Usuário:DAR7/Testes/Geografia do Paraná/Paranaguá

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Paranaguá
  Município do Brasil  
Centro da Cidade
Centro da Cidade
Centro da Cidade
Símbolos
Bandeira de Paranaguá
Bandeira
Brasão de armas de Paranaguá
Brasão de armas
Hino
Gentílico parnanguara
Localização
Localização de Paranaguá no Paraná
Localização de Paranaguá no Paraná
Localização de Paranaguá no Paraná
Paranaguá está localizado em: Brasil
Paranaguá
Localização de Paranaguá no Brasil
Mapa
Mapa de Paranaguá
Coordenadas 25° 31' 12" S 48° 30' 32" O
País Brasil
Unidade federativa Paraná
Municípios limítrofes Antonina, Guaraqueçaba, Morretes, Guaratuba, Pontal do Paraná, Matinhos.
Distância até a capital 91 km
História
Fundação 29 de julho de 1648 (375 anos)
Administração
Prefeito(a) Marcelo Elias Roque[1] (PV, 2017 – 2020)
Características geográficas
Área total [2] 826,675 km²
População total (Estimativa IBGE/2016[2]) 151 829 hab.
 • Posição PR: 10º
Densidade 183,7 hab./km²
Clima Subtropical (Cfa)
Altitude 5 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2010[3]) 0,750 alto
PIB (IBGE/2011[4]) R$ 8 952 781 mil
 • Posição BR: 71º
PIB per capita (IBGE/2011[4]) R$ 63 280,82
Sítio www.paranagua.pr.gov.br (Prefeitura)
www.paranagua.pr.leg.br (Câmara)

Paranaguá é um município localizado no litoral do estado do Paraná, no Brasil. Fundada em 1648, é a cidade mais antiga do Paraná e a principal do litoral paranaense.

De acordo com a estimativa feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2016, Paranaguá possui um contingente de 151 829 habitantes e é a 10.ª cidade na Lista de municípios do Paraná por população.[2] Detém um produto interno bruto de 7 200 842 000 reais (2010), que é o sexto maior do estado. Seu porto é sua principal atividade econômica.

Cidade histórica e turística fundada no primeiro quartel do século XVII, possui, como sua principal atividade econômica, a de porto que escoa parte do que é produzido no Paraná, interconectando o estado a todas as outras regiões do Brasil e do mundo. Suas docas foram construídas em 1934, quando começou a ser um dos mais importantes portos do país, com o nome Porto Dom Pedro II. Tri centenária, abriga, desde então, sinais da época em que foi colonizada pelos portugueses em seus casarões de fachada coberta de azulejos, em suas ladeiras rochosas e em suas igrejas. O município foi fundado por meio da Carta Régia, de 29 de julho de 1648, e sua instalação ocorreu na mesma data, se desmembrando do estado de São Paulo.

Os habitantes naturais do município de Paranaguá são denominados parnanguaras. Está localizado a uma distância de 91 km da capital do estado, Curitiba.

Etimologia[editar | editar código-fonte]

Termo originário da língua tupi, possui significados de autores diferentes:[5][6]

  • Paranaguá, que significa “enseada do mar, baía, porto”, de acordo com Francisco da Silveira Bueno.
  • Paranã-guá, que quer dizer “seio do mar, baía, lago”, segundo Teodoro Sampaio.
  • Paranãguá, que tem o significado de “enseada do mar, foz, desembocadura de grande rio”, conforme Luíz Caldas Tibiriçá.
  • Paranã, que tem o sentido de “mar” e mais guá, que pode ser traduzido como “baía, golfo, entrada”, em conformidade com Orlando Bordoni.
  • Por fim, o local era chamado de Pernagoá ou Parnaguá, significando “grande mar redondo”, pelos carijós, povo indígena que habitava o litoral dos estados do Paraná e Santa Catarina.[6]

História[editar | editar código-fonte]

Período colonial[editar | editar código-fonte]

Paranaguá foi a cidade mais antiga a ser criada no Paraná, o que se deu por meio da Carta Régia, de 29 de julho de 1648.[6] Numa época anterior à organização do núcleo, o qual originou o povo de Paranaguá, faz muitos milênios que, nessa própria costa, viveu o Homem do Sambaqui,[7] que herdou os mais antigos sinais da espécie humana nesta região.[8][6][9]

Depois foi-se o tempo dos carijós, pertencente ao grupo tupi-guarani, o qual em relação ao anterior, é povo dizimado, naquele momento, pelo colonizador lusitano, que os caçaram para a escravidão. Com o passar do tempo, os que sobreviveram misturaram-se com caucasianos e africanos,[10] tendo como resultado uma diferente etnia: o caiçara.[6][9]

