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Sistema sensorial: diferenças entre revisões

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As mina pira no lucão
As mina pira no lucão


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===Vestibular===


===Sentidos não humanos===
===Sentidos não humanos===

Revisão das 14h00min de 20 de abril de 2012

O sistema sensorial permite aos animais distinguir os sabores dos alimentos.

O sistema sensorial é a parte do sistema nervoso responsável pelo processamento de informações sensoriais. O Sistema sensorial consiste nos receptores sensoriais, nos neurônios aferentes, e nas partes do cérebro envolvidas no processamento da informação. Pode-se dizer que os sentidos são traduções do mundo físico para a mente. Os mais conhecidos são cinco: a visão, audição, tato, paladar e olfato, mas é consenso na comunidade científica que os seres humanos possuem muito mais. Não há, porém, acordo na quantidade[1], pois isso depende da definição não muito sólida do que constitui um sentido.

Estímulo

Estímulos são os precursores das respostas fisiológicas envolvendo o sistema sensorial; i.e frio, calor, dor, cores. Podemos dizer que possuem quatro parâmetros básicos: tipo, intensidade , localização e duração. Determinados receptores são sensíveis a certos tipos de estímulos - por exemplo, diferentes mecanorreceptores respondem melhor a diferentes tipos de estímulos de toque, como objetos cortantes ou sem corte ou diferentes frequências luminosas atuam em diferentes tipos de células para determinar certos grupos de cores.

Geralmente, cada receptor sensorial responde a um determinado tipo de estímulo. Além disso, os receptores sensoriais possuem a capacidade de enviar a informação em diferentes frequências garantindo assim o entendimento do sistema nervoso central para a intensidade e duração ; a localização do receptor que é estimulado dá ao cérebro informações sobre a localização do estímulo - por exemplo, estimulando um mecanorreceptores em um dedo vai enviar informações ao cérebro sobre o dedo -. Esses impulsos são transmitidos ao cérebro através de neurônios aferentes

Sentidos e sensores

Desde Aristóteles[2], culturalmente se reconhecem cinco sentidos: visão, audição, paladar, olfato e tato. A lista se extende, porém, com a divisão de alguns deles em subgrupos e a adição de outros sentidos. Não há consenso na quantidade, devido à falta de solidez na definição do que constitui sentido.[1]

Uma definição bastante aceita seria a de que um sentido é um sistema que consiste em um grupo de um tipo de células sensoriais que responde a um fenômeno físico específico, e que corresponde a um determinado grupo de regiões do cérebro onde os sinais são recebidos e interpretados. Discussões sobre o número de sentidos que os seres humanos possuem tipicamente surgem da classificação dos vários tipos de células e as regiões do cérebro correspondentes.

Cada receptor sensorial responde a um determinado tipo de estímulo. Os olhos, por exemplo, possuem um tipo de sensor que detecta luz, e este sensor detecta apenas isso.[3] Além disso, os receptores sensoriais possuem a capacidade de enviar a informação em diferentes padrões, garantindo assim o entendimento do sistema nervoso central para, digamos, a intensidade e duração; a localização do receptor que é estimulado dá ao cérebro informações sobre a localização do estímulo.

Visão

Visão é a habilidade de detectar imagens de luz visível. A luz forma imagens nos fotorreceptores na retina, dentro de cada olho, que leva a informação ao cérebro pelos nervos óticos. A visão não é um sentido por si só, mas um aglomerado de mais de um deles, pois há mais de um receptor para mais de uma informação. O primeiro é a capacidade de detectar intensidade luminosa; os receptores são células chamadas bastonetes, que trabalham bem até em menores intensidades de luz, mas não possuem a capacidade de detectar cor. O outro sentido é a capacidade de detectar cores, e as células receptoras são os cones, que exigem uma quantidade maior de luz para funcionarem bem; há o debate se este constitui um ou três sentidos diferentes, pois há três tipos de cones, um para cada cor primária. Há, ainda, discussão sobre um terceiro sentido, o da estereopsia, a percepção de profundidade e distância usando ambos os olhos, mas geralmente ela é considerada uma função cognitiva (pós sensorial) do córtex visual do cérebro, ou seja, a interpretação de informação previamente adquirida de outra forma.

A orelha possui receptores para os sentidos auditivo e vestibular.

