Varroa destructor: diferenças entre revisões

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==Identificação==
==Identificação==
Até recentemente, ''V. destructo''r era considerada estreitamente relacionada a uma espécie ácaro de chamada ''Varroa jacobsoni''. Ambas as espécies parasitam a abelha asiática, ''[[Apis cerana]]''. No entanto, a espécie inicialmente descrito como ''V. jacobsoni'' por Anthonie Cornelis Oudemans em 1904 não é da mesma espécie que também ataca ''[[Abelha-europeia|Apis mellifera]]''. O salto para ''A. mellifera'', provavelmente, ocorreu primeiro nas Filipinas no início de 1960, onde foram importadas ''A. mellifera'' que entraram em contato próximo com a ''A. cerana'' infectada. Até 2000, os cientistas não tinham identificado ''V. destructor'' como uma espécie separada. Esta identificação tardia ocorreu em 2000 por Anderson e Trueman corrigindo alguma confusão anterior e erros de identificação na literatura científica.<ref>{{cite journal |author=D. L. Anderson & J. W. H. Trueman |year=2000 |title=''Varroa jacobsoni'' (Acari: Varroidae) is more than one species |journal=[[Experimental and Applied Acarology]] |volume=24 |issue=3 |pages=165–189 |pmid=11108385 |doi=10.1023/A:1006456720416}}</ref>
Até recentemente, ''V. destructo''r era considerada estreitamente relacionada a uma espécie ácaro de chamada ''Varroa jacobsoni''. Ambas as espécies parasitam a abelha asiática, ''[[Apis cerana]]''. No entanto, a espécie inicialmente descrito como ''V. jacobsoni'' por Anthonie Cornelis Oudemans em 1904 não é da mesma espécie que também ataca ''[[Abelha-europeia|Apis mellifera]]''. O salto para ''A. mellifera'', provavelmente, ocorreu primeiro nas Filipinas no início de 1960, onde foram importadas ''A. mellifera'' que entraram em contato próximo com a ''A. cerana'' infectada. Até 2000, os cientistas não tinham identificado ''V. destructor'' como uma espécie separada. Esta identificação tardia ocorreu em 2000 por Anderson e Trueman corrigindo alguma confusão anterior e erros de identificação na literatura científica.<ref>{{cite journal |author=D. L. Anderson & J. W. H. Trueman |year=2000 |title=''Varroa jacobsoni'' (Acari: Varroidae) is more than one species |journal=[[Experimental and Applied Acarology]] |volume=24 |issue=3 |pages=165–189 |pmid=11108385 |doi=10.1023/A:1006456720416}}</ref>

==Controle ou medidas de prevenção e tratamento==
[[File:Beecrystals.PNG|thumb|Abelha revestida com ácido oxálico, para proteger de ácaros]]

===Medidas químicas===
Os ácaros ''Varroa'' podem ser tratados com acaricidas disponíveis comercialmente. Os [[Acaricida|acaricidas]] devem ser aplicados com cuidado para minimizar a contaminação do mel que pode ser consumida por seres humanos. O uso adequado de acaricidas também retarda o desenvolvimento de resistência por parte dos ácaros.

'''Químicos sintéticos'''
*[[Inseticida]] [[piretroide]] ([[Fluvalinato]]) em tiras
*inseticida [[Composto organofosforado|organofosforado]] ([[Cumafos]]) em tiras
*Receita de Manley: cristais de [[timol]] e alcool cirúrgico com açúcar servido como alimento<ref>{{cite news|url=http://news.bbc.co.uk/1/hi/sci/tech/4780034.stm|title=Almond farmers seek healthy bees|publisher=[[BBC News]]|author=Mark Ward|date=March 8, 2006|accessdate=May 2, 2009}}</ref>

'''Químicos de ocorrência natural'''
*[[Ácido fórmico]] em vapor ou sobre tecido umedecido(afasta os ácaros)
*[[Açúcar]] em pó (derruba os ácaros das abelhas), talco ou outro pó "seguro", com um tamanho de grão entre 5 e 15 μm, pode ser pulverizado sobre as abelhas.
*[[Óleo essencial]], especialmente de limão, menta e tomilho<ref>{{cite journal |author=Natalia Damiani, Liesel B. Gende, Pedro Bailac, Jorge A. Marcangeli & Martín J. Eguaras |year=2009 |title=Acaricidal and insecticidal activity of essential oils on ''Varroa destructor'' (Acari: Varroidae) and ''Apis mellifera'' (Hymenoptera: Apidae) |journal=[[Parasitology Research]] |volume=106 |issue=1 |pages=145–152 |doi=10.1007/s00436-009-1639-y |pmid=19795133}}</ref>
*Ésteres de açúcar (produto Sucrocide) na aplicação por pulverização
*[[Ácido oxálico]] método de gotejamento ou aplicado como vapor.
*[[Óleo mineral]] (grau alimentício) como vapor e em aplicação direta em papel ou cabos
*Natural [[hops]] compounds in strip application (Hopguard)
*Compostos naturais de Lúpulo (produto Hopguard) em tiras


=={{Ver também}}==
=={{Ver também}}==

Revisão das 16h50min de 11 de maio de 2016

Como ler uma infocaixa de taxonomiaVarroa destructor
Varroa destructor
Varroa destructor
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Arachnida
Superordem: Parasitiformes
Ordem: Mesostigmata
Subordem: Monogynaspida
Família: Varroidae
Género: Varroa
Espécie: V. destructor
Nome binomial
Varroa destructor
Anderson & Trueman, 2000
Micrografia de um espécime de V. destructor sobe o dorso de uma abelha doméstica.
Ácaros Varroa sobre uma pupa de abelha.
Varroa sobre pupas.
Varroa destructor sobre uma larva de abelha.

