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O golfinho-riscado (nome cientifico: Stenella coeruleoalba) é uma espécie da família Delphinidae e também pode ser chamado de golfinho-listrado, por ter uma faixa preta e outra branca ao longo de seu corpo. Sua alimentação é constituída por pequenos peixes lulas e polvos. Nadam rapidamente, na grande maioria em grupo de mais de 100 indivíduos, dando shows com seus saltos nas águas azuis. Tem sido amplamente estudado, uma vez que é encontrado em águas temperadas e tropicais em todo o mundo. É, de longe, o cetáceo mais frequente no Mediterrâneo ocidental. Seus encalhes representam mais de 60% do total daqueles que ocorrem nas costas do noroeste do Mediterrâneo.[1]

Como ler uma infocaixa de taxonomiaGolfinho-riscado


Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante (IUCN 3.1)
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia/
Ordem: Cetacea
Família: Delphinidae
Género: Stenella
Espécie: S. coeruleoalba
Nome binomial
Stenella coeruleoalba
(Meyen, 1833)
Distribuição geográfica

O Stenella coeruleoalba é vulgarmente conhecido no Brasil por golfinho-estriado, golfinho-listrado, golfinho-riscado, toninha ou boto. É o maior e mais robusto dos golfinhos oceânicos do gênero Stenella, podendo medir de 180 a 270cm, sendo os machos ligeiramente maiores que as fêmeas, e pesar entre 90 e 156,1 kg. [1] O S.coeruleoalba apresenta distribuição cosmopolita, ocorrendo em águas tropicais, subtropicais e temperadas, demonstrando uma considerável amplitude de ocorrência. S.coeruleoalba tem preferência por águas pelágicas oceânicas, porém, podem ocorrer dentro de algumas baías e mares, como o mar Mediterrâneo, onde se acredita ser a espécie de cetáceo mais comum da região, e até mesmo em alguns rios, como o rio de La Prata, fronteira do Uruguai com a Argentina, onde em 1833, através de um exemplar capturado por arpão, o zoólogo germânico F.J.F. Meyen descreveu o espécime tipo (Pinedoet ai., 1992; Hetzel e Lodi, 1993; Jefferson et ai., 1993; Carwardine, 1995; Perrin et ai., 1995).[1]

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Características e descrição[editar | editar código-fonte]

O golfinho-riscado, também chamado de golfinho-listrado, tem como característica uma faixa negra que corre pelos flancos desde os olhos até o seu ânus, e também por uma mancha clara, cuja forma se aproxima da uma pincelada, que corre do olho para a barbatana dorsal, que o tornam fácil de distinguir.[carece de fontes?]

O plano geral do corpo de S. coeruleoalba é semelhante ao da maioria dos pequenos delfinídeos oceânicos: um corpo em grande parte fusiforme com um bico longo (bem demarcado do melão), nadadeira dorsal falcada e nadadeiras longas e finas. É relativamente um golfinho robusto; o espécime registrado mais longo atingiu 2,56 m. O esterno tem de dois a quatro segmentos que se articulam com igual número de pares de costelas esternais. Os ossos chevron 26-31 estão associados à vértebra caudal (n = 19). Bem como, a fórmula falangeana é I 0-3, II 7-10, III 5-8, IV. O tamanho adulto dos ossos cranianos é alcançado à 3 anos de idade, enquanto a dos ossos pós-cranianos é alcançada à 7 anos. [2]

A capa dorsal de S. coeruleoalba é geralmente de coloração azul suave ou cinza azulado, enquanto as listras do olho ao ânus e das nadadeiras são de cores azuis mais escuros ou coloração preto-azulada. Os campos lateral e ventral e a mancha espinhal que invade a capa dorsal variar de branco a cinza-metálico. E a queimadura espinhal estar ausente em alguns espécimes; no entanto, o campo ventral é geralmente uma cor mais clara do que o campo lateral. A aparência dessas cores irá variar dependendo na qualidade da luz ou clareza da água e tendem a desaparecer rapidamente após a morte. Em algumas condições, a coloração azul ou preta podem parecer acastanhados. A faixa escura subtendendo a faixa do olho ao ânus geralmente está presente. Em alguns indivíduos, a faixa subjacente pode ser distinta da faixa do olho ao ânus em sua origem perto do olho, enquanto em outros, os dois se fundem mais atrapalhando essa distinção. No campo ventral, uma faixa também pode estar presente, geralmente no mesmo nível que o primário faixa subtendente.[2]

