Povo dos Estados Unidos: diferenças entre revisões
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O gentílicio correto é estadunidense ou norteamericano |
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⚫ | '''Norteamericanos''', '''ianques''',<ref name="ianque">{{Citar web|url=http://www.dicionarioinformal.com.br/definicao.php?palavra=ianque&id=6 |título=Dicionário inFormal, verbete "ianque". |língua=|autor= |obra= |data= |acessodata=}}</ref><ref name="americano 1" /> '''estadunidenses'''<ref>[[Dicionário Houaiss]], verbete "estadunidense".</ref><ref>[[Dicionário Caldas Aulete]], verbete [http://aulete.uol.com.br/site.php?mdl=aulete_digital&op=loadVerbete&pesquisa=1&palavra=estadunidense "estadunidense"]</ref><ref>[[Dicionário Michaelis]], verbete [http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues-portugues&palavra=estadunidense "estadunidense"].</ref>, são os cidadãos dos [[Estados Unidos|Estados Unidos da América]].<ref>{{citar web|url=http://veja.abril.com.br/blog/sobre-palavras/consultorio/americano-norte-americano-ou-estadunidense|título=Americano, norte-americano ou estadunidense?|autor=|data=|publicado=Veja Abril|acessodata={{DataExt|15|2|2013}}}}</ref> O país é o lar de pessoas de diferentes origens [[Nação|nacionais]]. Como resultado disso, os americanos não equacionam a sua [[nacionalidade]] com a [[etnia]], mas com a [[cidadania]].<ref>{{cite book |last=Shklar |first=Judith N. |title=American Citizenship: The Quest for Inclusion |series=The Tanner Lectures on Human Values |url=http://books.google.com/books?id=8n829DOw1PMC&lpg=PA4&dq=American%20nationality%20citizenship&pg=PA3#v=onepage&q=American%20nationality%20citizenship&f=false |accessdate=17 de dezembro de 2012 |year=1991 |publisher=Harvard University Press |isbn=9780674022164 |page=3-4 |pages=120 }}</ref><ref>{{cite journal |last1=Slotkin |first1=Richard |year=2001 |title=Unit Pride: Ethnic Platoons and the Myths of American Nationality |journal=American Literary History |volume=13 |issue=3 |pages=469-498 |publisher=Oxford University Press |doi= |url=http://wesscholar.wesleyan.edu/cgi/viewcontent.cgi?article=1028&context=div2facpubs |accessdate=17 de dezembro de 2012 }}</ref> Com exceção da [[Povos nativos dos Estados Unidos|população nativa]], quase todos os americanos ou os seus antepassados [[Imigração nos Estados Unidos|imigraram]] para o país nos últimos cinco séculos.<ref>Fiorina, Morris P., and Paul E. Peterson (2000). ''The New American Democracy''. London: Longman, p. 97. ISBN 0-321-07058-5.</ref> |
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Revisão das 18h21min de 4 de fevereiro de 2014
Norteamericanos, ianques,[1][2] estadunidenses[3][4][5], são os cidadãos dos Estados Unidos da América.[6] O país é o lar de pessoas de diferentes origens nacionais. Como resultado disso, os americanos não equacionam a sua nacionalidade com a etnia, mas com a cidadania.[7][8] Com exceção da população nativa, quase todos os americanos ou os seus antepassados imigraram para o país nos últimos cinco séculos.[9]
Apesar de sua composição multiétnica,[10][11] a cultura americana é exercida em comum pela maioria dos americanos, uma cultura ocidental em grande parte derivada das tradições de imigrantes europeus ocidentais.[10] Ela também inclui influências da cultura afro-americana.[12] A expansão para o oeste integrou os crioulos e cajuns da Louisiana, os hispânicos do sudoeste e trouxe um contato próximo com a cultura mexicana. A forte imigração no final do século XIX e início do século XX a partir da Europa meridional e Oriental introduziu uma variedade de elementos. A imigração proveniente da Ásia, África e América Latina também teve impacto. A expressão "caldeirão cultural" descreve a maneira como as várias gerações de americanos celebraram e trocaram distintas características culturais entre si.[10]
