do terceiro album, que fez com que os teclados sutis de Barbieri e o baixo fretless (sem trastes) de Karn passassem a predominar no som do grupo".

História

A história a seguir foi coletada do site Life In Tokyo, dedicado a informações sobre o grupo[1].

1977-1978: Período Glam

Formada em Londres no ano de 1974 pelos irmãos David e Steve Batt (respectivamente autodenominados David Sylvian e Steve Jansen) e o amigo Anthony Michelides (Mick Karn), a banda inicialmente possuía uma sonoridade mais voltada ao glam rock com influências de New York Dolls principalmente. Para concretizar seu som, o trio recrutou o colega Richard Barbieri para tocar teclados e encontrou o guitarrista Robert Dean (Rob Dean) através de um anúncio publicado no jornal Melody Maker. O nome Japan foi escolhido às pressas para um dos primeiros shows da banda.

O visual andrógino de Sylvian chamou a atenção do empresário Simon Napier-Bell (ex empresário do The Yardbirds e de Marc Bolan), que começou a empresariar a banda lançando os discos através do selo alemão Ariola-Hansa e fazendo com que o Japan abrisse shows em turnês do The Damned. Os primeiros discos lançados, Adolescent Sex e Obscure Alternatives, tiveram pouca recepção na Inglaterra, embora o grupo tenha adquirido grande popularidade no Japão (provavelmente por questão de seu nome). Ambos os discos contém um punhado de faixas interessantes, incluindo algumas com influências definitivas de soul, funk e reggae. Durante este tempo a banda excursionou com o Blue Öyster Cult. Os cabelos grandes e a voz gritante claramente não estavam trabalhando, tanto pessoal como comercialmente, e em 1979 o Japan começou seguindo em uma direção completamente diferente.

1979-1980: New Romanticism

Aliando-se ao produtor Giorgio Moroder, o single "Life In Tokyo" apresentou o ponto da virada. A banda compôs várias músicas no estilo por esta época, incluindo o single posterior "European Son". A voz de Sylvian passou de aguda para mais grave, adotando a postura vocal de um Bryan Ferry; sendo apoiada pela percussão precisa de seu irmão Jansen, pelo baixo de sonoridade marcante e pelos saxofones de Mick Karn e pela guitarra e teclado sutis e pincelados de Rob Dean e Richard Barbieri.

O disco de 1979, Quiet Life, mostrou um controle artístico e musical superior a seus antecessores, marcando a primeira colaboração do Japan com o produtor John Punter (que produziu o LP do Roxy Music, Country Life, em 1974). Mesmo assim o disco chegou apenas ao 53º posto nas paradas do Reino Unido. Também sai em single a cover "I Second That Emotion" de Smokey Robinson & The Miracles, gravada por eles, mirando a parada de singles e buscando obter mais reconhecimento. Por esta época o visual de Sylvian, e a música do Japan, eram adequados a incluí-los na onda da new romantic inglesa.

O fracasso fez com que a Ariola-Hansa optasse por não mais manter a banda, o que a fez mudarem-se para o catálogo da Virgin.

1980-1982: Pop experimental

1980 veria sair o album Gentlemen Take Polaroids, marcando outro salto fantástico para a maturidade da banda. Neste disco inicia-se a parceria entre David Sylvian e o tecladista Ryuichi Sakamoto em “Taking Islands in Africa”; sendo também o ultimo disco que incluiria a participação da guitarra de Dean (que havia perdido bastante espaço na sonoridade do grupo). O guitarrista deixou a banda pouco antes da turnê Visions of China em 1981, resultante da crescente ênfase da banda em uso de sintetizadores. Posteriormente foi estudar e desenhar pássaros na Guatemala, Costa Rica e Panamá, tornando se ornitólogo[2]. O grupo chamou então David Rhodes para tocar guitarra na turnê de 1981 e mais tarde recrutou Masami Tsuchyia (do grupo japonês Ippu-Do) para tocar guitarra em sua última turnê de 1982[3].

Novembro de 1981 viu o lançamento do último álbum de estúdio do Japan, Tin Drum, amplamente elogiado como obra-prima da banda. O LP chegou a 12º posto nas paradas do Reino Unido e produziu o improvável ​​"top 5" single, "Ghosts"[4]. Este foi o maior sucesso de toda sua carreira. O restante das músicas, desde o funk branco de "Art of Parties" ao som épico de "Visions of China, fez Tin Drum ficar como um dos álbuns mais completamente sólidos da década de 1980; embora, com Mao Tsé-Tung na capa e músicas como "Canton", "Visions of China" e "Cantonese Boy", faça os fãs se perguntarem por quê uma banda chamada Japan fez músicas sobre a China.

