Remexido
José Joaquim de Sousa Reis | |
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Nome completo | José Joaquim de Sousa Reis |
Nascimento | 19 de outubro de 1796 Estômbar, Lagoa, Portugal |
Morte | 2 de agosto de 1838 (41 anos) Faro |
Ocupação | Capitão de ordenanças |
Serviço militar | |
País | Portugal |
Serviço | Exército Português |
Anos de serviço | 1828 - 1838 |
Patente | Marechal de Campo |
Comando | Capitão de ordenanças, General e marechal de Campo |
Conflitos | Guerra Civil Portuguesa
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Remexido ou Remechido (como se escrevia no século XIX), nome por que ficou conhecido José Joaquim de Sousa Reis (Lagoa, Estômbar, 19 de Outubro de 1796 – Faro, 2 de Agosto de 1838) foi um funcionário público e proprietário agrícola que se tornou num célebre guerrilheiro algarvio, que combateu pelo lado miguelista, contra os liberais, durante a Guerra Civil Portuguesa.[1][2] Foi fuzilado pelas forças liberais em 1838.[3]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Primeiros anos e família
[editar | editar código-fonte]José Joaquim de Sousa Reis nasceu em Estômbar, no concelho de Lagoa, em 19 de Outubro de 1796,[4][5][6] numa família de lavradores abastados.[4] Alguns anos depois ficou órfão e foi para Faro, onde frequentou o Seminário, com o apoio de um tio.[4] Porém, deixou os estudos religiosos por se ter apaixonado por uma rapariga.[4] Esta decisão foi contra os desejos do seu tio, tendo sido alegadamente devido à sua tenacidade em lutar contra a família e outros impedimentos ao seu casamento que terá ganho a alcunha de Remexido.[4]
Casou-se em São Bartolomeu de Messines em 1818, com Maria Clara Machado de Basto, uma abastada proprietária[5] de São Bartolomeu de Messines.[7] Teve pelo menos um filho, Manuel Joaquim da Graça Reis, que também foi guerrilheiro.[4] O poeta e jornalista lisboeta Raul das Neves Reis também foi alegadamente da família do Remexido.[8]
Carreira civil
[editar | editar código-fonte]Após o casamento, ficou a viver em São Bartolomeu de Messines,[5] tendo ocupado os postos de recebedor do concelho[4] e de Juiz de Vintena da Mitra, que era responsável pela cobrança dos impostos.[5] Este cargo foi extinto a nível nacional em 1 de Janeiro de 1831, de acordo com as reformas instituídas após a Revolução Liberal de 1820[9]. A casa onde residiu em São Bartolomeu de Messines passou depois a ter o nome de Casa do Remexido.[6]
Carreira militar
[editar | editar código-fonte]Guerra Civil Portuguesa
[editar | editar código-fonte]Devido às suas tendências de apoio à monarquia tradicionalista, abandonou o país em 1826, mas regressou em 1828 após saber que as forças de D. Miguel tinham conseguido importantes vitórias contra as tropas liberais, no início da Guerra Civil Portuguesa.[7] Nesse ano foi nomeado como alferes de ordenações de São Bartolomeu de Messines,[5] e foi-lhe oferecido o posto de alferes no Batalhão Realista de Faro, que recusou, para não ficar longe de casa.[4]
Quando as forças liberais do Marquês de Vila Flor desembarcaram no Algarve, Joaquim de Sousa Reis refugiou-se na serra em conjunto com outros apoiantes miguelistas, onde começaram a combater.[4] Nessa altura pediu ajuda ao general miguelista Silva Tovar, que no entanto o desprezou, pelo que decidiu reunir as suas próprias forças para lutar contra o governo liberal.[4] Celebrizou-se como combatente durante a Batalha de Sant’Ana, junto à ermida com o mesmo nome, nas imediações de São Bartolomeu de Messines, onde o exército liberal foi derrotado.[5] Foi nomeado como marechal por D. Miguel.[10]