Além dos Estados Unidos, americanos e pessoas de ascendência americana podem ser encontradas internacionalmente. Estima-se que cerca de três a sete milhões de americanos estejam vivendo no exterior e compõem a diáspora americana.[13][14][15]
Gentílico
O termo estadunidense é legitimamente aceito por fontes confiáveis como sinônimo de americano ou americano-do-norte,[2][16][17][18] porém o uso de termos como "americano" e "norte-americano" nessa situação costuma ser considerado inexato ou inadequado por algumas fontes,[19][20][21][22] que entendem ser americano utilizável apenas quando relativo a toda a América e que mesmo o termo norte-americano como sinônimo de pertencente aos EUA, é depreciativo a mexicanos, canadenses, gronelandeses, são-pedrenses ou bermudenses, embora mesmo os canadenses chamem seus vizinhos do sul de americanos.[23][24]
Este tipo de crítica, porém, eventualmente envolve uma abordagem politizada, calcada em argumentos linguísticos e onomásticos, caracterizada como uma "tomada de consciência" perante as constatações citadas acima, como deixa claro a linguista e professora Florence Carboni,[25] em sua crítica ao uso do termo "americano" como sinônimo de estadunidense:
"A categoria "estadunidense" não constitui tentativa esquerdista de riscar do mundo da linguagem e dos vivos a população daquela grande nação, como já assinalado. Trata-se apenas de pequena tomada de consciência e restauração da legalidade lingüística e simbólica dos direitos políticos e materiais dos povos oprimidos da América."[22]
Outros estudiosos, como o geógrafo, professor e especialista em geopolítica Demétrio Magnoli, consideram o uso da expressão "estadunidense" como uma tentativa de depreciação e retaliação ao povo dos Estados Unidos e associa o uso da palavra a sentimentos de antiamericanismo, provocado por ideologias de esquerda.[26]
Composição étnica
Os Estados Unidos têm uma população muito diversificada: trinta e um grupos étnicos têm mais de um milhão de membros. Os americanos brancos são o maior grupo racial; descendentes de alemães, irlandeses e ingleses constituem três dos quatro principais grupos étnicos do país. Os afro-americanos são a maior minoria racial da nação e o terceiro maior grupo étnico.[27][28] Os asiático-americanos são a segunda maior minoria racial do país; os dois maiores grupos étnicos asiático-americanos são chineses americanos e filipinos americanos.[27] Em 2008, a população americana incluía um número estimado de 4,9 milhões de pessoas com alguma ascendência de nativos americanos ou nativos do Alasca (3,1 milhões exclusivamente de tal ascendência) e 1,1 milhões com alguma ascendência de nativos do Havaí ou das ilhas do Pacífico (0,6 milhões exclusivamente).[28] De acordo com o censo de 2010, os hispânicos já são mais de 50 milhões nos Estados Unidos.[29]
O crescimento populacional dos hispânicos e latino-americanos é uma grande tendência demográfica. Os 46,9 milhões de americanos de ascendência hispânica[28] são identificados como uma etnia "distinta" pelo Census Bureau; 64% dos hispano-americanos são de origem mexicana. Entre 2000 e 2008, a população hispânica do país aumentou 32%, enquanto a população não hispânica cresceu apenas 4,3%.[28][31] Grande parte deste crescimento populacional vem da imigração. Em 2007, 12,6% da população era era constituída por indivíduos nascidos em outros países, 54% deles na América Latina.[32] A fertilidade é também um fator importante; o número médio de filho por mulher latino-americana (taxa de fecundidade é de três, de 2,2 para as mulheres não hispânicas negras e 1,8 para as mulheres não hispânicas brancas (abaixo da taxa de substituição populacional, que é de 2,1). Minorias (conforme definido pelo Census Bureau, ao lado de todos os não hispânicos, não multirraciais brancos) constituem 34% da população. Estima-se que os não brancos constituirão a maioria da população em 2042.
