Pains

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Pains
  Município do Brasil  
Símbolos
Bandeira de Pains
Bandeira
Brasão de armas de Pains
Brasão de armas
Hino
Gentílico painense
Localização
Localização de Pains em Minas Gerais
Localização de Pains em Minas Gerais
Localização de Pains em Minas Gerais
Pains está localizado em: Brasil
Pains
Localização de Pains no Brasil
Mapa
Mapa de Pains
Coordenadas 20° 22' 15" S 45° 39' 39" O
País Brasil
Unidade federativa Minas Gerais
Municípios limítrofes Formiga, Arcos, Pimenta, Piumhi, Doresópolis, Iguatama e Córrego Fundo
Distância até a capital 217 km
História
Fundação 31 de dezembro de 1943
Administração
Prefeito(a) Ronaldo Márcio Gonçalves (PT)
Características geográficas
Área total [1] 418,043 km²
População total (Censo IBGE/2010[2]) 8 015 hab.
Densidade 19,2 hab./km²
Clima Não disponível
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2000 [3]) 0,783 alto
PIB (IBGE/2008[4]) R$ 140 670,212 mil
PIB per capita (IBGE/2008[4]) R$ 16 706,68

Pains é um município brasileiro do estado de Minas Gerais.

Pains tem se desenvolvido nos últimos tempos, principalmente graças à instalação das indústrias de calcário para explorar seu potencial mineralógico. Por outro lado, a mineração também provoca a poluição atmosférica.

No ano de 2006, foi reinaugurada a principal praça da cidade.

O município recebe visitantes, principalmente nas férias, feriados e durante as festividades[carece de fontes?]. Anualmente acontece a Feira Nacional do Calcário com a apresentação de bandas e cantores. A última ocorreu em maio de 2007 e contou com a presença de Leonardo e banda Cheiro de Amor.

História

Dois grandes rios brasileiros banham o território que tem na Serra das Esperanças um marco diviso-histórico – rio São Francisco e Rio Grande. A área descrita foi a alternativa natural para o povoamento, caminho mais fácil para povos de outras terras.

Os cataguás[carece de fontes?], até o início do século XVIII[carece de fontes?], habitavam o sul e oeste de Minas, subdivididos em várias tribos. Numa de suas migrações, subiram o Rio São Francisco até a nascente e foram acampar nos vales do Rio Grande e Rio das Mortes. Campos Geraies dos Goitacases era todo o território mineiro.

A história de Pains remonta aos anos de 1721-1725, quando o local servia de passagem para paulistas e mineiros em direção a Goiás, mais precisamente aos “mananciais afortunados” do Rio Vermelho, à altura da nascente do rio Araguaia, descobertos por Bartolomeu Bueno da Silva, o Anhagüera.

O governo da província de Minas acautelou, pondo guardas e registros nos lugares mais estratégicos. Em breve se compreendeu a ineficácia de tais medidas. Sua execução demandava muitos guardas de ilibada conduta no cumprimento do dever. A vigilância em lugares distantes tornava os vigias mais próximos dos contrabandistas. Acabavam de parceria. Todos no mesmo propósito – a cobiça do ouro.

Veio, então, a ideia da abertura da estrada real. Facilitando a captura dos extraviadores pelos caminhos clandestinos.

Em 1736, o governador Gomes Freire abriu a “Picada de Goiás”, proibindo quaisquer outros caminhos para o trânsito das comitivas[carece de fontes?]. De São João del-Rei para Goiás – eis a Picada de Goiás. As sesmarias foram concedidas em 1737. A 23 de Março, foram registradas três: a de Roque de Sousa, Manuel Alves Gondim e a de Manuel Martins da Barra[carece de fontes?]. Os sesmos foram denominados, respectivamente: Almas (no lema de São João del Rei com o atual município de São Tiago), Bom Sucesso (no lema dos atuais municípios de Bom Sucesso e Ibituruna) e Mandasaya (atual município de Oliveira).

Em 1765, na segunda entrada pelo Oeste de Minas, Inácio Correia Pamplona, mestre de campo[carece de fontes?], ficou encarregado de pesquisar e dizimar índios cataguases e os famosos araxás (senhores de vasta região)[carece de fontes?], e calhambolas[carece de fontes?] e que fosse também, convocando e encaminhando pessoas para as aldeias, iniciando assim, uma civilização que teria como finalidade, o cultivo das terras e a criação de gado e cavalos (Carta patente: Cod. 168/36).