O Remexido ficou conhecido como um dos principais exemplos de um guerrilheiro, um soldado irregular que não combate em campo aberto mas que aproveita o seu conhecimento do terreno para fazer rápidas emboscadas aos seus inimigos, e que é apoiado pelas populações locais.[11] Com efeito, tinha conhecimentos aprofundados sobre a acidentada geografia no interior do Algarve, que soube aproveitar durante as suas campanhas militares.[11] Os guerrilheiros atacavam principalmente na zona serrana do Algarve, tendo igualmente feito incursões no Alentejo.[4] O próprio Remexido terá estado presente nos ataques a várias localidades, como São Bartolomeu de Messines,[6] em 19 de Julho de 1833, que resultou na morte de vários habitantes e militares.[12] Depois marchou sobre a vila de Albufeira, que se tinha mantido leal às forças liberais, numa batalha que foi a mais brutal e sangrenta no Algarve durante a Guerra Civil.[12] Os combates iniciaram-se no dia 23 de Julho, e três dias depois os defensores renderam-se devido à falta de água e de munições.[12] O comandante Sousa, das forças miguelistas, pretendeu que alguns dos habitantes liberais fossem assassinados, como forma de evitar motins entre a população, proposta que o Remexido rejeitou inicialmente, mas acabou por permitir que estes fossem massacrados num terreno fora da vila.[12] Porém, a situação deteriorou-se devido à chegada de um navio liberal vindo de Faro, que devido ao fogo das armas miguelistas não chegou a desembarcar.[12] Devido à suposta traição, as forças do Remexido viraram-se contra os habitantes da vila, iniciando uma onda de assassinatos e pilhagens que só terminou no dia seguinte.[12] Como resultado deste incidente, foram mortas 74 pessoas, e grande parte da povoação ficou em ruínas, tendo os guerrilheiros ordenado que Albufeira passasse a ser denominada de Vila Negra.[12] O Remexido também chegou a atacar e cercar por diversas vezes a cidade de Lagos.[13] A vila de Portimão foi atacada em 1833, tendo sido fuzilados duas importantes figuras liberais, um médico chamado de Chaves e o pai do Visconde de Bivar, embora supostamente estes assassinatos tenham sido cometidos sem conhecimento do Remexido.[14]
Após a Convenção de Évora-Monte
[editar | editar código-fonte]O exército miguelista rendeu-se ao governo liberal na Convenção de Évora-Monte, em 1834, que concedeu a liberdade às forças vencidas.[7][4] Porém, depois de vários anos de guerra, os ânimos continuaram exaltados devido às diferenças políticas e às atrocidades cometidas por ambos os lados, e após a convenção continuaram a verificar-se episódios violentos, geralmente praticados pelos liberais contra os antigos miguelistas.[7] Um dos principais incidentes deu-se no Algarve, quando o general miguelista Tomás António da Guarda Cabreira, que tinha derrotado as tropas liberais junto a São Bartolomeu de Messines em 1834, foi assassinado na cadeia de Faro por um grupo mascarado.[7] Ao mesmo tempo, D. Miguel, já exilado em Nápoles, denunciou o acordo de Évora-Monte.[5] Assim, reacenderam-se alguns movimentos miguelistas nas regiões mais extremas do país, tendo os mais importantes sido os de Reginald MacDonell em Trás-os-Montes, e do Remexido, no Algarve.[11][15]
No caso do Remexido, após o final da guerra tinha deposto as armas, mas ele e a sua família continuaram a sofrer represálias, ao ponto que teve de se refugiar nas serras.[7] Por outro lado, segundo o próprio, continuou a combater devido à sua lealdade a D. Miguel, do qual tinha recebido a promoção a brigadeiro e uma comenda da Torre e Espada.[16] Organizou um grupo de guerrilha, inicialmente com o propósito de perturbar o governo liberal e obrigá-lo a respeitar as condições do acordo de Évora-Monte, mas depressa as suas forças ganharam fama como um bando de salteadores e assassinos, tendo muitas das suas atrocidades sido praticadas alegadamente contra as ordens do Remexido.[7] Os guerrilheiros aterrorizaram a região durante cerca de quatro anos,[4] levando o governo a declarar o estado de sítio no Algarve.[7] Uma das suas campanhas foi contra a cidade de Silves, cujas muralhas foram reparadas em 1835.[17] Segundo o investigador M. Ferreira de Almeida, neste ano o jornal O Açoriano Oriental chegou a noticiar sobre o movimento guerrilheiro do Remexido.[18]
Captura, julgamento e fuzilamento