Varroa destructor Anderson & Trueman, 2000, conhecido pelo nome comum de varroa, é um ácaro ectoparasita, pertencente à superordem Parasitiformes, que infesta colónias de abelhas das espécies Apis cerana e Apis mellifera, dizimando as colmeias[1] ao causar a doença chamada varroose ou varroatose.

Varroa destructor só pode reproduzir em uma colônia de abelhas. O ácaro adere ao corpo da abelha e enfraquece a abelha sugando a hemolinfa. Neste processo, os vírus de ARN tais como o vírus deformador da asa, dissemina entre as abelhas. Uma significativa infestação do ácaro levará à morte de uma colônia de abelhas, geralmente no final do outono até o começo da primavera. O ácaro Varroa é o parasita com o impacto econômico mais significativo no setor de apicultura. Pode ser um fator que contribui para a desordem do colapso da colônia, como a pesquisa mostra que é o principal fator para o distúrbio de colapso das colônias em Ontário, Canadá [2] e o EUA.[3]

Descrição física

O ácaro adulto é de cor marrom-avermelhada; tem forma de um botão plano; é 1-1.8 mm de comprimento e 1,5-2 mm de largura; e tem oito pernas.

Reprodução, infestação e mortalidade na colméia

Ácaros reproduzem em um ciclo de 10 dias. O ácaro fêmea entra em uma célula de cria abelhas. Assim que a célula é tapada, o ácaro Varroa deposita os ovos sobre a larva. Os jovens ácaros, normalmente várias fêmeas e um macho, eclodem em aproximadamente o mesmo tempo que o jovem abelha se desenvolve e deixar o célula com o hospedeiro. Quando a nova abelha emerge a partir da célula após pupação, os ácaros Varroa também deixam e se espalham para outras abelhas e larvas. O ácaro preferencialmente infesta células de zangões, permitindo que o ácaro se reproduza uma vez mais com o extra de três dias que leva um zangão para emergir contra o tempo de uma abelha operária.

Os adultos sugam o "sangue"(hemolinfa) das abelhas adultas para o sustento, deixando feridas abertas a transmissão de doenças e vírus. As abelhas adultas comprometidas são mais propensas a infecções. Com exceção de alguma resistência nas cepas e abelhas russas que a têm a higiene sensível a Varroa (cerca de 10% das colónias, naturalmente o têm), as abelhas-europeias(Apis mellifera) são quase completamente indefesas contra esses parasitas (as abelhas russas são de um terço à um meio menos suscetível a reprodução de ácaros).[4]

O modelo para a dinâmica populacional é de crescimento exponencial quando a descendência das abelhas estão disponíveil, decaem exponencialmente quando nenhuma ninhada está disponível. Em 12 semanas, o número de ácaros em uma colmeia de abelhas Apis cerana pode multiplicar por (aproximadamente) 12. Populações altas de ácaro no Outono podem causar uma crise quando a criação de zangão de cessa e os ácaros mudam para larvas de operárias, causando uma rápida redução na população e muitas vezes a morte da colmeia.

Ácaros Varroa foram encontrados em larvas "Tricia" de algumas espécies de vespas, como Vespula vulgaris, e insetos que se alimentam de flores, como a abelha Bombus pennsylvanicus, o escaravelho, Phanaeus vindex e a Palpada vinetorum.[5] O ácaro parasita larvas jovens e alimenta-se os órgãos internos dos anfitriões. Embora o ácaro Varroa não podem se reproduzir nesses insetos, a sua presença neles pode ser um meio pelo qual ele se espalham em distâncias curtas(forese).

Introdução ao redor do mundo

Em meados de 2012, a Austrália foi considerada livre do ácaro.[10][11] No início de 2010, uma subespécie isoladas de abelha foi descoberta em Kufra (sudeste da Líbia), que parece estar livre do ácaro.[12] As ilhas havaianas de Maui, Kauai, Molokai, Lanai e são todas livre do ácaro.