Outros autores descrevem os padrões de coloração de S. coerulealba como característico da espécie, que consiste em manto dorsal negro, lateral cinza e ventre branco, além de duas faixas negras que seguem perpendiculares ao corpo, uma do olho ao ânus e outra do olho às nadadeiras peitorais. Estes animais geralmente são encontrados em grupos de 25 a 100 indivíduos, mas já foram vistos em grupos maiores de centenas e até mesmo milhares. Os golfinhos-listrados se alimentam de uma dieta diversificada, composta por várias espécies de peixes e de cefalópodes presentes em toda a coluna de água.[3]

A fórmula dental desses seres é 38-59 (acima) e 37-55 (inferior) com um diâmetro médio do dente de 3,7 mm na altura alveolar. Sendo a fórmula vertebral 7 C, 13-16 T, 15-25 L, 31-43 Ca, total 71-82 (n = 44). Na maioria dos exemplares, as duas primeiras vértebras cervicais são fundidas, embora em alguns animais mais velhos ou feridos até sete possam estar fundidas. Possuem 14-16 costelas vertebrais e 5-11 costelas esternais (n = 19).[2]

Os golfinhos - listrados brasileiro apresentaram uma alta diversidade genética para ambos os marcadores mitocondriais analisados (D-loop: h= 0,984; π= 0,294; Cit-b: h= 0,848; π= 0,249) e considerando o marcador Cit-b constituem duas populações (FST= 0,180; P= 0,045). Uma diferenciação significativa entre as unidades amostrais de S. coeruleoalba do Atlântico Norte e do Atlântico Sul foi verificada a partir dos dois marcadores mitocondriais avaliados (D-loop: FST= 0,034/ P= 0,009; Cit-b: FST= 0,130/ P= 0,026). Ademais, com a região D-loop, foi possível evidenciar estruturação genética entre dois grupos de golfinhos listrados do Mar Mediterrâneo (FST= 0,0913/ P= 0,000). Não foi possível identificar estruturação entre os indivíduos do oeste do Oceano Atlântico Norte com as unidades amostrais do Brasil, mesmo estes não apresentando compartilhamento de haplótipos. Esse fato sugere que estas unidades possam ter surgido de linhagens próximas geneticamente e ainda fazem parte de uma mesma população.[3]

Taxonomia[editar | editar código-fonte]

O golfinho-riscado é uma das cinco espécies tradicionalmente incluídas no gênero Stenella; no entanto, o trabalho genético recente de LeDuc et al. (1999) indica que Stenella, como tradicionalmente concebida, não é um grupo natural. De acordo com esse estudo, os parentes mais próximos do golfinho listrado são o golfinho Clymene, os golfinhos comuns, o golfinho-pintado-do-Atlântico e o adorno "Tursiops", que antes era considerado uma subespécie do golfinho-nariz-de-garrafa. O golfinho listrado foi descrito por Franz Meyen em 1833.[carece de fontes?]

Habitat[editar | editar código-fonte]

É uma espécie de golfinho gregário encontrado nas zonas subtropicais, tropicais e temperadas quentes de todos os oceanos.[carece de fontes?]

É encontrado em abundância no norte e no sul do Oceano Atlântico, incluindo o Mediterrâneo, o Golfo do México, o Oceano Índico e o [[Oceano Pacífico. Em termos gerais, ocupa uma faixa de 40 ° N e 30 ° S. O golfinho-riscado é encontrado nas latitudes quentes e temperadas de todos os grandes oceanos. Esta espécie vive preferencialmente em águas distantes da costa (geralmente a 10 milhas de distância) e sempre em fundos superiores a 100–200 m. Mas, em regiões onde a costa é mais íngreme e a plataforma é reduzida, como a Costa Brava, é comum encontrar-se a uma curta distância da praia, especialmente durante a primavera.[carece de fontes?]