[editar | editar código-fonte]Em 28 de Julho de 1838, o Remexido e as suas forças foram atacados por um agrupamento do exército liberal, composto por membros do Regimento de Cavalaria 5, Batalhões de Caçadores 4 e 5 e Infantaria 8, além da Guarda Nacional de São Bartolomeu de Messines.[4] Apesar de contar apenas com 248 homens, o Remexido conseguiu dar combate ao inimigo durante algumas horas, mas acabou por ser capturado pelo capitão Cabral do Batalhão de Caçadores 5.[4] Segundo outro relato, aquando da sua prisão estava acamado por doença, tendo sido capturado devido a uma denúncia.[4] Foi depois levado para Faro,[7] onde foi sujeito a um Conselho de Guerra.[6] Segundo o escritor Mário Lyster Franco, o Remexido terá respondido desta forma às acusações de ter continuado a combater após a Convenção de Évora-Monte: «Obedeci sempre. [...] E só não obedeci quando não me deixaram obedecer, fazendo-me uma grande perseguição, impedindo-me de gozar os bens, privilégios e benefícios que a todos os portugueses se concederam.».[16] Acabou por ser fuzilado em 2 de Agosto desse ano.[19] Alegadamente, a rainha concedeu-lhe um perdão, que apesar de ter chegado a tempo, terá sido ocultado.[7] O local da sua morte foi o Campo da Trindade, em Faro, onde foi depois instalado o passeio da Alameda, e o corpo foi enterrado no Cemitério da Misericórdia, junto à Rua do Aljube,[7] posteriormente renomeada para Rua do Município.[20]
Porém, o movimento miguelista no Algarve não terminou com a morte do Remexido, tendo sido prosseguido pelo seu filho, Manuel Joaquim da Graça Reis, que então tinha dezoito a vinte anos,[4] e que devido aos seus esforços foi nomeado por D. Miguel como coronel de cavalaria.[10] Com efeito, segundo um documento estudado pelo historiador António Martins Quaresma, em 1839 a Câmara Municipal de Odemira implementou uma «sentinela avançada no moinho», provavelmente no cerro dos Moinhos Juntos, para impedir que as tropas do Remexido atacassem de surpresa a vila.[21] Porém, em 10 de Novembro[4] ou 10 de Dezembro[10] desse ano, Manuel Joaquim foi baleado pelas tropas do governo.[4] Devido ao seu estado, o coronel Fontoura não o levou a julgamento, ordenando que fosse tratado no Hospital de Faro, decisão que foi aprovada por uma portaria do Barão da Ribeira de Sabrosa.[10] Porém, acabou por falecer no dia seguinte, no hospital.[4][10] Ainda assim, os guerrilheiros continuaram a assolar a região serrana do Algarve, onde estavam mais protegidos.[19] Com efeito, um dos principais assaltos deu-se em 4 de Outubro de 1840, mais de dois anos após a morte do Remexido, quando os guerrilheiros atacaram uma festa na Ermida de Nossa Senhora dos Mártires, em Silves, provocando seis mortos e pelo menos catorze feridos.[19]
Influência
[editar | editar código-fonte]O legado cultural e histórico do Remexido dividiu-se principalmente em duas vertentes: a sua reputação mais generalizada foi a de um criminoso e salteador, difundida pela literatura de cordel e por historiadores menos escrupulosos,[16] enquanto que para as populações do interior algarvio, era considerado um herói.[11] Com efeito, nos finais do século XIX, era comum encontrar retratos emoldurados do guerrilheiro nas hospedarias, e permaneciam ainda muitas lendas sobre ele nas povoações do interior algarvio, sobre os seus supostos feitos de valentia e de beneficiência para com as populações[11] Foi idealizado como a imagem tradicional do guerrilheiro peninsular, que lutava não por dinheiro mas por um ideal político ou pelos interesses das populações, e cuja forma de combater tornou-se obsoleta devido à mecanização da guerra.[11] No romance Deuses do lar: o maestro Miguel Ângelo, de Joaquim Leitão, o protagonista relata que os viajantes da mala-posta entre Lisboa e Porto contavam histórias para se entreterem ao longo do percurso, incluindo as aventuras do Remexido e do Zé do Telhado.[22] Porém, embora o Remexido tenha ficado na tradição popular pela sua valentia, o seu nome também ficou ligado a várias atrocidades.[4] O jornalista Luís Mascarenhas considerou que não foi necessariamente uma pessoa de mau carácter, mas que foi forçado a praticar o mal devido à crueldade da guerra e à perseguição que lhe fizeram,[23] argumento que o próprio Remexido terá utilizado para se defender, pouco antes da sua morte.[16]
