João Penca e Seus Miquinhos Amestrados
| João Penca e Seus Miquinhos Amestrados | |
|---|---|
Formação clássica da banda. Da esquerda para direita: Avellar Love, Selvagem Big Abreu e Bob Gallo. | |
| Informações gerais | |
| Origem | Rio de Janeiro, RJ |
| País | Brasil |
| Gênero(s) | Rockabilly rock and roll doo wop surf music new wave rock cômico |
| Período em atividade | 1977 - 1994; 2007-2010 |
| Afiliação(ões) | Eduardo Dussek |
| Integrantes | Bob Gallo Selvagem Big Abreu Avellar Love |
| Ex-integrantes | Leo Jaime Cláudio Knudsen Del Rosa Leandro Verdeal Guilherme Hully Gully Mimi Erótico Rodrigo Santos Kadú Menezes Nani Dias Ricardo Palmeira |
| Página oficial | www.myspace.com/joaopenca |
João Penca e Seus Miquinhos Amestrados foi uma banda brasileira de rockabilly,[1] doo-wop[2] e surf music.[3]
Em 1983, lançaram o disco Os Maiores Sucessos de... (que na verdade não era uma coletânea) e depois mais 5 discos: Okay My Gay (1986), Além da Alienação (1988), Sucesso do Inconsciente (1989), Cem Anos de Rock ’n Roll (1991) e A Festa dos Micos (1993, coletânea, 1° CD da banda) – além de vários singles.
Algumas das músicas mais famosas da banda foram "Calúnias (Telma, Eu Não Sou Gay)", "Lágrimas de Crocodilo", "Romance em Alto Mar", "Matinê no Rian" (tema de abertura da novela O Sexo dos Anjos, 1989-1990)[4], "Papa Umama", "S.O.S. Miquinhos" e "Popstar". A banda também criou a abertura do programa Milk Shake, que era apresentado por Angélica na extinta TV Manchete.
Ao longo dos anos 80, fizeram parcerias com alguns cantores voltados pro público infantil, como Xuxa e Mara Maravilha, e também estrelaram o filme juvenil Lua de Cristal junto com Xuxa, Sérgio Mallandro e grande elenco.
História
[editar | editar código]1977-1994 - Primeira fase e sucesso
[editar | editar código]A banda foi formada nos anos 70 por uma turma de amigos do Leblon, a maioria do mesmo prédio, inicialmente com o nome Zoo, se renomeando João Penca e seus Miquinhos Amestrados no início da década de 80, com o nome mais ridículo que conseguiram pensar e dentro do espírito irreverente que caracteriza o brasileiro e, em especial o carioca. Os músicos eram os vocalistas principais Selvagem Big Abreu (Sérgio Ricardo Abreu), Bob Gallo (Marcelo Ferreira Knudsen) e Avellar Love (Luiz Carlos de Avellar Júnior), mais Leo Jaime, Leandro Verdeal (ou Leandor), Cláudio Killer (Cláudio Knudsen, irmão de Bob Gallo, morreu em 1983 envenenado por gás no banheiro), Del Rosa, Guilherme Hully Gully e Mimi Erótico. Léo logo saiu para fazer carreira solo. Na época ele disse que a turma não levava a carreira a sério e ele estava a fim de tentar carreira porque precisava de dinheiro.
No ano de 1982 que eles surgiram para o estrelato acompanhando o cantor Eduardo Dussek.[1] O bom humor era uma das características principais, bem como as roupas e topetes dos anos 50 (inspirados em astros do rockabilly e do rock and roll, como Elvis Presley e Chuck Berry).[1] Na época, Dussek estava numa fase rock com temas engraçados, daí os Miquinhos participaram de seu disco Cantando no Banheiro (de grande sucesso)[5] e do disco seguinte, Brega Chique.
Em 1983, assinam contrato com a gravadora Barclay/Ariola e lançam Os Maiores Sucessos de João Penca e Seus Miquinhos Amestrados que, não era uma coletânea, e trazia canções hilárias, como "Psicodelismo em Ipanema", "Como o Macaco Gosta de Banana" e várias versões de canções pop dos anos 60, entre elas "Calúnias", que ficou conhecida por "Telma, Eu Não Sou Gay", canção gravada por Ney Matogrosso[6].[7]
Com um contrato firmado agora com a RCA Victor, o sucesso nacional dos Miquinhos viria com seu segundo disco, Okay My Gay, lançado em 1986.[7] Com produção de Marcelo Sussekind, os hits "Popstar", "Lágrimas de Crocodilo" e "Romance em Alto Mar" levaram o disco aos primeiros lugares nas paradas de sucesso, ultrapassando a marca das 250 mil cópias vendidas.[7]
1995-2006 - Hiato
[editar | editar código]Em 1996, o grupo gravou uma versão do Hino do Clube Atlético Mineiro para um CD que foi lançado pela revista Placar.
