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Olhai os Lírios do Campo (romance): diferenças entre revisões

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Revisão das 13h04min de 4 de outubro de 2009

 Nota: Este artigo é sobre o livro de Érico Veríssimo. Para versões para cinema e TV deste romance, veja Olhai os Lírios do Campo (desambiguação).

Olhai os lírios do campo é um romance de Érico Veríssimo, escrito em 1938.

Enredo

Narra a história de Eugênio Fontes, que, com muito sacrifício, se forma em medicina. Na faculdade apaixona-se por Olívia, mas casa-se com Eunice, mais rica, por interesse.

Com essa história ao fundo, o autor compõe um painel de tipos humanos sempre às voltas com o conflito segurança versus felicidade.

Primeira parte

A primeira parte do romance começa com Eugênio viajando de sua propriedade rural em Santa Margarida, rumo à cidade que dista três horas de automóvel. O chamado veio de um hospital onde outra médica, Olívia, está morrendo. Enquanto aguarda a chegada à cidade, Eugênio, em sucessivos flashbacks, retoma seu passado. Evoca a infância infeliz, dada à pobreza do pai alfaiate, e o desejo que o acometera de tornar-se um homem rico e livrar a família de todas as vergonhas geradas pela miséria. Graças ao sacrifício dos pais, pudera estudar em ótimos colégios, inclusive um internato de alto nível chamado Columbia College. Nesse meio tempo, um amigo da família, Florismal, anuncia o início da Primeira Guerra Mundial.

Em sua adolescência, ainda no colégio, Eugênio passa uma noite de tempestade aflito e presencia a morte de um professor, Mr. Tearle. Eugênio termina os estudos e inicia o curso de Medicina, sempre odiando a humildade da família e aspirando a uma posição de riqueza. Tinha um amigo da faculdade chamado Alcibíades, com que andava e tinha uma pontinha de inveja de seus automóveis, cavalos de corrida e quarenta gravatas.

Um ano antes de sua formatura, o pai morrera. E, na noite em que se formava, conheceu Olívia, colega de turma, tão pobre como ele. Eugênio e Olívia começam a trabalhar juntos no Hospital do Sagrado Coração. Nessa época inicia-se a Revolução de 30. Em uma dessas noites, Eugênio faz uma operação e perde o paciente.

O relacionamento amoroso entre os dois, Olívia e Eugênio, tornou-se inevitável. Mas, em nenhum momento, Eugênio assumira qualquer compromisso com Olívia. Esta, no entanto, ao receber um convite para clinicar por alguns meses numa pequena cidade do interior rio-grandense, resolvera partir. Eugênio permanecera em Porto Alegre e conhecera Eunice, filha de um grande empresário, com quem noiva. Escrevera uma carta a Olívia para comunicar-lhe o fato. A jovem médica vem a capital e aceita resignadamente o casamento do seu amado. Mais tarde, quando ela retornar definitivamente para Porto Alegre, revela a Eugênio que ele é pai de uma menina, Anamaria.

O casamento de Eugênio como Eunice logo entrara em corrosão. O rapaz pensava em assumir Olívia e a filha, mas o fantasma da pobreza mais uma vez o afastaria da mulher que amava. Quando chega ao hospital, recebe a notícia da morte de Olívia.

Segunda parte

Na segunda parte, Eugênio rompe o casamento com Eunice, sendo encorajado por causa da filha, e passa a ser um médico de pobres, iniciando uma amizade maior com Dr. Seixas. Encontra, então, a harmonia interior.

Sua visão de mundo resume-se na solidariedade e na tentativa de criação de um mundo melhor. Muda-se para a casa dos Falk, onde Olívia morava. Publica, num jornal, uma nota à procura do irmão, Ernesto.

Certa vez, atendendo em seu consultório, entraram Simão e Dora. Eugênio surpreendeu-se ao saber que Dora estava grávida de três meses. Desesperado, Simão pede a Eugênio que faça um aborto, mas ele nega. Os dois saem dali e somem pelo resto do dia. No fim da noite, Dr. Seixas informa à Eugênio que uma enfermeira fez o aborto em Dora, e ela tivera uma hemorragia, vindo a falecer.

O livro termina com Eugênio e sua filha, Anamaria, numa linda tarde ensolarada numa praça.

tudo nessa historia não é verdade