Lagoa Henriques

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Lagoa Henriques
Nascimento 27 de dezembro de 1923
Lisboa
Morte 21 de fevereiro de 2009
Lisboa
Cidadania Portugal
Alma mater
Ocupação escultor, poeta
Prêmios
  • Grã-Cruz da Ordem do Mérito

António Augusto Lagoa Henriques GCM (Lisboa, 27 de dezembro de 1923Lisboa, 21 de fevereiro de 2009) foi um escultor português.

Vida e Obra[editar | editar código-fonte]

Iniciou os seus estudos artísticos no curso especial de Escultura da Escola de Belas-Artes de Lisboa,[1] em 1945.

Entre 1947 e 1949 frequentou o curso de Cenografia no Conservatório Nacional.

Em julho de 1948 transferiu-se para a Escola de Belas-Artes do Porto,[2] onde tem como professor e referência principal na sua formação Barata Feyo.

Concluiu o curso superior de Escultura em 1954, na Escola de Belas-Artes do Porto, com a apresentação de um trabalho de pleno relevo classificado com a nota máxima (20 valores).

É-lhe concedida uma bolsa pelo Instituto de Alta Cultura, partindo para Itália, onde ficará três anos, grande parte dos quais em Milão, a trabalhar sob a orientação do escultor Marino Marini.

É convidado pela Escola Superior de Belas-Artes do Porto, em 1958, para o lugar de professor assistente de Escultura, lugar que vem a ocupar em 1959.

Entre 1963 e 1966 é professor efetivo de Desenho da Escola Superior de Belas-Artes do Porto.

Em 1966 muda, a seu pedido, para a Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa, onde desenvolve uma ação pedagógica de grande relevo no ensino do Desenho.

Em 1974, quando da reestruturação dos cursos da escola onde leccionava, foi o promotor da criação da disciplina de comunicação visual.

De 1978 a 1982, colabora na revista Arte Opinião.[3]

Fez parte da Maçonaria. [4]

A 4 de fevereiro de 1989, foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Mérito.[5]

Morreu a 21 de fevereiro de 2009, em Lisboa, vítima de doença prolongada.[6]

Desde 2015, o seu nome está consagrado na toponímia de Lisboa através da Rua Lagoa Henriques, situada junto ao Centro de Arqueologia de Lisboa e à Avenida da Índia, na freguesia de Belém.[7] É também homenageado com o seu nome no auditório da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa e numa rua do concelho da Nazaré, onde passou férias até aos 20 anos de idade.[8]

Alguns prémios recebidos[editar | editar código-fonte]

Obras[editar | editar código-fonte]

Uma das suas obras mais conhecidas é a estátua de Fernando Pessoa, no Chiado, em Lisboa, que se encontra na esplanada do Café A Brasileira.

Outra estátua (Estátua de D. Sebastião), situada em Esposende, homenageia o monarca D. Sebastião por ter elevado Esposende a concelho.

Notas

  1. Hoje Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa
  2. Hoje Faculdade de Belas-Artes da Universidade do Porto
  3. Rita Correia (16 de maio de 2019). «Ficha histórica:Arte Opinião (1978-1982)» (PDF). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 22 de maio de 2019 
  4. Melo, António (1999). «Com a Maçonaria não se brinca!». "Público" 
  5. «Entidades Nacionais Agraciadas com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "António Augusto Lagoa Henriques". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 6 de junho de 2019 
  6. Morreu o escultor Lagoa Henriques, Público 22.2.2009
  7. Câmara Municipal de Lisboa (CML) - Toponímia de Lisboa
  8. A Rua do Mestre Lagoa Henriques, autor do Fernando Pessoa de A Brasileira, Toponímia de Lisboa, 29.6.2018

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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