Da segunda metade da década de 90 até meados de 2007 a banda esteve inativa, os membros seguiram suas carreiras pessoais e participaram de eventos isolados.
Em 2000 saiu uma coletânea em CD da linha Hot 20.
Por volta de 2005, e por pouco tempo, Selvagem Big Abreu e Bob Gallo se juntaram à Otávio "Dôdo" Ferreira, Guilherme "Hully-Gully" Belletti e Arturo Marola (uma formação quase igual aos Miquinhos) para formar o grupo Os Pororocas. Paralelo a isto, Avellar Love chegou a formar a banda Gorillas Selvagens e outras aparições esporádicas, como em alguns eventos da Festa Ploc.
2007-2010 - Retorno
[editar | editar código]Em 2007, o grupo se reuniu e voltou a fazer shows. Chegaram a ter a música "Sol, Som, Surf e Sal" na novela Três Irmãs (2008-2009), que havia sido gravada anos antes mas nunca lançada.
Em dezembro de 2008, fizeram um show no Circo Voador, no Rio de Janeiro, que serviu como gravação do 1° DVD, mas poucas semanas depois a banda voltou a se desfazer e o projeto foi arquivado.
A última formação dos Miquinhos, além do famoso trio de intérpretes, contava com Dôdo Ferreira (baixo), Ricardinho Palmeira (vulgo "Cabelo" - guitarra) - estes dois eram músicos da banda no auge do sucesso - e Sérgio Melo (bateria).[8]
2011-presente - Projetos paralelos
[editar | editar código]Para seguir com o legado dos Miquinhos Amestrados, Avellar Love montou o grupo Avellar Love e seus Bonobos Regenerados.[9]
A produtora Hdaniel Studio desenvolveu um documentário sobre a banda João Penca e Seus Miquinhos Amestrados, ainda não lançado.[10]
Discografia
[editar | editar código]Álbuns de estúdio
[editar | editar código]- 1983 - Os Maiores Sucessos de João Penca & Seus Miquinhos Amestrados
- 1986 - Okay My Gay
- 1988 - Além da Alienação
- 1989 - Sucesso do Inconsciente
- 1990 - Cem Anos de Rock 'n Roll
Coletâneas
[editar | editar código]Referências
- ↑ a b c Arthur Dapieve (1996). Brock: o rock brasileiro dos anos 80. [S.l.]: Editora 34. 29 páginas. 8573260084, 9788573260083
- ↑ Região, Diário da (11 de março de 2021). «O 'jeitinho' brasileiro diferenciado». Diário da Região. Consultado em 15 de março de 2021
- ↑ Ricardo Alexandre (2002). Dias de luta: o rock e o Brasil dos anos 80. [S.l.]: DBA
- ↑ «Trilha Sonora». memoriaglobo. 29 de outubro de 2021. Consultado em 7 de outubro de 2025
- ↑ Santos, Robson (29 de dezembro de 2021). «O som bem-humorado do João Penca e seus Miquinhos Amestrados». CBN Campinas 99,1 FM. Consultado em 7 de outubro de 2025
- ↑ «Telma, eu não sou gay: a história por trás da canção». Consultado em 7 de outubro de 2025
- ↑ a b c Lima, Carlos Eduardo (15 de julho de 2013). «Cadê "Ok, My Gay", segundo disco do João Penca e Seus Miquinhos Amestrados?». Monkeybuzz. Consultado em 7 de outubro de 2025
- ↑ «João Penca e Seus Miquinhos Amestrados encerram a sexta-feira em ritmo de rock». O Globo. 11 de agosto de 2017. Consultado em 7 de outubro de 2025
- ↑ Nunes, Affonso (17 de abril de 2025). «Um legado de irreverência». Jornal Correio da Manhã. Consultado em 7 de outubro de 2025
- ↑ Play (26 de junho de 2024). «Banda João Penca e Seus Miquinhos Amestrados ganhará documentário». O Globo. Consultado em 7 de outubro de 2025