Em alguns locais realizam migrações sazonais associadas a correntes oceânicas. Possivelmente tem várias populações geograficamente isoladas.  A população de golfinhos-riscados do mar Mediterrâneo é uma das maiores que se conhece, sendo esta espécie de golfinho a mais comum nesta região. Em Portugal,  esta espécie está presente tanto no Continente, como na Madeira e nos Açores.[4][carece de fonte melhor]

Reprodução[editar | editar código-fonte]

No ocidente Pacífico norte, o acasalamento ocorre no inverno e no início do verão, enquanto no Mediterrâneo, um único período de acasalamento e parto no outono permite que as mães aproveitem o clima relativamente altos, sazonais e produtividade oceânica regional. A gestação dura 12-13 meses, com uma taxa média de crescimento fetal de 0,29 semanas/dia. O filhote é amamentado por 1,5 ml com leite composto por 28% de gordura. As fêmeas experimentam um período de repouso de 0,2-0,5 anos, o que produz um ciclo reprodutivo médio de 3 anos. Um encurtamento de 4 a 2,8 anos no ciclo reprodutivo feminino ocorreu durante 1955-1977. Fecundidade das fêmeas declina com 30 anos de idade. A fêmea grávida mais velha registrada tinha 48,5 anos, algo anormal.[2]

O comprimento do corpo ao nascer foi estimado em 100 cm de golfinhos listrados do Pacífico Norte Ocidental. No Mediterrâneo ocidental, comprimento ao nascer é 92,5 cm e média peso é de 11,3 kg. No oeste do Pacífico Norte, ambos os sexos aumentam rapidamente de tamanho nos primeiros 2 anos após o nascimento, com comprimentos atingindo 166 cm no primeiro ano e 188 cm no segundo ano. O dimorfismo sexual começa aos 2-3 anos de idade, com machos excedendo as fêmeas em comprimento por 4 cm. Os machos atingem a maturidade sexual entre 7 e 15 anos de idade, com um comprimento corporal médio de 220 cm, com maturidade social sendo atingido aos 17 anos de idade. O peso do testículo exibe um grande grau de variação mensal, com maiores pesos médios em outubro. Fêmeas tornar-se sexualmente maduro entre 5 e 13 anos, no entanto; a maturidade sexual diminuiu de 9,7 para 7,4 anos entre 1956 e 1970, provavelmente como uma resposta dependente da densidade aos níveis populacionais reduzidos causados ​​pelo aumento da pesca. Os golfinhos listrados do Mediterrâneo tornam-se sexualmente amadurecem aos 12 anos de idade e atingem a maturidade física vertebral para homens aos 15-20 anos e 13-18 anos para mulheres. O Comprimento médio na maturidade sexual para as mulheres no Pacífico ocidental é de 212 em. No o sudoeste do Oceano Índico ao largo da costa da África do Sul, significa comprimento na maturidade sexual é de 2,1 m para as fêmeas e 2,1-2,2 m para homens. Idade máxima estimada de vida para ambos os sexos é: 57,5 ​​anos. [2]

Comportamento[editar | editar código-fonte]

Nadam rapidamente, e são conhecidos em muitas zonas pelo seu hábito de evitar embarcações saltando muito alto, criando grandes splashes, em alta velocidade. Parece que os saltos além de diversão, são também uma espécie de jogo ou tática que os ajudam a se livrar dos parasitas.[carece de fontes?]

Os saltos realizados pelos golfinhos são muito espetaculares e já foram identificados 8 tipos:[carece de fontes?]

  • salto completo;
  • meio pulo;
  • salto vertical;
  • aparafusar (rolar para frente);
  • aparafusar na superfície (rolar na superfície);
  • conjunto (mais de dois saltos de uma só vez);
  • span (flop de barriga);
  • surfar.

Os eixos podem ser girados entre 90° e 180° graus. O conjunto consiste em um salto feito por 2 indivíduos, no qual um é empurrado para fora da água pelo outro.[carece de fontes?]

Além dos saltos, eles mostram comportamentos de superfície cuja finalidade ainda não está clara[carece de fontes?]

  • bowriding: natação sendo carregada pela onda dos barcos ou pelas ondas criadas pelas baleias;
  • rompendo: pular completamente para fora da água;
  • porpoising: pular para fora da água durante a natação rápida
  • pirueta: se jogar para trás na superfície da água, girando na barbatana caudal;
  • tailsapping: bater a parte caudal contra a superfície da água;
  • flipperslapping: bater as barbatanas peitorais na superfície da água.

Em outras regiões, é frequente nadarem à proa das embarcações. Estes animais impressionam a todos que estão próximos a costa, com shows de pulos e saltos pelas águas azuis e límpidas.[5] O golfinho-listrado costuma se movimentar em grandes grupos.

