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Maria de Rohan

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Maria de Rohan
Mademoiselle de Montbazon
Surintendante de la Maison de la Reine
Maria de Rohan
Maria de Rohan, Duquesa de Luynes
Duquesa de Luynes
Reinado 13 de setembro de 161715 de dezembro de 1621
Duquesa de Chevreuse
Reinado 20 de abril de 162224 de janeiro de 1657
Nascimento dezembro de 1600
  Castelo de Coupvray, Sena e Marne, França
Morte 12 de agosto de 1679 (78 anos)
  Castelo de Maison-Rouge, Gagny, França
Sepultado em Igreja de Gagny
Cônjuge Carlos d'Albert de Luynes
Cláudio de Chevreuse
Casa Rohan (por nascimento)
Luynes (1.° casamento)
Lorena (2.° casamento)
Pai Hercule de Rohan
Mãe Madeleine de Lenoncourt
Assinatura Assinatura de Maria de Rohan
Brasão

Marie Aimée de Rohan (Castelo de Coupvray, dezembro de 1600 — Castelo de Maison-Rouge, 12 de agosto de 1679), foi uma nobre francesa que deveu a sua reputação ao seu grande charme e a numerosas intrigas políticas.

Marie Aimée de Montbazon-Rohan nasceu por volta do mês de dezembro do ano de 1600, como uma princesa da Casa de Rohan, família oriunda dos primeiros soberanos da Bretanha, que, por sí e por seus diversos ramos, possuía há muito tempo uma parte considerável da Bretanha e do Anjou.

Era filha de Hercule de Rohan, duque de Montbazon, príncipe de Guéméné e de Madeleine de Lenoncourt.

Em setembro de 1617, casa-se em primeiras núpcias com o grande "Connétable",[1] Carlos d'Albert de Luynes, duque de Luynes, favorito do Rei Luís XIII. Luynes dedica-se a formá-la; dá-lhe as primeiras lições sobre a política sem escrúpulos da época que se compunha principalmente de intriga e audácia. Maria de Rohan logo tirou vantagens desta escola.

Ana de Áustria, rainha de França.
A Duquesa de Chevreuse como Diana Caçadora.Quadro atribuído a Claude Deruet.

O principal interesse do favorito de Luís XIII era manter para si e para os seus o coração do Rei e de apoderar-se também da confiança da rainha Ana d'Áustria, com o intuito de tornar-se senhor de toda a Corte. Para tanto, nela introduz a esposa, dando-lhe instruções de aplicar-se para obter as boas graças da rainha e do rei. Ela consegue alcançar completamente seu objetivo e, em dezembro de 1618, Luís XIII a nomeia superintendente da casa da rainha no lugar de Louise de Budos. Ela vai, desde então, exercer forte influência sobre a rainha.

Em 1620, nasce Louis-Charles d'Albert de quem o rei Luís XIII será padrinho. Logo em seguida, morre o duque de Luynes. Viúva aos 21 anos, Maria de Rohan casa-se novamente em 21 de abril de 1622 com o filho do duque Henrique I de Guise: Claude de Lorena, que "como príncipe da Lorena, Chevreuse não era súdito do rei de França. Duque d'Aumale, depois príncipe de Joinville e enfim duque de Chevreuse, Claude era um príncipe independente a quem todos chamavam «monsenhor» e a quem o rei de França, tal como o de Inglaterra, chamavam «meu primo»".[2]

Em 1622, ela é excluída da Corte por Luís XIII graças a um incidente; ela incentiva a rainha a correr pelos corredores do Louvre, esta sofre uma queda e aborta uma gravidez de seis semanas. O duque de Chevreuse utilizará então de toda a sua influência junto ao Rei para fazê-la ser reintegrada à Corte.

