Relações entre China e Mongólia

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Relações entre Mongólia e China
Bandeira da Mongólia   Bandeira da China
Mapa indicando localização da Mongólia e da China.
Mapa indicando localização da Mongólia e da China.
  China


As relações bilaterais entre a Mongólia e a República Popular da China têm sido determinadas há muito pelas relações entre a China e a União Soviética, outro país vizinho da Mongólia e principal aliado até 1990. Com a aproximação entre a União Soviética e a China no final da década de 1980, as relações sino-mongóis também começariam a melhorar. Desde a década de 1990, a China tornou-se o maior parceiro comercial da Mongólia e várias empresas chinesas passaram a operar na Mongólia.

Em dezembro de 2016, a China bloqueou sua fronteira com a Mongólia em protesto depois que a Mongólia permitiu que o Dalai Lama visitasse o país, apesar das exigências dos chineses para cancelar a visita, em novembro de 2016.[1][2]

História[editar | editar código-fonte]

Era comunista[editar | editar código-fonte]

A República Popular da China estabeleceu relações diplomáticas com a Mongólia em 16 de outubro de 1949 e ambas as nações assinaram um tratado de fronteira em 1962.[3] Com a cisão sino-soviética, a Mongólia alinhou-se com a União Soviética e pediu o envio de forças soviéticas, levando a preocupações de segurança na China.[4] Como resultado, os laços bilaterais permaneceram tensos até 1984, quando uma delegação chinesa de alto nível visitou a Mongólia e os dois países começaram a examinar e demarcar suas fronteiras. Em 1986, foi assinada uma série de acordos para reforçar o comércio e estabelecer ligações aéreas e de transporte.[4] Em 1988, ambas as nações assinaram um tratado sobre controle de fronteiras. A Mongólia também começou a afirmar uma política mais independente e procurou laços mais amistosos com a China.[4] A Mongólia sempre suspeitou que a China pretendia reivindicar o território mongol e receou que a superpopulação da China transbordasse ao território mongol.[4][5]

Período moderno[editar | editar código-fonte]

Na era pós-Guerra Fria, a China tomou grandes medidas para normalizar sua relação com a Mongólia, enfatizando seu respeito pela soberania e independência da Mongólia. Em 1994, o primeiro-ministro chinês Li Peng assinou um tratado de amizade e cooperação. A China tornou-se o maior parceiro comercial da Mongólia e fonte de investimento estrangeiro.[6] O comércio bilateral atingiu 1.13 bilhão de dólares nos primeiros nove meses de 2007, registrando um aumento de 90% em relação a 2006.[7] A China ofereceu-se para permitir o uso de seu porto de Tianjin para dar à Mongólia e seus produtos o acesso ao comércio dentro da região Ásia-Pacífico.[6] A China também expandiu seus investimentos nas indústrias de mineração da Mongólia, dando-lhe acesso aos recursos naturais do país.[6][7] A Mongólia e a China intensificaram a cooperação na luta contra o terrorismo e no reforço da segurança regional. É provável que a China apoie a adesão da Mongólia ao Diálogo para a Cooperação Asiática (DCA), à Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC) e à concessão do estatuto de observador na Organização de Cooperação de Xangai.[6]

Referências

  1. «China 'blocks' Mongolia border after Dalai Lama visit». aljazeera.com. 10 de dezembro de 2016 
  2. SERGEY RADCHENKO (5 de dezembro de 2016). «How to Stand Up to China? Mongolia's Got a Playbook». Foreign Policy 
  3. «China-Mongolia Boundary» (PDF) 173 ed. The Geographer, Bureau of Intelligence and Research. International Boundary Study: 2–6. Agosto de 1984 
  4. a b c d «Mongolia-China relations». Library of Congress. Consultado em 17 de maio de 2019. Arquivado do original em 5 de setembro de 2013 
  5. «Chinese Look To Their Neighbours For New Opportunities To Trade». International Herald Tribune. 4 de agosto de 1998. Arquivado do original em 20 de fevereiro de 2008 
  6. a b c d «"Pan-Mongolism" and U.S.-China-Mongolia relations». Jamestown Foundation. 29 de junho de 2005 
  7. a b «China breathes new life into Mongolia». Asia Times. 12 de setembro de 2007 
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