Identificação

Até recentemente, V. destructor era considerada estreitamente relacionada a uma espécie ácaro de chamada Varroa jacobsoni. Ambas as espécies parasitam a abelha asiática, Apis cerana. No entanto, a espécie inicialmente descrito como V. jacobsoni por Anthonie Cornelis Oudemans em 1904 não é da mesma espécie que também ataca Apis mellifera. O salto para A. mellifera, provavelmente, ocorreu primeiro nas Filipinas no início de 1960, onde foram importadas A. mellifera que entraram em contato próximo com a A. cerana infectada. Até 2000, os cientistas não tinham identificado V. destructor como uma espécie separada. Esta identificação tardia ocorreu em 2000 por Anderson e Trueman corrigindo alguma confusão anterior e erros de identificação na literatura científica.[13]

Controle ou medidas de prevenção e tratamento

Abelha revestida com ácido oxálico, para proteger de ácaros

Medidas químicas

Os ácaros Varroa podem ser tratados com acaricidas disponíveis comercialmente. Os acaricidas devem ser aplicados com cuidado para minimizar a contaminação do mel que pode ser consumida por seres humanos. O uso adequado de acaricidas também retarda o desenvolvimento de resistência por parte dos ácaros.

Químicos sintéticos

Químicos de ocorrência natural

  • Ácido fórmico em vapor ou sobre tecido umedecido(afasta os ácaros)
  • Açúcar em pó (derruba os ácaros das abelhas), talco ou outro pó "seguro", com um tamanho de grão entre 5 e 15 μm, pode ser pulverizado sobre as abelhas.
  • Óleo essencial, especialmente de limão, menta e tomilho[15]
  • Ésteres de açúcar (produto Sucrocide) na aplicação por pulverização
  • Ácido oxálico método de gotejamento ou aplicado como vapor.
  • Óleo mineral (grau alimentício) como vapor e em aplicação direta em papel ou cabos
  • Natural hops compounds in strip application (Hopguard)
  • Compostos naturais de Lúpulo (produto Hopguard) em tiras

Ver também

Notas

  1. Terra: Cientistas acham abelhas isoladas por 5 mil anos no Saara
  2. Ernesto Guzmán-Novoa, Leslie Eccles, Yireli Calvete, Janine Mcgowan, Paul G. Kelly & Adriana Correa-Benítez (2009). «Varroa destructor is the main culprit for the death and reduced populations of overwintered honey bee (Apis mellifera) colonies in Ontario, Canada» (PDF). Apidologie. 41 (4): 443–450. doi:10.1051/apido/2009076 
  3. Welsh, Jennifer (7 June 2012) Mites and Virus Team Up to Wipe Out Beehives Live Science, Retrieved 11 June 2012
  4. J. Raloff (August 8, 1998). «Russian queens bee-little mites' impact». Science News. 154 (6): 84  Verifique data em: |data= (ajuda)
  5. Peter G. Kevan, Terence M. Laverty & Harold A. Denmark (1990). «Association of Varroa jacobsoni with organisms other than honeybees and implications for its dispersal». Bee World. 71 (3): 119–121 
  6. Helen M. Thompson, Michael A. Brown, Richard F. Ball & Medwin H. Bew (2002). «First report of Varroa destructor resistance to pyrethroids in the UK» (PDF). Apidologie. 33 (4): 357–366. doi:10.1051/apido:2002027 
  7. «Varroa Mite, Varroa destructor». MAF Biosecurity New Zealand. June 30, 2009. Consultado em February 24, 2011  Verifique data em: |acessodata=, |data= (ajuda)
  8. Nina Wu (April 25, 2007). «Bee mites have spread on Oahu». Honolulu Star-Bulletin. Consultado em February 24, 2011  Verifique data em: |acessodata=, |data= (ajuda)
  9. «Varroa Mite Information». State of Hawaii. 2013. Consultado em December 9, 2013  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  10. Holland, Malcolm (June 26, 2012). «Varroa mites could devastate our honeybee industry». The Sydney Morning Herald. Consultado em June 26, 2012  Verifique data em: |acessodata=, |data= (ajuda)
  11. Jopson, Debra (August 18, 2010). «It's a bee nuisance – and food growers are more than a mite scared». The Sydney Morning Herald. Consultado em June 20, 2012  Verifique data em: |acessodata=, |data= (ajuda)
  12. «Honigbienenart in der Sahara entdeckt» [Honey bee species discovered in the Sahara] (em German). Die Zeit. July 2010. Consultado em February 24, 2011  Verifique data em: |acessodata=, |data= (ajuda)
  13. D. L. Anderson & J. W. H. Trueman (2000). «Varroa jacobsoni (Acari: Varroidae) is more than one species». Experimental and Applied Acarology. 24 (3): 165–189. PMID 11108385. doi:10.1023/A:1006456720416 
  14. Mark Ward (March 8, 2006). «Almond farmers seek healthy bees». BBC News. Consultado em May 2, 2009  Verifique data em: |acessodata=, |data= (ajuda)
  15. Natalia Damiani, Liesel B. Gende, Pedro Bailac, Jorge A. Marcangeli & Martín J. Eguaras (2009). «Acaricidal and insecticidal activity of essential oils on Varroa destructor (Acari: Varroidae) and Apis mellifera (Hymenoptera: Apidae)». Parasitology Research. 106 (1): 145–152. PMID 19795133. doi:10.1007/s00436-009-1639-y 

Referências

Ligações externas

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