Aproveitando a onda de sucesso súbita de Tin Drum a banda embarcou em duas grandes turnês, Visions of China, em 1981, e Sons of Pioneers, em 1982. Esta última produziu o filme Oil on Canvas, filmado no Hammersmith Odeon de Londres, bem como um LP duplo ao vivo com o mesmo nome. Por este período a Ariola-Hansa, para desgosto da banda, aproveitou a oportunidade para relançar o catálogo do Japan[5]. Anos após seu lançamento, faixas como "I Second That Emotion, "Quiet Life" e "European Son" (que anteriormente era apenas lado B de singles) conseguiram subir nas paradas.

Apesar de seu histórico sucesso no momento e turnês, a banda, depois de muita especulação da imprensa, decidiu chamar os repórteres após a Sons of Pioneers tour[6]. Diferenças antigas entre Karn e Sylvian são citadas como a causa para a dissolução, o que provavelmente veio à tona quando a namorada de Karn, Yuka Fujii, o deixou por Sylvian. Fujii tinha sido anteriormente uma colaboradora freqüente com o Japan, proporcionando obras de arte para capas de discos e até mesmo cantando backing vocals em Tin Drum. Segundo a assessoria da gravadora, o Japan realizou obras juntos até sua dissolução, lançando o álbum ao vivo Oil on Canvas por despedida.

A publicação de 2006, 1001 Albums You Must Hear Before You Die, inclui Quiet Life do Japan em sua listagem[7].

1982-1991: Intervalo

No intervalo entre a dissolução do Japan e o ano de 1991 David Sylvian inicialmente fez parceria com Ryuichi Sakamoto (no single Bamboo Houses / Bamboo Music)[8] em 1982, participa na mesma parceria com a música "Forbidden Colours" em 1983 (da trilha sonora de Merry Christmas, Mr. Lawrence) e lança seis albums de estúdio (três deles absolutamente experimentais, dois em parceria com Holger Czukay da banda alemã Can) com seu irmão Steve Jansen na Bateria[9]. O baixista Mick Karn inicia com um single inspirado numa música do cantor brasileiro Roberto Carlos[10], lança dois discos de estúdio e participa de parcerias com Midge Ure do Ultravox (no single After a Fashion) e Peter Murphy do Bauhaus (na banda Dali's Car); também tocando em uma música do EP Chimera de Bill Nelson[11] e lançando o single da música "Buoy" (com Sylvian nos vocais)[12]. Steve Jansen lança parcerias com o músico japonês Yukihiro Takahashi (Stay Close)[13] e faz uma parceria com Richard Barbieri montando a banda The Dolphin Brothers e lançando o disco Catch the Fall[14]. Aqui a lista de parcerias[15].

1991: Rain Tree Crow

No início dos anos 90 e após nove anos de dissolução a banda (menos Rob Dean) retorna para um único disco, reunidos sob o nome de Rain Tree Crow, por insistência de Sylvian, entre setembro de 1989 e abril de 1990. O álbum é essencialmente improvisado, sem ensaios. Esta abordagem foi um elemento integrante de todo o projeto e, em muitos aspectos, era a razão para a colaboração; um conceito de performances de improviso que representou um nítido contraste com as formas pelas quais o grupo Japan tinha inicialmente trabalhado. Os estúdios utilizados ficavam em Miraval, no sul da França, e a idéia é que todos compusessem material e tocassem com as fitas de gravação rodando o dia todo. O projeto foi inicialmente concebido como uma longa sequência de seis albums mas, com a insistência de Sylvian para que o nome do Japan não pudesse ser usado no conjunto, a Virgin se recusou a colocar mais dinheiro a menos que este nome pudesse ser usado. O impasse resultante foi resolvido por decisão de Sylvian, que financiou pessoalmente a mixagem do álbum. No entanto o grupo já não se interessava mais pela reunião[16].

1996: Tributo

Em 1996 é lançado o tributo ao Japan intitulado A Tribute To Japan: Life In Tokyo[17][18] apenas pela BMG japonesa.

2011: Morte de Mick Karn

Em quatro de janeiro de 2011 o baixista da banda, Mick Karn, falece em decorrência de um câncer[19]. Em 2010 lançou sua autobiografia Japan & Self Existence[20].

Discografia

Álbuns de estúdio

Ao vivo

Coletâneas

Ligações externas

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