Desde 1549, o caucasiano nascido na Europa já conhecia e habitava o litoral do Paraná.[11] No mínimo, é o que se diz nas histórias do náufrago alemão Hans Staden, publicadas em livro. Efetivou-se um núcleo de povoamento, e em 1578, de acordo com o que se diz, havia uma diminuta ermida em devoção à Nossa Senhora do Rosário.[12][6][9]

Em 1614, a mais antiga sesmaria no atual território do Paraná, foi obtida por Diogo de Unhate, tabelião em São Vicente.[13] Em 1640, Gabriel de Lara, o qual ficou conhecido pelos historiadores como o “capitão-povoador”,[9] veio à Paranaguá,[14] sendo que, depois de se estabelecer, ergueu o Pelourinho no dia 6 de janeiro de 1646, símbolo maior do poder judiciário e do rei de Portugal.[9] Naquele ano, foi anunciado por Gabriel de Lara que as jazidas de ouro foram descobertas em Paranaguá.[11][6][9]

Porto de Paranaguá no fim do século XIX, por Alfredo Andersen.

A partir dessa novidade começou de verdade o ciclo do ouro no Paraná, um “administrador e provedor para desenvolver, pesquisar novas jazidas e defender fiscalmente os quintos reais”, foi indicado pelo governador-geral do Rio de Janeiro, a serviço D'El Rey.[6][9]

Desde o núcleo Paranaguá, demais áreas foram alcançadas: Tagassaba, Serra Negra, Faisqueira e os rios do Pinto, Guarumbi, Cubatão e demais locais.[9] Mais tarde a procura de ouro cruzou a serra e chegou no planalto. Até os nossos dias autores de livros de história discutem o que a procura do ouro provocou por último, no mínimo com o significado esperado. Entretanto, foi a fantasia do ouro que contribuiu para a fundação do Paraná.[6][9]

O crescimento de Paranaguá foi tão grande que em 1660 foi elevada à categoria de capitania, sendo que Gabriel de Lara foi indicado ouvidor, alcaide-mor e capitão-mor, administrando-a entre 1660 e 1682, ano em que morreu.[15][9] Foi substituído por Tomaz Fernandes de Oliveira (1683–1688), Gaspar Teixeira de Azevedo (1689–1692), Francisco da Silva Magalhães (1692–1701) e João Rodrigues França (1701–1710).[6][9]

Extinguiu-se a Capitania de Paranaguá em 1710, passando a pertencer à de São Paulo,[11] sendo que através de Provisão de 21 de agosto de 1724, foi indicado o primeiro ouvidor, Antonio Alves Lanhas Peixoto.[16][6][9]

A ouvidoria de Paranaguá abrangia totalmente o sul do Brasil, em direção ao rio da Prata (incluindo o Uruguai), tendo em seu domínio as vilas de Iguape, Cananéia, São Francisco, Nossa Senhora do Desterro (Florianópolis), Laguna e Curitiba.[6][9]

Em 20 de novembro de 1749 o território da ouvidoria de Paranaguá começou a se desintegrar, a partir da fundação da de Santa Catarina.[6][9]

Período imperial e republicano[editar | editar código-fonte]

Em 1812 foi fundada a comarca de São Pedro do Rio Grande do Sul,[17] sendo que nesse mesmo ano transferiu-se a capital da ouvidoria de Paranaguá para Curitiba. Desde 29 de novembro de 1832, extinguiram-se as ouvidorias,[16] sendo que naquela época começava-se a povoar efetivamente os Campos Gerais.[6][9]

Fortaleza de Nossa Senhora dos Prazeres.

A situação astronômica possibilitou, no decorrer de sua existência, a participação de Paranaguá em ações de guerra, devido à construção da Fortaleza da Ilha do Mel,[5] sem, entretanto, ser utilizada para objetivos bélicos, no mínimo segundo o esperado. Hoje é uma das atrações turísticas mais conhecidas do município.[18][6][9]

O povo de Paranaguá foi duramente golpeado por causa da Revolução Federalista, em 1894.[19] Naquela época os federalistas (revolucionários gaúchos que eram contra o governo republicano brasileiro), atacaram o estado de Santa Catarina, haviam tomado de assalto, ao mesmo tempo, o Paraná em três frentes,[20] inclusive Paranaguá,[20] invadida pelos maragatos durante três meses, somente partindo daí em 24 de abril de 1894.[6][9]

Consta que não ocorreu violência contrária à população, em comparação ao que houve na Lapa e Tijucas do Sul, com diversas mortes. A consequência, no entanto, foi de, algum modo, muito dramática,[9] ao terem voltado ao governo, os militares do Paraná, por castigo, fuzilaram no km 75, pessoas que eram contra o poder republicano brasileiro, das quais Prisciliano Correia e Ildefonso Pereira Correia — o barão de Serro Azul —, parnanguaras. Era Vicente Machado o então presidente do Paraná.[6][9]

