Nicolò Gabrielli

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Nicolò Gabrielli
Nicolò Gabrielli
Nascimento 21 de fevereiro de 1814
Nápoles
Morte 14 de junho de 1891 (77 anos)
Paris
Sepultamento cemitério do Père-Lachaise
Cidadania Reino de Itália
Ocupação compositor, maestro
Título conde

O conde Nicolò Gabrielli de Gubbio, barão de Quercita (Nápoles, 21 de fevereiro de 1814 - Paris, 14 de junho de 1891) foi um compositor italiano do Romantismo. Ele descendeu da família Gabrielli de Gubbio, relacionada com a casa de Bonaparte através de casamento.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Nicolò Gabrielli nasceu em Nápoles, quando esta cidade era a capital do reino das Duas Sicílias e Joachim Murat era o seu rei. Estudou música e composição no Conservatório da sua cidade natal, onde foi um aluno de Gaetano Donizetti, e em 1840 tornou-se diretor do Teatro San Carlo.

Ele é autor de numerosos balés, comédias e ópera-bufa em língua napolitana, italiano e francês. Em 1854 ele foi convidado pelo imperador Napoleão III a se estabelecer em Paris, onde começou com o ballet Gemma (libreto de Théophile Gautier), representado no teatro da Ópera em 31 de maio de 1854.

Apesar das críticas, Gabrielli desfrutou de grande popularidade durante o Segundo Império e seus trabalhos foram apresentados em vários teatros europeus e também no Brasil.

Intimamente relacionado com o ambiente bonapartista, ele deixou a cena artística depois da batalha de Sedan e da proclamação da Terceira República Francesa. Sua produção também diminuiu nos últimos anos de sua vida. Porém, em 1883, ele compôs a marcha militar <<Simón Bolívar>>, e dedicou-o ao então presidente da Venezuela, Don Antonio Guzmán Blanco.

Sobre a proposta dos ministros da Casa do Imperador e de Belas Artes, por ordem de 12 de Agosto de 1864, ele foi nomeado Cavaleiro da Legião de Honra. Morreu em seu apartamento em Paris em 1891 e foi enterrado pela primeira vez no Cemitério de Montparnasse e depois no Cemitério do Père-Lachaise.

Obra[editar | editar código-fonte]

Comédias e ópera-bufa[editar | editar código-fonte]

  • I dotti per fanatismo (1835)
  • La lettera perduta (1836)
  • Il Cid (1836)
  • La parola di matrimonio (1837)
  • L'americano in fiera ossia Farvest Calelas (1837)
  • Vinclinda (1837)
  • L'affamato senza danaro (1839)
  • Edwige o Il sogno (1839)
  • Il padre della debuttante (1839)
  • La marchesa e il ballerino (1839)
  • Nadan o L'orgoglio punito (1839)
  • L'assedio di Sciraz ossia L'amor materno (1840)
  • Cante dei Gabrielli (1840)
  • Basilio III Demetriovitz (1841)
  • Il bugiardo veritiero (1841)
  • Il condannato di Saragozza (1842)
  • La zingara (1842)
  • Carlo di Rovenstein (1843)
  • L'assedio di Leyda (1843)
  • Sara ovvero La pazza di Scozia (1843)
  • Una domenica a Torre del Greco (première partie du Trittico napoletano, 1844)
  • Il gemello (1845)
  • Una passeggiata verso Capri (seconde partie du Trittico napoletano, 1845)
  • Giulia di Tolosa (1846)
  • L'ascensione al cratere del Vesuvio (troisième partie du Trittico napoletano, 1847)
  • Il vampiro (1848)
  • Bradamante e Ruggero (1849)
  • Fiorina (1849)
  • La regina delle rose (1850)
  • Melissa, ossia I viaggiatori all'isola incantata (1859)
  • Le petit cousin (1860)
  • Les memoirs de Fanchette (1865)

Balés[editar | editar código-fonte]

  • Il ritorno d'Ulisse (1836)
  • Ester d'Engaddi (1837)
  • Il rajah di Benares (1839)
  • Amore alla prova (1839)
  • Le nozze di un mostro (1839)
  • Il duca di Ravenna (1841)
  • Giaffar (1841)
  • Olga di Cracovia (1841)
  • L'istituto delle fanciulle (1841)
  • Il gobbo del Giappone (1841)
  • La conquista del Messico (1842)
  • La zingara (1842)
  • I viaggi di Gulliver (1843)
  • Erissena (1845)
  • L'orfanella africana (1845)
  • Merope (1846)
  • Alcidoro (1847)
  • Ifigenia in Aulide (1847)
  • Il trionfo d'amore (1848)
  • Olema (1848)
  • Paquita (1848)
  • Gisella (1849)
  • I Candiano (1849)
  • Schariar ovvero Le mille e una notte (1849)
  • Mocanna (1850)
  • La stella del marinajo (1851)
  • Gemma (1856)
  • I paggi del conte di Provenza (1856)
  • Les elfes (1856)
  • La ninfa Cloe (1857)
  • Don Grégoire ou Le précepteur dans l'embarras (1859)
  • L'étoile de Messine (1861)
  • La fin du monde (1865)
  • Le spose veneziane (?)
  • Stefano re di Napoli (?)
  • Les almées (?)
  • Yotte (?)

Marchas Militares[editar | editar código-fonte]

  • Simón Bolívar (1883)

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Teresa Chirico, "Gabrielli, Nicolò (Nicola)", in Dizionario Biografico degli Italiani, vol. 51, 1998.
  • Gabrielli, Count Nicolò by Francesco Bussi, in 'The New Grove Dictionary of Opera', ed. Stanley Sadie (London, 1992) ISBN 0-333-73432-7
  • Gabrielli, Count Nicolò by Bruce R. Schueneman and William E. Studwell, in 'Minor Ballet Composers - Biographical Sketches of Sixty-six Underappreciated yet Significant Contributors to the Body of Western Ballet Music', The Haworth Press, Inc. (Binghamton, New York, 1997) ISBN 0-7890-0323-6