Principado da Galileia

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Principauté de Galilée
Principado da Galileia

Principado vassalo do Reino de Jerusalém


1099 – 1187
Localização de Galileia
Localização de Galileia
Os estados cruzados em 1135
Continente Ásia
País Galileia (atualmente parte Israel), sul do Líbano
Capital Tiberíades
Língua oficial Latim, francês antigo
Religião Igreja Ortodoxa
Cristianismo ocidental
Governo Suserania hereditária
Período histórico Idade Média
 • 1099 Conquista dos territórios do principado na Primeira Cruzada
 • 1187 Conquista do principado por Saladino

O Principado da Galileia foi um dos quatro principais senhorios do Reino Latino de Jerusalém, segundo o nobre e jurista cruzado do século XIII, Bailão de Ibelin (os outros três eram o Condado de Jafa e Ascalão, o Senhorio de Sidom e o Senhorio da Transjordânia). As possessões directas do principado localizavam-se nos arredores de Tiberíades, na Galileia, mas devido aos seus territórios vassalos, abrangia toda a região da Galileia ao longo do rio Jordão e do sul da Fenícia (actual Líbano).

De facto, o senhorio da Galileia tinha um número desproporcionado de vassalos, que incluía os senhorios de Beirute, Nazaré e Haifa, que também tinham os seus próprios vassalos. No entanto, e até porque o senhorio de Sidom, vassalo directo de Jerusalém, se localizava entre estes territórios, há razões para duvidar da suserania do principado sobre toda a região.

O Principado da Galileia foi estabelecido, pelo menos nominalmente, em 1099, quando Godofredo de Bulhão cedeu os territórios de Tiberíades, Haifa e Bete-Seã a Tancredo de Altavila. Em 1101, Balduíno I de Jerusalém limitou o poder do príncipe ao oferecer Haifa a Galdemar Carpenel.

Depois de Tancredo ter sido forçado a abdicar do principado para assumir a regência do Principado de Antioquia, e novamente após a sua morte, a Galileia tornou-se no feudo das famílias de Saint-Omer, Montfaucon (Falcomberques) e Bures, com sede em Tiberíades. Por este motivo também era chamado de Principado de Tiberíades ou Tiberíade.

O principado foi reconquistado por Saladino após a batalha de Hatim em 1187, mas apesar disso o título nobiliárquico continuou a ser usado por parentes e filhos dos reis de Chipre, os reis titulares de Jerusalém. De 1240 a 1247 ainda esteve brevemente sob o domínio cristão, até passar definitivamente para os muçulmanos.

Vassalos[editar | editar código-fonte]

Na lógica do sistema feudal, o Principado da Galileia era vassalo do Reino de Jerusalém, mas era suserano de outros territórios:

Lista de príncipes da Galileia[editar | editar código-fonte]

  • 1240 a 1247 - Breve período de posse pelos cristãos.
  • 1247 - Sob domínio muçulmano definitivo. Até 1445, continuaram com título apenas nominal:
    • 1295-1315 - Baliano de Ibelin, neto da anterior
    • 1315-1319 - Tiago de Ibelin, filho do anterior
    • 1365-1385 - Hugo de Lusignan, neto do rei Hugo IV de Chipre
    • 1389-1397 - João de Brie, nobre cipriota
    • 1413-1426 - Henrique de Lusignan, filho do rei Jaime I de Chipre
    • 1441-1445 - Tiago de Cafran, nobre cipriota

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Feudal Monarchy in the Latin Kingdom of Jerusalem, 1100-1291, John L. La Monte, The Medieval Academy of America, 1932.
  • The Feudal Nobility and the Kingdom of Jerusalem, 1174-1277, Jonathan Riley-Smith, The Macmillan Press, 1973.
  • A History of the Crusades, Vol. II: The Kingdom of Jerusalem and the Frankish East, 1100-1187, Steven Runciman, Cambridge University Press, 1952.
  • Monarchy and Lordships in the Latin Kingdom of Jerusalem, 1099-1291, Steven Tibble, Clarendon Press, 1989.
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