Nelson Marquezelli

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Nelson Marquezelli
Nelson Marquezelli
Nelson Marquezelli em 2006.
Deputado federal por São Paulo
Período 1º de fevereiro de 1991
a 1º de fevereiro de 2019
(7 mandatos consecutivos)
Dados pessoais
Nascimento 29 de novembro de 1941 (82 anos)
Pirassununga, SP
Alma mater Universidade Federal de Uberlândia (UFU)
Prêmio(s) Ordem do Mérito Militar[1]
Partido PSD (1961–1965)
ARENA (1966–1979)
PDS (1980–1986)
PTB (1986–presente)
Profissão advogado, político

Nelson Marquezelli GOMM (Pirassununga, 29 de outubro de 1941) é um advogado e político brasileiro filiado ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).[2] Por São Paulo, foi deputado federal durante sete mandatos. É um dos maiores exportadores de suco de laranja do país.[3]

Carreira política[editar | editar código-fonte]

Filiado ao Partido Social Democrático (PSD), elegeu-se em 1962 vereador de sua cidade natal Pirassununga. Integrou também a Aliança Renovadora Nacional (ARENA) e, com o fim dessa, o Partido Democrático Social (PDS). Em 1990 eleger-se-ia deputado federal pelo PTB. Em 1992 foi líder do partido na Câmara dos Deputados. Foi presidente da Comissão da Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural na Câmara.

Admitido à Ordem do Mérito Militar em 1993 no grau de Comendador especial pelo presidente Itamar Franco, Marquezelli foi promovido em 2002 ao grau de Grande-Oficial por Fernando Henrique Cardoso.[4][1]

Atividade parlamentar[editar | editar código-fonte]

Marquezelli foi o responsável pela elaboração do projeto de reajuste de mais de 60% nos próprios salários dos parlamentares, alegando que assim os parlamentares não precisariam mais "fazer bico".[5] Além disso, defendeu no Congresso os interesses dos criadores de pássaros, conhecidos como "passarinheiros".[6] No que tange a querela a respeito das reformas no Código Florestal, Nelson Marquezelli votou favoravelmente às mudanças propostas pelo deputado Paulo Piau (então PMDB-MG),[7] que dentre outros fatores libera crédito agrícola para quem desmatou, torna vulneráveis áreas em torno de nascentes de rios e a anistia a desmatamentos em topos de morro e manguezais.[8]

Foi eleito deputado federal em 2014, para a 55.ª legislatura (2015-2019), pelo PTB. Votou a favor do Processo de impeachment de Dilma Rousseff.[9] Já durante o Governo Michel Temer, votou a favor da PEC do Teto dos Gastos Públicos.[9] Em abril de 2017 foi favorável à Reforma Trabalhista.[9] [10] Em agosto de 2017 votou contra o processo em que se pedia abertura de investigação do então presidente Michel Temer, ajudando a arquivar a denúncia do Ministério Público Federal.[9][11] Na sessão do dia 25 de outubro de 2017, o deputado, mais uma vez, votou contra o prosseguimento da investigação do então presidente Michel Temer, acusado pelos crimes de obstrução de Justiça e organização criminosa. O resultado da votação livrou o Michel Temer de uma investigação por parte do Supremo Tribunal Federal (STF)[12].

Posições políticas[editar | editar código-fonte]

O parlamentar defende a redução da maioridade penal, a legalização dos jogos de azar e já propôs, enquanto presidente da Comissão de Trabalho da Câmara, uma alternativa à CLT, com intuito de flexibilizar o trabalho no país.

Controvérsias[editar | editar código-fonte]

Quem não tem dinheiro não faz universidade[editar | editar código-fonte]

O deputado federal Nelson Marquezelli (PTB-SP) afirmou no dia 10/10/2016, pouco antes da votação da PEC 241 que "quem não tem dinheiro não faz universidade"[1]. A declaração, que foi durante uma entrevista nos corredores do congresso, foi motivo de discussão nas redes sociais. Nelson repetiu diversas vezes que, "quem não tem dinheiro não faz universidade". Em seguida ele concluiu, "os meus filhos tem e vão fazer". A PEC 241, com intuito de reduzir os gastos públicos, limitará os gastos com a educação em um período de 20 anos.

Fraude na merenda escolar de São Paulo[editar | editar código-fonte]

Em fevereiro de 2016 foi citado pelo lobista Marcel Ferrreira Júlio, que extorquia fornecedores de merendas para escolas públicas de São Paulo. [13] Além de Marquezelli, também foram apontados como participantes no esquema o deputado federal Baleia Rossi (PMDB), além dos deputados estaduais Fernando Capez (PSDB) e Luiz Carlos Godim (SD).[14] Uma distribuidora de bebidas de sua propriedade foi apontada como destino da propina recolhida pela quadrilha que agia em pelo menos 22 municípios.[15]

Referências

  1. a b BRASIL, Decreto de 3 de abril de 2002.
  2. Brasil, CPDOC-Centro de Pesquisa e Documentação História Contemporânea do. «Nelson Marquezelli». CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Consultado em 7 de março de 2021 
  3. Congresso em Foco: Ruralista quer veto integral ao Código Florestal
  4. BRASIL, Decreto de 2 de agosto de 1993.
  5. Congresso em Foco: Marquezelli: “Agora, deputado não precisa ter bico”
  6. «Nelson Marquezelli.com.br: Pássaros são tema de discussão no Meio Ambiente». Consultado em 26 de abril de 2012. Arquivado do original em 8 de julho de 2012 
  7. Congresso em Foco: Veja como os deputados votaram o Código Florestal
  8. UOL: Câmara aprova nova versão do Código Florestal; texto segue para sanção de Dilma
  9. a b c d G1 (2 de agosto de 2017). «Veja como deputados votaram no impeachment de Dilma, na PEC 241, na reforma trabalhista e na denúncia contra Temer». Consultado em 11 de outubro de 2017 
  10. Redação (27 de abril de 2017). «Reforma trabalhista: como votaram os deputados». Consultado em 18 de setembro de 2017 
  11. Carta Capital (3 de agosto de 2017). «Como votou cada deputado sobre a denúncia contra Temer». Consultado em 18 de setembro de 2017 
  12. «Como votou cada deputado sobre a 2ª denúncia contra Temer». Terra 
  13. «MP apura se houve fraude em compra de mais produtos da merenda». São Paulo. Consultado em 5 de fevereiro de 2016 
  14. «Ex-presidente da Assembleia de SP é preso em ação contra máfia da merenda - 29/03/2016 - Poder - Folha de S.Paulo». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 28 de março de 2016 
  15. Venceslau, Pedro; Macedo, Fausto (3 de fevereiro de 2016). «Investigado da Alba Branca revela entrega de dinheiro em distribuidora de bebidas do deputado Marquezelli». Estadão. Consultado em 28 de fevereiro de 2016 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]