Em 1902, inaugurou-se o serviço de luz elétrica,[9] em 1908 se deu a instalação da telefonia[9] e em 1914 do saneamento básico.[9] Em 1934 foram erguidas as docas do Porto D. Pedro II, com 450 metros de cais acostáveis.[9] Mais tarde esse próprio porto foi se modernizando, passando a ser um dos principais do Brasil. Hoje é a sua maior atividade econômica —, vendendo para outros países produtos que vieram, tanto pela inovadora estrada de rodagem, como pela ferrovia, cujos trilhos feitos de aço deram o primeiro salto, tornando o Paraná imperial na atual unidade federativa moderna.[6][9]

Geografia[editar | editar código-fonte]

Geomorfologia e hidrografia[editar | editar código-fonte]

Clima[editar | editar código-fonte]

Ecologia e meio ambiente[editar | editar código-fonte]

Demografia[editar | editar código-fonte]

Pobreza e desigualdade[editar | editar código-fonte]

Religião[editar | editar código-fonte]

Composição étnica[editar | editar código-fonte]

Governo e política[editar | editar código-fonte]

Subdivisões[editar | editar código-fonte]

Economia[editar | editar código-fonte]

Setor primário[editar | editar código-fonte]

Setor secundário[editar | editar código-fonte]

Setor terciário[editar | editar código-fonte]

Infraestrutura[editar | editar código-fonte]

Saúde[editar | editar código-fonte]

Educação[editar | editar código-fonte]

Ciência e tecnologia[editar | editar código-fonte]

Segurança pública e criminalidade[editar | editar código-fonte]

Habitação, serviços e comunicação[editar | editar código-fonte]

Transportes[editar | editar código-fonte]

Cultura[editar | editar código-fonte]

Artes cênicas[editar | editar código-fonte]

Atrativos naturais e arquitetônicos[editar | editar código-fonte]

Esporte[editar | editar código-fonte]

Imprensa[editar | editar código-fonte]

Feriados[editar | editar código-fonte]

Cemitérios[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Notas

Referências

  1. Marcelo Roque é Prefeito Eleito de Paranaguá pelo PV na coligação Paranaguá de Verdade Eleições 2016 - 1° de janeiro de 2017
  2. a b c «Paraná » Paranaguá». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 30 de dezembro de 2015 
  3. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008 
  4. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2011». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 30 de junho de 2014 
  5. a b Ferreira 1996, p. 501.
  6. a b c d e f g h i j k l m n o p q r Prefeitura (2018). «História». Consultado em 20 de março de 2018 
  7. GODOLFIM, Luiz Roberto. «O Homem do Sambaqui». Grupo de Antropologia Ibero-Americana. Consultado em 21 de janeiro de 2010 
  8. Prefeitura. «Matinhos». Consultado em 2 de janeiro de 2012. Cópia arquivada em 2 de janeiro de 2012 
  9. a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v w x Ferreira 1996, pp. 499-500.
  10. «Os Povos no Brasil - Miscigenação». Cola da Web. Consultado em 21 de janeiro de 2010 
  11. a b c «História do Paraná». Secretaria de Estado da Cultura do Paraná. Consultado em 21 de janeiro de 2010 
  12. «Pontos turísticos de Paranaguá». Prefeitura Municipal de Paranaguá. Consultado em 21 de janeiro de 2010 
  13. SILVEIRA, Ari (28 de novembro de 2009). «As novas descobertas de Superagui». Jornal Gazeta do Povo. Consultado em 21 de janeiro de 2010 
  14. «História de Guaraqueçaba». Pousada Flor da Serra. Consultado em 21 de janeiro de 2010 
  15. «Terra, cultura e poder: a arqueologia de um estado» (PDF). Paraná da Gente. Consultado em 21 de janeiro de 2009. Cópia arquivada (PDF) em 31 de janeiro de 2007 
  16. a b «Notícias». Associação Brasileira de Ouvidores/Ombudsman. Consultado em 21 de janeiro de 2010. Cópia arquivada em 9 de janeiro de 2010 
  17. SILVA, Agathe Elsa Schmidt da (3 de março de 2008). «Discurso proferido pela Desembargadora Agathe Elsa Schmidt da Silva, por ocasião de sua posse no cargo». Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul. Consultado em 21 de janeiro de 2010. Cópia arquivada em 31 de dezembro de 2012 
  18. «Pontos turísticos de Paranaguá». Prefeitura Municipal de Paranaguá. Consultado em 21 de janeiro de 2010 
  19. WACHOWICZ, Ruy Christovam (1995). História do Paraná. A República no Paraná e a Revolução Federalista. 1 7ª ed. Curitiba: Vicentina. pp. 160–161 
  20. a b Wachowicz, Ruy Christovam (1995). História do Paraná. A República no Paraná e a Revolução Federalista. 1 7ª ed. Curitiba: Vicentina. pp. 161–162 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]