Em 1909, o historiador Ataídes de Oliveira publicou a sua obra Monografia de São Bartolomeu de Messines, que incluiu uma biografia do Remexido.[24] Em 1918, o escritor Eduardo de Noronha, iniciou a publicação do folhetim O Remexido no Diário de Notícias, inspirado na vida de José Joaquim de Sousa Reis entre 1819 e 1832.[25][26] O Remexido também foi uma das personagens no conto Amor, engano que na campa finda, de Esther Côrte-Real.[27]
No seu romance histórico Maria da Fonte, Rocha Martins dramatizou a prisão e o fuzilamento de José Joaquim de Sousa Reis:[28]
“ | Desde o fuzilamento de Joaquim dos Reis! Oh! parece que o vejo... Caminhou para o suplício como um verdadeiro herói! Lançou o seu último «viva» e de seguida deixou-se ferir pelas balas inclementes! Quis salvá-lo, arrancá-lo da prisão, mas foi impossível... O conselho de guerra mandava-o vigiar muito bem... No entanto, se a ocasião chegar, apesar de já não crer na restauração do absolutismo, ainda saberia vingar a sua memória... Estou velha mas ainda tenho coragem, sou mulher, mas as mulheres muitas vezes fazem revoluções. | ” |
— Rocha Martins, Maria da Fonte |
No romance Barranco de Cegos de 1961, no capítulo "Histórias miguelistas", Alves Redol coloca um personagem filho de um apoiante miguelista a contar as façanhas do pai que acabou envolvido com o Remexido:"[29]:121
“ | "E não mataram todos quantos era preciso, dizia o meu pai, e ele contou-me que aqui no Alentejo, mataram mais de trinta, a machado, no Castelo de Estremoz, e outros tantos e o dobro em Vila Viçosa, uns presos que iam de Lisboa para o forte de Elvas; aquilo era gente que não merecia cadeia, porque o Mafarrico estava da banda deles e a guerra pendeu para a sua banda, e o meu pai teve de fugir, meteu-se por este Alentejo dentro e foi ao Algarve juntar-se à quadrilha do Remexido...Esse é que era um homem! Valia todos os generais dos malhados...."
"O meu pai andou à sua beira. Era baixo e forte, tinha barbas compridas. ... Andavam não sei quantos mil soldados atrás deles, eles conheciam a terra a palmos, desapareciam como nuvens, ... " "O Remexido era o Rei da Serra, miguelista, sim senhor, e o meu pai esteve com ele até ao fim,... Um dia prenderam-no, e aqueles assassinos dos liberais levaram-no a conselho de guerra e condenaram-no à morte...Ao Remexido." |
” |
— Alves Redol, Barranco de Cegos |
Em 1981, António Monteiro Cardoso publicou o livro A Guerrilha do Remexido, que se tornou numa obra de referência, tanto sobre o famoso guerrilheiro Remexido como sobre a história da vila de São Bartolomeu de Messines.[30] Nas décadas de 1990 e 2000, o grupo de teatro do Penedo Grande, de São Bartolomeu de Messines, encenou peças sobre o Remexido em diversos pontos do Algarve, incluindo a peça O Processo do Guerrilheiro, na Igreja de São Bartolomeu de Messines em 28 de Julho de 1998, e no Forte de Nossa Senhora da Encarnação, no Carvoeiro, em 2005.[5]
Em 2017, o Grupo de Amigos de São Marcos da Serra, em colaboração com a autarquia de Silves e outras entidades públicas e privadas, organizou a segunda edição do evento Por Atalhos do Remexido em São Marcos da Serra e São Bartolomeu de Messines. Esta iniciativa teve como finalidade divulgar a figura histórica do Remexido, e ao mesmo tempo recriar algumas facetas da vida quotidiana do Século XIX, como um mercado, jogos tradicionais, um concurso de trajes e de pregão de vendedor, e demonstração de cozedura de pão no forno.[31]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- CAPELO, Rui Grilo; RODRIGUES, António Simões; et al. (1994). História de Portugal em Datas. Lisboa: Círculo de Leitores, Lda. 480 páginas. ISBN 972-42-1004-9
- PAULA, Rui Mendes (1992). Lagos: Evolução Urbana e Património. Lagos: Câmara Municipal de Lagos. 392 páginas. ISBN 9789729567629
- QUARESMA, António Martins (2009). Cerealicultura e Farinação no Concelho de Odemira: da Baixa Idade Média à época contemporânea. Odemira: Câmara Municipal de Odemira. 124 páginas. ISBN 978-989-8263-02-5
Referências