Audição

Audição é a percepção do som pelo ouvido. O som é a propagação de ondas mecânicas em meios materiais, fazendo portanto da audição a percepção da vibração. As ondas sonoras chegam até o aparelho auditivo, fazem o tímpano vibrar que, por sua vez, faz os três ossos da orelha (martelo, bigorna e estribo) vibrarem; as vibrações são passadas para a cóclea, onde viram impulsos nervosos que são transmitidos ao cérebro pelo nervo auditivo. Dado que as ondas sonoras normalmente possuem uma quantidade minúscula de energia, o ouvido é excepcionalmente sensível, e portanto, frágil.[4] A frequência de audição de um ser humano é padronizada na faixa de 20 a 20000 Hertz, mas há variação na literatura científica. A capacidade de ouvir em altas frequências diminui com a idade, e mais acentuadamente em homens que em mulheres.[5] Algumas das frequências mais baixas que podem ser detectadas pela audição também podem ser sentidas tactualmente.

Paladar

Paladar (ou gustação) é a capacidade de reconhecer os gostos de substâncias como comida, alguns minerais, até venenos etc. Existem cinco sabores básicos bem aceitos: salgado, doce, amargo, ácido e umami;[6] e há o debate se também há os sabores de ácidos graxos[7] e cálcio[8]. Os receptores envolvidos neste sentido são células que se agrupam nas chamadas papilas gustativas. As papilas gustativas se espalham em concentrações diferentes por toda a língua, e estão presentes, ainda que em menor número, até no céu da boca, garganta, esôfago e nariz; suas concentrações variam consideravelmente de indivíduo para indivíduo[9]. Isso significa que, ao contrário da lenda popular, a língua percebe sabores diferentes de forma razoavelmente igual por toda a sua extensão.[10]

Olfato

As nossas narinas são responsaveis pelo sentido do olfato.

===Tato


As mina pira no lucão

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Sentidos não humanos

Alguns animais, como os peixes, possuem outros órgãos dos sentidos, como a linha lateral.

Classificação dos Receptores

Os receptores sensoriais são classificados quanto a natureza do estímulo que captam.

Estas categorias, porém, são criticadas como restritivas demais, pois não incluem categorias para receptores de alguns dos sentidos bem aceitos, como dor e tempo.

Além disso, podemos classificar os receptores sensoriais em três tipos, levando em conta onde a informação foi gerada:

  • Exteroceptores, que recebem estímulos do exterior do organismo,
  • Visceroceptores, que recebem informações dos órgãos internos, e
  • Proprioceptores, localizados principalmente nas articulações, músculos e tendões, dão ao sistema nervoso central informações sobre a posição do corpo e sobre a força que é necessário aplicar[11].

Voltando ao exemplo da lata de refrigerante, mecanorreceptores enviarão informações ao cérebro sobre a posição da lata e termoceptores sobre sua temperatura.

Transmissão

O objetivo de todo sistema sensorial é enviar as informações obtidas para o sistema nervoso central ou para alguma região que possa corretamente analisar e processar a informação, como a medula vertebral ou até mesmo alguns gânglios nervosos. Isso garante que organismos desenvolva uma resposta apropriada para determinado estimulo, mesmo que esta resposta seja nula. A transmissão de informações dos receptores sensoriais ocorre pelos neurônios aferentes.

Referências

  1. a b | Extra Sensory Perceptions, Jessica Cerretani (2010), Harvard Medicine
  2. Kaufmann Kohler, Isaac Broydé. «Senses, the five». Jewish Encyclopedia 
  3. «How many senses does a human being have?» (em inglês). TLC Family 
  4. The Ear, Auditory Neuroscience
  5. | Frequency Range of Human Hearing, Edited by Glenn Elert (2004), The Physics Factbook™
  6. Halpern, Bruce P. (2002). «What's in a Name? Are MSG and Umami the Same?». Chemical Senses. 27 (9) 
  7. Mattes, Richard D. (2009). «Is There a Fatty Acid Taste?». Annual Reviews. 29 
  8. American Chemical Society (2008). «That Tastes ... Sweet? Sour? No, It's Definitely Calcium!». ScienceDaily 
  9. Elizabeth Bernays, Reginald Chapman. «Taste Bud». Enciclopedia Britannica 
  10. Wanjek, Christopher (2006). «The Tongue Map: Tasteless Myth Debunked». Live Science 
  11. “Receptores sensoriais”, no site da Escola Superior de Tecnologias da Saúde do Porto, Portugal acessado a 4 de agosto de 2009
  • Text Book of Medical Physiology, Guyton & Hall, 11th edition - Elsevier Ltda. 2006