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Envolvimento dos EUA em golpes de Estado e interferência em eleições.

A Operação Brother Sam foi uma operação militar desencadeada pelo governo dos Estados Unidos com ordens de assegurar o sucesso do Golpe de Estado no Brasil em 1964, caso houvesse algum imprevisto ou reação por parte dos militares legalistas que apoiavam o presidente eleito do Brasil, João Goulart.

A operação tomou a forma de uma força-tarefa naval composta por toda a Frota do Caribe estadunidense, liderada por um porta-aviões da classe Forrestal da Marinha dos Estados Unidos e outro de menor porte, além de todos os navios de guerra de apoio requeridos a uma invasão rápida do Brasil pelas forças armadas americanas. Ela era parte de um plano de contigência que vinha sendo elaborado desde o segundo semestre de 1963, por Lincoln Gordon, o embaixador estadunidense no Brasil, e que previa a derrubada do governo Goulart por conta da suposição de que ele implantaria um governo de estilo peronista no Brasil, que inevitavelmente teria de fazer acordos políticos e acabaria por ser dominada por comunistas.[1] Esse plano concentrava-se em um cenário de resistência de boa parte das Forças Armadas brasileiras, e previa a tomada de parte do território brasileiro pelos revoltosos comandados por uma junta militar, que então clamaria reconhecimento internacional e receberia do governos dos EUA o reconhecimento como a legítima governante do Brasil.[2] Os EUA apoiariam as forças golpistas com combustível, armas, comida e munição, e, se preciso, invadiriam o país.[3]

Contexto[editar | editar código-fonte]

O desencadeamento[editar | editar código-fonte]

Lincoln Gordon[editar | editar código-fonte]

O então embaixador Lincoln Gordon havia pedido a Washington apoio logístico aos militares brasileiros. Os Estados Unidos tinham forte influência em toda a América (com exceção de Cuba).

A Operação Popeye (Movimentação das tropas em Minas Gerais) estava sendo apoiada pela frota americana. A influência sobre Brasil era muito grande, as empresas de capital multinacional que aqui estavam tinham o domínio de grande parte da infraestrutura que sustentava o país; a geração elétrica, o fornecimento de água, de gás, de combustíveis, a indústria de alimentos, de roupas e toda a base da produção nacional.

A mobilização e o arquivamento[editar | editar código-fonte]

Em 31 de Março de 1964 foi deflagrada a Operação Brother Sam, que, segundo a imprensa e documentos já em domínio público liberados pelo governo americano, consistia no envio de 100 toneladas de armas leves e munições, navios petroleiros com capacidade para 130 mil barris de combustível, uma esquadrilha de aviões de caça, um navio de transporte de helicópteros com a carga de 50 helicópteros com tripulação e armamento completo, um porta-aviões classe Forrestal, seis destróieres, um encouraçado, além de um navio de transporte de tropas, e 25 aviões C-135 para transporte de material bélico.[4]

Gordon queria a intervenção rapidamente, se o golpe não tivesse vingado, o Brasil seria invadido, a poderosa Frota do Caribe estava entre 50 e 12 milhas náuticas ao sul do Espírito Santo, nas águas próximas à cidade de Rio de Janeiro (cidade). [5]

Documento do Congresso estadunidense comprova a ação intervencionista: O papel dos Estados Unidos nestes eventos era complexo e às vezes contraditório. Uma campanha de imprensa anti-Goulart foi realizada ao longo de 1963, e em 1964 apoiada por Johnson. O embaixador Lincoln Gordon admitiu mais tarde que a embaixada tinha dado dinheiro a candidatos anti-Goulart nas eleições municipais de 1962 e encorajado os conspiradores; que muitos agentes das Forças Armadas dos Estados Unidos e pessoal extra da agência de inteligência estavam operando no Brasil; e que havia quatro navios tanques e o porta-aviões USS Forrestal da Marinha dos Estados Unidos, numa operação de codinome Brother Sam. As forças estavam ao largo da costa e, em caso de necessidade durante o golpe de 1964, agiriam rapidamente. Washington reconheceu o novo governo imediatamente após o golpe em 1964 e uniu-se ao coro que cantava que o golpe de estado das "forças democráticas" barrou o comunismo internacional. Em retrospecto, parece que a única mão estrangeira envolvida era a de Washington, embora os Estados Unidos não fossem o ator principal nestes eventos. Na verdade, a linha dura do exército brasileiro, pressionou Costa e Silva a promulgar o Quinto Ato Institucional (AI-5) no dia 13 de dezembro de 1968. Este ato deu para o presidente poderes ditatoriais, o Congresso e assembleias legislativas foram dissolvidos, foi suspensa a constituição, e imposta a censura.[6]

O exílio de Jango[editar | editar código-fonte]