- ↑ No principio era o livro: "A Guerrilha do Remexido"e os movimentos sociais no Sul de Portugal, por Fátima Sá e Melo Ferreira
- ↑ Um Robin Hood português. A guerrilha miguelista no Algarve (1833 e 1837), Janaina Cardoso de Mello, Revista Latino-Americana de História, Vol. 2, nº. 8 – Outubro de 2013, por PPGH-UNISINOS
- ↑ CAPELO et al, 1994:213
- ↑ a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u «A Villa de Albufeira» (PDF). Archivo Historico. Série I (1). Lisboa. Setembro de 1889. p. 11. Consultado em 22 de Outubro de 2020 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ a b c d e f g h NETO, Teodomiro (9 de Junho de 2011). «Remexido – De Sant'Ana à Trindade». Folha de Domingo. Diocese do Algarve. Consultado em 22 de Outubro de 2020
- ↑ a b c d NOÉ, Paula (2017). «Casa do Remexido». Sistema de Informação para o Património Arquitectónico. Direcção Geral do Património Arquitectónico. Consultado em 20 de Outubro de 2020
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- ↑ Soromenho, Paulo Caratão (1973). «Roteiro Fraseológico de Lisboa» (PDF). Olisipo: Boletim do grupo Amigos de Lisboa. Ano 36 (136). Lisboa. p. 7. Consultado em 22 de Outubro de 2020 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ JUÍZO DE VINTENA DE PALA: "Os "Juizes de Vintena", eram magistrados nomeados conjuntamente pelos Juizes de Fora, ou Ordinários, com os vereadores e procurador de cada concelho. Serviam por um ano. A sua área de jurisdição eram as aldeias que tivessem pelo menos vinte vizinhos (daí o nome de Juizes de Vintena) e tivessem afastadas uma légua ou mais da vila ou cidade a cujo termo pertenciam. Julgam causas de pequeno valor e destas não havia obrigação de registar autos. O cargo de Juiz de Vintena é extinto a partir de 1 de Janeiro de 1831, transitando as suas atribuições para os Regedores e Juntas da Paróquia." https://digitarq.adgrd.arquivos.pt/details?id=1176034
- ↑ a b c d e CHAGAS, Pinheiro (10 de Outubro de 1887). «D. Miguel, a sua familia e as camaras constitucionaes portuguezas» (PDF). A Illustração Portugueza. Ano 4 (13). p. 3. Consultado em 23 de Outubro de 2020 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
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- ↑ PAULA, 1992:78
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- ↑ «Castelo de Silves / Castelo e Cerca Urbana de Silves». Sistema de Informação para o Património Arquitectónico. Direcção Geral do Património Arquitectónico. Consultado em 20 de Outubro de 2020
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- ↑ ABRAGÃO, Frederico de Quadrosl (1 de Fevereiro de 1956). «No Centenário dos Caminhos de Ferro em Portuga» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 68 (1635). Lisboa. p. 86-88. Consultado em 20 de Outubro de 2020 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ MARTINS, Rocha (11 de Abril de 1956). «Maria da Fonte» (PDF). República. Ano 45, Série II (9091). Lisboa: Editorial República. p. 2. Consultado em 20 de Outubro de 2020 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ Alves Redol, Barranco de Cegos, Publicações Europa-América, Coleção "Livros de Bolso Europa-América, 371 páginas
- ↑ CABRITA, Aurélio (1 de Fevereiro de 2016). «Faleceu Monteiro Cardoso, coautor de "A Guerrilha do Remexido"». Terra Ruiva. Consultado em 26 de Outubro de 2020
- ↑ «2ª edição de "Por Atalhos do Remexido" em S. Marcos da Serra e Messines». Terra Ruiva. 20 de Abril de 2017. Consultado em 26 de Outubro de 2020
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- O Portal do Remechido
- No principio era o livro: "A Guerrilha do Remexido"e os movimentos sociais no Sul de Portugal, POR Fátima Sá E Melo Ferreira, CIES-IUL e IHC-FCSH-UNL
- Remechido e o Desastre de Albufeira, Autoria: Sérgio Brito
- O Remexido e a resistência miguelista no Algarve, por José Carlos Vilhena Mesquita, Revista do Arquivo Municipal de Loulé, nº 13, 2009
- Nascidos em 1796
- Mortos em 1838
- Nascidos em 1797
- Homens
- Naturais de Lagoa (Algarve)
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- Pessoas executadas por fuzilamento
- Pessoas executadas por Portugal