Megaelosia apuana

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Estado de conservação
Espécie deficiente de dados
Dados deficientes [1]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Amphibia
Ordem: Anura
Família: Hylodidae
Género: Megaelosia
Espécie: M. apuana
Nome binomial
Megaelosia apuana
Pombal, Prado & Canedo, 2003

Megaelosia apuana, vulgarmente chamado de rã-de-riacho e rã-de-cachoeira,[2] é uma espécie de anfíbio da família dos hilodídeos (Hylodidae). É endémica do Brasil. Os seus habitats naturais são: regiões subtropicais ou tropicais úmidas de alta altitude e rios. Está ameaçada por perda de habitat.[1]

Distribuição e habitat[editar | editar código-fonte]

Megaelosia apuana é endêmica do Brasil e ocorre no Sudeste, entre os estados do Espírito Santo e Minas Gerais. No Espírito Santo há registro nas nascentes do rio Jucu (entre 1 200 e 1 500 metros de altitude), que são sua localidade tipo, no município de Domingos Martins, perto do Parque Estadual Pedra Azul, na região do município de Santa Teresa e no Parque Estadual Forro Grande, no município de Castelo. Em Minas Gerais, há registro do Parque Nacional do Caparaó e na Reserva Particular do Patrimônio Natural Estação Biológica Mata do Sossego, no município de Simonésia. A partir dos seus pontos de ocorrência, foi calculado com o mínimo polígono convexo que sua área de habitação é de 5 479,51 quilômetros quadrados. É uma espécie típica de água limpa e baixa temperatura de riachos estreitos de fundo rochoso, com algumas poças lênticas, e em riachos em meio à área montanhosa florestada do bioma da Mata Atlântica (regiões subtropicais ou tropicais úmidas).[2]

Comportamento[editar | editar código-fonte]

Megaelosia apuana é arisco e mergulha quando incomodado. Os girinos geralmente são observados à noite, enquanto os adultos têm maior atividade crepuscular. Sua detectabilidade varia ao longo do ano, mas é mais comum na estação seca.[2]

Conservação[editar | editar código-fonte]

É desconhecida a tendência populacional de Megaelosia apuana. A espécie está ameaçada pelas alterações ambientais de origem antrópica, mesmo nas áreas protegidas nas quais ocorre. Em sua localidade-tipo, por exemplo, a nascente do Jucu é utilizada por agricultores para que o gado beba. Pesticidas em culturas de morango e hortaliças, barramentos para aproveitamento hidrelétrico, extração de madeira nativa, plantio de eucalipto e expansão urbana fruto do turismo são outras causas de distúrbio. A espécie ocorre na área de abrangência do Plano de Ação Nacional para a Conservação da Herpetofauna da Mata Atlântica do Sudeste aprovado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e coordenado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Em 2004, a União Internacional para a Conservação da Natureza listou a espécie em sua Lista Vermelha sob a rubrica de "dados insuficientes".[1] Em 2005, foi classificado como vulnerável na Lista de Espécies da Fauna Ameaçadas do Espírito Santo;[3] e em 2018, como quase ameaçado na Lista Vermelha do Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção do ICMBio.[4][5]

Referências

  1. a b c Pombal, J. (2004). Megaelosia apuana (em inglês). IUCN 2006. Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN. 2006. Página visitada em 22 de Julho de 2007.
  2. a b c Haddad, Célio Fernando Baptista; Segalla, Magno Vicente; Bataus, Yeda Soares de Lucena; Uhlig, Vívian Mara; Batista, Flávia Regina de Queiroz; Garda, Adrian; Hudson, Alexandre de Assis; Cruz, Carlos Alberto Gonçalves da; Strüsmann, Christiane; Brasileiro, Cínthia Aguirre; Silvano, Débora Leite; Nomura, Fausto; Pinto, Hugo Bonfim de Arruda; Amaral, Ivan Borel; Gasparini, João Luiz Rosetti; Lima, Leôncio Pedrosa; Martins, Márcio Roberto Costa; Hoogmoed, Marinus Seteven; Colombo, Patrick; Valdujo, Paula Hanna; Garcia, Paulo Christiano de Anchieta; Feio, Renato Neve; Brandão, Reuber Albuquerque; Bastos, Rogério Pereira; Caramaschi, Ulisses (2010). «Avaliação do Risco de Extinção de Megaelosia apuana Pombal Jr., Prado & Canedo, 2003, no Brasil». Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Consultado em 17 de abril de 2022 
  3. «Lista de Espécies da Fauna Ameaçadas do Espírito Santo». Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (IEMA), Governo do Estado do Espírito Santo. Consultado em 7 de julho de 2022. Cópia arquivada em 24 de junho de 2022 
  4. «Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção» (PDF). Brasília: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ministério do Meio Ambiente. 2018. Consultado em 3 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 3 de maio de 2018 
  5. «Megaelosia apuana Pombal, Prado & Canedo, 2003». Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (SiBBr). Consultado em 24 de abril de 2022. Cópia arquivada em 9 de julho de 2022 
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