Esse apoio militar dos Estados Unidos para o golpe militar provou desnecessário quando João Goulart chegou em Porto Alegre em 2 de Abril de 1964, e foi informado de que o governo dos Estados Unidos já havia reconhecido o novo governo brasileiro. Jango, em Porto Alegre, foi aconselhado pelo general Argemiro de Assis Brasil para se exilar no Uruguai.[7]

Os motivos da operação[editar | editar código-fonte]

Devido à Guerra Fria, qualquer linha de pensamento que não se alinhasse com a dos Estados Unidos e aliados pós Segunda Guerra era má vista, por isso os Estados Unidos não viam o governo de João Goulart, de tendência esquerdista, com bons olhos; havia três anos estavam preparando e incentivando civis e militares brasileiros estrategicamente para um golpe de Estado, para eliminar a influência das esquerdas pró-soviéticas no país.[7]

O alinhamento do Brasil em 1946[editar | editar código-fonte]

Quando em 1946 os presidentes Dutra e Truman se reuniram, Dutra promoveu, por ideia do presidente americano, a fundação da Escola Superior de Guerra, criada em 1949. A ESG foi inspirada nos "War Colleges" americanos, onde estudavam militares brasileiros.

A Escola Superior de Guerra apesar do nome, não se trata de uma escola voltada aos assuntos clássicos da Estratégia e da Tática. Seus estudos são voltados para a política, sendo que seu principal curso, o Curso de Altos Estudos de Política e Estratégia, tem em seu corpo docente desde a sua fundação mais da metade de alunos civis.

Devido ao alinhamento à direita, é claro que o país deveria seguir uma escola de guerra. O presidente Castello Branco optou pela escola americana.

O desalinhamento em 1955[editar | editar código-fonte]

Em 1955, Juscelino Kubitschek de Oliveira começou a incentivar a independência ideológica do Brasil em relação à política externa; os estado-unidenses começaram a se sentir ameaçados{{Carece de fontes}}, pois denotou um desalinhamento da política brasileira em relação à dos Estados Unidos.

Com a construção do Muro de Berlim e a Revolução Cubana, Jânio Quadros homenageou Che Guevara e Fidel Castro. Isto chamou a atenção dos Estados Unidos para o Brasil, que, até então, estavam interessados com a Guerra Fria na Europa.

O anticomunismo e intervencionismo americano[editar | editar código-fonte]

Com a posse de Jango, e o Brasil implementando políticas progressistas, reações conservadoras partiram de Washington{{Carece de fontes}} e da direita brasileira insinuando que a política externa independente que Jango perseguia, de aproximar-se da posição independente do grupo de países não alinhados da Guerra Fria levaria eventualmente ao alinhamento do Brasil, e logo da América Latina, ao bloco de países comunistas uma vez que o movimento dos não alinhados continha países que resistiam à influência político, militar e econômica norte-americana como a Iugoslávia. Por uma questão estratégica norte-americana, e com a Guerra Fria em pleno andamento, os Estados Unidos não queriam aceitar que um país de dimensões continentais, subdesenvolvido como o Brasil era à época, mantivesse relações comerciais com a China e demais países considerados inimigos dos Estados Unidos. Para os Americanos da administração de Lyndon Johnson isso poderia acarretar em perda do mercado consumidor e que o Brasil se tornasse também fornecedor de matérias-prima para aqueles hostis aos Estados Unidos do bloco comunista e assim um déficit geopolítico-estratégico para os Estados Unidos na Guerra Fria.

Conforme noticiado na imprensa na época, os americanos em 1962 sugeriram que o Brasil adotasse sanções contra Cuba. O Brasil, junto a outros países, negou-se a votar a favor da suspensão de Cuba da OEA, alegando que não havia cláusula diplomática na carta fundadora da OEA. Por outro lado, com João Goulart tendo sido o transmissor das ameaças de invasão americanas a Cuba, o Brasil optou por votar a favor do bloqueio naval de Cuba pelos EUA quando da Crise dos mísseis, opção que a diplomacia brasileira julgava que manteria a paz entre EUA e URSS.

O Brasil de João Goulart flertava comercialmente com a África, a Índia, a China Comunista, o Leste Europeu Comunista e com uma gama de países do grupo de países aliados à URSS. O Brasil seguia perseguindo uma política externa contraventora com diversos atores não tipicamente aliados dos países americanos, em uma demonstração de que o Brasil almejava manter relações com todos os lados do conflito e não uma diplomacia comercial e diplomática alinhadas às posições norte-americanas. No âmbito da diplomacia econômica bi-lateral com os EUA, o Brasil seguia negando a ajuda americana para que pagasse indenização à empresas americanas estatizadas por governos estaduais. Com o discurso na Central do Brasil, se deu a impressão de que Jango usaria as camadas populares para pressionar por suas reformas agrária e bancária, o que os Estados Unidos não estavam preparados para aceitar, ou seja, perder aliados incondicionais na América Latina que servissem ao seu interesse nacional político, econômico e militar. Assim, o governo Americano deu autorização para que fosse posto em prático ação de apoio aos militares que tomaram o país. Muitos destes formados segundo teoria originalmente americana da segurança nacional anticomunista, e mais ideologicamente alinhados aos interesses norte-americanos em ajudar os países latino-americanos na época.

