San Marcello al Corso

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São Marcelo no Corso
San Marcello al Corso
San Marcello al Corso
Fachada
Estilo dominante Paleocristão; Barroco
Início da construção Antes de 309
Fim da construção 1592
Religião Igreja Católica
Diocese Diocese de Roma
Ano de consagração 309
Geografia
País Itália
Região Roma
Local Via del Corso
Coordenadas 41° 53' 55" N 12° 28' 54" E

San Marcello al Corso ou Igreja de São Marcelo no Corso é uma igreja titular de Roma, Itália, dedicada ao papa Marcelo I e localizada na Via del Corso, uma rua que antigamente era chamada de Via Lata e que atualmente liga a Piazza Venezia à Piazza del Popolo. Ela fica próxima da igreja de Santa Maria in Via Lata e duas casas adiante do Oratório do Santissimo Crocifisso.

É a igreja titular do título de São Marcelo, ocupado atualmente pelo cardeal-presbítero e arcebispo de Florença Giuseppe Betori.

História[editar | editar código-fonte]

Apesar de tradicionalmente se acreditar que a igreja tenha sido construída sobre a prisão do papa Marcelo I (m. 309), sabe-se que o "Titulus Marcelli" já existia em 418, quando o papa Bonifácio I foi eleito ali. O papa Adriano I, no século VIII, construiu uma igreja no mesmo lugar, um edifício cujas ruínas estão atualmente sob a moderna igreja.

O corpo de Cola di Rienzo foi abrigado em San Marcello por três dias depois de sua execução em 1354. Em 22 de maio de 1519, um incêndio destruiu completamente a igreja. O dinheiro coletado para sua reconstrução foi, porém utilizado para subornar os landsknechts, que pilhavam a cidade durante o saque de Roma em 1527. O plano original de reconstruir a igreja foi concebido por Jacopo Sansovino, que fugiu da cidade durante o saque e nunca mais retornou para terminá-lo. A obra foi assumida por Antonio da Sangallo, o Jovem, que reconstruiu a igreja, mas uma inundação do Tibre a danificou novamente em 1530. Foi apenas entre 1592 e 1597 que a igreja foi terminada, com uma fachada por Carlo Fontana, encomendada pelo monsenhor Marcantonio Cataldi Boncompagni.[1] As estátuas em travertino são de Francesco Cavallini e o baixo relevo em estuque sobre a entrada, sobre "São Filipe Benício", um membro da ordem dos servitas, é obra de Antonio Raggi.

Sob o altar-mor, decoradas com opus sectile do século XII, estão as relíquias de diversos santos, inclusive o papa Marcelo, mas também Digna e Emérita. A última capela à esquerda é dedicada a São Filipe Benício. A decoração do barroco tardio inclui esculturas de Francesco Cavallini e relevos de Ercole Ferrata e Antonio Raggi. A primeira capela à esquerda abriga ainda os túmulos do cardeal Giovanni Michiel e seu neto, Antonio Orso, de Jacopo Sansovino.

Por detrás da fachada (contra-fachada) está uma "Crucificação de Jesus" (1613), de Giovanni Battista Ricci. O túmulo do cardeal Cennino foi esculpido por Giovanni Francesco de'Rossi ("la Vecchietta"). Do lado direito, a primeira capela, da marquesa Maccarani, abriga uma "Anunciação" de Lazzaro Baldi; na segunda está o "Martírio das Santas Digna e Emérita" (1727), de Pietro Barbieri (elementos arquitetônicos de Francesco Ferrari); na terceira, uma "Madona", um afresco do final do século XIV, episódios da vida da Virgem por Francesco Salviati e afresco e pinturas de Ricci; na quarta, uma "Criação de Eva", os evangelistas "Marcos e João", afrescos de Perino del Vaga, "Mateus e Lucas", começado por Perino del Vaga e terminado por Daniele da Volterra, e um cibório (1691) projetado por Carlo Bizzaccheri; a quinta é um monumento ao cardeal Fabrizio Paolucci (1726) por Pietro Bracci com uma peça de altar de Aureliano Milani e pinturas laterais de Domenico Corvi, além de um monumento ao cardeal Camillo Paolucci, de Tommaso Righi (1776), e pinturas de parede de Aureliano Milani. À esquerda da nave, na quinta capela, está um "São Filipe Benício" (1725), de Pier Leone Ghezzi e Gagliardi; na quarta, uma "Conversão de São Paulo" (1560), de Federico Zuccari e seu irmão Taddeo, e, nas laterais, a "História de São Paulo". Dentro da capela há bustos de Muzio, Roberto e Lelio Frangipane, de Alessandro Algardi (1630–40). Na terceira capela à esquerda está um "Doloroso", de Pietro Paolo Naldini, "Sacrifício de Isaac" e a "descoberta de Moisés", de Domenico Corvi; na primeira, "Madona e Sete Santos", por Agostino Masucci.

Galeria[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. F. Titi, page 322.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

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Ligações externas[editar | editar código-fonte]

«San Marcello al Corso» (em italiano). SPQR