Acústica[editar | editar código-fonte]

Pouco se sabe sobre o comportamento acústico desses golfinhos. Os golfinhos produzem sons de freqüência entre 50 e 150 kHz, chamados cliques, que são usados ​​para a ecolocalização e, portanto, para a caça. Eles são capazes de emitir séries prolongadas de cliques, chamados de rajadas, que em nossa orelha parecem ser semelhantes a miados.[carece de fontes?]

Juntamente com esses sons, eles também são capazes de produzir assobio, de frequência mais baixa, em torno de 20 kHz, usados ​​para comunicação intraespecífica e que podem ser ouvidos mesmo em distâncias muito longas. A atividade acústica dos golfinhos parece ser maior à noite, de acordo com o comportamento alimentar desses cetáceos.[carece de fontes?]

A ecolocalização consiste em emitir sons de alta frequência para obter informações sobre as presas, evitar obstáculos e predadores, ou nadar longas distâncias. Nesse caso, o som volta em forma de eco e o golfinho consegue captá-la por causa de um órgão que o animal tem na mandíbula, e que leva a informação para o ouvido e depois para o cérebro.[6][carece de fonte melhor]

Alimentação[editar | editar código-fonte]

Pequenos peixes e cefalópodes (polvos, lulas, náuticos e os chocos) constituem os itens preferenciais para a alimentação dos golfinhos riscados,[7] adaptando sua dieta à disponibilidade de alimentos, tanto em relação à sua abundancia quanto à sua composição em espécies.[carece de fontes?]

As populações golfinho que vivem no Mediterrâneo compõe sua alimentação principalmente em cefalópodes, especialmente Albraliopsis pfefferi, onychoteuthis banksii, lulas (Todarodes sagittatus ) e brachioteuthis riisei, enquanto as oceânicas alimentam-se de peixe pertencente à família lanternfish, a maioria dos quais possuem órgãos bioluminescentes e têm comprimento entre 60 e 300 mm.[carece de fontes?]

Na África do Sul e no Japão, os golfinhos vão caçar até uma profundidade de 700 m.[carece de fontes?]

Nas águas do Pacífico oriental, muitas vezes nadam em conjunto com o atum para cooperar na pesca.[carece de fontes?]

Interação humana[editar | editar código-fonte]

Os baleeiros japoneses caçam golfinhos-riscado no Pacífico ocidental desde pelo menos a década de 1940. No auge das "unidades de golfinhos listradas", pelo menos 8.000 a 9.000 indivíduos foram mortos a cada ano e, em um ano excepcional, 21.000 indivíduos foram mortos. Desde a década de 1980, após a introdução das cotas, esse número caiu para cerca de 1.000 mortes anuais. Os conservacionistas estão preocupados com a população do Mediterrâneo, que é ameaçada pela poluição, doenças, rotas movimentadas de navios e pesadas capturas acidentais em rede de pesca, redes de arrasto, redes de emalhar, tresmalho e rede de cerco. As ameaças recentes incluem o sonar militar e a poluição química de perto por portos.[carece de fontes?]

O hidrocarboneto é também uma preocupação importante, como os PCB (bifenilos policlorados) e HCB (hexaclorobenzeno). Diz-se que estes causam problemas a cadeias alimentares adicionais, bem como fazem um teste de corpo inteiro para ver que hidrocarbonetos podem ser transmitidos através do parto e da lactação.[carece de fontes?]

Tentativas foram feitas para manter o golfinho listrado em cativeiro, mas a maioria fracassou, com a exceção de alguns capturados no Japão para o Museu da Baleia de Taiji.[carece de fontes?]

Os golfinhos listrados são uma das espécies-alvo da caçada ao golfinho de Taiji.[carece de fontes?]

Conservação[editar | editar código-fonte]

As populações do Pacífico tropical e mediterrâneo do leste do golfinho listrado estão listadas no Anexo II[8] da Convenção sobre a Conservação de Espécies Migradoras de Animais Silvestres (CMS), pois elas têm um estado de conservação desfavorável ou seriam beneficiadas operação organizada por acordos personalizados.[9]

Na Lista Vermelha da UICN, o golfinho listrado classifica-se como vulnerável devido a uma redução de 30% na sua subpopulação nas últimas três gerações. Estes golfinhos podem também ser uma espécie indicadora de monitorização a longo prazo da acumulação de metal pesado ​​no ambiente marinho devido à sua importância na cadeia alimentar pelágica do Japão, bem como à sua capacidade de viver durante muitos anos.[carece de fontes?]

