Operação Janus
Operação Janus é uma operação da Polícia Federal do Brasil e do Ministério Público Federal (MPF), deflagrada em 20 de maio de 2016, como um desdobramento da Operação Lava Jato.[1] O nome da operação é uma referência ao Deus romano Janus (ou Jano). A menção à divindade latina de duas faces, que olha ao mesmo tempo para o passado e para o futuro, quer mostrar como deve ser realizado o trabalho policial.[2]
A operação é referente à investigação que apura se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva praticou tráfico internacional de influência em favor da Construtora Odebrecht (atual OEC).[1]
Entre os alvos da operação está o sobrinho de Lula, Taiguara Rodrigues dos Santos, levado para depor. A intenção da investigação é verificar se contratos de uma empresa, que pertence a Taiguara, com a Odebrecht foram utilizados para o pagamento de vantagens indevidas.[2]
Em outubro de 2016, o MPF denunciou o ex-presidente Lula e Marcelo Odebrecht por corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, tráfico de influência e organização criminosa, no âmbito da operação.[3]
Mandados
[editar | editar código-fonte]O juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal do Distrito Federal, responsável pelo processo, expediu quatro mandados de busca e apreensão e dois de condução coercitiva, e autorizou a quebra de sigilos bancários, fiscais e de dados telemáticos de nove suspeitos. O inquérito que embasou os mandados judiciais foi aberto em 23 de dezembro de 2015.[4]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ a b «Operação Janus: Polícia Federal investiga pessoas ligadas a Lula e Odebrecht». EBC. 20 de maio de 2016. Consultado em 29 de maio de 2016
- ↑ a b «Operação Janus da PF mira parente e pessoas ligadas a Lula». Terra. 20 de maio de 2016. Consultado em 29 de maio de 2016
- ↑ Letícia Casado. «MPF denuncia Lula e Marcelo Odebrecht na Operação Janus». Valor Econômico. Consultado em 6 de abril de 2017
- ↑ Camila Bomfim (20 de maio de 2016). «PF deflagra operação para investigar a Odebrecht e pessoas ligadas a Lula». G1. Globo. Consultado em 29 de maio de 2016