Por volta de 1/3 dos americanos brancos possuem ancestralidade africana, de acordo com um estudo autossômico de 2003. A média de contribuição africana para esse 1/3 da população branca americana ficou em 2,3%, mas havendo variações individuais em que a contribuição africana chega a até mais de 20%. Levando-se em conta toda a população branca americana, a média de contribuição africana cai para o valor pequeno de 0,7%. [33] Já em um estudo de 2010, concluiu-se que apenas 5% dos que se identificam como afro-americanos possuem ancestralidade africana superior a 95%. 27% dos afro americanos teriam ancestralidade africana inferior a 60%. 52% dos americanos brancos (a maioria, portanto) teriam ancestralidade europeia inferior a 95%. De acordo com outro estudo, americanos que se autodeclararam como de ascendência europeia revelam ancestralidade europeia, em média, de 93,20%. Afro americanos, ancestralidade africana de 86,20% (com variações individuais de 47,82% a 98,50% no caso dos afro americanos).[34] Os brancos americanos são maioria entre os norteamericanos que possuem idade superior a 65 anos (80% da população com idade superior a 65 anos). Entre os recém nascidos, porém, os não brancos (negros, latinos, asiáticos, etc) predominam e já ultrapassaram os brancos, de acordo com notícia divulgada em junho de 2011. [35][36]
Religião
As religiões mais seguidas nos Estados Unidos da América são as que se denominam cristãs, sendo as protestantes as com maior número de seguidores. Sendo uma ex-colônia britânica, seria natural esse dado; no entanto, a Igreja Anglicana perdeu posições como a religião com maior número de devotos no país, representando atualmente algo em torno de 1,5%. As igrejas Batista (25,3%), Pentecostal (8,9%), e Luterana (5,1%) são as religiões protestantes mais praticadas, seguida pela para-protestante Mórmon (4,1%). Apesar da maior parte da população estadunidense declarar-se protestante, todavia, a Igreja Católica ainda é a religião que, sozinha, possui o maior número de fiéis, com 44,3% da população.
Ressalta-se que, no geral, os Estados Unidos, assim como boa parte do Novo Mundo, representou um porto-seguro para devotos de religiões outras que não a católica, fugidos principalmente durante a Inquisição[carece de fontes]. Dentre esses, destacam-se os judeus, representando 1% dos devotos estadunidenses. Depois, temos budistas (0,9%) e muçulmanos (0,6%).
É de notar o grande número de estadunidenses que se declaram ateus ou agnósticos, representando em torno de 15% da população.[38]
Idiomas
Um dado relevante que define a identidade de um povo é sua língua; no caso dos estadunidenses, não há oficialmente uma língua definida para todo o território nacional, sendo adotados diferentes idiomas, conforme cada estado-membro da federação. Reconhece-se, todavia, que o inglês seja o principal idioma, falado como língua nativa por 82% da população dos Estados Unidos.[carece de fontes] O castelhano é o segundo idioma mais falado, utilizado por 13% da população, sendo o quinto maior país de fala castelhana (atrás de México, Espanha, Argentina e Colômbia).[carece de fontes] O terceiro, e bem mais abaixo, é o chinês, falado por 0,61%, seguido de perto pelo francês, alemão e filipino.[carece de fontes] As línguas indígenas são faladas, no geral, por grupos específicos, sendo o Navajo o principal idioma.
Alguns estados definem-se como bilíngues ou mesmo multilíngues, oficialmente definindo ou não os idiomas. Estados como a Califórnia, por exemplo, já publicam os documentos públicos em oito idiomas diferentes, refletindo a relevância da população imigrante.
Ver também
Referências
- ↑ «Dicionário inFormal, verbete "ianque".»
- ↑ a b «Dicionário de Português - verbete "americano"»
- ↑ Dicionário Houaiss, verbete "estadunidense".
- ↑ Dicionário Caldas Aulete, verbete "estadunidense"
- ↑ Dicionário Michaelis, verbete "estadunidense".
- ↑ «Americano, norte-americano ou estadunidense?». Veja Abril. Consultado em 15 de fevereiro de 2013 Verifique data em:
|acessodata=
(ajuda) - ↑ Shklar, Judith N. (1991). American Citizenship: The Quest for Inclusion. Col: The Tanner Lectures on Human Values. [S.l.]: Harvard University Press. p. 3-4. 120 páginas. ISBN 9780674022164. Consultado em 17 de dezembro de 2012
- ↑ Slotkin, Richard (2001). «Unit Pride: Ethnic Platoons and the Myths of American Nationality». Oxford University Press. American Literary History. 13 (3): 469-498. Consultado em 17 de dezembro de 2012
- ↑ Fiorina, Morris P., and Paul E. Peterson (2000). The New American Democracy. London: Longman, p. 97. ISBN 0-321-07058-5.
