Pickpocket

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Pickpocket
Pickpocket
No Brasil O Batedor de Carteiras[1]
Batedor de Carteiras[2]
Em Portugal O Carteirista[3]
 França
1959 •  pb •  72 min 
Género filme de drama
Direção Robert Bresson
Roteiro Robert Bresson
Elenco Martin LaSalle
Marika Green
Jean Pélégri
Dolly Scal
Pierre Leymarie
Kassagi
Pierre Étaix
César Gattegno
Sophie Saint-Just
Dominique Zardi
Idioma língua francesa

Pickpocket é um filme francês de 1959, do cineasta Robert Bresson. Estrelou o ator amador uruguaio Martín LaSalle no papel do título o batedor de carteiras Michel, junto com Marika Green. O filme foi aplaudido por grandes nomes do cinema como Ingmar Bergman e Jean-Luc Godard, e considerado por alguns um dos melhores filmes de todos os tempos e a obra-prima de Robert Bresson, um dos grandes nomes do cinema de arte.[4]

O filme adota os ideais de pureza, e trata da questão psicológica preferida de Bresson: a culpa e a redenção. Usando recursos mínimos em seu peculiar cinema minimalista, Bresson produziu um filme tão revolucionário para o cinema francês quanto Citizen Kane na opinião de alguns. Godard homenageou o filme dando o nome de Michel ao personagem principal de À bout de souffle, um dos principais filmes da nouvelle vague. O filme serviu de inspiração para Taxi Driver, de Martin Scorsese, com Robert De Niro.[5]

Sinopse[editar | editar código-fonte]

O filme é retratado de modo autobiográfico, com o personagem principal, Michael (Martin LaSelle), descrevendo os acontecimentos que se desenrolam ao longo da trama.

O relato se inicia na primeira tentativa de roubo frustrada de Michael, em um hipódromo. O protagonista é pego mas acaba se livrando devido à falta de evidências contra ele. A partir de então o que se nota é um desenvolvimento das artimanhas utilizadas pelo protagonista para abordar pessoas e afanar seus pertences pessoais com muita destreza, muitas vezes junto com cúmplices, alguns dos quais lhe ensinam vários dos truques apresentados ao longo da película. Concomitantemente, Michael recebe a notícia de que sua mãe está muito doente, à beira da morte e, ao visitá-la, conhece Jeanne (Marika Green), uma vizinha responsável pelos cuidados da sua progenitora. Forma-se aí uma relação afetuosa que posteriormente teria motivado a tentativa do protagonista de abandonar a compulsão por bater carteiras.

Os acontecimentos das vidas "profissional" e "pessoal" de Michael se entrelaçam. Michael vai para a Itália e posteriormente para a Inglaterra, fugindo da polícia e de seus sentimentos por Jeanne, abalados por um suposto envolvimento entre ela e Jacques, um grande amigo comum aos protagonistas. Acaba voltando dois anos depois para Paris, segundo suas próprias palavras, tão pobre quanto saiu. Reencontra Jeanne, mãe de um menino de Jacques. É nessa altura que decide "endireitar-se", mas, ironicamente, acaba sendo preso devido a uma "recaída". O filme termina com uma espécie de redenção através do amor de Jeanne. Nota-se ainda que Michael tem um estranho, quase confessional relacionamento com o oficial de polícia que o persegue durante a história. Como de costume no trabalho de Bresson, as análises psicológicas abstêm-se em favor da representação fisionômica impassível e visual recortado em ordem de focalizar a regeneração espiritual de Michael.[carece de fontes?]

Influências[editar | editar código-fonte]

Inspirado em Crime e Castigo, de Fiodor Dostoievski, Pickpocket exerce uma influência formativa no trabalho de Paul Schrader, que a descreveu como "uma absoluta obra-de-arte" e "tão próxima da perfeição quanto se possa ser", e cujos filmes American Gigolo, Patty Hearst e Light Sleeper incluem finais parecidos com o de Pickpocket em sua totalidade.[carece de fontes?] Além disso, seu roteiro para Taxi Driver, de Martin Scorsese, sustenta muitas similaridades, incluindo a narração confessional e a visão voyeurista da sociedade.[carece de fontes?] A admiração de Schrader por Pickpocket se completou com sua participação em extras de um lançamento da The Criterion Collection, de 2005. A frieza do tratamento, o rigor e a economia dos efeitos psicológicos faz deste filme um grande clássico da escola Bresson.[carece de fontes?]

Principais prêmios e indicações[editar | editar código-fonte]

Festival de Berlim 1960 (Alemanha)

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. O Batedor de Carteiras no AdoroCinema
  2. Batedor de Carteiras no CinePlayers (Brasil)
  3. «O Carteirista». no CineCartaz (Portugal) 
  4. Semley, John (9 de fevereiro de 2012). «Robert Bresson». The A.V. Club. Consultado em 2 de março de 2017 
  5. Sheila Johnston (25 de janeiro de 2003). «Film-makers on film: Paul Schrader». Londres: Telegraph. Consultado em 18 de agosto de 2007 
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