Voluta ebraea
Voluta ebraea | |||||||||||||||||||||||
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Classificação científica | |||||||||||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||||||||||
Voluta ebraea Linnaeus, 1758[1] | |||||||||||||||||||||||
Distribuição geográfica | |||||||||||||||||||||||
A região norte[2] e região nordeste do Brasil (imagem) são o habitat da espécie V. ebraea, em arrecifes de rochas, coral, ou na areia.[3]
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Sinónimos | |||||||||||||||||||||||
Voluta hebraea Born, 1778 Voluta turbinata Kiener, 1839[1] |
Voluta ebraea (nomeada, em inglês, hebrew volute[3][4] e, em língua indígena, no Brasil, atapu, guatapi ou itapu)[5] é uma espécie de molusco gastrópode marinho pertencente à família Volutidae. Foi classificada por Carolus Linnaeus, em 1758, descrita em sua obra Systema Naturae.[1] Sua distribuição geográfica abrange o oeste do oceano Atlântico, endêmica da região norte e região nordeste do Brasil, entre o Pará e a Bahia.[2] Esta espécie de caramujo atinge até os 15[3][4] ou 18[6] centímetros de comprimento. É espécie que pode ser usada na alimentação humana.[2]
Descrição da concha e hábitos
[editar | editar código-fonte]Concha robusta, com espiral moderadamente alta, de até 7 voltas, e protoconcha arredondada. Sua superfície apresenta coloração creme e diversos desenhos característicos de coloração marrom e laranja a marrom-avermelhada, dotada de esculturas de crescimento visíveis, em protuberâncias pontiagudas, fortes e destacadas, dirigidas para a espiral; chegando até sua volta final (9 a 11), que apresenta abertura longa e moderadamente estreita, angular, ocupando 2/3 de toda a concha (quase a totalidade do seu comprimento) e com opérculo córneo ocupando 1/4 da abertura, quando vista por baixo, possuindo um lábio externo levemente espessado e columela curva, com nove a onze fortes pregas oblíquas. Canal sifonal curto e afunilado.[2][4][7]
É encontrada em costas arenosas, da zona entremarés à zona nerítica, entre rochas e corais com até 40 metros de profundidade.[2][8]
Dimorfismo sexual
[editar | editar código-fonte]Segundo Rios (1994), existe dimorfismo sexual nesta espécie de caramujo, com fêmeas mais nodulosas e alargadas que os machos, estes mais lisos e alongados.[2]
Atapu
[editar | editar código-fonte]Segundo Eurico Santos, a denominação atapu também é citada para a espécie de molusco Cassidaeː Cassis tuberosa, da mesma região.[9]
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Fotografia mostrando espécime de V. ebraea, o atapu, na coleção do Museu de Zoologia da USP, em São Paulo.
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Voluta ebraea (Brasil), no Flickr, por Pei-Jan Wang.
Referências
- ↑ a b c d «Voluta ebraea» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 15 de novembro de 2018
- ↑ a b c d e f RIOS, Eliézer (1994). Seashells of Brazil (em inglês) 2ª ed. Rio Grande, RS. Brazil: FURG. p. 135. 492 páginas. ISBN 85-85042-36-2
- ↑ a b c d ABBOTT, R. Tucker; DANCE, S. Peter (1982). Compendium of Seashells. A color Guide to More than 4.200 of the World's Marine Shells (em inglês). New York: E. P. Dutton. p. 212. 412 páginas. ISBN 0-525-93269-0
- ↑ a b c WYE, Kenneth R. (1989). The Mitchell Beazley Pocket Guide to Shells of the World (em inglês). London: Mitchell Beazley Publishers. p. 127. 192 páginas. ISBN 0-85533-738-9
- ↑ BOFFI, Alexandre Valente (1979). Moluscos Brasileiros de Interesse Médico e Econômico. São Paulo: FAPESP - Hucitec. p. 27-28. 182 páginas
- ↑ «Voluta ebraea Linnaeus, 1758». Conquiliologistas do Brasil: CdB. 1 páginas. Consultado em 15 de novembro de 2018
- ↑ OLIVER, A. P. H.; NICHOLLS, James (1975). The Country Life Guide to Shells of the World (em inglês). England: The Hamlyn Publishing Group. p. 238. 320 páginas. ISBN 0-600-34397-9
- ↑ «Voluta ebraea Linnaeus, 1758» (em inglês). SeaLifeBase. 1 páginas. Consultado em 15 de novembro de 2018
- ↑ SANTOS, Eurico (1982). Zoologia Brasílica, vol. 7. Moluscos do Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia. p. 92-93. 144 páginas