- ↑ a b c Adams, J.Q., and Pearlie Strother-Adams (2001). Dealing with Diversity. Chicago: Kendall/Hunt. ISBN 0-7872-8145-X.
- ↑ Thompson, William, and Joseph Hickey (2005). Society in Focus. Boston: Pearson. ISBN 0-205-41365-X.
- ↑ Holloway, Joseph E. (2005). Africanisms in American Culture, 2d ed. Bloomington: Indiana University Press, pp. 18–38. ISBN 0-253-34479-4. Johnson, Fern L. (1999). Speaking Culturally: Language Diversity in the United States. Thousand Oaks, California, London, and New Delhi: Sage, p. 116. ISBN 0-8039-5912-5.
- ↑ Jay Tolson (28 de julho de 2008). «A Growing Trend of Leaving America». U.S. News & World Report. Consultado em 17 de dezembro de 2012
- ↑ «6.32 million Americans (excluding military) live in 160-plus countries.». Association of Americans Resident Overseas. Consultado em 17 de dezembro de 2012
- ↑ «The American Diaspora». Hurst Communications, Inc. Esquire. Consultado em 17 de dezembro de 2012
- ↑ «Dicionário Michaelis online»
- ↑ Dicionário Larousse Ilustrado da Língua Portuguesa, Larousse do Brasil, 2004 ISBN 85-7635-013-0
- ↑ «Gramática on-line - Adjetivos pátrios»
- ↑ «Ciberdúvidas da Língua Portuguesa - "Estado-unidense, estadunidense, norte-americano"»
- ↑ «Sua Língua - por Cláudio Moreno - "Estado-unidense ou estadunidense?"»
- ↑ «Sua Língua - por Cláudio Moreno - "Estado-unidense ou estadunidense?"»
- ↑ a b Carboni, F. e Maestri, M. Revista Espaço Acadêmico - "Apenas estadunidenses"
- ↑ «American company buys the Bay - Alberni Valley Times, 17 de julho de 2008» 🔗. Consultado em 20 de agosto de 2008
- ↑ «Canadian-American Relations Since the Second World War»
- ↑ «Quem é Florence Carboni». Consultado em 20 de agosto de 2008
- ↑ Magnoli, D. "Estadunidenses", Folha de São Paulo, 13 de janeiro de 2005 (visitado em 20 de agosto de 2008)
- ↑ a b «Ancestry 2000» (PDF). U.S.Census Bureau. 2004. Consultado em 13 de junho de 2007
- ↑ a b c d «Annual Estimates of the Population by Sex, Race, and Hispanic Origin for the United States: April 1, 2000 to July 1, 2008 (NC-EST2008-03)». U.S. Census Bureau, Divisão de População. 1 de maio de 2009. Consultado em 23 de julho de 2009
- ↑ http://www.census.gov/prod/cen2010/briefs/c2010br-02.pdf
- ↑ «Race and Ethnicity in the United States: 2010 Census and 2020 Census». US Census Bureau. Consultado em 2 de dezembro de 2021
- ↑ «B03001. Hispanic or Latino Origin by Specific Origin». 2007 American Community Survey. U.S. Census Bureau. Consultado em 26 de setembro de 2008
- ↑ «Tables 41 and 42—Native and Foreign-Born Populations» (PDF). Statistical Abstract of the United States 2009. U.S. Census Bureau. Consultado em 11 de outubro de 2009
- ↑ Sweet, Frank W. «Essays on the U.S. Color Line - Afro-European Genetic Admixture in the United States». essays.backintyme.com (em inglês). Backintyme Publishing
- ↑ «Racial Disparities in Head and Neck Cancer». www.disabled-world.com (em inglês)
- ↑ «Babies born to ethnic minorities outnumber number of white toddlers for first time in U.S. history» (em inglês). www.dailymail.co.uk
- ↑ Tavernise, Sabrina. «Whites Account for Under Half of Births in U.S.» (em inglês). www.nytimes.com
- ↑ «Measuring Religion in Pew Research Center's American Trends Panel». Measuring Religion in Pew Research Center’s American Trends Panel | Pew Research Center. Pew Research Center. 14 de janeiro de 2021. Consultado em 9 de fevereiro de 2021. Cópia arquivada em 8 de fevereiro de 2021
- ↑ «Composição religiosa dos Estados Unidos» (PDF)