Além disso, o golfinho-listrado é abrangido pelo Acordo sobre a Conservação dos Pequenos Cetáceos do Mar Báltico, do Atlântico Nordeste, da Irlanda e do Norte (ASCOBANS)[10], Acordo sobre a Conservação dos Cetáceos no Mar Negro, Mar Mediterrâneo e o Espaço Atlântico Contíguo (ACCOBAMS), o Memorando de Entendimento para a Conservação de Cetáceos e Seu Habitat na Região das Ilhas do Pacífico (MOU dos Cetáceos do Pacífico)[11] e o Memorando de Entendimento sobre a Conservação do Peixe-boi e Pequenos Cetáceos da África Ocidental e da Macaronésia (MoU dos Mamíferos Aquáticos da África Ocidental).[carece de fontes?]

Os esforços de conservação incluíram que as linhas de navios tivessem um novo caminho para o seu destino, como as linhas de cruzeiro, bem como a redução da interação humana de perto. Alimentar os golfinhos também se tornou um problema e levou a mudanças comportamentais. Isto também foi sugerido como outra razão para eventos de mortalidade.[carece de fontes?]

Curiosidades[editar | editar código-fonte]

No dia 1° de setembro de 1999 entre as praias do Lorde e Papa Gente (12°34'S e 037°59'W), em Praia do Forte, Mata de São João, Bahia, foi encontrado um golfinho - listrado do sexo feminino  adulta morta, com o comprimento total de 228cm, ao qual  foi recolhido pela equipe do Centro de Resgate de Mamíferos Aquáticos (CRMA) da Sociedade de Pesquisa e Conservação dos Mamíferos Aquáticos, e levado para as instalações do Parque Zoobotânico Getúlio Vargas, Salvador, Bahia. Durante a necropsia foram encontrados parasitos em vários órgãos e tecidos, alguns deles, como a musculatura e o panículo adiposo estava bastante infestados, os parasitos foram conservados em formol á 10% e enviados para a Dra. Cláudia Portes Santos (USU-RJ) para que fosse realizada sua identificação. Apesar dos ferimentos que eram superficiais e da grande infestação parasitária não foi possível determinar a causa morte deste animal. Quando a fêmea foi encontrada apresentava aparência normal e inicio de ressecamento da pele, olhos e mucosas, não apresentava mal cheiro e nem inchaços, aparência normal da língua, panículo adiposo branco e firme, musculatura firme de coloração vermelho escura e bem definidos, vísceras intactas e de fácil distinção, estando, portanto, em "Code 2" no nível de decomposição da carcaça segundo Geraci e Lounsbury (1993). O espécime apresentava ainda 12 ferimentos recentes e cicatrizes brancas ovaladas, algumas já cicatrizadas, causadas pelo pequeno tubarão Isistius sp. (Chondrichthyes, Dalatidae), em especial na porção posterior do corpo, além de algumas lineares e marcas de dentes de outros delphinideos. Foram coletados 2 espécies de parasitos diferentes, sendo: cistos de Monorygma grimaldi (Cestoda) encontrado em grande quantidade na musculatura, panículo adiposo e até mesmo paredes do útero e Anisakis typica (Nematoda) encontrado no estômago e nos intestinos. Este é o relato da ocorrência pela primeira vez da espécie no estado da Bahia.[1]  

O primeiro registro em águas brasileiras ocorreu em 22 de novembro de 1977 No litoral do estado do Rio Grande do Sul, próximo ao Molhe Leste. Desde então, 6 outros registros foram reportados entre 1977 e 2000. Das sete ocorrências registradas até o momento para a espécie, cinco são de registros obtidos através de animais encalhados, apenas duas representam a vistagem do animal em ambiente natural, a primeira em 23 de fevereiro de 1978 no Rio Grande do Sul. E a Segunda em 05 de junho de 2000 onde um grupo de 6 a 8 indivíduos foi avistado ao largo da costa do estado do Espírito Santo, em uma área com profundidade de 1440m.[1]

De acordo com o Plano Nacional para a Conservação de Pequenos Cetáceos, os golfinhos-listrados apresentam sérias ameaças, como as capturas intencionais devido à caça, a captura incidental em redes de pesca, a sobrepesca dos recursos comuns e a poluição química.[1]