O governo assinou em 1767, vinte cartas de sesmarias aos desbravadores do Oeste. Inácio Corrêa Pamplona obteve a do Desempenhado, entre o Rio São Francisco e a Serra do Desempenhado (atual município de Bambuí). Entre os sesmeiros, parentes de Inácio Corrêa Pamplona, vieram estabelecer-se nas matas do Rio São Francisco, como seu filho Pe. Inácio Pamplona Corte Real; Simplícia Corrêa Pamplona; Bernardina Correia Pamplona casada com João José Corrêa Pamplona e doadora do Patrimônio de Iguatama, antigo Porto Real do São Francisco e outros, que deram origem à família Paim Pamplona, surgindo assim, o nome do município de Pains.

Tudo indica ter sido José Paim Pamplona[carece de fontes?] proprietário da sesmaria do Cedro, o primeiro Paim, senão dos Pains que deram nome ao lugar.

Corria entre as pessoas mais antigas, que, antes dos Paim, os principais povoadores teriam vindo de São João del-Rei. Provavelmente seriam fugitivos da justiça[carece de fontes?], criminosos políticos por discordarem da Coroa Portuguesa ou adeptos de Tiradentes[carece de fontes?]. Estariam à procura dos caminhos de Goiás mas resolveram fixar-se, pois não havia melhor esconderijo natural que as grutas calcárias.

Em 1830, o capitão Manuel Gonçalves de Melo e sua mulher D. Rita Cândida de Melo adquiram a Fazenda da Cachoeira. Nessa fazenda havia uma Ermida, consagrada à Nossa Senhora da Conceição. Todos os anos vinha um sacerdote das cercanias celebrar missa, desobrigar a família e a grande escravatura, administrando os sacramentos a várias pessoas que naquela quadra se reunia em grande festa.

Os primeiros desbravadores da região pertenciam às famílias Pamplona, Gonçalves, Goulart, Paim, Melo, Teixeira, Veloso, Alves, Lopes[carece de fontes?]. O motivo principal que determinou a ida desses aventureiros e exploradores ao local, foi a fertilidade de suas terras e, possivelmente a caça e a pesca. Mais tarde passaram a dedicar-se à agricultura, em que se serviam de instrumentos primitivos e rotineiros de trabalho.

O Capitão Gonçalves de Melo mandou construir, à margem direita do Rio São Miguel, afluente do São Francisco, no centro da Mata de Pains, em terreno de sua fazenda, um Santuário em honra a Nossa Senhora do Carmo, sendo a célula-máter do município de Pains, concluída em 1854.

O cemitério paroquial cercado de muros de pedra foi construído ao redor do primitivo templo. Foi transferido para mais acima. Sua reconstrução começou aos 27 de Julho de 1853, e terminou a 4 de Setembro do mesmo ano, pelos Missionários Capuchinhos que foram ali, pregar uma Missão: Frei Francisco, Frei Eugênio e Frei Arcanjo. Foi construída também, uma torre, ligada, por uma passagem, ao coro da secular Igreja, onde foi colocado o sino. O alto do campanário era datado de 1861.

Embora não houvesse um capelão ajustado, vinham celebrar e administrar os sacramentos, vários sacerdotes circunvizinhos, entre os quais o padre João Gonçalves de Melo, cunhado do fundador da Igreja.

Depois da construção, seu confrontante Manuel Antônio de Araújo resolveu doar à padroeira uma área para que se formasse um povoado. Não sendo suficiente o terreno doado, o capitão Gonçalves de Melo doou a São Francisco de Assis um outro pedaço de terra perfazendo uma área com cerca de 12 hectares.

Nas imediações da referida Igreja residia a família Paim, passando então, o templo religioso a ser conhecido como a “Igreja dos Pains”.

A Igreja de Nossa Senhora do Carmo construída em 1854, foi Matriz da Paróquia de Pains por um século. A antiga Igrejinha do Rosário foi demolida na década de 1940, cedendo o lugar para a atual Praça Tonico Rabelo. Em 1960 foi inaugurada a nova Matriz de Pains localizada à avenida Gonçalves de Melo, sendo uma das maiores do Bispado.

A Fazenda da Cachoeira foi reformada na década de 1940 e atualmente é propriedade do Sr. Renato Gomide Leite, descendente dos fundadores do município.

Ligações externas

Referências

  1. IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 dez. 2010 
  2. «Censo Populacional 2010». Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de novembro de 2010. Consultado em 11 de dezembro de 2010 
  3. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008 
  4. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 dez. 2010