A Lei de Remessa de Lucros[editar | editar código-fonte]

Em Setembro de 1962 o Congresso Nacional aprovou a Lei de Remessa de Lucros, que ocasionou bilhões de dólares de prejuízos; essa foi outra provocação considerada pelos Estados Unidos como inadmissível, que desencadeou uma remessa de dinheiro para financiar os preparativos para o golpe. Gordon, em comunicado ao presidente americano, demonstrou muita preocupação.

Lincoln Gordon, Vernon Walters, Castello Branco[editar | editar código-fonte]

Lincoln Gordon foi embaixador no Brasil era do Partido Democrata. Lincoln Gordon temia que o Brasil seguisse o rumo de Cuba.[8]

O coronel Vernon Walters era amigo de Castello Branco, haviam trabalhado lado a lado na Itália e era adido militar da embaixada americana no Brasil.

Segundo historiadores, Walters convocou Dan Mitrione a pedido de Magalhães Pinto para treinar 10.000 homens da Polícia Militar de Minas Gerais. Magalhães, dono do Banco Nacional, financiou do próprio bolso o treinamento.

A lei de remessas de lucros foi a proibição de empresas multinacionais de mandarem todos os lucros para suas sedes no exterior.

John Kennedy e João Goulart[editar | editar código-fonte]

John Kennedy, amigo pessoal de João Goulart, ordenou que Lincoln Gordon agisse com cautela para evitar uma revolução no Brasil. Gordon no entanto teve que agir conforme ordenado por Lyndon B. Johnson, vice-presidente de Kennedy que assumiu após seu assassinato e apoiou o golpe de estado oferecendo apoio militar e de suprimentos às tropas golpistas.

Lyndon Johnson[editar | editar código-fonte]

Com a morte de Kennedy, a posse em Novembro de 1963 de Lyndon Johnson e, em Janeiro de 1964, Jango sancionando a Lei de Remessa de Lucros, as relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos ficaram mais complicadas pois o Brasil passava a pleitear posição mais igualitária na relação. As empresas americanas ameaçaram fechar suas filiais no Brasil. Internamente, Lyndon Johnson não tinha o mesmo apoio que Kennedy tinha e como todo presidente democrata sem amplo respaldo e aprovação ele era acusado pelos opositores do Partido Republicano de conduzir uma política externa muito suave, uma vez que a bandeira deles era sempre a anticomunista e de política externa agressiva contra países esquerdistas e que não aceitassem os termos norte-americanos nas relações bilaterais. Tentando fazer um governo de coalizão, Johnson então mostrou-se mais agressivo que Kennedy, ordenando que seus serviços diplomáticos, de inteligência e militar fizessem "tudo ao seu alcance" para sacar do poder João Goulart.[7]

Lincoln Gordon e os rumos da ditadura[editar | editar código-fonte]

Lincoln Gordon modificou diversas vezes sua versão dos fatos. Primeiramente, em 1963, ele afirmou que "aprovara a revolução brasileira" com base na convicção de que o "presidente estava planejando acumular poderes ditatoriais no padrão de seus dois mentores, Getúlio Vargas e Juan Perón".[9] Em 1977, por sua vez, ele afirmou que:

Minha convicção era a de que Goulart estava determinado a transformar-se num ditador comunista, à imagem de seus dois heróis políticos, Getúlio Vargas e Juan Perón, e de que isso seria irreversível se ele continuasse na presidência. Cheguei a compartilhar essa ideia, especialmente depois do discurso de Goulart na sexta-feira de 13 de março, no comício para uma imensa aglomeração de extrema esquerda. A hipótese de guerra civil surgiu parcialmente da precedente Revolução Constitucionalista de 1932, deflagrada por São Paulo contra Vargas, e parcialmente de crises mais recentes, como a de agosto de 1961, que levou à renúncia de Jânio Quadros.[10]

Em 1990, ele voltou atrás, reafirmando aquilo que dissera em agosto de 1963:

O que eu temia era um golpe de duas etapas no qual primeiramente Goulart assumiria o poder nos moldes de Perón ou Vargas e em seguida seria substituído por uma figura com personalidade mais forte - como aconteceu no Egito com Naguib e Nasser. Esse sucessor, por sua vez, provavelmente imitaria Fidel Castro, buscando aliança e apoio na União Soviética.[11]