Mundialmente, a espécie S. coeruleoalba está categorizada segundo os critérios da IUCN (2017) como pouco preocupante, pois sua população estimada é de mais de dois milhões de indivíduos em todo o mundo. Contudo, pouco se sabe sobre a estruturação populacional desta espécie. Na Europa, os golfinhos-listrados possuem um status variado. Os indivíduos que habitam o Mar Mediterrâneo estão categorizados como vulneráveis, pois foram, e estão atualmente, sujeitos a uma série de ameaças, que cumulativamente reduziram seu tamanho populacional (IUCN, 2017). Dentre estas ameaças pode-se citar uma infecção epizoótica causada por um morbilivírus (DMV), que em 1990 matou milhares de golfinhos listrados no Mar Mediterrâneo. A presença de poluentes organoclorados com potencial para efeitos imunossupressores e elevadas concentrações de compostos químicos diagnosticados nos tecidos destes indivíduos. [3]

Ameaças[editar | editar código-fonte]

A população do Mar Mediterrâneo está em risco devido a poluição, doenças, e captura acidental em redes de pesca. O Japão detém uma quota que permite a caça de mil exemplares por ano.[carece de fontes?]

A espécie continua a sofrer ameaças de extinção, já que a caça ilegal do animal e também a matança para retirada de sua carne e pele rara preocupam a todos os biólogos e instituições que fazem o cuidado e proteção dos mesmos.[12][carece de fonte melhor]

Segundo eles a divulgação da proteção dos mesmos deve ser feita com maior ênfase pela regiões costeiras do país, diminuindo os riscos de desaparecimento da espécie.[12][carece de fonte melhor]

Referências

  1. a b c d e f NOGUEIRA, Rodrigo; FARIAS, Tereza; CUNHA, Ivan; DÓREA-REIS, Luciano; BRAGA, Fábio. «PRIMEIRO REGISTRO DE STENELLA COERULEOALBA MAVEN, 1833 (CETACEA, DELPHINIDAE) NO LITORAL DO ESTADO DA BAHIA». Campinas-SP: Bioikos. PUC-Campinas. 5 páginas 
  2. a b c d e ARCHER, Frederick; PERRIA, William (5 de maio de 1999). «MAMMALIAN SPECIES Stenella coeruleoalba.» (PDF). American Society of Mammalogists. 3: 9 
  3. a b c FREIRE, Mylla Carla (Abril de 2017). «Estruturação genética de Stenella coeruleoalba (Meyen, 1833) no Oceano Atlântico» (PDF). BiodiversidadeTropical. São Mateus - ES: UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO: 56 
  4. «Stenella coeruleoalba - Ecologia, Taxonomia, Morfologia, Distribuição - Naturdata.com». naturdata.com. Consultado em 8 de novembro de 2018 
  5. «Golfinho riscado - Observação de cetáce-os, Espaço Talassa». Espaço Talassa 
  6. Ferreira, Cíntia. «GOLFINHO → 10 Curiosidades Sobre Esse Animal Tão Alegre». greenMe.com.br 
  7. «Golfinho riscado - Observação de cetáceos, Espaço Talassa». Espaço Talassa 
  8. «Wayback Machine» (PDF). 11 de junho de 2011. Consultado em 3 de dezembro de 2018 
  9. «Species | CMS». www.cms.int (em inglês). Consultado em 3 de dezembro de 2018 
  10. «ASCOBANS | Agreement on the Conservation of Small Cetaceans of the Baltic, North East Atlantic, Irish and North Seas». www.ascobans.org (em inglês). Consultado em 3 de dezembro de 2018 
  11. «Pacific Cetaceans - Convention on Migratory Species». Pacific Cetaceans (em inglês). Consultado em 3 de dezembro de 2018 
  12. a b «Golfinho Listrado - Caracteristicas e Especie | Animais - Cultura Mix». animais.culturamix.com. Consultado em 8 de novembro de 2018 
  • MEAD, J. G.; BROWNELL, R. L. (2005). Order Cetacea. In: WILSON, D. E.; REEDER, D. M. (Eds.) Mammal Species of the World: A Taxonomic and Geographic Reference. 3ª edição. Baltimore: Johns Hopkins University Press. p. 723-743.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]