José Cucé

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
José Cucé
José Cucé
Nascimento 10 de julho de 1900
São Paulo
Morte 29 de maio de 1961
São Paulo
Progenitores
  • Vito Cucé
  • Concetta Rubbuano
Cônjuge Lila Camargo Cucé
Filho(a)(s) Ligia Camargo Cucê Nobre
Alma mater
Ocupação escultor, professor
Assinatura

José Cucé ou José Cucê ou José Cuscè (São Paulo, 1900 – São Paulo, 1961) foi um escultor e professor brasileiro.

Biografia[1][2][editar | editar código-fonte]

Filho de imigrantes italianos, iniciou seus estudos artísticos no Curso de Pintura e Escultura do Liceu de Artes e Ofícios, tendo sido aluno dos professores Amadeo Zani, Adolfo Borione e Henrique Vio. Com forte influência do neoclassicismo italiano, aos dezessete anos ganhou o primeiro lugar no concurso internacional para o projeto do monumento ao Soldado Desconhecido em Catânia, Itália, e o segundo lugar no concurso para o monumento a Santos Dumont no Rio de Janeiro. Aos dezoito anos foi convidado pelo escultor Ettore Ximenes para ser seu assistente na construção do Monumento do Ipiranga.

Em 1925 casou-se com a escritora e pintora Lila Moraes de Camargo, que também assinava como Lila Escobar de Camargo ou Lila Camargo Cucé (Santa Rita do Passa Quatro, 1900 – São Paulo, 1997), que escreveu em 1920 o livro "Caractéres Femininos", uma das primeiras obras militantes do movimento feminista[3].

De 1930 a 1952 exerceu o cargo de escultor principal da Catedral da Sé, convidado pelo arcebispo de São Paulo, Dom Duarte Leopoldo e Silva, destacando-se as esculturas dos túmulos dos arcebispos de São Paulo, localizadas na cripta da catedral. Foi um dos fundadores da Escola de Belas Artes de São Paulo, onde atuou também como professor. Defensor da união da classe artística, Cucé foi presidente do Sindicato dos Artistas Plásticos de São Paulo, tendo participado das reuniões do Grupo Santa Helena. Sua atuação permitiu que tivesse uma forte presença no meio artístico paulistano, tendo sido responsável pela introdução a esse meio do pintor Cândido Portinari, de quem era amigo pessoal. Em carta a Cucé, Portinari agradece a ele pela sua apresentação ao meio artístico paulistano, tendo inclusive pintado o seu retrato.

Colaborou com a fundação do Salão Paulista de Belas Artes e do Salão Infantil de Belas Artes, tendo sido premiado em diversas ocasiões e participado como membro do júri em outras[4]. Recebeu a medalha de ouro do Salão Paulista de Arte Moderna de 1951, a Medalha Comemorativa ao Jubileu de Prata do Salão Paulista em 1961 (post mortem) e, como reconhecimento à sua contribuição às artes plásticas no país, foi agraciado com a comenda e a Medalha Comemorativa do Centenário de Nascimento do Barão de Rio Branco pelo Governo Federal em 1945. Morreu aos sessenta e um anos, decorrente de doença cardíaca.

Principais Obras[5][6][7][editar | editar código-fonte]

Premiações e Distinções[editar | editar código-fonte]

Medalhas de Jose Cucé
  • Primeiro lugar no concurso “Monumento ao Soldado Descohecido”, Catânia, Itália, 1917.
  • Segundo lugar no concurso “Monumento a Santos Dumont”, Rio de Janeiro, 1917.
  • Prêmios “Prefeitura de São Paulo” na primeira e segunda edição do Salão Paulista de Belas Artes, São Paulo, 1934 e 1935[8]
  • Medalha Comemorativa do Centenário de Nascimento do Barão de Rio Branco, 1945.
  • Medalha de Ouro no Salão Paulista de Arte Moderna, São Paulo, 1951.
  • Prêmio Jubileu de Prata do Salão Paulista de Belas Artes, São Paulo, 1961.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • CAVALCANTI, Carlos. Dicionário Brasileiro de Artistas Plásticos. Brasília: Instituto Nacional do Livro, 1973.
  • ESCOBAR, Miriam. Esculturas no espaço público em São Paulo. São Paulo: Vega, 1998.
  • JOSÉ Cucé. In: Enciclopédia Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2022. Disponível em: http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa283611/jose-cuce. Acesso em: 15 de fevereiro de 2022. Verbete da Enciclopédia.
  • SÃO PAULO (cidade). Inventário de Obras de Arte em Logradouros Públicos da Cidade de São Paulo. São Paulo: Departamento do Patrimônio Histórico, s.d.
  • SÃO PAULO (cidade). Projeto de Pesquisa e Extensão Memória & Vida: Cemitério da Consolação. São Paulo: Serviço Funerário Municipal: Fundação São Paulo: PUC-SP, 2016.
  • ZANINI, Walter (org.). História Geral da Arte no Brasil. São Paulo: Instituto Walther Moreira Salles: Fundação Djalma Guimarães, 1983.


Referências

  1. Cavalcanti, Carlos. "Dicionário Brasileiro de Artistas Plásticos". Brasília: Instituto Nacional do Livro, 1973.
  2. "Biografia de José Cucé", A Última Trincheira, 20 de fevereiro de 2022.
  3. Federação Brasileira pelo Progresso Feminino."Série “Feministas, graças a Deus!” IV – Uma sufragista na metrópole: Maria Prestia (? – 1988)", Brasiliana Fotográfica, 20 de fevereiro de 2022.
  4. Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. "José Cucé", Enciclopédia Itaú Cultural, 20 de fevereiro de 2022.
  5. Escobar, Miriam. "Esculturas no espaço público em São Paulo". São Paulo: Vega, 1998.
  6. São Paulo (cidade). "Inventário de Obras de Arte em Logradouros Públicos da Cidade de São Paulo". São Paulo: Departamento do Patrimônio Histórico, s.d.
  7. São Paulo (cidade). "Projeto de Pesquisa e Extensão Memória e Vida: Cemitério da Consolação". São Paulo: São Paulo: Serviço Funerário Municipal: Fundação São Paulo: PUC-SP, 2016.
  8. Wikipedia. "Lista de Edições do Salão Paulista de Belas Artes", 20 de fevereiro de 2022.