Para manter sua influência na Corte, a duquesa de Chevreuse participa dos seguintes episódios:

  • o caso de Jorge Villiers, 1.º Duque de Buckingham (1623-1624) do qual é a incentivadora junto com seu amante, o Conde de Holland;[3]
  • a « Conspiração de Chalais », organizada por seu amante, o Conde de Chalais, em 1626;
  • as negociações com o Duque de Lorena e a Espanha, levadas a cabo por seu amante Carlos de l’Aubespine, em 1633;
  • a troca secreta de correspondência entre Ana d'Áustria e a Espanha em 1637;
  • a conspiração do Conde de Soissons, em 1641;
  • a "Cabale des Importants" (literalmente "Cabala dos Importantes") contra Jules Mazarin, em 1643.

Considerada feroz em seus complôs políticos, é diversas vezes expulsa da Corte mas sempre volta.

Após a morte de Luís XIII, Ana d'Áustria assegura a regência com Jules Mazarin e a Duquesa de Chevreuse perde seu poder. Toma então o partido da Fronda e, durante os anos seguintes, tece intrigas para assegurar a fortuna de sua família. Notadamente consegue que seu neto, Carlos de Luynes, case-se com a filha de Jean-Baptiste Colbert, o homem mais influente da época depois de Luís XIV.

Em 1679, aos 78 anos, retira-se para um convento em Gagny, onde faleceu em 12 de agosto. Era uma das mulheres mais nobres de França: Alteza das Casa de Rohan e de Lorena, duquesa de Luynes, Chevreuse e d'Aumale, princesa de Joinville.

Do casamento com o duque de Luynes, Charles d' Albert, Marie tem dois filhos:

  • Anne Marie d'Albert, mademoiselle de Luynes, nasceu em 1619 e morreu a 21 de Setembro de 1646. Não casou;
  • Louis Charles d' Albert, duque de Luynes, nasceu em 1620 e morreu em 1690. Casou em 1641 com Louise Marie Séguier, marquesa d' O, de quem tem dois filhos. Em 1661 casou pela segunda vez com Anne de Rohan, princesa como a sua mãe da casa de Rohan, que lhe deu sete filhos.

Do casamento com o Duque de Chevreuse, Maria de Rohan teve três filhas, das quais duas tornaram-se religiosas:

  • Anne-Marie, abadessa de Pont-aux-Dames, nascida em 1625 (Londres) e morta em 1652;
  • Charlotte-Marie de Lorena, nascida em 1627, depois do fracasso de sua tentativa de casamento com o príncipe de Conti, torna-se amante do Cardeal de Retz com quem exerce um papel na Fronda. Morre solteira em 1652;
  • Henriette de Lorena (1631-1693), abadessa de Abbaye Notre-Dame de Jouarre], nascida em 1631, retirou-se para a Abadia de Port-Royal de Paris onde terminará seus dias em 1693.

Descendência

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Entre os seus descendentes encontram-se:

  • Dezembro de 1600 – 13 de Setembro de 1617 Sua Alteza a mademoiselle de Montbazon
  • 13 Setembro de 1617 – 15 de Dezembro de 1621 Sua Alteza a duquesa de Luynes
  • 15 de Dezembro de 1621 – 20 de Abril de 1622 Sua Alteza a duquesa víuva de Luynes
  • 20 de Abril de 1622 – 24 de Janeiro de 1657 Sua Alteza a duquesa de Chevreuse
  • 24 de Janeiro de 1657 – 12 de Agosto de 1679 Sua Alteza a duquesa víuva de Chevreuse

Obras inspiradas em sua vida

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  • Gaetano Donizetti escreveu uma ópera "Maria di Rohan" seguindo sua biografia e sobretudo os eventos dos anos de 1620, com estréia em 1843.
  • Juliette Benzoni escreveu dois volumes romanceados da vida de Maria de Rohan: Marie, a Duquesa das Intrigas (2004); Maria, a Duquesa das Paixões (2005).

Referências

  1. Comandante supremo dos exércitos do rei, na França
  2. Palavras de Juliette Benzoni num dos seus romances sobre Maria de Rohan.
  3. Este episódio é abordado de forma romanceada por Alexandre Dumas em seu célebre romance histórico "Os Três Mosqueteiros"
  • «Cousin» (em francês). Victor, Etudes sur Mme de Chevreuse, 1856. 
  • (em francês) Louis BATIFFOL, La duchesse de Chevreuse, HACHETTE, 1913


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