Durante a visita que fez ao Brasil em março de 1979, confessou-se chocado com o desvirtuamento dos ideais do movimento político-militar de 31 de março de 1964, esclarecendo que, em princípio, esperava um período relativamente curto de arbítrio, mas não um regime militar que se prolongasse por 15 anos. Não obstante, reafirmou sua confiança no aprofundamento do projeto de abertura política patrocinado pelo presidente recém-empossado, general João Batista Figueiredo, bem como no amadurecimento da presença brasileira no cenário internacional.[12]

Referências

  1. Fico 2008, p. 66-70.
  2. Fico 2008, p. 71-72.
  3. Fico 2008, p. 73.
  4. Phyllis R. Parker. «Brazil and the Quiet Intervention, 1964». University of Texas Press 
  5. «FOREIGN RELATIONS OF THE UNITED STATES, 1964–1968 VOLUME XXXI, SOUTH AND CENTRAL AMERICA; MEXICO, DOCUMENT 198». US Department of State - Office of the historian. 31 de março de 1964. Consultado em 11 de abril de 2015  1301. For your personal information only, the following decisions have been taken in order be in a position to render assistance at appropriate time to anti-Goulart forces if it is decided this should be done. 1. Dispatch of US Navy tankers bearing POL from Aruba, first tanker expected off Santos between April 8 and 13; following three tankers at one day intervals. 2. Immediate dispatch of naval task force for overt exercises off Brazil. Force to consist of aircraft carrier (expected arrive in area by April 10), four destroyers, two destroyer escorts, task force tankers (all expected arrive about four days later). 3. Assemble shipment of about 110 tons ammunition, other light equipment including tear gas for mob control for air lift to Sao Paulo (Campinas). Lift would be made within 24 to 36 hours upon issuance final orders and would involve 10 cargo planes, 6 tankers, and 6 fighters. Unloading of POL by US Navy tankers (item 1) and dispatch of airlift (item 3) would require further development politico-military situation to point where some group having reasonable claim to legitimacy could formally request recognition and aid from us and if possible from other American Republics. Dispatch of tankers from Aruba and of naval task force does not immediately involve us in Brazilian situation and is regarded by us as normal naval exercise.
  6. «Brazil: The Military Republic, 1964-85». Library of Congress Country Studies. [...] The role of the United States in these events was complex and at times contradictory. An anti-Goulart press campaign was conducted throughout 1963, and in 1964 the Johnson administration gave moral support to the campaign. Ambassador Lincoln Gordon later admitted that the embassy had given money to anti-Goulart candidates in the 1962 municipal elections and had encouraged the plotters; that many extra United States military and intelligence personnel were operating in Brazil; and that four United States Navy oil tankers and the carrier Forrestal, in an operation code-named Brother Sam, had stood off the coast in case of need during the 1964 coup. Washington immediately recognized the new government in 1964 and joined the chorus chanting that the coup d'état of the "democratic forces" had staved off the hand of international communism. In retrospect, it appears that the only foreign hand involved was Washington's, although the United States was not the principal actor in these events. Indeed, the hard-liners in the Brazilian military pressured Costa e Silva into promulgating the Fifth Institutional Act on December 13, 1968. This act gave the president dictatorial powers, dissolved Congress and state legislatures, suspended the constitution, and imposed censorship." 
  7. a b c Peter Kornbluh (editor) (1995–2004). «BRAZIL MARKS 40th ANNIVERSARY OF MILITARY COUP: DECLASSIFIED DOCUMENTS SHED LIGHT ON U.S. ROLE». The National Security Archive 
  8. Gomide, Raphael (15 de março de 2013). «Com arquivos e áudios da Casa Branca, filme revela apoio dos EUA ao golpe de 64 - Política - iG». Último Segundo. Consultado em 31 de março de 2019 
  9. Jones, Abigail; Green, James N. (2009). «Reinventing history: Lincoln Gordon and his multiple versions of 1964». Revista Brasileira de História. 29 (57): 67–89. ISSN 0102-0188. doi:10.1590/S0102-01882009000100003 
  10. Jones, Abigail; Green, James N. (2009). «Reinventing history: Lincoln Gordon and his multiple versions of 1964». Revista Brasileira de História. 29 (57): 67–89. ISSN 0102-0188. doi:10.1590/S0102-01882009000100003 
  11. Jones, Abigail; Green, James N. (2009). «Reinventing history: Lincoln Gordon and his multiple versions of 1964». Revista Brasileira de História. 29 (57): 67–89. ISSN 0102-0188. doi:10.1590/S0102-01882009000100003 
  12. Brasil, CPDOC-Centro de Pesquisa e Documentação História Contemporânea do. «GORDON, LINCOLN». CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Consultado em 31 de março de 2019 

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Bibliografia velha[editar | editar código-fonte]

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

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