Leopoldo Manillius Wagner

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Leopoldo Manillius Wagner
Nascimento 1857
Lisboa
Cidadania Portugal
Progenitores
Irmão(ã)(s) Virgínia Henriqueta Wagner, Eduardo Óscar Wagner, Vítor Augusto Wagner
Alma mater
Ocupação militar, industrial, distiller
Prêmios
  • Grã-Cruz da Ordem do Mérito Empresarial (1901)

Leopoldo Manillius Wagner GCMAI (Lisboa, c. 1850/1857 - Lisboa, c. 1915/27 de Fevereiro de 1924) foi um industrial de licores e mestre destilador português.[1][2]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Era filho do Professor do Conservatório Real de Lisboa Ernesto Vítor Wagner, Alemão, parente do grande Mestre Richard Wagner,[3] e de sua mulher Leopoldina Carolina Neuparth, Judia Asquenaze Alemã.[1][2]

Fez o curso do Instituto Industrial e Comercial de Lisboa, com boas classificações. Depois, atingida a maioridade, optou pela Cidadania Portuguesa, assentando Praça, como Soldado, na Guarnição Militar de Viana do Castelo. Ingressou, mais tarde, como Contabilista, na Real Companhia Vinícola do Norte de Portugal, no Porto, onde, devido às suas excepcionais qualidades de trabalho e de inteligência, depressa ascendeu a Director-Gerente.[1]

Em 1882, fixou-se em Lisboa, onde fundou a Fábrica Âncora, que geriu até à data da sua morte, tendo-lhe sucedido seu filho mais novo, Vítor Manuel Basto Wagner, em colaboração com seu genro, João António Ribeiro, e, depois deste, seu neto materno, António Augusto Wagner Ribeiro. Para se especializar na indústria que criou em Portugal, teve que ir várias vezes ao estrangeiro, para estudar e contactar com as indústrias similares da França, Itália, etc. Frequentou cursos de especialização e tornou-se um dos melhores mestres de destilação de licores do Mundo. Conhecia profundamente a técnica do licor, a tal ponto que as fórmulas-base, por ele criadas, ainda vigoravam e se mantinham inalteravelmente pelo menos em meados do século XX.[1]

Foi distinto poliglota, conhecendo profundamente várias línguas Latinas e Eslavas[1] e era grande apaixonado da Música.[3]

Foi agraciado com o grau de Grã-Cruz da Ordem Civil do Mérito Agrícola e Industrial Classe Industrial[1] e, a 9 de Dezembro de 1901 (Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Mordomia da Casa Real, Livro 21, Fólio 111), sendo Director da Fábrica de aguardentes, licores e xaropes, denominada "Fábrica Âncora", foi nomeado Fornecedor da Casa Real, podendo colocar as Armas Reais na frontaria do seu estabelecimento.[4]

Casamento e descendência[editar | editar código-fonte]

Casou em Lisboa, Ajuda, a 23 de Agosto de 1883 com Virgínia de Oliveira Basto (Lisboa, Santa Isabel, Rua de São João dos Bem Casados, 9 de Fevereiro de 1859 - Lisboa, Coração de Jesus, Rua Alexandre Herculano, 111 - 3.º, 27 de Junho de 1939),[5] também grande apaixonada da Música,[3] da qual teve uma filha e dois filhos:

Referências

  1. a b c d e f Vários. Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira. 36. [S.l.]: Editorial Enciclopédia, L.da. 755 
  2. a b «Leopoldo Manillius Neuparth». Consultado em 29 de Novembro de 2015 
  3. a b c Vários. Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira. 36. [S.l.]: Editorial Enciclopédia, L.da. 766 
  4. Jorge Eduardo de Abreu Pamplona Forjaz. Mercês Honoríficas do Século XX (1900-1910). Lisboa, 2012. [S.l.]: Guarda-Mor. 80 
  5. «Virgínia de Oliveira Basto». Consultado em 29 de Novembro de 2015 
  6. «Olinda Basto Wagner». Consultado em 29 de Novembro de 2015 
  7. «João António Ribeiro». Consultado em 29 de Novembro de 2015 
  8. «António Augusto Wagner Ribeiro». Consultado em 29 de Novembro de 2015 
  9. «Maria Carolina Pereira de Amorim da Silveira Meneses Gouveia». Consultado em 29 de Novembro de 2015 
  10. «Maria Albina de Oliveira Alves». Consultado em 29 de Novembro de 2015 
  11. «António dos Santos Alves». Consultado em 29 de Novembro de 2015 
  12. «Maria das Neves de Oliveira». Consultado em 29 de Novembro de 2015 
  13. «Virgínia de Oliveira Alves Ribeiro». Consultado em 29 de Novembro de 2015 
  14. «Mário Basto Wagner». Consultado em 29 de Novembro de 2015 
  15. «Vítor Manuel Basto Wagner». Consultado em 29 de Novembro de 2015 
  16. «Maria Inácia Lopes Granho». Consultado em 29 de Novembro de 2015 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]