Licio Gelli
Licio Gelli | |
---|---|
Nascimento | 21 de abril de 1919 Pistoia |
Morte | 15 de dezembro de 2015 (96 anos) Arezzo |
Cidadania | Itália |
Ocupação | jornalista, banqueiro, político |
Licio Gelli (Pistoia, 21 de abril de 1919 - Arezzo, 15 de dezembro de 2015) foi um financeiro italiano Mestre Venerável da Loja Maçónica P2.
Combateu ao lado de Franco, enviado por Mussolini,[1] e foi informador da Gestapo durante a 2ª Guerra Mundial, mantendo mesmo contactos com Hermann Goering. Depois da guerra aliou-se à CIA e, juntamente com a NATO, deu cobertura à Operação Gládio, uma espécie de exército secreto de intervenção rápida instalado em Itália e noutros países europeus, incluindo Portugal, com o objectivo de eliminar ameaças comunistas e responsável por inúmeros actos terroristas.[2][3][4][5]
É conhecido o seu envolvimento nas mortes de Aldo Moro, Carmine "Mino" Pecorelli, Roberto Calvi, João Paulo I e outros. A sua associação criminosa com o Arcebispo Paul Marcinkus, Roberto Calvi (do Banco Ambrosiano) e Michele Sindona produziu um buraco de 1.4 mil milhões de dólares no Istituti per le Opere di Religione (Banco do Vaticano).
Em 1992, foi condenado a mais de 18 anos de prisão por bancarrota fraudulenta no caso do Banco Ambrosiano. Acabou por ver a pena reduzida. Dez anos mais tarde, durante umas buscas à sua casa, a polícia encontrou 179 lingotes de ouro cuja origem nunca foi confirmada.
Em 94 foi condenado a 17 anos de prisão por calúnia, delitos financeiros e por deter documentos secretos. Em abril de 1998, o Supremo Tribunal confirmou a pena de 12 anos de prisão, ainda no caso do Banco Ambrosiano, mas nunca chegou a ser de facto detido. Permaneceu em prisão domiciliária, depois de muitas peripécias, entre elas uma fuga. Foi na sua “villa” toscana que morreu.
Referências
- ↑ «The Suitcase Scandalo». Newsweek. 8 de junho de 1981
- ↑ Daniele Ganser, NATO's Secret Armies: Operation GLADIO and Terrorism in Western Europe Frank Cass Publishers, 2004. ISBN 0-7146-8500-3 («resumo». www.commongroundcommonsense.org)
- ↑ Gianni Flamini, Il partito del golpe: Le strategie della tensione e del terrore dal primo centrosinistra organico al sequestro Moro, Italo Bovolenta Editore (1981-84), quatro tomos, 1.882 páginas
- ↑ René Monzat, Enquêtes sur la droite extrême, Le Monde-éditions, 1992 (particularmente o capítulo VII, intitulado "Gladio, OTAN et loge P2 – La stratégie de la tension")
- ↑ Arthur E. Rowse, «"Gladio: The Secret U.S. War to Subvert Italian Democracy"». www.mega.nu:. Covert Action #49, Verão de 1994.
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
- «"Il fascino discreto del potere nascosto. Parla, per la prima volta, il signor P2"» (entrevista originalmente publicado no Corriere della Sera, em 5 de outubro de 1980
- «Entrevista de Licio Gelli» (em italiano). www.repubblica.it publicada em La Repubblica, 28 de setembro de 2003
- «Loggiap P2 - Informações, história, bibliografia sobre a P2 e biografia de Licio Gelli» (em italiano). www.loggiap2.com
- «Il burattinaio d'Italia» (PDF). www.focus.it Versão em pdf, da Focus Storia.