Vladimir Jankélévitch

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Vladimir Jankélévitch
Vladimir Jankélévitch
Nascimento 31 de agosto de 1903
Burges
Morte 6 de junho de 1985 (81 anos)
4.º arrondissement de Paris
Cidadania França
Progenitores
  • Samuel Jankélévitch
Cônjuge Lucienne Jankélévitch
Alma mater
Ocupação filósofo, musicólogo, professor universitário, membro da Resistência Francesa
Empregador(a) Universidade de Paris, Universidade de Toulouse, Universidad de Lille 1

Vladimir Jankélévitch (Bourges, 31 de agosto de 1903Paris, 6 de junho de 1985) foi um filósofo e musicólogo francês.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Jankélévitch era filho de pais russos que haviam emigrado à França para fugir do antissemitismo russo. Seus pais, Anna Ryss e Samuel Jankélévitch, eram médicos formados em Montpellier. Seu pai foi um dos primeiros tradutores de Sigmund Freud na França, e também traduziu obras de Hegel, Schelling, Croce e Berdyaev.

Em 1922, começou a estudar filosofia na École Normale Supérieure em Paris, onde conheceu e teve aulas com Bergson. De 1927 a 1932, foi professor no Institut Français em Praga, onde escreveu seu doutorado sobre Schelling. Retornou à França em 1933, onde foi professor na Lycée du Parc em Lyon, e outras universidades, incluindo Toulouse e Lille. Na França de Vichy, perde sua nacionalidade francesa. Em 1941, aliou-se à Resistência Francesa. Após a guerra, em 1951, foi nomeado à cadeira de Filosofia Moral de Sorbonne, onde lecionou até 1978. Em 1958, participou na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa numa conferência sobre temas filosóficos.

Formou várias gerações, com seus temas morais e metafísicos, marcados por seu pensamento agnóstico, mas também com seus cursos monográficos, que traduziram-se em ensaios polêmicos, muito ricos em ideias literárias (citava muito, dentre outros, Tolstoi, Andreiev, e Bunin, pois seus pais sempre falaram russo em casa).

Recebeu também o título de doutor honoris causa da Université Libre de Bruxelles em 1965.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • 1931: Henri Bergson
  • 1933: L'Odyssée de la conscience dans la dernière philosophie de Schelling
  • 1933: Valeur et signification de la mauvaise conscience
  • 1936: La Mauvaise conscience
  • 1936: L'Ironie ou la bonne conscience
  • 1938: L'Alternative
  • 1938: Gabriel Fauré, ses mélodies, son esthétique
  • 1939: Ravel
  • 1942: Du mensonge
  • 1947: Le Mal
  • 1949: Traité des vertus
  • 1950: Debussy et le mystère de I'instant
  • 1954: Philosophie première introduction à une philosophie du Presque
  • 1956: L'Austérité et la Vie morale'
  • 1957: Le Je-ne-sais quoi et le presque-rien
  • 1960: Le Pur et l'impur
  • 1961: La Musique et l'Ineffable - Traduzido ao inglês por Caroline Abbate (2003).
  • 1963: L'Aventure, l'Ennui, le Sérieux
  • 1966: La Mort - Traduzido ao alemão sob o título Der Tod (Frankfurt a. M., Suhrkamp, 2005). ISBN 3518584464
  • 1967: Le pardon - Traduzido ao inglês sob o título de Forgiveness por Andrew Kelley (2005).
  • 1968: Le Sérieux de l'intention
  • 1970: Les Vertus et l'Amour'
  • 1971: L 'Imprescriptible - A seção "Pardonner?" foi traduzida ao inglês por Ann Hobart, sob o título de "Should We Pardon Them?" (em Critical Inquiry, 22, Spring 1996).
  • 1972: L'Innocence et la méchanceté
  • 1974: L'Irréversible et la nostalgie
  • 1978: Quelque part dans l'inachevé, en collaboration avec Béatrice Berlowitz
  • 1980: Le Je-ne-sais-quoi et le presque rien
  • 1981: Le Paradoxe de la morale - Traduzido ao português sob o título de “O Paradoxo da Moral” (Martins Fontes, 2008).
  • 2006: Cours De Philosophie Morale – Traduzido ao português sob o título de “Curso de Filosofia Moral” (Martins Fontes, 2008)