Serra de Cuité
Serra de Cuité – serra – | |
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País | Brasil |
Região | Paraíba |
Altitude | 620–650[1] m |
Localização da serra no Brasil | |
Coordenadas | 6° 24′ 00″ S, 36° 15′ 00″ O |
A serra de Cuité é um contraforte do planalto da Borborema situado ao noroeste do agreste paraibano, na divisa com o Rio Grande do Norte.[1] Tal elevação, que se estende no sentido oeste–leste pelo município de Cuité, serve de divisa natural entre ambos os estados. Além de Cuité, a serra engloba os municípios de Nova Floresta (PB), Jaçanã (RN) e parte do município de Coronel Ezequiel (RN).
História
[editar | editar código-fonte]Etimologia
[editar | editar código-fonte]O termo Cuité vem do tupi kui-eté ou cui-eté e significa «vasilha verdadeira» (boa, útil).[2]
Povoamento da região
[editar | editar código-fonte]A região era habitada por indígenas caicós e janduís até por volta de 1700, quando batedores da então Capitania da Paraíba chegaram à área e partiram em atroz perseguição aos aldeamentos dos índios.[3][4] Depois de lutas sangrentas, os indígenas se renderam e os indivíduos que restaram foram transferidos para o litoral potiguar.[5]
A área então ficou aberta à chegada dos conquistadores (pecuaristas e agricultores).[3]
Geografia
[editar | editar código-fonte]A serra se localiza a noroeste do Curimataú, limitando-se a oeste com a bacia do rio Seridó e a norte com o do Trairi. Seu topo se caracteriza pela forma aplainada, com platôs erodidos pelo tempo em quase toda sua extensão, cuja parte mais elevada chega a quase 700 metros em relação ao nível do mar.[1]
O padre Luiz Santiago, na sua obra Serra de Cuité, de 1936, descreveu a área da seguinte maneira:
A serra de Cuité é um ramal da cordilheira da Borborema, medindo de nascente a poente oito léguas e uma media de três de norte a sul, no chapadão da serra.[6]
A região é formada de solos lateríticos ferruginosos, cobertos por um latossolo avermelhado.[1] O clima é quente e seco com chuvas irregulares durante o ano.
As encostas desse serrote ainda guardam algumas áreas propícias ao ecoturismo e aos esportes de aventura. As trilhas e paredões de rocha, presentes em quase toda a sua extensão, são um convite aos praticantes de tais esportes. A região parece também propícia à prática de voo livre.
Referências
- ↑ a b c d Redação do SBPC (1986). Ciência e cultura, volume 38, páginas. [S.l.]: Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). 734 páginas
- ↑ OLIVEIRA, Agenor Lopes de. Toponímia carioca. [S.l.]: Secretaria Geral de Educação e Cultura. 351 páginas
- ↑ a b Adm. IBGE (2006). «História de Caicó» (PDF). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Consultado em 1º de agosto de 2014
- ↑ LINDOSO, Dirceu (2005). A utopia armada: rebeliões de pobres nas matas do Tombo Real (1832-1850). [S.l.]: UFAL. 410 páginas. ISBN: 9788571772120
- ↑ GOLDBERG, Jacob Pinheiro (1978). Cantata Para a Brasil: E Psicologia Do Brasileiro. [S.l.]: Edição própria. 133 páginas
- ↑ SANTIAGO, Luiz (1936). Serra de Cuité: sua historia, seus progressos, suas possibilidades. [S.l.]: Oficinas Gráficas d'A Imprensa João Pessoa. 53 páginas